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sábado, 3 de julho de 2021

É ordenado na França apenas 1 padre para cada 12 que falecem

Ordenação da Diocese de Nanterre, 2021 | © Marc-Antoine Mouterde
Por Francisco Vêneto

Além disso, a França perde um edifício cristão e ganha uma mesquita a cada 15 dias.

É ordenado na França apenas 1 padre para cada 12 que falecem, conforme dados publicados pelo jornal Le Figaro. A idade avançada dos sacerdotes franceses é um dos grandes desafios pastorais do país, que tem a menor participação de fiéis na Santa Missa em todo o continente europeu.

A média de idade dos padres na França é de 75 anos, com algumas dioceses em situação particularmente delicada: na de Arras, por exemplo, nada menos que a metade dos sacerdotes tem mais de 80 anos.

Em dias recentes, a notícia de que o país contará neste ano com 130 novos sacerdotes trouxe uma lufada de esperança aos católicos franceses, mas o trabalho que os espera é gigantesco numa terra que se tornou profundamente secularizada.

A redução drástica das vocações religiosas e a baixa participação numérica de fiéis na vida da Igreja contrasta, além disso, com um cenário de expansão da religião islâmica numa nação que tantos santos e santas já deu a Cristo: de acordo com Edouard de Lamaze, presidente do Observatório do Patrimônio Religioso de Paris, a França perde um edifício cristão e ganha uma mesquita a cada 15 dias.

1 padre para cada 12 que falecem

Os padres franceses literalmente sentem o peso do muito trabalho que lhes coube nestes tempos, com um preocupante crescimento do risco de “burnout” – o esgotamento físico e emocional grave. Em paralelo, fala-se agora também no crescente risco de “bore out”, um termo que procura registrar a sensação de não mais se ter espaço ou serventia na vida dos outros.

Diante da tentação do desânimo ou até da desistência, porém, vale recordar a parábola do grão de mostarda e as menções do próprio Cristo ao pequeno rebanho das suas ovelhas. Nem sempre os números decidem. A Igreja mesma, afinal, se estendeu por todos os continentes a partir de um ínfimo grupo de doze pescadores, despreparados e chamados de uma das mais periféricas e problemáticas províncias de um poderoso império pagão que se expandia com força – mas abertos à graça de Deus e dispostos a testemunhar a Boa Nova ao preço da própria vida.

Fonte: Aleteia

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF