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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

São Pedro Fourier

S. Pedro Fourier | arquisp
09 de dezembro

São Pedro Fourier

Pedro Fourier nasceu em 30 de novembro de 1565, em Mirecourt, uma pequena aldeia da Lorena, na França. Ainda jovem, tornou-se um professor admirado e respeitado por seu caráter e competência, que quase todas as famílias desejavam lhe entregar seus filhos para educar. Percebendo o chamado para a vida religiosa, ao completar vinte anos entrou para a Ordem dos Cônegos de Santo Agostinho, onde cursou teologia e filosofia, para finalmente ser ordenado sacerdote.

Mas Pedro era tão rigoroso e disciplinado consigo mesmo e com os irmãos de Ordem, que estes logo fizeram com que fosse transferido do convento. Assim, ele foi designado para ocupar uma das três paróquias que estavam vagas. Preferiu a mais pobre e carente, numa região onde dominavam a corrupção moral e os protestantes calvinistas.

Nessa paróquia permaneceu trinta anos, o suficiente para mudar o comportamento de praticamente toda a população. Incansável, conseguia tempo para percorrer os arredores, arrebanhando centenas de convertidos com sua pregação simples e eficiente. Também fundou em sua paróquia três associações apostólicas: a de São Sebastião, para homens; a do Rosário, para mulheres; e a da Nossa Senhora Imaculada, para moças. Todas voltadas para a educação e formação das crianças e jovens daquela região e arredores.

Entretanto Pedro não obteve sucesso quando criou a primeira escola para os meninos. Por isso, antes de fundar a das meninas, decidiu preparar pessoalmente, e muito bem, as professoras. Reuniu quatro moças, dirigidas pela jovem Alix Le Clerc, e começou a ensinar-lhes as técnicas pedagógicas de ensino, valendo-se da sua grande cultura e didática. Foi assim que fundou a Congregação de Nossa Senhora das Cônegas de Santo Agostinho. A nova Ordem foi aprovada pelo sumo pontífice em 1616, tendo como co-fundadora Alix Le Clerc, hoje bem-aventurada.

Cumprida essa missão, recebeu a tarefa de reformar a própria Ordem, expulsando dela qualquer indício do espírito calvinista, que ameaçava instalar-se. Pedro, em 1622, foi eleito superior dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Mas encontrou muita oposição dentro do clero e, principalmente, do governo.

Em 1636, o rei da França exigiu que Pedro fizesse um juramento que ia contra sua consciência e contra o papa. Em vez disso, preferiu o exílio. Teve, então, de mudar-se para a diocese de Gray, na Borgonha. Embora tivesse o cargo de superior da Ordem, os últimos quatro anos ele passou exercitando o que mais gostava e que fizera em toda sua vida: ensinando as crianças e os jovens numa escola gratuita que ele mesmo ali fundara.

O grande educador, fundador e pregador Pedro Fourier morreu no dia 9 de dezembro de 1640, em Gray. Foi canonizado, em 1897, pelo papa Leão XIII.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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São Juan Diego Cuauhtlatoatzin

S. Juan Diego | arquisp
09 de dezembro

São João (Juan) Diego Cuauhtlatoatzin

Os registros oficiais narram que Juan Diego, para nós João Diego, nasceu em 1474 na calpulli, ou melhor, no bairro de Tlayacac ao norte da atual Cidade do México. Era um índio nativo, que antes de ser batizado tinha o nome de Cuauhtlatoatzin, traduzido como "águia que fala" ou "aquele que fala como águia".

Era um índio pobre, pertencia à mais baixa casta do Império Azteca, sem ser, entretanto, um escravo. Dedicava-se ao difícil trabalho no campo e à fabricação de esteiras. Possuía um pedaço de terra, onde vivia feliz com a esposa, numa pequena casa, mas não tinha filhos.

Atraído pela doutrina dos padres franciscanos que chegaram ao México em 1524, se converteu e foi batizado, junto como sua esposa. Receberam o nome cristão de João Diego e Maria Lúcia, respectivamente. Era um homem dedicado, religioso, que sempre se retirava para as orações contemplativas e penitências. Costumava caminhar de sua vila à Cidade do México, a quatorze milhas de distância, para aprender a Palavra de Cristo. Andava descalço e vestia, nas manhãs frias, uma roupa de tecido grosso de fibra de cactos como um manto, chamado tilma ou ayate, como todos de sua classe social.

A esposa, Maria Lúcia, ficou doente e faleceu em 1529. Ele, então, foi morar com seu tio, diminuindo a distância da igreja para nove milhas. Fazia esse percurso todo sábado e domingo, saindo bem cedo, antes do amanhecer. Durante uma de suas idas à igreja, no dia 9 de dezembro de 1531, por volta de três horas e meia, entre a vila e a montanha, ocorreu a primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe, num lugar hoje chamado "Capela do Cerrinho", onde a Virgem Maria o chamou em sua língua nativa, nahuatl, dizendo: "Joãozinho, João Dieguito", "o mais humilde de meus filhos", "meu filho caçula", "meu queridinho".

A Virgem o encarregou de pedir ao bispo, o franciscano João de Zumárraga, para construir uma igreja no lugar da aparição. Como o bispo não se convenceu, ela sugeriu que João Diego insistisse. No dia seguinte, domingo, voltou a falar com o bispo, que pediu provas concretas sobre a aparição.

Na terça-feira, 12 de dezembro, João Diego estava indo à cidade quando a Virgem apareceu e o consolou. Em seguida, pediu que ele colhesse flores para ela no alto da colina de Tepeyac. Apesar do frio inverno, ele encontrou lindas flores, que colheu, colocou no seu manto e levou para Nossa Senhora. Ela disse que as entregasse ao bispo como prova da aparição. Diante do bispo, João Diego abriu sua túnica, as flores caíram e no tecido apareceu impressa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Tinha, então, cinqüenta e sete anos.

Após o milagre de Guadalupe, foi morar numa sala ao lado da capela que acolheu a sagrada imagem, depois de ter passado seus negócios e propriedades ao seu tio. Dedicou o resto de sua vida propagando as aparições aos seus conterrâneos nativos, que se convertiam. Ele amou, profundamente, a santa eucaristia, e obteve uma especial permissão do bispo para receber a comunhão três vezes na semana, um acontecimento bastante raro naqueles dias.
João Diego faleceu no dia 30 de maio de 1548, aos setenta e quatro anos, de morte natural.

O papa João Paulo II, durante sua canonização em 2002, designou a festa litúrgica para 9 de dezembro, dia da primeira aparição, e louvou são João Diego, pela sua simples fé nutrida pelo catecismo, como um modelo de humildade para todos nós.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

A diferença entre dizer Feliz Natal ou desejar Boas Festas

Aleteia
Por Daniel R. Esparza

O X em “Xmas” – expressão em inglês para "Natal"– significa literalmente Cristo, desde o início do cristianismo.

Os católicos dos Estados Unidos costumam dizer, nesta época do ano, que chegou a hora de “manter Cristo no Natal” (“keep Christ in Christmas”) novamente. A necessidade de preservar e defender a natureza religiosa deste feriado é óbvia e justa. E aqueles que usam a expressão em inglês “Xmas”, em vez de “Christmas”, podem até não saber, mas o X de “Xmas” significa literalmente “Cristo“, e isso desde o início do cristianismo.

Certamente, alguns cristãos nos EUA (incluindo os proeminentes) fazem da abreviação de “Xmas” parte de uma guerra maior (cultural) travada contra a saudação popular “Happy Holidays” (“Boas Festas“).

Enquanto a saudação de “Boas Festas” é apenas uma maneira de garantir que alguém esteja desejando a todos um momento alegre, dizer (ou escrever) “Feliz Natal” é uma tradição bastante antiga (e com um significado muito mais profundo).

O “X” de “Xristós”

A letra “X” representa Cristo por uma razão simples e direta. A palavra “Cristo” em grego, a língua do Novo Testamento, começa com a letra grega chi, “X”, em “Xristós” (Χριστός). Era apenas uma questão de tempo até que teólogos e escribas começassem a abreviar a palavra “Cristo” apenas escrevendo a primeira letra, X.

Essas abreviaturas são de fato bastante comuns. Até mesmo a palavra Deus, theós, é muitas vezes substituída pelo grego theta, θ, a primeira letra do grego θεός.

Esse tipo de abreviatura abunda em textos helenísticos da antiguidade tardia, e a razão também é simples e prática: os suportes para se escrever eram, em geral, bastante caros naquela época, e qualquer maneira de economizar o máximo de espaço possível ao copiar manuscritos era certamente bem-vinda.

Na verdade, essas abreviaturas são bastante onipresentes e vêm tanto em grego quanto em latim. São José, por exemplo, era frequentemente referido apenas como “PP” (daí o espanhol “Pepe”), para “Pater Putativus”. Mesmo os sinais de pontuação eram bastante escassos: não encontramos uma lista desses símbolos até o século VII, com as Etimologias de Isidoro de Sevilha. De fato, os paleógrafos muitas vezes têm dificuldade em decifrar algumas abreviaturas relativamente incomuns em textos antigos e medievais.

A abreviação XP para o nome de Cristo, popularmente conhecida como o emblema “Chi Rho” (o X e o P sendo foneticamente equivalentes aos nossos sons “ch” e “r”), tornou-se especialmente popular já na primeira metade do século IV, quando o imperador romano Constantino usou esse emblema em sua famosa batalha militar.

No século V, o Chi-Rho já estava sendo amplamente utilizado na arte cristã em todo o Império Romano, Portanto, sinta-se à vontade para desejar aos seus entes queridos um Feliz Natal também em inglês, usando qualquer uma destas expressões: merry Christmas ou merry Xmas.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Palácio de Latrão, antiga residência papal, será aberto ao público

Palácio de Latrão | Guadium Press
O espaço foi totalmente reformado e poderá, a partir do dia 13 de dezembro, receber grupos de até 30 pessoas por visita.

Cidade do Vaticano (07/12/2021 16:49, Gaudium Press) O Palácio de Latrão, que durante séculos foi a residência oficial dos Papas, abrirá as suas portas ao público que deseje visitá-lo a partir do dia 13 de dezembro. O espaço foi totalmente reformado e poderá receber grupos de até 30 pessoas por visita.

Revitalização sugerida pelo Papa

Os visitantes poderão conhecer os quase três mil metros quadrados que compõem o palácio. No total são dez salas, o aposento papal, a capela particular, a escadaria monumental que leva diretamente à Basílica de São João de Latrão e a mesa onde foram assinados os Tratados de Latrão.

A revitalização do lugar havia sido sugerida pelo Papa através de uma carta, datada do dia 20 de fevereiro, endereçada ao Cardeal vigário Angelo De Donatis. O Pontífice ressaltou que o Palácio é um lugar significativo e reafirmou o compromisso da Igreja ao longo dos séculos de testemunhar a Fé por meio da arte.

Palácio de Latrão | Guadium Press

Seria um verdadeiro pecado não o abrir ao público

O Cardeal De Donatis, por sua vez, sublinhou ter “plena consciência do significado profundo deste lugar e seria um verdadeiro pecado não o abrir ao público, porque um bem tão grande deve ser compartilhado, deve ser oferecido aos outros”.

Segundo o purpurado, “quem era muito apegado a este lugar, e até mesmo gostaria de ali morar, era João XXIII. O Papa Francisco, já há algum tempo, vem assinando todos os seus documentos do Latrão para destacar a ligação com o lugar que custodia a cátedra do bispo de Roma”.

Irmãs Missionárias da Divina Revelação

Tratando sobre as Irmãs Missionárias da Divina Revelação, que há anos oferecem itinerários de arte e fé em Roma, o Cardeal sublinhou que elas vivem como “um grande privilégio e uma grande honra” este serviço de evangelização pela arte.

“Aquela dentro do Palácio de Latrão – declaram as religiosas – será uma viagem emocionante pelas páginas da história da Igreja, onde arte e fé se entrelaçam numa fecundidade luminosa que consegue transmitir encanto, sabedoria e beleza às várias gerações”, concluiu. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

ESPIRITUALIDADE: Amor sem limites (Parte 16/19)

Capa: Fragmento de um ícone de meados de
século XVII atribuída a Emanuel Lombardos.

Um Monge da Igreja do Oriente

AMOR SEM LIMITES

Tradução para o português:
Pe. André Sperandio
Ecclesia

32. O puro e o impuro

Também eu, Senhor-amor, como o teu servo Pedro no terraço de Joppe, vejo descer do céu um mantel (toalha de mesa) atado nos quatro cantos e transportado com todas as delícias terrenas.

Isto é para mim o espetáculo de todas as coisas que há em meu entorno, e vejo que os homens as desejam e parecem viver delas. Muitas são boas. Muitas se apresentam como próprias do amor, porém contradizem o amor.

Senhor-amor, a questão do puro e do impuro, em seu sentido mais amplo, coloca-se assim, diante de mim:

Devo, de imediato, rejeitar esta mistura e dizer: "Longe de mim tudo isso! Não vou tocar o que está contaminado"? Devo afastar de mim uns e outros para apagar esta distinção no passado e no presente? Eu lhes direi, "Não quero conhecê-los, quero ignorá-los, a vós e ao que praticais?"

Ou deveria tentar ir com eles, com elas, o mais longe possível ao longo de seu caminho? Embrenhar-me em um caminho de compromisso mental, se não físico? Senhor-amor, que devo fazer, afinal?

Meu filho, eu quero te mostrar o que poucos sabem:

Eu quero ensinar-te a adorar o amor sem limites, mesmo no pecado cometido pelo pecador. Sejamos absolutamente claros sobre isso.

Meu filho, bem sabes que eu não posso aprovar o pecado. Não posso incentivar o pecador a pecar; isto não faz o menor sentido, não se pode sequer cogitar.

Mas não sou, de alguma forma, presente e ativo no ato do pecado em si?

Com isto quero apenas dizer que, condenando o ato do pecado, eu sigo amando a pessoa do pecador. E, tem mais:

Tudo o que acontece, o mal como o bem, tem suas raízes no ser divino. E, é que Deus dá - ou melhor, dispensa - o ser aos homens que continuam existindo mesmo quando cometem um pecado. Neste momento, meu filho, eu poderia lhes retirar o ser. Eu poderia destruí-los. Mas eu os mantenho nessa existência que receberam de mim, mesmo que usem contra mim o dom que lhes fiz.

Além disso, na minha infinita misericórdia, no meu amor sem limites para com os homens, admito que certos elementos positivos separados do egoísmo, que atuam sobre um dom, uma ternura autêntica, podem penetrar no pecado sem confundir-se com ele.

Uma faísca da sarça ardente pode penetrar nesse pecado. Compreenda-me bem, meu filho. Eu não estou dizendo que essa faísca tenha abolido o que era uma violação do amor absoluto. Não digo que tenha um efeito redentor, que dê a todo ato desse pecado a conversão ao amor e às suas claras exigências. Porém, o amor sem limites abriu uma porta; de alguma forma, entrou. Infiltrou-se numa situação "separada" do amor total. Depositou na alma, talvez duas, germes poderosos que poderão um dia se desenvolver em frutos de salvação.

Meu filho, entre as coisas chamadas "impuras" não estão apenas as que purifiquei e as que não tenham sido purificadas. Há também, e isso é o que se desconhece - as que estão em processo de purificação.

O importante é o reconhecimento adorante de minha presença em um ato "culpável" e, ao mesmo tempo, separar radicalmente desta presença tudo o que é estranho ao amor sem limites e o que vai ao seu encontro. Aprender a distinguir os caminhos inesperadas e sempre novos pelos que me revelo sem alteração e sem mistura. Revelo-me como o compassivo.

Filho meu, diante de uma mesa repleta de manjares puros e impuros, permanece como tendo à disposição uma espada que separa os elementos inteiramente negativos dos elementos positivos presentes nas faltas ou em torno delas.

Assimila tudo o que no pecador, através de todos os desvios, procede de mim e permanece a ser meu. Descubra a ação secreta de minha absoluta pureza, a generosidade do amor em meio às impurezas e egoísmos visíveis.

Junta-te ao meu esforço em transfigurar o que não é meu. Por tua oração fraterna, por tua simpatia, não pelo pecado, mas pelo pecador, participa em minha obra de purificação.

® NARCEA, S.A. EDIÇÕES
Dr. Federico Rubio e Galí, 9. 28039 - Madrid
® EDITIONS ET LIBRAIRIE DE CHEVETOGNE Bélgica
Título original: Amour sans limite
Tradução (para o espanhol): CARLOS CASTRO CUBELLS
Tradução para o português: Pe. André Sperandio
Capa: Fragmento de um ícone de meados de século XVII atribuída a Emanuel lombardos
ISBN: 84-277-0758-4
Depósito Legal: M-26455-1987
Impressão: Notigraf, S. A. San Dalmácio, 8. 28021 - Madrid

O que você não viu da visita do papa Francisco ao Chipre e à Grécia

Papa Francisco com uma criança e com Anna Aristotelous /
Crédito: Vatican Media

Nicósia, 07 dez. 21 / 10:08 am (ACI).- O papa Francisco fez uma visita apostólica ao Chipre e à Grécia de 2 a 6 de dezembro, países onde os católicos são cerca de 200 mil em um páis de 17 milhões de habitantes, mais de 90% dos quais são ortodoxos gregos.

Durante sua viagem, Francisco se encontrou com os líderes da Igreja Ortodoxa e, seguindo o exemplo de são João Paulo II, o papa Francisco pediu perdão pelos males causados ​​pelos católicos no passado e pediu unidade e reconciliação. Ele também encorajou a pequena comunidade católica a crescer na fé e trouxe conforto e esperança aos migrantes.

Aqui estão alguns momentos de sua viagem apostólica:

1. O papa Francisco recebeu um violino feito por migrantes presos

Na sexta-feira, 3 de dezembro, na manhã do segundo dia de sua viagem ao Chipre, o papa Francisco se encontrou com Anna Aristotelous, diretora da Divisão Penitenciária do Chipre, que expressou sua admiração por seu trabalho, sensibilidade e apoio aos pobres.

Aristotelous agradeceu ao papa por incluir dez prisioneiros entre os 50 migrantes que ele trouxe para a Itália para dar-lhes um novo começo. Os dez prisioneiros foram presos por morar no Chipre sem as permissões necessárias.

Além disso, deu de presente para o papa Francisco uma caixa branca enfeitada com um laço dourado que continha um violino feito pelos prisioneiros, informaram os meios locais.

2. Menino refugiado fez o papa sorrir ao cumprimentá-lo duas vezes

No domingo, 5 de dezembro, o papa Francisco visitou a ilha de Lesbos, na Grécia, pela segunda vez durante seu pontificado. Como em 2016, Francisco veio expressar sua proximidade e solidariedade aos milhares de refugiados que chegam com a esperança de entrar na Europa.

Entre o grupo de migrantes que recebeu o papa estava Mustafá, um menino refugiado que chamou a atenção do papa e o fez sorrir ao conseguir escapar da multidão e cumprimentá-lo duas vezes. O menino é um dos muitos que vivem no Centro de Recepção e Identificação de Mitilene.

Em ambos os encontros, o menino estendeu o braço para o papa Francisco e apertou sua mão. Na sua segunda saudação, o papa reconheceu e chamou Mustafá pelo nome, depois disse: “Duas vezes”, riu e brincou sobre o acontecimento com seu segurança pessoal.

Vatican News

3. Jovem sacerdote deu água benta ao papa Francisco

No dia 4 de dezembro, Francisco visitou a catedral católica de são Dionísio, na Grécia, e se encontrou com bispos locais, padres, religiosas e religiosos, seminaristas e catequistas, para exortar a evangelizar com confiança e acolhida, seguindo o exemplo de são Paulo.

Na recepção da catedral, um jovem padre se encarregou de trazer a água benta para ser entregue ao papa, que depois de tê-la em suas mãos o abençoou junto com os demais padres que o acompanhavam.

Depois do encontro, de acordo com este vídeo, o jovem sacerdote disse emocionado em italiano, durante uma entrevista ao Vatican News, que receber o papa foi "o momento mais importante para a Igreja da Grécia", porque os fez sentir-se unidos à Igreja Universal. Além disso, afirmou que espera que a sua presença e as suas palavras ajudem os corações não só dos católicos e ortodoxos, mas de todos os habitantes do país.

4. O papa encontrou-se com um grupo de soldados argentinos no Chipre

Depois da Missa presidida pelo papa no Estádio GPS, em Nicósia, Chipre, Francisco se reuniu com um grupo de soldados argentinos da Força-Tarefa nº 58 (FTA 58) da Missão de Paz na República do Chipre (UNFICYP ) das Nações Unidas.

Vatican News

A UNFICYP foi criada em 27 de março de 1964 para evitar a retomada dos combates entre as comunidades cipriota grega e cipriota turca, que entraram em confronto por causa de uma disputa territorial.

O papa se encontrou com cinco padres, entre os quais estava o capelão das forças militares argentinas, padre Mario Cáceres, que disse que o papa “abençoou o meu rosário e deu um para a Sala Histórica do Regimento”. Além disso, afirmou que lhe pediu para enviar "seus cumprimentos aos homens da Força-Tarefa que trabalham para manter a paz no Chipre".

No último dia do papa Francisco no Chipre, segundo a Diocese Militar da Argentina, "as tropas do FTA 58 [...] acompanharam Francisco na Nunciatura antes de sua partida".

O papa agradeceu o trabalho dos militares, dizendo: "O que seria do Chipre sem a presença de sua missão?" Quando estava indo embora, o papa despediu-se dos familiares dos oficiais que não puderam entrar na Sede Diplomática, pela janela do seu carro.

5. As crianças e os jovens acolhem o papa com cantos, frases e danças

Durante a sua viagem ao Chipre e à Grécia, crianças e jovens foram os protagonistas, pois em ambos os países acolheram o papa Francisco com cantos e frases de boas-vindas.

No Chipre, um grupo de crianças maronitas se destacou, carregando bandeiras da Cidade do Vaticano e do Líbano, gritando em inglês em uníssono: "Papa Francisco, bem-vindo ao Chipre"; e pediram ao papa orações pelo seu país, dizendo: “Reze pelo Líbano”.

https://twitter.com/i/status/1466415800072302593

Outro grupo que chamou a atenção foi um coral infantil da Grécia, que, vestido com uniforme e lenço azul no pescoço, deu as boas-vindas ao papa Francisco cantando e dançando para acompanhar as frases que cantavam. Francisco parou sorrindo para os escutar e lhes deu a bênção.

Vatican News

Antes de regressar a Roma, o papa Francisco encontrou-se com jovens gregos no Colégio São Dionísio das Irmãs Ursulinas de Maroussi, onde os exortou a serem corajosos para encontrar o sentido da vida.

Na acolhida, dois casais de jovens gregos vestidos com trajes típicos dançaram uma tradicional dança grega para alegrar o papa.

https://twitter.com/i/status/1467764062712967181

6. O Papa Francisco deixou dois escritos: um no Chipre e outro na Grécia

Durante seu encontro com as autoridades, a sociedade civil e o corpo diplomático da Grécia, o papa Francisco deixou um escrito no Livro de Honra do Palácio Presidencial de Atenas.

Vatican News

Francisco escreveu em espanhol com um lápis azul: “Deus abençoe a Grécia, a memória da Europa”.

Além disso, durante sua visita a sua beatitude Crisóstomo II, arcebispo ortodoxo do Chipre, o papa escreveu sobre o Livro de Ouro.

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7. O Papa mostrou sua ternura com as crianças que se aproximaram dele

Ao longo de sua viagem, especialmente no encontro com os migrantes, o papa se esforçou por retribuir afetuosamente sua saudação a todas as crianças que se aproximaram dele para saudá-lo.

Além de Mustafá, o menino migrante que escapou para cumprimentá-lo duas vezes na ilha de Lesbos, na Grécia, o papa saudou muitas crianças na Grécia e no Chipre.

A seguir, compartilhamos uma compilação de fotos desses encontros:

Vatican News

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Fonte: https://www.acidigital.com/

Nossa Senhora Da Lapa

Nossa Senhora da Lapa | arquisp
08 de dezembro

Nossa Senhora Da Lapa

Naquela data o general mouro Almançor, em uma de suas campanhas militares atacou o Convento de Sisimiro, situado na localidade de Quintela, Sernancelhe.
O cruel mouro martirizou parte das religiosas que ali se encontravam.As religiosas que conseguiram escapar do general se abrigaram numa lapa (gruta), levando consigo uma imagem de Nossa Senhora.A imagem ficou ali por cerca de quinhentos anos e foi sendo esquecida.

Em 1498, uma jovem pastora chamada Joana, menina ainda e muda de nascença, ao pastorear as ovelhas pelos arredores da gruta, penetrou na gruta e ali encontrou a imagem, pequena e formosa.

Porém, inocentemente,  a menina interpretou o achado como uma boneca e a colocou na cesta onde guardava seus pertences e seu lanche.

Durante o pastoreio, a menina enfeitava a cesta como podia, procurando as mais lindas flores para orná-la.

Embora as ovelhas se encontrassem sempre no mesmo lugar, estavam sempre alimentadas e tranquilas, o que despertou comentários de algumas pessoas.

Estes comentários chegaram aos ouvidos da mãe de Joana, que, já enervada com as teimosias da menina, num momento de irritação, pegou a santa imagem e atirou-a ao fogo.

Ao ver isso, a menina soltou um grito: “Não! Minha mãe! É Nossa Senhora! O que fez?”.

Gruta onde apareceu a imagem de Nossa Senhora da Lapa

Sua língua desprendeu-se instantaneamente de forma irreversível e sua mãe, neste momento, ficou com o braço paralisado.

Ainda muito emocionadas, a menina e a mãe oraram e o braço paralisado ficou curado.

As pessoas do povoado reconhecendo então  o valor da santa e milagrosa imagem, construíram, sob a orientação da menina Joana, uma capela para abrigá-la.

E a imagem ali ficou, mesmo após as diversas tentativas do clero de levá-la para a igreja paroquial, de onde sempre desaparecia de modo misterioso.

A devoção à Nossa Senhora da Lapa acabou por difundir-se em Portugal e trazida para o Brasil pelos colonizadores portugueses, onde é venerada em muitas igrejas.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria

Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria

Nove meses antes do nascimento de Maria (8 de setembro), a Igreja celebra a Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria. Esta festa foi aprovada pelo Papa Sisto IV, em 1476, e, depois, de modo extensivo para toda a Igreja, por Clemente XI, em 1708. Trata-se do fato de que Maria, por singular privilégio, foi preservada de toda mancha de pecado, desde o primeiro momento da sua existência.

Vatican News

«Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem prometida em casamento a um homem de nome José, da casa de Davi. A virgem se chamava Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: “Ave, cheia de graça! O Senhor está contigo”. Ela se perturbou com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse: “Não tenhas medo, Maria, pois encontraste graça junto a Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não terá fim”. Maria, então, perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço o homem?” E o anjo respondeu: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice. Este já é o sexto mês daquela que era chamada estéril, pois para Deus nada é impossível”. Então Maria disse: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra”. E o anjo se retirou» (Lc 1,26-38).

Um sonho de amor

O texto do Evangelho, que a liturgia nos propõe na segunda leitura para esta festa, é extraído da Carta aos Efésios (1,3ss). Trata-se de um hino de louvor, glória, bênção, para celebrar o "desígnio" de Deus sobre a humanidade: “Bendito sejais Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoastes com toda a bênção espiritual... e nos escolhestes... para sermos santos e irrepreensíveis... e adotados como filhos”. Um sonho e um plano, que encontra em Maria o seu modelo: santa e imaculada.

Um sonho violado e restabelecido

Este sonho foi violado pelo pecado de Adão e Eva, que a liturgia nos apresenta, hoje, na primeira leitura. O sonho de Deus contempla a liberdade do homem e da mulher de dizer “sim ou não”.

No "sim" de Maria, Deus retoma seu sonho original e prepara o "terreno" para que seu Filho Unigênito, Jesus, se faça homem no seio de uma mulher. Um “sim” que vem depois de um momento de hesitação e perplexidade, mas que, no fim, cede por amor, porque não pode responder não ao Amor, ao qual se coloca à disposição. Em Maria, cheia de graça, toda bela, toda pura, toda santa, resplandece a beleza de Deus, que se torna obra-prima do amor de Deus.

Todos são predestinados

Todos nós "somos predestinados", repletos de todas as bênçãos e escolhidos para sermos santos e imaculados. Logo, a Virgem Maria não deve ser apenas "admirada", com ternura e estupor, mas "imitada", para que a beleza de Deus possa brilhar sobre a terra, graças aos muitos "sim", que homens e mulheres de hoje continuam a dar, sob o exemplo e a intercessão de Maria, a Imaculada Conceição.

Palavras do Santo Padre

“A festa litúrgica de hoje celebra uma das maravilhas da história da salvação: a Imaculada Conceição da Virgem Maria. Ela também foi salva por Cristo, mas de uma forma extraordinária, porque Deus quis que desde o momento da conceção a mãe do seu Filho não fosse tocada pela miséria do pecado. E assim Maria, durante toda a sua vida terrena, foi livre de qualquer mancha de pecado, foi a “cheia de graça””. (Angelus, 8 de dezembro de 2020)

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Imaculada Conceição de Maria

Imaculada Conceição | arquisp
08 de dezembro

Imaculada Conceição de Maria

O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um dos dogmas mais queridos ao coração do povo cristão. Os dogmas da Igreja são as verdades que não mudam nunca, que fortalecem a fé que carregamos dentro de nós e que não renunciamos nunca.

A convicção da pureza completa da Mãe de Deus, Maria, ou seja, esse dogma, foi definida em 1854, pelo papa Pio IX, através da bula "Ineffabilis Deus", mas antes disso a devoção popular à Imaculada Conceição de Maria já era extensa. A festa já existia no Oriente e na Itália meridional, então dominada pelos bizantinos, desde o século VII.

A festa não existia, oficialmente, no calendário da Igreja. Os estudos e discussões teológicas avançaram através dos tempos sem um consenso positivo. Quem resolveu a questão foi um frade franciscano escocês e grande doutor em teologia chamado bem-aventurado João Duns Scoto, que morreu em 1308. Na linha de pensamento de são Francisco de Assis, ele defendeu a Conceição Imaculada de Maria como início do projeto central de Deus: o nascimento do seu Filho feito homem para a redenção da humanidade.

Transcorrido mais um longo tempo, a festa acabou sendo incluída no calendário romano em 1476. Em 1570, foi confirmada e formalizada pelo papa Pio V, na publicação do novo ofício, e, finalmente, no século XVIII, o papa Clemente XI tornou-a obrigatória a toda a cristandade.

Quatro anos mais tarde, as aparições de Lourdes foram as prodigiosas confirmações dessa verdade, do dogma. De fato, Maria proclamou-se, explicitamente, com a prova de incontáveis milagres: "Eu sou a Imaculada Conceição".

Deus quis preparar ao seu Filho uma digna habitação. No seu projeto de redenção da humanidade, manteve a Mãe de Deus, cheia de graça, ainda no ventre materno. Assim, toda a obra veio da gratuidade de Deus miseriordioso. Foi Deus que concedeu a ela o mérito de participar do seu projeto. Permitiu que nascesse de pais pecadores, mas, por preservação divina, permanecesse incontaminada.

Maria, então, foi concebida sem a mancha do orgulho e do desamor, que é o pecado original. Em vista disso, a Imaculada Conceição foi a primeira a receber a plenitude da bênção de Deus, por mérito do seu Filho, e que se manifestou na morte e na Ressurreição de Cristo, para redenção da humanidade que crê e segue seus ensinamentos.
Hoje, não comemoramos a memória de um santo, mas a solenidade mais elevada, maior e mais preciosa da Igreja: a Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, a rainha de todos os santos, a Mãe de Deus.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Da Constituição dogmática Lumen gentium sobre a Igreja, do Concílio Vaticano II

pstrindade

(N. 48) (Séc. XX)

Índole escatológica da Igreja peregrina

A Igreja, à qual somos todos chamados no Cristo Jesus e na qual, pela graça de Deus, alcançamos a santidade, só será consumada na glória celeste, quando chegar o tempo da restauração de todas as coisas; e quando, com o gênero humano, também o mundo inteiro, que está intimamente unido ao homem e por ele atinge o seu fim, for perfeitamente recapitulado no Cristo.

Cristo, ao ser elevado da terra, atraiu a si todos os homens; ressuscitado dos mortos, enviou aos discípulos seu Espírito vivificante e por meio dele constituiu seu Corpo, que é a Igreja, como sacramento universal de salvação. Sentado à direita do Pai, age continuamente no mundo para conduzir os homens à Igreja e por ela uni-los mais estreitamente a si e, alimentando-os com seu Corpo e seu Sangue, torná-los participantes de sua vida gloriosa.

A restauração que nos foi prometida e que esperamos já começou, pois, em Cristo, prossegue na missão do Espírito Santo e por meio dele continua na Igreja que, pela fé, também nos ensina o sentido de nossa vida temporal, enquanto, com a esperança dos bens futuros, vamos realizando a obra que o Pai nos confiou no mundo e trabalhamos para a nossa salvação.

Já chegou para nós o fim dos tempos; a renovação do mundo foi irrevogavelmente decidida e de certo modo é realmente antecipada neste mundo. De fato, a Igreja possui, já na terra, uma verdadeira santidade, embora imperfeita.

Contudo, até que venham os novos céus e a nova terra onde habita a justiça, a Igreja peregrina, em seus sacramentos e instituições que pertencem a este tempo, traz consigo a figura deste mundo que passa, e vive entre as criaturas que até agora gemem e sofrem dores de parto, aguardando a manifestação dos filhos de Deus.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF