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Na
intenção de oração para setembro, no vídeo da Rede Mundial de Oração do Papa, o
Pontífice aborda o tema da abolição da pena de morte, uma ação que "não
oferece justiça às vítimas, mas encoraja a vingança", afirma ele, ao
acrescentar que "a pena de morte é inadmissível". Por isso, conclama
todos a rezar pelo fim dessa prática que ainda é aplicada em 55 países.
Andressa Collet - Vatican News
“Cada
dia mais pessoas em todo o mundo dizem não à pena de morte. Para a Igreja, isso
é um sinal de esperança.”
Assim o Pontífice inicia o Vídeo do Papa de
setembro que pede pelo fim da pena de morte no mundo, uma intenção de
oração que o Santo Padre confia à Igreja Católica através da Rede Mundial de Oração do Papa. Nesta
edição, Francisco então indica que a rejeição a essa prática está aumentando no
mundo, o que a Igreja vê como "um sinal de esperança". De fato, de
acordo com dados das Nações Unidas, cerca de 170 Estados aboliram a pena de
morte, impuseram uma moratória à sua utilização na lei ou na prática, ou
suspenderam as execuções durante mais de 10 anos. No entanto, a pena de morte
ainda é aplicada em 55 países, em vários continentes.
A posição da Igreja sobre a pena de
morte
De João Paulo II a Bento XVI, os Pontífices
pronunciaram-se fortemente contra o uso da pena de morte pelos governos nas
últimas décadas. O Papa Francisco foi mais longe ao aprovar em 2018 um novo
parágrafo do Catecismo condenando claramente a pena de morte e expressando o
compromisso da Igreja na sua total abolição.
"Do ponto de vista jurídico, a pena de morte
já não é necessária. A sociedade pode reprimir eficazmente o crime sem privar
definitivamente o infrator da possibilidade de redimir-se. Sempre, em toda
condenação, deve haver uma janela de esperança. A pena de morte não oferece
justiça às vítimas, mas encoraja a vingança. E impede qualquer possibilidade de
se desfazer um possível erro judicial. Por outro lado, moralmente a pena de
morte é inadequada; ela destrói o dom mais importante que recebemos: a
vida."
No vídeo deste mês, que chega num momento marcado
por notícias de sentenças de morte e execuções em várias partes do mundo, o
Papa faz o apelo não só aos cristãos, mas a todas as pessoas de boa
vontade.
"Não esqueçamos que, até ao último momento,
uma pessoa pode converter-se e pode mudar. E, à luz do Evangelho, a pena de
morte é inadmissível. O mandamento 'não matarás' refere-se tanto ao inocente
como ao culpado. Apelo, pois, a todas as pessoas de boa vontade para que se
mobilizem pelo fim da pena de morte em todo o mundo."
“Rezemos
para que a pena de morte, que atenta contra a inviolabilidade e dignidade da
pessoa, seja abolida nas leis de todos os países do mundo.”
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