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quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Os ensinamentos de São Josemaría sobre o sacerdócio (Parte 1/5)

Presbíteros

Os Ensinamentos de São Josemaría sobre o sacerdócio: uma resposta aos desafios de um mundo secularizado

Índice:

  1. “Todos os sacerdotes somos Cristo”. Eucaristia e identificação com Cristo
  2. “Empresto ao Senhor minha voz”. Familiaridade com a Palavra e disponibilidade para as almas
  3. “Empresto ao Senhor minhas mãos”. Amor a liturgia e obediência à Igreja
  4. “Empresto ao Senhor meu corpo e minha alma: todo meu ser”. Sacerdote cem por cento

Fazer a Deus presente em todas as atividades humanas é o grande desafio dos cristãos num mundo secularizado, e é a tarefa que São Josemaría recordou a milhares de pessoas – sacerdotes e leigos – durante a sua vida. Sua mensagem pode resumir-se em poucas palavras: santidade pessoal no meio do mundo.

Jesus Cristo se fará presente e ativo no mundo quando: nas famílias, na fábrica, nos meios de comunicação, no campo…, na medida em que Cristo vive no pai e na mãe de família, no trabalhador, no jornalista, no camponês…, isto é, na medida em que o trabalhador, o jornalista, o esposo ou a esposa sejam santos. Como afirmou João Paulo II, “é necessário arautos do Evangelho expertos em humanidade, que conheçam a fundo o coração do homem de hoje, participem de suas alegrias e esperanças, de suas angústias e tristezas, e ao mesmo tempo sejam contemplativos, enamorados de Deus. Para isto são necessários novos santos. Os grandes evangelizadores (…) foram os santos. Devemos suplicar ao Senhor que aumente o espírito de santidade na Igreja e nos mande novos santos para evangelizar o mundo de hoje”. (Discurso ao Simpósio de Bispos europeus, 11.10.1985).

Este é o segredo diante da indeferença e do esquecimento de Deus: nosso mundo precisa de santos, qualquer outra “solução” é insuficiente. O mundo atual, com a sua instabilidade e suas profundas mudanças, reclama a presença de homens santos, apostólicos, em todas as atividades seculares: “Um segredo. Um segredo em voz alta: estas crises mundiais são crises de santos. Deus quer um punhado de homens ‘seus’ em cada atividade humana. – Depois… ‘pax Christi in regno Christi’ – a paz de Cristo no reino de Cristo” (São Josemaría. Caminho, n. 301).

A ausência de Deus na sociedade secularizada traduz-se na falta de paz, e, como consequência, prolifera-se as divisões: entre as nações, nas famílias, no lugar de trabalho, na convivência diária… para encher de paz e de alegria estes ambientes, “temos que ser, cada um de nós, alter Christus, ipse Christus, outro Cristo, o mesmo Cristo. Somente assim poderemos empreender essa grande empresa, imensa, interminável: santificar desde dentro todas as estruturas temporais, levando aí o fermento da Redenção” (São Josemaría, É Cristo que passa, n. 183). Todos nós estamos chamados a colaborar nesta tarefa apaixonante, com uma visão otimista diante do mundo em que vivemos: “Para ti, que desejas formar-te num mentalidade católica, universal, transcrevo algumas características: (…) uma atitude positiva e aberta ante a transformação atual das estruturas sociais e das formas de vida” (São Josemaría, Sulco, n. 428).

Nesta tarefa de transformação do mundo, percebe-se também o importante papel do sacerdote. Porém, quem é o sacerdote na sociedade de hoje? Como pode converter-se em fermento de santidade? A esta pergunta pode-se responder desgranando umas palavras de São Josemaría que definem a identidade do sacerdote, também no mundo secularizado: “Todos os sacerdotes somos Cristo. Empresto ao Senhor minha voz, minhas mãos, meu corpo, minha alma: dou-lhe tudo” (São Josemaría, Anotações de uma reunião familiar em 10.05.1974, citado por J. Echevarría, Por Cristo, con Él y en Él, Ed. Palabra, Madrid 2007, p. 167).

+ Javier Echevarría / Prelado do Opus Dei

Fonte: https://www.presbiteros.org.br/

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF