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domingo, 19 de dezembro de 2021

Quer uma família unida e saudável? Estas 13 tradições católicas podem ajudar

Imagem ilustrativa. Foto: Pixabay/ Domínio público

REDAÇÃO CENTRAL, 21 out. 21 / 08:00 am (ACI).- O arcebispo de Nova York (Estados Unidos), cardeal Timothy Dolan, encorajou a recuperar uma série de “belas tradições”, que muitas vezes foram esquecidas pelos católicos, e que considera “muito providenciais para manter as famílias unidas, fortes, saudáveis e santas”.

Em uma publicação em seu blog, intitulada “Nossas belas tradições católicas”, o cardeal Dolan disse que “nós, na Igreja, temos um tesouro de atos de oração e devoção, simples, caseiros, comprovados que mantêm os casamentos e as famílias fortes, apaixonados e perto de Deus”.

O problema, advertiu, é que esquecemos e não colocamos em prática a maioria dessas tradições.

“Precisamos de toda a ajuda que for possível nestes dias de tensão, confusão e desafios no matrimônio e na família”, disse.

Estas são as 13 tradições que o arcebispo de Nova York recomenda recuperar, embora tenha assegurado que “certamente podem acrescentar (mais) a esta lista”:

1. Celebrações alegres, mas simples dos batismos, primeiras comunhões, crismas, casamentos e aniversários de casamento.

2. Adorar a Deus fielmente e juntos como uma família na Missa dominical, e preservar os presentes de tempo de qualidade e uma refeição juntos, pelo menos no Dia do Senhor, caso não seja possível durante a semana.

3. Ter água benta, crucifixo, bíblia e imagens de Jesus, Maria e dos santos em nossas casas.

4. Uma verdadeira celebração do Advento, enquanto nos preparamos para celebrar o nascimento de Jesus.

5. Uma atenção especial na preparação do presépio de Natal em casa.

6. A vivência da Quaresma em família, especialmente através de práticas penitenciais comuns, mais compaixão pelos pobres, doentes e necessitados, e aproximar-se como família do sacramento da reconciliação.

7. Colocar nomes bíblicos e cristãos nos filhos.

8. Assumir com grande seriedade os deveres dos padrinhos no batismo e na crisma.

9. Pedir para um sacerdote abençoar um novo lar.

10. Fazer uma peregrinação familiar.

11. Visitar parentes que estão doentes e moribundos, unir-se na fé no momento da morte e do enterro.

12. Lembrar os pais e os familiares na Missa, no aniversário da sua morte.

13. Pedir a bênção de ter um filho e a intercessão especial pelos casais que lutam para conceber um bebê.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Natal. Dom Sacchi: "Deus por nós se fez, frágil, pobre e indefeso como uma criança"

Sagrada Família - Natividade | Vatican News

O bispo italiano convida as pessoas a se deterem diante do presépio, indo "além do aspecto estético". "Devemos parar e pensar em silêncio", exorta dom Sacchi, que explica: "No início não há nada para ouvir, há apenas para olhar e observar. Os personagens principais, Maria e José, não falam, eles permanecem em silêncio. E nenhuma palavra pode ser dita pela criança recém-nascida. Os fatos falam por si mesmos: a pobreza, as dificuldades, uma estrebaria como abrigo e uma manjedoura como berço".

Vatican News

"Deus nos ama gratuitamente, nos ama antes que nós o amemos e está pronto para sacrificar-se por nós". Ele nos ama não porque somos bons e capazes, mas justamente porque somos frágeis e pobres. E por amor a nós Ele se fez vulnerável, frágil, pobre e indefeso como uma criança."

Foi o que escreveu o bispo da Diocese de Casale Monferrato - na região italiana do Piemonte -, dom Gianni Sacchi, em sua mensagem de Natal publicada nos jornais diocesanos "La Vita casalese" e "La Grande famiglia".

Prestes a celebrar o Natal de Jesus

O tempo do Advento praticamente chega ao fim, observa o prelado, e, "após este caminho orante e vigilante, estamos prestes a celebrar o Natal de Jesus. Uma festa que corre o risco de ser vivida apenas em seu aspecto externo ou com sentimentos baratos de bondade, que têm pouco impacto em nossa vida de fé".

Após lembrar que "ainda estamos em uma emergência de saúde, mas este ano a situação é muito melhor do que no ano passado" e que "devemos continuar trabalhando mais e sempre ser prudentes e cuidadosos, para o bem de todos e das pessoas mais frágeis", o bispo convida as pessoas a se deterem diante do presépio, indo "além do aspecto estético".

"Devemos parar e pensar em silêncio", exorta dom Sacchi, que explica: "No início não há nada para ouvir, há apenas para olhar e observar. Os personagens principais, Maria e José, não falam, eles permanecem em silêncio. E nenhuma palavra pode ser dita pela criança recém-nascida. Os fatos falam por si mesmos: a pobreza, as dificuldades, uma estrebaria como abrigo e uma manjedoura como berço".

Deus se fez homem para nos salvar com o dom de sua vida

"O Deus cristão é imprevisível", evidencia o bispo italiano, acrescentando que "não se chega a Ele seguindo os princípios da razão. Ele é um Deus que deve ser aceito como Ele é, para então descobrir a riqueza e a superabundância da luz que Ele revela. Aí não há multidões, a busca de audiência, aí tudo é calmo, quase secreto".

Dom Sacchi oferece, em seguida, uma segunda indicação: "Contemplando o presépio, devemos estender nosso olhar e pensar sobre o que aquela criança fará, como ela cumprirá sua vida e sua missão".

"Deus se fez homem para salvar o homem com o dom de sua vida na cruz", continua o bispo de Casale Monferrato, advertindo: "Não podemos nos deixar influenciar por uma graça 'barata', que nos deixa exatamente como somos".

Aproximar-se do presépio no silêncio e na adoração

O bispo também compartilha uma recordação: "Na minha igreja paroquial, quando o berço com a estátua do menino Jesus tinha que ser montado, o único espaço possível era sob o grande crucifixo do século XVI. Que forte contraste e que extraordinária mensagem visual! Uma criança recém-nascida e acima dela seu futuro, o cume de sua missão".

"É assim, queridos irmãos e irmãs, que devemos nos aproximar do presépio, como devemos deixá-lo falar no silêncio e na oração", exorta dom Sacchi, que em seguida faz um premente convite:

"Vamos, portanto, às nossas igrejas com toda as nossas pobrezas e fragilidades; vamos com todas as dificuldades que a vida nos reserva, certos de que a proclamação da Boa Nova é para os pobres e desprezados, como o foram os pastores, que foram os primeiros a ir e adorar a Deus na carne de uma criança e seus corações se encheram de alegria e consolo".

(com Sir)

Fonte: https://www.vaticannews.va/

sábado, 18 de dezembro de 2021

BEM-AVENTURADA AQUELA QUE ACREDITOU

Ujucasp

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)

Na liturgia deste quarto Domingo do Advento que celebramos neste final de semana, acenderemos a quarta vela da coroa do advento, significando que a luz está próxima de nós. Nessa semana ainda poderemos fazer nossa confissão sacramental, se ainda não a fizemos. Podemos, ainda nessa semana, finalizar a nossa Novena de Natal. Estamos na bela semana de preparação próxima para o Natal com as famosas antífonas em “Ó” para o cântico mariano da oração da tarde.

A Palavra de Deus nestes dias nos introduzirá no mistério que estamos prestes a celebrar. Unamo-nos a expectativa que a Virgem Maria vivia nesse período e aguardemos com alegria o anúncio da chegada do filho de Deus. Corramos ao encontro do Senhor no presépio assim que ele nascer. A partir do seu nascimento, já contemplamos o mistério da cruz salvadora — Ele nasceu para nos salvar.

O Evangelho deste domingo retrata a visita de Nossa Senhora à sua prima Santa Izabel, após o anjo ter anunciado a ela que seria a Mãe do Salvador. Maria parte às pressas para servir a sua prima que estava grávida, também por intervenção divina, pois Isabel era idosa e estéril.

Neste quarto Domingo do Advento, preparemo-nos para acolher o Senhor que vem e debrucemo-nos em sua palavra. Escutemos o que a Palavra de Deus tem a nos dizer hoje e aguardemos essa palavra que se fez carne e está vivo no meio de nós e celebraremos o seu nascimento na próxima sexta-feira.

Na primeira leitura da missa (Mq 5, 1-4) o profeta anuncia aquilo que estaria para acontecer: dentro de pouco tempo surgiria aquele que dominaria Israel, fazendo referência a Jesus Cristo. O profeta ainda diz que o seu surgimento é desde os tempos remotos, desde os dias da eternidade, ou seja, desde a eternidade Jesus existe, desde a criação do mundo. Mas houve o momento certo de Deus revelar o seu filho. Jesus é o mesmo, ontem, hoje e sempre.

O salmo responsorial é o 79 (80), o salmista eleva um pedido, uma súplica ao Senhor, para que o Senhor se lembre do povo, converta o coração de cada um, para que sejam salvos. A salvação de Deus não tardaria a vir, chegaria tempos depois, através de Jesus Cristo. Deus nunca se esquece de seu povo, é sempre fiel a aliança.

Na segunda leitura (Hb 10, 5-10) o autor Sagrado diz a respeito de Jesus, que veio ao mundo antes de tudo para fazer a vontade de Deus. Mesmo padecendo na cruz em favor da humanidade, Cristo livremente fez a vontade de Deus, a fim de salvar a todos. Por um homem entrou o pecado no mundo e por outro nos vem a salvação.

O evangelho (Lc 1, 39-45) narra a passagem em que após o anúncio do anjo Gabriel feito a Virgem Maria, ela vai apressadamente a uma região montanhosa da Judéia para servir a sua prima Santa Izabel. Isabel que também ficou gravida por intermédio divino, ou seja, Isabel era estéril e de idade avançada, mas por obra divina ficou gravida daquele que será o precursor do Messias, João Batista.

Isabel ao receber Maria fica “cheia” do Espírito Santo, pois Maria ao receber o anúncio de que seria Mãe do Salvador, fica “cheia” do Espírito Santo e anuncia que Maria é a mãe do Senhor.

Somos convidados a fazer como Maria, não guardar para nós a alegria que recebemos com o anúncio da mensagem da Palavra de Deus, mas sair ao encontro do outro e transmitir essa alegria que vem da Palavra de Deus. Temos que nos colocar a serviço do outro e nos encher do espírito de comunhão, para melhor servir aos irmãos.

Deus é comunhão e nos ensina a fazer comunhão uns com os outros, Ele nos reúne em seu amor, para que, através desse amor, possamos servir aos nossos irmãos. Temos que ter pressa em anunciar o Reino de Deus, para que a boa notícia contagie o mundo.

Que possamos ficar cheios do Espírito Santo, da mesma forma que Isabel ficou ao receber Maria e transmitamos esse Espírito Santo para aqueles que se aproximam de nós. Contagiemos o mundo da alegria que advém do Espírito Santo.

Celebremos com alegria esse quarto Domingo do Advento, na certeza de que o Senhor há de chegar na noite de Natal e que Ele, ao chegar, nos encontre vigilantes e orantes, com o coração cheio de alegria e gratidão por recebemos tão grande presente. Que o Espírito Santo nos conduza ao encontro daqueles que mais precisam.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Como treinar o cérebro para viver menos estressado

Philippe Lissac / Godong
Por Octavio Messias

Existem técnicas que nos permitem desprogramar conexão cerebral que garantiu a sobrevivência da espécie humana; rezar e meditar nos ajudam a atingir o equilíbrio.

Não bastassem as contas a pagar, a crise econômica, as responsabilidades e as batalhas travadas no dia a dia, ainda chegou um vírus que nos fez, ainda que em uma esfera inconsciente, temer pelas nossas vidas. A depressão e a ansiedade, que já eram previstas como “O Mal do Século” pela Organização Mundial de Saúde, anos antes da chegada do novo coronavírus, foram alavancadas pela crise sanitária, assim como burnout, entre outros distúrbios do humor. 

O cérebro humano, talvez a mais complexa criação divina, com bilhões de neurônios, opera por meio de frequências e circuitos que tendem a estabelecer padrões arraigados. É o que em neurociências costuma se chamar default mode network, ou rede do modo padrão, em português. E o clima de instabilidade atual reforçaria uma rede de funcionamento cerebral que acabamos aceitando como padrão, mas que na verdade nos traz prejuízos psicológicos. E é possível funcionar além dela.

Sobrevivência

É a rede do modo ameaça, que garantiu a sobrevivência de nossos antepassados em períodos arcaicos e condições insalubres e nos trouxeram até aqui enquanto espécie. Uma herança de nossos ancestrais que atravessaram e sobreviveram a cenários ainda mais desafiadores do que o atual. 

O modo ameaça é aquele em que estamos sempre prontos para lutar ou fugir, o que garantiu a sobrevivência do homem da floresta. Mas, como noticiamos anteriormente, um estudo do departamento de psicologia da Universidade da Pensilvânia demonstrou que 91,4% das nossas preocupações nunca se materializam. O que significa que passamos a maior parte do tempo combatendo inimigos imaginários, ansiosos mediante a necessidade de lutar ou correr, porém no momento histórico atual, tais ameaças dificilmente se fazem reais. É como se tivéssemos empacado no modo ameaça. 

Equilíbrio

Mas, como expõe um artigo da revista norte-americana Fast Company publicado na última semana, existem modos mais saudáveis e eficientes de se operar e encontrar o equilíbrio cabe apenas a cada um de nós. Como explica a psicóloga Nelisha Wickremasinghe, autora do livro Beyond Threat e fellow da Universidade de Oxford, nosso sistema nervoso parassimpático foi evolutivamente moldado para funcionar no modo ameaça. 

O que gera reações pouco eficazes no dia a dia, como confusão mental, incerteza, negação e o excesso de pensamentos invasivos. Mas existem maneiras mais saudáveis para funcionar, como o modo drive, que é quando estamos motivados, e o modo seguro, o que é muito dificilmente estimulado na nossa sociedade, mas nos permite entrar em um estado mais reflexivo, de cuidado e bem estar, que é aquele em que tomamos decisões com mais clareza.

Pensamentos

A especialista explica que a única maneira de nos sobrepor ao modo ameaça é estando cientes dos nossos pensamentos e atentos ao seu reflexo deles no nosso corpo. A autora sugere colocar esses pensamentos em uma folha de papel, como método para materializá-los, e trabalhar com técnicas de respiração para acalmar.

Também são conhecidos os efeitos terapêuticos de meditação, técnicas de respiração, ou métodos de meditação ativa como yoga ou artes marciais. E a oração do Terço é uma excelente forma de colocar seu cérebro em um estado meditativo e contemplativo. Essas atividades têm o poder de nos centrar no presente, de nos acalmar a mente e nos ocupar do que é real. O que, por si, tem o efeito de nos fazer olhar para dentro, onde podemos observar nossos pensamentos e entender como direcioná-los. Muitas vezes, é só uma questão de observar aquele pensamento conflituoso chegar e ir embora com a mesma facilidade.  

Espiritualidade

Basicamente, cabe a cada um encontrar o equilíbrio dentro de si, para o que também se faz necessário o contato com a espiritualidade. A fé nos ajuda a encontrar um centro, e a segurança que precisamos sentir para levar uma vida feliz. Mateus 11, 28: “Venham a mim todos os que estão cansados e sobrecarregados e eu darei descanso a vocês”. 

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Sede fecundos

Guadium Press
Elon Musk, o homem mais rico do mundo, se diz preocupado com o futuro da humanidade e afirma que “a queda na taxa de natalidade pode ameaçar a civilização humana”.
 Redação (17/12/2021 17:37Gaudium Press) Em declaração recente, num evento promovido pelo Wall Street Journal, o bilionário Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, considerado o homem mais rico do mundo, se diz preocupado com o futuro da humanidade e afirma que “a queda na taxa de natalidade pode ameaçar a civilização humana”.

Pai de seis filhos, Musk menciona o fato de muitas pessoas pensarem, erroneamente, que há gente demais no mundo e que a população está crescendo fora de controle. “É completamente o oposto. Por favor, olhem para os números! Se as pessoas não tiverem mais filhos, a civilização vai desmoronar, gravem minhas palavras!”

Musk, o poderoso homem que pretende iniciar a implantação de chips cerebrais em 2022, sabe o que está falando. De acordo com o Banco Mundial, a taxa de natalidade global tem diminuído desde 1960.

Neste ano, a China, que tem uma rigorosíssima política de controle populacional, e que até há pouco tempo aplicava multas e sanções para os casais que não obedeciam ao número máximo de filhos, sancionou uma nova lei de planejamento familiar que autoriza até três filhos por família. E iniciou uma campanha massiva para incentivar que isso aconteça.

Ameaçada, China aposta no sucesso da nova lei de planejamento familiar

Na década de 70, o país mais populoso do mundo implementou a política do filho único para desacelerar o crescimento populacional. Quem violasse essa política era multado, ou a mãe obrigada a abortar. Em 2016, o governo chinês alterou a lei, permitindo duas crianças por casal.

De acordo com estudo divulgado pela BBC, baseado na comparação dos censos entre os anos de implantação das políticas de um e de dois filhos, 1979 e 2016, os nascimentos caíram pela metade e, entre 2016 e 2020, houve queda abrupta na natividade, de 18 milhões de bebês para 12 milhões.

As baixas taxas de natalidade e o envelhecimento da população ameaçam o futuro econômico e a estratégia industrial que a China tem usado há décadas para sair da pobreza e tornar-se uma potência mundial, pois a mão de obra está diminuindo consideravelmente.

A ciência se curva à religião

Apesar de o Estado ser laico e o mundo, paulatinamente, estar se tornando ateu, é interessante ver os principais expoentes da economia, política, ciência e tecnologia repetindo as palavras gravadas no velho livro que muitos governos tentam abolir das bibliotecas públicas, a Bíblia.

No primeiro capítulo do Livro do Gênesis, lá no longínquo passado que deu origem à nossa civilização, agora ameaçada pela nossa própria desobediência, estão registradas as ordens taxativas daquele que é mais rico que os mais ricos e mais poderoso que os mais poderosos:

 “Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou: Frutificai – disse ele – e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a.” (Gn 1, 27-28).

Estas foram as palavras de Deus aos nossos primeiros pais, Adão e Eva, tronco do qual todos descendemos, fato que a ciência também já se vê na contingência de admitir, depois de estudos apontarem para a existência do genoma primordial, uma fonte única da qual surgiu toda a humanidade.

Mais tarde, após o dilúvio que varreu a espécie humana do planeta, com a manutenção de um único ramo, a família de Noé – que, mais uma vez, se tornaria tronco – o Senhor dos senhores repetiu a mesma ordem: “Deus abençoou Noé e seus filhos: Sede fecundos – disse-lhes ele – multiplicai-vos e enchei a terra.” (Gn 9, 1)

Ter mais filhos e viver menos tempo

Famoso por suas opiniões ousadas e controversas, Musk, que se classifica como um “socialista meio democrata, meio republicano e praticamente ateu”, disse também que as pessoas não deveriam tentar viver por muito tempo, a fim de termos uma sociedade onde as novas ideias tenham mais chances de sucesso. Bem, isso já é tema para outra conversa…

A grande questão é que Deus fez tudo perfeito, por isso criou o homem e a mulher, para que se unissem e formassem a família, que é a base da sociedade. O homem, que desde Adão se deixa guiar pelo imperativo do pecado, colocou o prazer em primeiro lugar, e a ele foi acrescentando uma série de vícios e distorções que descaracterizou o plano da criação. Ter filhos deixou de ser uma coisa natural, uma necessidade, e agora estamos na iminência de provar do próprio veneno.

Um mal que atinge todas as camadas

A taxa de natalidade diminuiu. Aumentou a quantidade de abortos, que se tornou legal em muitos de países. Crianças deixam de nascer e todas as camadas sociais sofrem com isso. A camada menos privilegiada economicamente deixa de fornecer a mão de obra necessária ao adequado funcionamento da máquina social, e os mais privilegiados, detentores das grandes fortunas, deixam patrimônios incalculáveis para poucos herdeiros, em sua maioria, despreparados para dar continuidade às empresas, às fortunas e suas destinações, afetando mais uma vez, e de forma ainda mais trágica, a cadeia produtiva.

Nesse sentido, pelo menos, Musk deu a sua contribuição para a povoação do planeta, ainda que cinco dos seus seis filhos tenham sido concebidos de forma artificial, in vitro.

Pela graça de Deus ainda temos famílias verdadeiramente católicas que cumprem o seu papel, trazendo ao mundo a quantidade de filhos que Deus determina, educando-os na religião e na fé, preparando sementes de um porvir muito diferente do mundo de criaturas híbridas, dominado pela Inteligência Artificial, como aquele concebido pelos homens que exploram o espaço e se julgam os donos do amanhã, mas, não são.

O amanhã a Deus pertence e, não há dúvida de que os planos Dele são perfeitos e surpreenderão de uma forma inimaginável.

Não estou entre os homens mais ricos do mundo, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg ou da Forbes, mas, como Elon Musk, posso dizer: “Gravem as minhas palavras!”

Afonso Pessoa

Pai de 10 filhos e devoto da Eucaristia pode ser declarado santo

Víctor Rodríguez Martínez. Crédito: Diocese de Palencia
Por Cynthia Pérez

MADRI, 17 dez. 21 / 01:06 pm (ACI).- No sábado, 18 de dezembro, será a abertura do processo de canonização de Víctor Rodríguez Martínez, pai de dez filhos e místico espanhol que "se entregou para ajudar os pobres e doentes".

A diocese de Palencia anunciou que o ato solene será realizado no sábado, 18, a partir das 12h no Convento das Carmelitas Descalças de La Rondilla, em Valladolid, Espanha, e será “a primeira sessão da fase diocesana", que será seguida pela fase apostólica em Roma.

Isso foi possível depois que o arcebispo de Valladolid, cardeal Ricardo Blázquez, recebeu o decreto nihil obstat (Nada impede que se publique) da Congregação para as Causas dos Santos, para introduzir a causa da canonização. O bispo enviou a petição correspondente a Roma em 21 de novembro de 2019.

A cerimônia será presidida pelo cardeal Blázquez e reunirá "os vice-postuladores da causa, o reitor carmelita do Mosteiro do Deserto de São José de Batuecas, padre Francisco Brändle, e Niceto Tirados", afirmou.

Além disso, o secretário chanceler da arquidiocese, Francisco Javier Mínguez, fará a leitura dos documentos e dará "fé do ato"; enquanto os membros do tribunal, o decano da catedral e vigário judicial, José Andrés Cabrerizo, o promotor de justiça Grzegorz Lonski e o notário atuário Jesús Alberto Bogónez prestarão juramento.

Participarão também “vários filhos e netos de Víctor e seus dois irmãos carmelitas descalços, Francisco e Juan Luis, padre do convento de são Bento de Valladolid, e companheiros do carmelo e da adoração noturna, bem como familiares e amigos”.

Biografia

Víctor Rodríguez Martínez nasceu em 1925, em Quintanadiez de la Vega, Palencia, Espanha, em uma pobre família católica, que lhe incutiu amor a Cristo e devoção à Virgem Maria, bem como a santa Teresa d’Ávila e são João da Cruz, dois de seus modelos de santidade.

Segundo o padre Germán García Ferreras em uma série de artigos entre 2017 e 2018, quando Rodríguez era criança ele rezava o terço todos os dias com seus pais.

Além disso, ele os ajudava no trabalho agrícola, sem descuidar dos estudos.

Numa carta escrita ao neto, Martínez disse que aos seis anos se levantava cedo para trabalhar a terra; por exemplo, levava vacas para pastar nos prados e debulhava os campos no verão, como as outras crianças, disse o padre Garcia. No inverno, ele ia à escola todos os dias para se atualizar. Quando o Natal chegava, ele costumava cantar canções natalinas e jogar cartas, mas não recebia presentes, acrescentou.

Rodríguez teve uma namorada que não queria ter mais de dois filhos, por isso terminou o relacionamento com ela. Casou-se em 24 de julho de 1948 com Assunção Merino Cuadrado, palestina de 22 anos, e teve 10 filhos com ela, disse o padre García.

Ele também trabalhou em uma fábrica da Pepsi Cola em Madri. “Mudou-se de Medina do Campo a Madri por causa da crise econômica”, disse o padre.

Mais tarde, por motivos de saúde, foi morar em Velillas del Duque, em Palencia.

Segundo o padre García, “Victor tinha um grande interesse em ser um cristão completo”, no trabalho e na “vida social ordinária”; e “o que ele mais desejava era dar [aos seus familiares] uma formação humana e cristã”.

Por isso gostava de ler os Evangelhos, as Cartas de São Paulo e também santa Teresa e são João da Cruz, de quem era devoto e cujas obras alimentavam a sua vida espiritual. Além disso, ele gostava muito de cantar na missa.

Uniu-se aos oratórios de são Felipe Neri para melhor cuidar dos doentes; e aderiu ao Movimento Cursilhos de Cristandade, onde iniciou um apostolado: trocava de turno com os colegas de trabalho e até doava dinheiro para ajudá-los também nos cursos de formação cristã.

Quando os médicos lhe recomendaram deixar o trabalho em Madri por causa de sua doença, Rodríguez mudou-se e viveu por 12 anos na casa que sua esposa herdou de seus pais, localizada ao lado da igreja de Velillas del Duque, em Palencia. Por ter as chaves do templo, costumava visitar o sacrário quando não havia missa, disse o padre García.

“Víctor se alegrava ao visitar o sacrário pela noite, acompanhando Jesus e escutando a voz do Espírito Santo e a Santíssima Trindade! Sempre protegido pela Virgem por quem tinha uma devoção singular”, disse.

A sua devoção à Eucaristia era grande, pois “não podia passar um dia sem comungar”, pois o Cristo Vivo era a sua “força, para superar a doença” e ser apóstolo.

Por isso, costumava ir a pé de povoado em povoado, em Velillas del Duque, enquanto rezava o terço, para não deixar de assistir à missa.

“Assim como os pobres vão de porta em porta e de cidade em cidade pedindo um pedaço de pão para comer, o cristão deve ir ao sacrário onde se celebra a Eucaristia e assim comer o Pão da Vida”, costumava dizer, segundo o padre Garcia.

Além disso, Rodríguez buscou a Deus na solidão do Mosteiro do Deserto de São José de Batuecas, em Salamanca e Extremadura, onde ingressou. Lá, desfrutava do contato com a natureza e o silêncio, e costumava ajudar em todo tipo de trabalhos.

Rodríguez teve uma profunda predileção pelos doentes, por isso, durante vários anos, pertenceu à congregação de são Felipe Neri, na qual tinha um apostolado de visitar os doentes nos hospitais ou nas casas e chegou a ser diretor da congregação, disse.

Segundo o padre García, junto com “seu amigo Daniel Colorado, colocavam o hábito e percorriam os hospitais de Madri, principalmente o Gregorio Marañón”; e, inclusive, quando estava doente, costumava percorrer “os povoados vizinhos de Velillas del Duque” para visitar os doentes.

Ele sabia “tratar com amor e grande delicadeza” e “transmitir alegria e paz ao mesmo tempo”; e ele sempre sorria e atendia "às necessidades daqueles que sofrem no corpo e no espírito", disse. Além disso, ele era tão generoso que dava sem reservas àqueles que precisavam do pouco que ele tinha.

Segundo o “padre carmelita descalço Juan Jesús”, confessor de Rodríguez em Medina del Campo, Víctor disse-lhe “que a maior graça que o Senhor lhe concedeu em toda a sua vida foi permitir que se arruinasse financeiramente, porque assim se libertou totalmente da cegueira e da escravidão dos bens materiais”, disse o padre García.

Por exemplo, Mari Carmen, sua "colega de trabalho na fábrica da Pepsi Cola", disse que quando Rodríguez trabalhava horas extras, ele pedia "envelopes para colocar dinheiro e distribuir aos necessitados". Embora ela o repreendesse dizendo “que tinha 7 filhos e que devia ficar com eles”, ele lhe dizia “que os seus filhos comiam todos os dias e havia gente que não o podia fazer”.

Além disso, quando a casa de um vizinho pegou fogo e ele ficou sem lugar para morar com a sua família, Rodríguez lhe emprestou a sua casa até que a do vizinho fosse consertada e mudou-se com a sua família “para outra que tinha no interior de Medina del Campo, onde guardava as galinhas”.

“A sua vida se caracterizou por sua entrega total a sua vocação secular”, pois foi um “verdadeiro místico em meio ao mundo, ao mesmo tempo um homem trabalhador, humilde, simples e serviçal, que se entregou pelos pobres e pelos doentes. Morreu com fama de santidade em Medina del Campo, em 21 de fevereiro de 2021”, disse a diocese de Palencia.

Fonte: https://www.acidigital.com/

A Santa Sé responde às dúvidas dos bispos sobre a celebração da Missa antiga

Foram publicadas onze respostas sobre a aplicação do Motu
proprio "Traditionis custodes" na Missa com o antigo Rito 

Uma carta do Prefeito da Congregação para o Culto Divino às Conferências episcopais acompanha a publicação das respostas aos quesitos recebidos das Igrejas locais e que dizem respeito à aplicação do Motu próprio "Traditionis custodes", que entrou em vigor em julho passado.

Vatican News

Onze "dubia", questões que entram no mérito da aplicação do Motu próprio Traditionis custodes com o qual o Papa Francisco, em julho de 2021, promulgou novas normas relativas para o uso dos livros litúrgicos que antecedem a reforma desejada pelo Concílio Vaticano II. E um número igual de respostas corroboradas por notas explicativas. Os "dubia" mais frequentes apresentados pelos bispos e as "responsa" do dicastério, aprovados pelo Papa, que especificam alguns pontos do Motu próprio, foram publicados hoje no site da Congregação para o Culto Divino. Eles são acompanhados por uma carta do Prefeito, o arcebispo Arthur Roche, que ao dirigir-se aos presidentes das Conferências episcopais explica a direção tomada: "Toda norma prescrita tem sempre o único objetivo de salvaguardar o dom da comunhão eclesial caminhando juntos, com convicção de mente e coração, na linha indicada pelo Santo Padre".

As igrejas paroquiais

A primeira pergunta diz respeito à possibilidade de celebrar com o rito pré-conciliar em uma igreja paroquial se não houver possibilidade de encontrar uma igreja, oratório ou capela para o grupo de fiéis que usam o Missal de 1962. O Motu próprio excluía isto, para enfatizar que a Missa com o rito anterior é uma concessão limitada e não faz parte da vida ordinária da comunidade paroquial. A resposta é afirmativa, mas somente se for constatada a impossibilidade de utilizar outra igreja e sem inserir a celebração no horário das Missa paroquiais, evitando também a concomitância com as atividades pastorais da paróquia. Estas indicações, explica a resposta, não pretendem marginalizar os fiéis vinculados ao rito anterior, mas lembrar-lhes "que se trata de uma concessão para o seu bem" e não "uma oportunidade para promover o rito anterior" que já não está em vigor.

Os sacramentos no rito antigo

O segundo "dubium" diz respeito à possibilidade de celebrar não somente a Eucaristia (com o Missale Romanum de 1962, objeto da concessão), mas também os outros sacramentos previstos pelo Rituale Romanum (a última editio typica é de 1952) e pelo Pontificale Romanum precedente à reforma litúrgica. Em primeiro lugar, recordamos que o Rituale Romanum abrange os sacramentos do batismo, penitência, matrimônio, unção dos enfermos e sacramentais, como as exéquias. O Pontificale Romanum, por sua vez, diz respeito aos sacramentos presididos pelo bispo, ou seja, a confirmação e as ordenações. A resposta é negativa: a autoridade da Santa Sé, de fato, considera que, para avançar na direção indicada por Francisco, a possibilidade de utilizar livros litúrgicos revogados não deve ser concedida e que os fiéis devem ser acompanhados "para uma compreensão plena do valor da forma ritual" resultante da reforma litúrgica. No entanto, há algumas distinções importantes. O "responsum" especifica que só será possível utilizar o Ritual anterior em "paróquias pessoais canonicamente erigidas", ou seja, exclusivamente em paróquias já instituídas pelo bispo e dedicadas aos fiéis ligados ao rito antigo. Nem mesmo nessas paróquias, entretanto, será permitido utilizar o Pontificale para a crisma e ordenações. O motivo desta proibição, com relação à crisma, é explicado pelo fato de que a própria fórmula do sacramento da confirmação foi alterada por São Paulo VI e, portanto, não é considerado apropriado utilizar a fórmula abolida, uma vez que ela sofreu mudanças substanciais.

A concelebração

Outra questão diz respeito à possibilidade de continuar usando o antigo Missal para aqueles sacerdotes que não reconhecem a validade e legitimidade da concelebração, recusando-se a concelebrar em particular a Missa crismal com o bispo na Quinta-feira Santa. A resposta é negativa, porém, antes de revogar a concessão, pede-se ao bispo que "estabeleça uma discussão fraterna com o presbítero, para assegurar que esta atitude não exclua a validade e a legitimidade da reforma litúrgica", do Concílio Vaticano II e do Magistério dos Pontífices. O bispo, antes de revogar a concessão, oferecerá ao sacerdote o tempo necessário para um "confronto sincero", convidando-o a viver a concelebração.

As leituras na tradução autorizada

À pergunta se nas Missas do rito antigo é possível usar o texto completo da Bíblia escolhendo de lá as partes indicadas no Missal, a Santa Sé responde que sim. O antigo Missal continha não só o rito, mas também as Leituras do dia, enquanto que depois da reforma o Missal com as rubricas e orações foi separado do Lecionário com os textos da Escritura. Como o Motu Próprio do Papa Francisco prescreve que as Leituras - em latim no Missal antigo - devem ser sempre proclamadas nas línguas de cada país, está autorizado a usar a Bíblia na tradução singularmente aprovada pelas Conferências episcopais para uso litúrgico. Por outro lado, não é autorizada a publicação dos Lecionários nos idiomas locais com o ciclo de Leituras previsto pelo rito antigo.

O "sim" da Santa Sé para autorizar os sacerdotes

Uma quinta pergunta diz respeito à consulta da Santa Sé por parte do bispo antes de responder afirmativamente ao pedido de um sacerdote ordenado depois de 16 de julho de 2021 que pretende celebrar no rito antigo. A resposta explica que em tais casos as concessões devem ser autorizadas pela Santa Sé. O esclarecimento foi necessário porque a versão italiana do Motu próprio do Papa Francisco declarou que o bispo, antes de conceder a autorização, "consultará a Sé Apostólica". No texto latino do documento, que é o oficial de referência, está claramente indicado que antes de qualquer concessão para novos sacerdotes, o bispo deve ser autorizado por Roma. A Congregação para o Culto Divino encoraja todos os formadores dos seminários a acompanhar os futuros diáconos e sacerdotes na compreensão e vivência da riqueza da reforma litúrgica.

Tempo, território e autorizações

À pergunta se o bispo pode conceder permissão para usar o antigo Missal por um período de tempo específico, de modo a reservar a possibilidade de verificação, a Santa Sé responde afirmativamente. A Santa Sé também responde afirmativamente à pergunta se a concessão está ligada apenas ao território de sua diocese. No "responsum" para outro "dubium" é especificado que no caso de ausência ou impossibilidade do sacerdote autorizado, a pessoa que o substitui também deve ter autorização formal para usar o antigo Missal. A autorização também é necessária para diáconos e ministros instituídos que participam da celebração da Missa pré-conciliar.

Não às dúplices celebrações

A décima e décima primeira questões dizem respeito à possibilidade de "binação". No primeiro caso, um pároco ou capelão que já celebrou para seus fiéis no novo rito nos dias de semana não está autorizado a celebrar novamente no rito antigo, seja em grupo ou privadamente. A dupla celebração nos dias de semana só é permitida por razões pastorais, que não estão presentes neste caso, já que os fiéis já tiveram a oportunidade de participar da Eucaristia celebrada de acordo com o Missal resultante da reforma pós-conciliar. Por fim, à pergunta se um sacerdote autorizado a usar o antigo Missal que já celebrou de acordo com este rito para um grupo de fiéis pode celebrar uma segunda Missa com o mesmo rito para outro grupo, a resposta é não. De fato, não há "causa justa" ou "necessidade pastoral", dado que os fiéis têm a possibilidade de participar da Eucaristia na forma ritual atual.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Nossa Senhora do Bom Parto

Nossa Senhora do Bom Parto | arquisp
18 de dezembro

Nossa Senhora do Bom Parto

Os títulos de Nossa Senhora, "do Bom Parto" e do "Bom Sucesso" nasceram aos pés da imagem da Virgem Negra de Paris, venerada na antiga igreja Saint-Etienne-des-Grès, capital francesa. Invocar a proteção da Mãe durante a gestação e parto é o que toda família cristã sempre fez ao longo dos séculos. 
O culto à Virgem do Bom Parto é uma das mais tradicionais devoções da França, Espanha e Portugal, que se espalhou por muitas outras nações. No mundo cristão, esse culto aparece com títulos semelhantes, como Nossa Senhora do Divino Parto, entre outros, porém as imagens representam a Virgem com a pele clara. 
Nos registros das primeiras igrejas cristãs, encontramos muitas indicações sobre estátuas e pinturas da Virgem Maria com a pele morena. Na Antiguidade, a cor preta em símbolos religiosos, era sinal de fertilidade. Um sinal que a primitiva arte cristã manteve, para invocar a fertilidade física e espiritual de Maria, Mãe de Deus e nossa. 
A imagem de Maria da igreja de Paris foi esculpida em pedra negra e data do século XI. Considerada milagrosa, é diante dela que acorrem constantes peregrinações de devotos. Nossa Senhora do Bom Parto é especialmente invocada nas ocasiões de tragédias pessoais e públicas. Aos seus pés, o Padre Cláudio Poullart dês Places, junto com doze companheiros pobres, fundou a Congregação do Espírito Santo e do Imaculado Coração de Maria, em 1703. A Congregação dos padres espiritanos cresceu rapidamente e, orar diante da Virgem Negra de Paris, era sinal da primeira consagração. 

Outras personalidades importantes foram rezar aos pés de Nossa Senhora do Bom Parto, em Paris. Dentre os quais: Domingos de Gusmão; Tomás de Aquino; Francisco de Sales, hoje Doutor da Igreja; Sofia Barrat; Vicente de Paulo, que colocou sob a proteção da Virgem Negra de Paris a sua grande Obra de caridade e os seus Institutos; e mais recentemente João Bosco.
Durante a Revolução Francesa, a igreja de Saint-Etienne-des-Grès foi saqueada e destruída. Mas a escultura da Virgem Negra foi vendida à uma piedosa cristã, que a escondeu muito bem. Mais tarde, ela doou a sagrada imagem às Irmãs Enfermeiras da Congregação de São Tomas de Vilanova, que construíram uma capela nova para a veneração de Nossa Senhora do Bom Parto, em Neuilly. Desse modo, asseguraram o culto e as constantes peregrinações dos fiéis e devotos. 
Foram os missionários espiritanos que divulgaram o culto à Senhora do Bom Parto no mundo. 
No Brasil eles aportaram em dezembro de 1885, e encontram essa devoção já estabelecida no país. Os registros indicam que os cristãos brasileiros começaram a invocar Senhora do Bom Parto, diante da imagem da Virgem do Ó, na igreja erguida no Rio de Janeiro em 1650. 
Isso porque, anexada à ela, os padres fundaram o Recanto do Bom Parto, para acolher as mulheres grávidas rejeitadas pela sociedade.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Nossa Senhora do Ó

Nossa Senhora do Ó | arquisp
18 de dezembro

Nossa Senhora do Ó

Quando lemos nas escrituras que: “Maria guardava todas as coisas em seu coração” entendemos que a palavra de Deus encontrou eco, desde sempre, no Imaculado Coração de Maria.
O sim de Maria encheu o Céu de Júbilo, o coração de Deus transbordou de alegria, pois a criação teria uma nova e definitiva oportunidade e conforme Santo Agostinho: “Eva chorou,
Maria exultou. A mãe de nossa raça nos trouxe a tristeza; a mãe de Deus a alegria.”
O cotidiano de Maria em nada mudou com a encarnação do verbo, seus dias foram marcados pelo trabalho silencioso, os afazeres domésticos enchiam o tempo de Nossa Senhora.
Nos momentos de folga, tecia as mantas do enxoval, bordava os modestos cueiros e em cada ponto divagava em seus pensamentos e exclamava conforme nos relata Pe. Antônio Vieira “os desejos da Virgem Santíssima, que todos eram Oh! Quando chegará aquele dia! Oh! Quando chegará aquela ditosa hora, em que veja com meus olhos e em meus braços ao filho de Deus e meu! Oh! Quando... Estes desejos da senhora começaram na concepção e acabaram no parto.”
Segundo alguns autores, a denominação de Nossa Senhora do Ó deriva de ser a letra “O” símbolo de imortalidade e, portanto de Deus, de quem Maria é mãe.
A festa da Expectação do parto da Ssma. Virgem foi instituída por Santo Ildefonso, Bispo de Toledo, e tinha como objetivo lembrar as alegrias de Maria, em sua doce espera.
“As antífonas do Ó”

Desde o dia 17 de dezembro até o dia 23 do mesmo mês, antes e depois da recitação do Magnificat na oração das vésperas, são cantadas sete antífonas, uma por dia.
Todas começam por uma invocação a Jesus, que, no entanto nunca é chamado pelo nome, e todas incluem o apelo Vinde.
Todas estas antífonas são inspiradas pelos textos do Antigo Testamento que anunciam o Messias e tem suas origens por volta do ano 600.
Desde a primeira até a última, Jesus é invocado como sabedoria, Senhor, Raiz, Chave, Estrela, Rei e Emanuel. Ex: 17 de dezembro. Ó sabedoria que procede da boca do altíssimo, vós estendei-vos até os confins da terra e tudo dispondes com a fortaleza e benignidade.
-Vinde ensinar-nos o caminho da sabedoria.
O culto e a devoção a Nossa Senhora da Expectação ou do Ó, veio para o Brasil com os portugueses e aqui a devoção popularizou-se com a freguesia de Nossa Senhora Do Ó em São Paulo.
Geralmente a imagem de Nossa Senhora da Expectação ou do Ó, representa a Virgem Maria com seu ventre sagrado desenvolvido, tendo as mãos sobre o peito, e no ventre encontramos as inscrições J.H.S.
O mais importante, para nós, é lembrar que os Ós de Maria estavam carregados da certeza de estar trazendo em seu ventre, a esperança de um povo.
Ó! Doce certeza, em um mundo de tantas incertezas.
Ó! Feliz, sempre Virgem Maria.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF