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quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

A cadeira vazia: como lidar com a ausência de entes queridos no Natal

SAQUIZETA | Shutterstock
Por Dolors Massot

É difícil sorrir e participar das festividades quando sentimos muita falta de alguém que deixou esta vida.

Neste segundo Natal marcado pela pandemia de Covid-19, muitos de nós experimentaremos uma véspera e um dia de Natal diferentes dos anteriores. Pode ser que haja menos membros da família presentes do que em outros anos. Alguns celebrarão o nascimento de Jesus sozinhos ou sem muitos entes queridos, e alguns podem ter perdido alguém recentemente.

Para muitos, a ausência de um ente querido é sentida mais intensamente durante o Natal. Para eles, uma pessoa amada não estará à mesa, quer tenha morrido ou, devido a várias circunstâncias, esteja longe — talvez tenha se mudado para outra cidade ou país, rompido laços familiares, esteja em quarentena ou simplesmente tenha perdido um voo.

ALETEIA

Ausência irremediável

A separação física até pode ser compensada por uma chamada de vídeo. Mas o que podemos fazer quando a ausência é irremediável?

Parece difícil sorrir e participar das festividades quando sentimos muita falta de alguém que deixou esta vida. Nosso coração está partido pela perda de um cônjuge, um pai, um avô… alguém com quem não compartilharemos mais risos ou conversar.

Sentimos como é importante estarmos juntos, mas que “estar juntos” no mesmo espaço físico, compartilhando amor e presença, é precisamente o que não podemos mais fazer com nossos entes queridos falecidos.

A dor da ausência é evidente em muitas famílias, e os psicólogos a chamam de “síndrome da cadeira vazia”. Refere-se àquele espaço vazio que ninguém pode preencher.

Se sentirmos que estamos passando pela “síndrome da cadeira vazia”, isso simplesmente significa que estamos realmente de luto. Então, como podemos lidar com essa dor real que é mais evidente do que nunca no Natal?

Recomendações

Aqui estão algumas ideias que podem nos ajudar a gerenciar a “síndrome da cadeira vazia”:

Não tente encobrir a dor da ausência como se nada tivesse acontecido. Compartilhar a dor e falar sobre o que sentimos por dentro nos ajudará, porque saberemos que somos compreendidos.

Incline-se sobre sua família para superar a perda. A solidão não é uma boa companheira quando leva ao desespero. Não se feche daqueles ao seu redor.

ALETEIA

Reze por quem não está mais conosco. A oração coloca nossa vida nas mãos de Deus, e isso nos dá outra perspectiva. Deus cura nossas feridas. Ele nos conhece melhor do que ninguém e nos ama mais do que todos, e promete conforto àqueles que sofrem. Orar por aqueles que morreram nos lembra que nossa vida não termina com a morte física.

ALETEIA

Faça uma visita ao cemitério. Levar algumas flores ao túmulo de um ente querido e rezar lá por alguns momentos é uma maneira de prestar-lhe homenagem, de mostrar que não o esquecemos.

Na hora do brinde de Natal, nomeie aqueles que não estão mais conosco. Eles ainda estão vivos em nossa memória e nos acompanham do Céu. Honrando-os, os mantemos na história da família. Novos membros se tornam mais integrados à medida que também conhecem aqueles de quem sentimos falta.

ALETEIA

Enfatize o positivo. Reúna-se com quem você puder, faça planos, conte boas histórias sobre quem partiu… O luto, portanto, não estará em desacordo com a alegria do Natal.

Pense nas crianças. Os dias de Natal são muito especiais para as crianças. Pense no que será melhor para elas e deixe que isso influencie sua atitude. Isso te levará a ignorar teu próprio sofrimento e seguir em frente.

ALETEIA

Quando você se sentir desconfortável sorrindo e se divertindo, pense no que a pessoa que faleceu gostaria que você fizesse. Isso lhe dará força.

Concentre-se nos outros: fique ocupado(a) fazendo os outros felizes. Sua família, em primeiro lugar, mas também pessoas para quem o Natal é difícil. É um bom momento para ajudar uma instituição de caridade, visitar a casa de um idoso ou se voluntariar para ajudar os necessitados. Esquecer a nós mesmos e ser generosos nos torna pessoas melhores, e esta é uma boa maneira de honrar aqueles que estão ausentes e curar nossos corações.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Da Exposição sobre o Evangelho de São Lucas, de São Beda Venerável, presbítero

Magnificat | Comunidade Católica Shalom

Da Exposição sobre o Evangelho de São Lucas, de São Beda Venerável, presbítero
(Lib. 1, 46-55: CCL 120, 37-39) (Séc. VIII)

Magnificat

E Maria disse: A minh’alma engrandece o Senhor e exulta meu espírito em Deus, meu Salvador (Lc 1,46-47).

O Senhor, diz ela, elevou-me por um dom tão grande e inaudito, que nenhuma palavra o pode descrever e mesmo no íntimo do coração é difícil compreendê-lo. Por isso dedico todas as forças de meu ser ao louvor e à ação de graças, contemplando a grandeza daquele que é eterno, e ofereço com alegria minha vida, tudo que sinto e penso, porque meu espírito rejubila pela divindade eterna de Jesus, o Salvador, que concebi e é gerado em meu seio.

O Poderoso fez em mim maravilhas, e santo é o seu nome! (Lc 1,49).

Estas palavras se relacionam com o início do cântico que diz: A minh’alma engrandece o Senhor. De fato, só a alma em quem o Senhor se dignou fazer maravilhas pode engrandecê-lo e louvá-lo dignamente e dizer, exortando os que compartilham seus desejos e aspirações: Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome (Sl 33,4).

Quem conhece o Senhor e é negligente em proclamar sua grandeza e santificar o seu nome, será considerado o menor no Reino dos Céus (Mt 5,19). Diz-se que santo é o seu nome porque, pelo seu poder ilimitado, transcende toda criatura e está infinitamente separado de todas as coisas criadas.

Acolhe Israel, seu servidor, fiel ao seu amor (Lc 1,54).

Israel é, com razão, denominado servidor do Senhor, porque, sendo obediente e humilde, foi por ele acolhido para ser salvo, como diz Oséias: Quando Israel era criança, eu já o amava (Os 11,1). Aquele que recusa humilhar-se não pode certamente ser salvo, nem dizer com o Profeta: Quem me protege e me ampara é meu Deus; é o Senhor quem sustenta a minha vida! (Sl 53,6). Mas, quem se fizer humilde como uma criança, esse é o maior no Reino dos Céus (cf. Mt 18,4).

Como havia prometido a nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos para sempre (Lc 1,55).

Trata-se da descendência de Abraão segundo o espírito e não segundo a carne, isto é, não apenas dos filhos segundo a natureza, mas de todos que seguiram o exemplo da sua fé, fossem eles circuncidados ou incircuncisos. Pois o próprio Abraão, ainda incircunciso, acreditou e isto lhe foi imputado como justiça.

A vinda do Salvador foi, portanto, prometida a Abraão e a seus filhos para sempre, isto é, aos filhos da promessa, dos quais se diz: Sendo de Cristo, sois então descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa (Gl 3,29).

É com razão que, antes do nascimento do Senhor e de João, suas mães profetizam, para que, tendo o pecado começado pela mulher, os bens comecem igualmente por ela; e se foi pela sedução de uma só mulher que a morte foi introduzida no mundo, agora é pela profecia de duas mulheres que se anuncia ao mundo a salvação.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Cuidar do planeta: uma exigência que toca também às crianças

Crédito: YouTube

DIL é uma iniciativa criada por três meninas de uma escola, na Espanha, que sentiram que podiam contribuir à causa da Criação para promover o cuidado, a defesa, a beleza e, ao mesmo tempo, para deter a destruição sistemática causada pelo homem. Tudo começou com uma pergunta, mas o compromisso desta ONG infantil está crescendo a cada dia com muitas iniciativas.

Manuel Cubías – Vatican News

https://youtu.be/RzAyjCnCvfQ

Todos os seres humanos, mesmo aqueles que fingem não ver ou que não sentem particularmente a necessidade de agir, estão percebendo que o sistema econômico e a forma como vivemos influenciam diretamente o meio ambiente e as pessoas. A conscientização cresce também entre os mais jovens, as chamadas "gerações futuras" das quais o Papa fala na Laudato si' e às quais corre-se o risco de deixar um mundo inabitável. É por isso que muitas escolas se tornaram espaços de conscientização e de questionamento fundamental para os jovens: o que podemos fazer para cuidar do planeta, para defender nossa casa comum da poluição, das consequências desastrosas da mudança climática, da exploração dos recursos, da pobreza?

DIL, uma resposta de Torrelodones

Uma resposta bastante convincente vem da Espanha. Daniela, Inés e Lucía são três alunas do ensino fundamental do Colégio Santo Inácio de Loyola em Torrelodones. “Enquanto trabalhávamos em um projeto ambiental", contam, "nossos professores nos falaram da necessidade de cuidar do planeta e dos recursos naturais que nos proporciona. Em seguida começamos a desenvolver idéias diferentes sobre pequenas ações que cada um de nós poderia realizar”.

Assim, um dia, no pátio da escola, as três colegas quiseram compartilhar seus sentimentos de dor e sofrimento com os outros. Isto levou à proposta: "E se criássemos uma ONG com o objetivo de cuidar do planeta?". “Nós", dizem, "nos demos conta de que a Terra está doente porque não a estamos tratando bem e sentimos a necessidade de mudar esta situação". Conseguimos e chegamos até aqui".

DIL, sigla que corresponde à primeira letra do nome de cada uma das meninas que promovem esta iniciativa, procura conscientizar, a partir da escola, quais podem ser as ações, mesmo pequenas, necessárias para promover e levar adiante, a fim de cuidar da Casa comum, mas também das pessoas que vivem nela.

Professores apoiam as campanhas de conscientização | Vatican News

A eficácia de um bom apoio

Dois pilares foram cruciais para o lançamento da iniciativa: a educação na escola e o apoio das famílias.

A mãe de Inés sublinha imediatamente o quanto foi importante o apoio da instituição escolar para que a DIL se tornasse uma realidade: "Se eles não as tivessem escutado e lhes tivessem dado os meios", disse, "isto não teria acontecido. Ao invés disso, este compromisso está influenciando a personalidade delas, seu caráter e sentem fortemente o apoio da escola".

A mãe de Daniela acrescenta: "Eu gosto da maneira como minha filha está envolvida em seu projeto. Se ela acredita em algo, é justo que ela lute por isso e nós sempre a apoiaremos”.

Campanha contra a poluição atmosférica | Vatican News

O efeito multiplicador da DIL

As fundadoras da DIL começaram sua campanha social através do uso de cartazes, instrumentos de comunicação 'antigos', mas ainda muito válidos, com uma clara convicção: "as pessoas param para olhar, para lê-los e podem dizer: 'Eu gosto, vou dizer aos meus alunos' ou 'isso é uma coisa boa, vou dizer aos meus amigos ou primos que estão interessados neste assunto', é suficiente apenas um cartaz para fazer o mundo inteiro perceber a nossa intenção e a grande emergência: o planeta precisa de cuidados".

Daniela, Inés e Lucía, armadas com lápis e canetinhas coloridas, insistem em seu desejo de fazer a DIL crescer: "gostaríamos de poder colocar nossos cartazes fora da escola para que os idosos e os jovens, todos, possam ouvir nossa mensagem".

O tema dos cartazes se concentra em pequenas ações que, se compartilhadas, estimuladas e colocadas em prática por muitos, podem ter um grande impacto. A primeira é manter os espaços comuns limpos, e isto pode ser conseguido através de gestos simples, mas eficazes, como recolher papéis ou lixo que outros jogaram fora.

A segunda é evitar o consumo desnecessário e o desperdício de alimentos e em vez disso "dar aos alimentos uma segunda chance". As sobras, por exemplo, podem ser usadas para fertilizar hortas domésticas e a escola tem uma, cultivada pelos próprios alunos.

Por fim, o descarte de pilhas e produtos tóxicos. DIL insiste na necessidade de conhecer a toxicidade de cada elemento e, portanto, de separá-lo dos outros produtos: "Se você encher o estádio Bernabéu com água pura - as meninas advertem - e depois jogar dentro uma pilha, toda a água ficará contaminada. Imaginem se jogarmos fora esta lixeira quase cheia de pilhas e a jogarmos no mar, todos os peixes e animais vão sofrer e morrer".

Para Daniela, Inés e Lucía, esta iniciativa é também uma oportunidade para apoiar o Papa Francisco que, na encíclica Laudato si', nos encoraja a "cuidar de nossa Casa comum", pois, reiteram, "este planeta é nossa casa, a casa de todos e, portanto, devemos cuidar juntos".

Campanha contra o desperdício de energia | Vatican News

Na encíclica "Laudato si’", o Papa Francisco destaca em vários pontos o problema que Daniela, Inés e Lucía assinalam e o perigo que isso representa para toda a Criação. De fato, pode-se ler: "Devemos considerar também a poluição produzida pelos resíduos, incluindo os resíduos perigosos presentes em variados ambientes. Produzem-se anualmente centenas de milhões de toneladas de resíduos, muitos deles não biodegradáveis". (Ls 21).

Na mesma linha

"Estamos na mesma linha", diz Daniela. De fato, acrescenta: "ouvindo o Papa Francisco, podemos dizer uma frase que ele repetiu com frequência, especialmente em tempos de pandemia: ‘Estamos todos no mesmo barco’, portanto, se este barco afundar, ninguém pode se salvar sozinho. A DIL nos lembra que não existem dois, três ou quatro mundos. Temos apenas um planeta, este, que todos nós compartilhamos”.

Na entrevista, as três amigas expressam seu compromisso com o projeto "Ecoescuela" realizado por sua escola e insistem em incentivar a todos a participar desta atividade de cuidado e respeito, pois, dizem, "cuidando de nosso mundo, cuidamos também de todos os seres vivos que o habitam". Até agora, o projeto está funcionando. Desde que começamos, fizemos cerca de 22 cartazes e é isso que queremos, queremos continuar, queremos que todos façam a sua parte".

Desenvolvimento integral do indivíduo e da comunidade

As mães de Daniela, Inés e Lucía, concordam em duas palavras quando se referem à contribuição do projeto de educação integral de suas filhas: "surpresa" e "orgulho". Referindo-se a Daniela, sua mãe diz: "o que nos surpreendeu foi a maneira como ela se expressa e como interiorizou a consciência social de fazer o bem".

"Estas meninas, com seu trabalho constante e diário e com muito entusiasmo, conseguiram mostrar que juntos podemos fazer do mundo um lugar onde se pode viver em harmonia", diz a mãe de Lucía, que, encorajando sua filha, exclama: "Nós te amamos e te apoiaremos em todos os passos que você der na vida. Continue a sonhar com um mundo melhor!”.

Cuidar do planeta | Vatican News

Cada uma das meninas expressou seu desejo de um mundo melhor, retomando as palavras de Daniela: “em minha mente”, diz a menina, “tenho uma visão muito especial: vejo um mundo cheio de luz, um mundo saudável, um mundo melhor”, e isto pode ser alcançado com a convicção de que, como alguém disse, “o caminho é tão importante quanto a meta”.

Daniela, Inés e Lucía participam do “Dia das Boas Práticas”organizado pelo Colégio Santo Inácio
Vatican News

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Brasileiros fazem missão na Alemanha em mosteiro onde já viveram santos

A comunidade missionária na Alemanha /
Katholische Gemeinschaft Shalom Mission Paderborn

REDAÇÃO CENTRAL, 21 dez. 21 / 02:30 pm (ACI).- Há sete anos, a Comunidade Católica Shalom iniciou uma missão na Alemanha, na cidade de Arnsberg. Ali, moram em um mosteiro desativado de cerca de 900 anos, onde viveram santos. Para a responsável pela missão, Andreza Henriqueta dos Santos Alves, isso traz constantemente aos missionários a “lembrança contínua do chamado à santidade”.  

“Confesso que a gente treme. Quando eu fiquei sabendo que vinha para a Alemanha, foi muito tranquilo. Eu sou missionária há 19 anos e tinha morado em algumas missões no Brasil, na Suíça e na Itália. Vir para a Alemanha foi algo como ‘ok, um caminho novo’. O que tomei um susto foi o fato de vir para um lugar santo, onde moraram santos. Isso me fez pensar: ‘meu Deus, é isso que a Igreja espera da gente, a santidade’”, contou Andreza.

O mosteiro Wedinghausen foi casa dos monges premonstratenses, que eram copistas. Ali viveram, nos séculos XII e XIII, os santos Ricardo de Wedinghausen e Cristiano de Wedinghausen. Andreza Henriqueta conta que, no início do século XIX, era em que Napoleão Bonaparte dominou a história da Europa, “o mosteiro foi secularizado, tomado, entregue ao Estado. Mas, no início do século XX, foi devolvida uma parte para a Igreja. A escola e alguns complexos continuaram com o Estado, mas a casa onde os monges moravam foi devolvida”.

Em vez de transformar o local em um museu, veio a proposta: “se missionários moraram aqui, vamos trazer outros missionários para reevangelizar este lugar”. A ideia surgiu em 2014, depois que o padre Hubertus Böttcher contou para o padre Paul Stapel sua preocupação pela ausência de jovens na paróquia. O padre Paul é irmão do frei Hans Stapel. fundador da Fazenda Esperança, comunidade terapêutica que, inciada em Guaratinguetá (SP), “atua desde 1983 no processo de recuperação de pessoas que buscam a libertação de seus vícios, principalmente do álcool e da droga”, diz a comunidade em seu site, e existe hoje em mais 20 países.

O frei Hans Stapel falou então sobre a Shalom e disse que “não conhecia outro movimento tão forte com os jovens” como esta comunidade. Convencidos de que esta era a solução, os dois sacerdotes foram falar com o bispo de Paderborn, que abraçou a ideia e convidou a comunidade para estabelecer uma missão na diocese alemã.

“A primeira vez que eu vim para conhecer, era dia de são Tomé, 3 de julho, e a leitura desse dia é aquela que são Paulo diz: vocês não são mais estrangeiros, vocês são concidadãos dos santos. Eu não sabia que os santos tinham morado aqui. Teve a missa, rezamos. Quando entramos e foram nos mostrar o mosteiro, disseram: ‘vocês vão ser companheiros dos santos que moraram aqui’. Eu falei: ‘é a liturgia de hoje, nós não somos estrangeiros, somos companheiros dos santos’”, recordou Andreza Henriqueta.

As primeiras missionárias chegaram a Arnsberg em outubro de 2014. Como era necessário reformar o mosteiro para abrigar a missão, foram incialmente acolhidas na Fazenda Esperança da cidade e, depois, em uma casa emprestada pela diocese. A reforma, que pensaram que seria rápida, se transformou em uma obra de restauração que durou anos, inclusive com a atuação de arqueólogos. A Comunidade Shalom só se estabeleceu no mosteiro no ano passado.

Segundo Andreza, quando o mosteiro foi entregue ao Estado, foi feito um trabalho para proteger o piso. “Quando foram restaurar, encontraram o piso original. Uma coisa que a responsável pelo patrimônio cultural e histórico da região sempre nos falava era: ‘atenção, vocês vão pisar o chão que os santos pisaram’”, contou. Este piso original foi deixado à mostra no refeitório, “onde todos se juntam para partilha de vida, para refeições, para ser família”. “Toda vez que entro lá, digo: ‘meu Deus, esse aqui é o chão que os santos pisaram’. Claro que existe um choque, um questionamento positivo dessa lembrança contínua do chamado à santidade”, afirmou.

“Moramos no primeiro andar e a igreja é no térreo. Também no térreo, exatamente embaixo da casa onde moramos, tem o salão onde os monges se reuniam para trabalhar, copiar a Bíblia e outros livros. E quando passamos por ali, passamos pelos túmulos deles também”, relatou. “O chão do refeitório lembra que santos moraram aqui e os túmulos também. A gente pensa: o que estou fazendo da minha vida?”.

Por outro lado, o local também indica a missão. “Da nossa capela, vemos a cidade inteira. Então, sempre que entramos na capela, vemos o altar, o sacrário e a cidade. E é por eles que estamos aqui, é por eles rezamos, é para este povo que Deus nos chama”, disse.

Segundo Andreza Henriqueta, na Igreja na Alemanha, encontraram “um contraste”. De um lado, “uma parte muito secularizada”, de outro, “um movimento de renascimento, novas expressões, um despertar para a fé”. “É belo que o Espírito não abandona a Igreja e sempre suscita pessoas com sede de Deus. Há muitos jovens, padres jovens, leigos jovens que parecem não estar tão preocupados em discutir estrutura, dinheiro, mas focar no principal: Deus e missão”.

“A fé realmente precisa ser ressuscitada, porque muitos se dizem católicos, mas nunca foram à igreja. Mas, existe essa predisposição ao serviço e à doação ao outro, que é o gancho que usamos na missão. A primeira linguagem é a do serviço, do amor ao próximo e é por onde entramos para dizer: ‘Pois é, mas tem Alguém que te amou primeiro’”, disse.

A comunidade também busca “deixar as portas da casa abertas o máximo possível” para que as pessoas possam conhecer. Andreza contou que duas vezes por ano realizam adoração ao Santíssimo Sacramento “durante sete dias direto, dia e noite”. Recordou que em uma ocasião, deixaram a porta aberta com um cartaz “Jesus está aqui te esperando, pode entrar” e as pessoas entravam incialmente “por curiosidade”. Uma dessas pessoas foi uma senhora que era organista e trabalhava na igreja há 30 anos, mas nunca tinha visto uma adoração. “Ela decidiu entrar e ficou sentada. Só tinha o Santíssimo Sacramento no altar e um de nós lá adorando em silêncio. Ela sentou e disse que ficaria cinco minutos por curiosidade. Ficou duas horas. Quando terminou, foi falar com o padre e disse que sentiu uma paz muito grande como há tempos não sentia, que sentiu a presença de Deus”, relatou. “Ela teve uma experiência com Deus e foi somente com Deus, porque nós não fizemos nada, só deixamos a porta aberta. Quem faz é nosso Senhor. Basta abrir a porta que Deus age”, disse.

A Shalom na Alemanha conta com nove missionários da comunidade de vida em Arnsberg e três famílias e uma jovem da comunidade de aliança em Frankfurt. Promovem grupos de oração, seminários, retiros, cursos, shows. E, assim como a origem na origem da comunidade em Fortaleza (CE), tem uma lanchonete, a “Garage Comshalom”, que é a “rede de pesca”, pois as pessoas vão “por causa da comida, pela amizade” e são evangelizadas.

“Os alemães são bem precisos. Eles estudaram a história da Shalom e descobriram que a comunidade nasceu com uma lanchonete. Então, a preocupação deles foi reformar a garagem do mosteiro, aqui perto, onde guardavam os cavalos, carruagens, para transformar em uma lanchonete, que foi inaugurada em 2018”, contou Andreza. Segundo ela, o local tem uma fachada “muito parecida” com da lanchonete de Fortaleza, “com três arcos na entrada”. “Foi uma consciência que achamos providencial, os mesmos arcos, como que para dizer ‘a história recomeça’”.

Sete anos depois que chegou a Alemanha, Andreza Henriqueta diz que o sentimento que tem “é um pouco aquilo que são Francisco dizia: ‘É preciso recomeçar, porque pouco ou nada fizemos’”. Isso porque, “ao mesmo tempo que olhamos e vemos que a vida de muitas pessoas se transformou e é bonito escutar o testemunho delas, também vemos o quando ainda falta. É só olhar aqui da janela para a vista da cidade”, disse. “Dentro de mim é um sentimento de ‘precisamos recomeçar, ser criativos, ter iniciativas novas, recomeçar a missão todo dia’”.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Patriarca Bartolomeu: "A ciência é um dom inestimável de Deus"

Patriarca Bartolomeu | Vatican News

Em sua mensagem de Natal, o Patriarca Ecumênico Bartolomeu lembra aos fiéis o significado da Encarnação divina e da "divinização do homem pela graça" e convida todos a aceitar com gratidão o dom da ciência, especialmente em tempos de pandemia.

Anna Poce – Vatican News

"A Encarnação divina, juntamente com a manifestação da verdade sobre Deus, revela também a verdade e o destino último do homem, nossa divinização pela graça". Assim escreve o Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu aos fiéis em sua mensagem para o Natal de 2021.

“Desde então", continua, "quem honra a Deus também deve honrar o homem, e quem prejudica o homem também desonra a Deus, que assumiu nossa natureza". Em Cristo, quando falamos teologicamente de Deus, falamos ao mesmo tempo do homem".

“Portanto a vida da Igreja", explicou o Patriarca, "representa, expressa e serve a este mistério salvífico da divina-humanidade". "Ela vive e prega a verdade da autêntica vida espiritual e da cultura do amor e da solidariedade". Além disso, "oferecendo o testemunho 'da esperança que há em nós' (1 Pd 3,15), não considera de modo algum a civilização contemporânea como mais uma Nínive pecadora, invocando como Jonas a ira divina sobre ela e sua abolição, mas sim a Igreja luta pela transformação da cultura em Cristo".

Diante de tudo isso, na Igreja de hoje - ressalta - há necessidade de "imaginação pastoral" e "diálogo" e não de "argumentação"; "de participação e não abstenção, de atos concretos e não de teoria abstrata, de acolhida criativa e não de rejeição geral". A fidelidade à tradição da Igreja não deve ser um bloqueio no passado - continua - mas o uso da experiência do passado no presente de forma criativa.

Olhar para o Novo Ano guiados por Cristo

Considerando o que a humanidade viveu durante o ano que passou, ou seja, a situação gerada pela propagação da pandemia da Covid-19, o Patriarca agradece a Deus pelo trabalho dos cientistas no desenvolvimento de vacinas e medicamentos para tratar este vírus e incentiva todos os fiéis a se vacinarem e a respeitarem as medidas de segurança tomadas pelas autoridades de saúde.

"A ciência", afirma, "que trabalha a serviço do homem, é um dom inestimável de Deus. Devemos aceitar com gratidão este dom e não nos deixar enganar pelas vozes irresponsáveis de ‘conselheiros espirituais’ ignorantes, autoproclamados representantes de Deus e da fé autêntica, que, no entanto, se contradizem miseravelmente por causa de sua falta de amor ao próximo, cuja vida eles colocam em grande perigo.

O Patriarca, na convicção de que a vida de todos seja dirigida "pelo Deus da sabedoria e do amor", nos convida a olhar para 2022 como um ano de salvação, apesar dos acontecimentos, porque é "guiado por Cristo, que ama os homens e cuida de todas as coisas" e que "deseja que todos os homens sejam salvos e venham ao conhecimento da verdade". (1 Tim 2.4).

Desejando, portanto, "um novo ano saudável, fecundo em boas obras e cheio de dons divinos em favor do Senhor", o Patriarca concluiu sua mensagem convidando as pessoas a adorarem o menino Jesus nascido em Belém e a rezarem "pela coexistência pacífica e harmoniosa de todos os que residem na Terra Santa".

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Santa Francisca Xavier Cabrini

Sta. Francisca Xavier Cabrini | arquisp
22 de dezembro

Santa Francisca Xavier Cabrini

Filha de família pobre, cresceu em meio à miséria que pairava, em meados do século XIX, no norte da Itália. Franzina, de saúde fraca, não conseguiu ser aceita nos conventos. Apesar disso, era dona de uma alma grandiosa, digna de figurar entre os santos. Assim pode ser definida santa Francisca Cabrini, com sua vida voltada somente para a caridade e o bem do próximo.

Francisca Cabrini foi a penúltima de quinze filhos de Antônio e Estela, camponeses muito pobres na pequena Santo Ângelo Lodigiano, região da Lombardia. Nascida em 15 de julho de 1850, desde pequena se entusiasmava ao ler a vida dos santos. A preferida era a de são Francisco Xavier, a quem venerou tanto que assumiu seu sobrenome, se auto-intitulando Xavier. Sua infância e adolescência foram tristes e simples, cheia de sacrifícios e pesares.

Francisca, porém, gostava tanto de ler e se aplicava de tal forma nos estudos que seus pais fizeram o possível para que ela pudesse tornar-se professora.

Mal se viu formada, porém, encontrou-se órfã. No prazo de um ano perdeu o pai e a mãe. Enquanto lecionava e atuava em obras de caridade em sua cidade, acalentava o sonho de entregar-se de vez à vida religiosa. Aos poucos, foi criando coragem e, por fim, pediu admissão em dois conventos, mas não foi aceita em nenhum. A causa era a sua fragilidade física. Mas também influiu a displicência e o egoísmo do padre da paróquia, que a queria trabalhando junto dele nas obras de caridade da comunidade.

Francisca, embora decepcionada, nunca desistiu do sonho. Passado o tempo, quando já tinha trinta anos de idade, desabafou com um bispo o quanto desejava abraçar uma obra missionária e esse a aconselhou: "Quer ser missionária? Pois se não existe ainda um instituto feminino para esse fim, funde um". Foi, exatamente, o que ela fez.

Com o auxílio do vigário, em 1877 fundou o Instituto das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus, que colocou sob a proteção de são Francisco Xavier. Ainda: obteve o apoio do papa Leão XIII, que apontou o alvo para as missões de Francisca: "O Ocidente, não o Oriente, como fez são Francisco". Era o período das grandes migrações rumo às Américas por causa das guerras que assolavam a Itália. As pessoas chegavam aos cais do Novo Mundo desorientadas, necessitadas de apoio, solidariedade e, sobretudo, orientação espiritual. Francisca preparou missionárias dispostas e plenas de fé, como ela, para acompanhar os imigrantes em sua nova jornada.

Tinham o objetivo de fundar, nas terras aonde chegavam, hospitais, asilos e escolas que lhes possibilitassem calor humano, amparo e conforto.

Em trinta anos de intensa atividade, Francisca Cabrini fundou sessenta e sete Casas na Itália, França e nas Américas, no Brasil inclusive. Mais de trinta vezes cruzou os oceanos aquela "pequena e fraca professora lombarda", que enfrentava, destemida, as autoridades políticas em defesa dos direitos de seus imigrantes nos novos lares.

Madre Cabrini, como era popularmente chamada, morreu em Chicago, Estados Unidos, em 22 de dezembro de 1917. Solenemente, seu corpo foi transportado para New York, onde o sepultaram na capela anexa à Escola Madre Cabrini, para ficar mais próxima dos imigrantes. Canonizada em 1946, santa Francisca Xavier Cabrini é festejada no mundo todo, no dia de sua morte, como padroeira dos imigrantes.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Papa: há mais armas hoje que na guerra fria. Construir a paz com educação e trabalho

Papa Francisco | Vatican News

“Diálogo entre as gerações, educação e trabalho: instrumentos para construir uma paz duradoura.” Este é o título da mensagem do Papa Francisco para o 55o Dia Mundial da Paz 2022, cujo texto foi divulgado nesta terça-feira (21/12) numa coletiva na Sala de Imprensa da Santa Sé.

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

Diálogo entre as gerações, educação e trabalho são as três estradas que levam a um único caminho: a uma paz duradoura. Esta é a proposta do Pontífice para 2022, na Mensagem para o Dia Mundial da Paz a ser celebrado no primeiro dia do novo ano.

Ainda hoje, escreve o Papa, o caminho da paz permanece, infelizmente, arredio à vida de tantos homens e mulheres.

Apesar de múltiplos esforços, aumenta o ruído ensurdecedor de guerras e conflitos, ao mesmo tempo que ganham espaço doenças de proporções pandêmicas, pioram os efeitos das alterações climáticas e da degradação ambiental, agrava-se o drama da fome e da sede e continua a predominar um modelo econômico mais baseado no individualismo do que na partilha solidária.

Ao mesmo tempo em que a paz é uma dádiva do Alto, é também fruto de um empenho compartilhado. Por isso, Francisco fala de «arquitetura» e de um «artesanato» da paz, que diz respeito cada um de nós.

Diálogo entre as gerações

A primeira etapa envolve o diálogo entre as gerações. De um lado, estão os idosos – os guardiães da memória -; de outro, os jovens, aqueles que fazem avançar a história.

No meio, solidão e angústia agravadas pela pandemia, o progresso tecnológico e econômico que acirrou as divisões, e as mudanças climáticas que põem em risco o futuro. O meio ambiente, recorda, é um empréstimo que cada geração recebe e deve transmitir à geração seguinte.  Mas sem as raízes, sublinha o Pontífice, as árvores não crescem e não dão frutos. Por isso, é preciso encorajar o diálogo e voltar a recuperar a confiança recíproca

“Dialogar significa ouvir-se um ao outro, confrontar posições, pôr-se de acordo e caminhar juntos. Favorecer tudo isto entre as gerações significa amanhar o terreno duro e estéril do conflito e do descarte para nele se cultivar as sementes duma paz duradoura e compartilhada.”

Educação como fator de liberdade, responsabilidade e desenvolvimento

Depois, a educação, como fator de liberdade, responsabilidade e desenvolvimento. “Instrução e educação são os alicerces de uma sociedade coesa, civil, capaz de gerar esperança, riqueza e progresso.”

O Papa expõe o paradoxo da diminuição dos investimentos no campo educativo e o aumento das despesas militares, com o mundo acumulando inclusive mais armas que no período da “guerra fria”. Por isso, o apelo é direcionado aos governantes para que invertam esta tendência, liberando recursos a serem investidos em áreas que promovam o desenvolvimento humano integral.

Aliado a este empenho, o Pontífice pede mais esforços na promoção da cultura do cuidado, que pode se tornar a linguagem comum que abate as barreiras e constrói pontes. A proposta de Francisco é audaz e inclui um novo paradigma cultural, através de um pacto educativo global para e com as gerações jovens.

Trabalho para uma plena realização da dignidade humana

E, por fim, o trabalho, para uma plena realização da dignidade humana.

Enquanto a educação fornece a gramática do diálogo entre as gerações, na experiência do trabalho encontram-se a colaborar homens e mulheres de diferentes gerações.

O trabalho é um fator indispensável para construir e preservar a paz, recorda o Pontífice. Trabalha-se sempre com ou para alguém. Além disso, o trabalho é uma necessidade, faz parte do sentido da vida nesta terra.

A pandemia Covid-19 agravou a situação do mundo do trabalho, com milhões de atividades que foram à falência e trabalhadores precários cada vez mais vulneráveis, sobretudo os da economia informal, nos quais se encontram, por exemplo, inúmeros migrantes.

Atualmente, apenas um terço da população mundial em idade laboral goza de um sistema de proteção social. Escravidão, violência e criminalidade organizada encontram terreno fértil. A resposta a esta situação, afirma o Papa, só pode passar por uma ampliação das oportunidades de trabalho digno.

Para Francisco, é preciso unir ideias e esforços que levem também a uma renovada responsabilidade social para que o lucro não seja o único critério-guia. É preciso haver equilíbrio entre a liberdade econômica e a justiça social, como defende a doutrina social da Igreja.

O Papa conclui a Mensagem com um agradecimento e um apelo. Um agradecimento a quantos se empenharam na promoção da paz. E um apelo aos governantes e a quantos têm responsabilidades políticas e sociais e eclesiais para caminharmos, juntos, por estas três estradas com coragem e criatividade.

“Oxalá sejam cada vez mais numerosas as pessoas que, sem fazer rumor, com humildade e tenacidade, se tornam dia a dia artesãs de paz. E que sempre as preceda e acompanhe a bênção do Deus da paz!”

Fonte: https://www.vaticannews.va/

São Pedro Canísio

S. Pedro Canísio | arquisp
21 de dezembro

São Pedro Canísio

A catequese sempre exerceu um fascínio tão grande sobre Pedro Canísio que, quando tinha menos de treze anos, ele já reunia meninos e meninas à sua volta para ensinar passagens da Bíblia, orações e detalhes da doutrina da Igreja. Mais tarde, seria autor de um catecismo que, publicado pela primeira vez em 1554, teve mais de duzentas edições e foi traduzido em quinze línguas. Mas teve também grande atuação no campo teológico, combatendo os protestantes.

Peter Kanijs para os latinos, Pedro Canísio nasceu em 8 de maio 1521, no ducado de Geldern, atual Holanda. Ao contrário dos demais garotos, preferia os livros de oração às brincadeiras. Muito estudioso, com quinze anos seu pai o mandou estudar em Colônia e, com dezenove, recebeu o título de doutor em filosofia. Mas não aprendeu somente as ciências terrenas. Com um mestre profundamente católico, Pedro também mergulhou, prazerosamente, nos estudos da doutrina de Cristo, fazendo despertar a vocação que se adivinhava desde a infância.

No ano seguinte ao da sua formatura, os pais, que planejaram um belo futuro financeiro para a família, lhe arranjaram um bom casamento. Mas Pedro Canísio recusou. Não só recusou como aproveitou e fez voto eterno de castidade. Foi para Mainz, dedicar-se apenas ao estudo da religião. Orientado pelo padre Faber, célebre discípulo do futuro santo Inácio de Loyola, em 1543 ingressou na recém-fundada Companhia de Jesus. Três anos depois, ordenado padre jesuíta, recebeu a incumbência de voltar para Colônia e fundar uma nova Casa para a Ordem. Assim começou sua luta contra um cisma que abalou e dividiu a Igreja: o protestantismo.

Quando era professor de teologia em Colônia, sendo respeitado até pelo imperador, Pedro Canísio conseguiu a deposição do arcebispo local, que era abertamente favorável aos protestantes. Depois, participou do Concílio de Trento, representando o cardeal Oto de Augsburg. Pregou e combateu o cisma, ainda, em Roma e Messina, onde lecionou teologia. Mas teve de voltar à Alemanha, pois sua presença se fazia necessária em Viena, onde o protestantismo fazia enormes estragos.

Foi nesse período que sua luta incansável trouxe mais frutos e que também escreveu a maior parte de suas obras literárias. Fundou colégios católicos em Viena, Praga, Baviera, Colônia, Innsbruck e Dillingen. Foi nomeado pelo próprio fundador, Inácio de Loyola, provincial da Ordem para a Alemanha e a Áustria. Pregou em Strasburg, Friburg e até na Polônia, sempre denunciando os seguidores do sacerdote Lutero, pai do protestantismo.

Admirado pelos pontífices e governantes do seu tempo, respeitado como primeiro jesuíta de nacionalidade alemã, Pedro Canísio morreu em 21 de dezembro de 1597, em Friburg, atual Suíça, após cinqüenta e quatro anos de dedicação à Companhia de Jesus e à Igreja. Foi canonizado por Pio XI, em 1925, para ser festejado, no dia de sua morte, como são Pedro Canísio, doutor da Igreja, título que também recebeu nessa ocasião.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

DOM JOSÉ ANTÔNIO PERUZZO ENCAMINHA MENSAGEM DE NATAL, EM VÍDEO, AOS CATEQUISTAS DE TODO O BRASIL

Dom José Antônio Peruzzo | CNBB

Com a proximidade do natal, o arcebispo de Curitiba e presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom José Antônio Peruzzo, gravou um vídeo no qual encaminha uma mensagem de natal a todos os catequistas do Brasil.

No vídeo, dom Peruzzo salienta que o natal não é apenas uma data comemorativa, mas é “celebrar as ternuras de um Deus que se fez criança”.

“Ele veio se mostrar humilde, mas ao mesmo tempo veio nos engrandecer porque desejou os nossos afetos. Deus é assim!”, disse.

Dom Peruzzo deseja com gratidão, em nome do episcopado no Brasil, que neste natal os catequistas possam experimentar a proximidade de Deus. “Que no novo ano possam experimentar a paz que lá em Belém, ele José, ela Maria, eles os pastores conheceram”, exortou o bispo.

Assista o vídeo na íntegra:

https://youtu.be/fW3cI1dWA7o

Criada a 153ª Paróquia da Arquidiocese de Brasília

Foto: arqbrasilia

Na noite da última quarta-feira (15/12) foi criada a 153ª Paróquia da Arquidiocese de Brasília, Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida na Vila DNOCS em Sobradinho. A Celebração da Santa Missa e ato de criação foi presidido pelo Arcebispo Metropolitano de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa e concelebrada por diversos padres, dentre eles o Padre Wellington Ribeiro, nomeado primeiro Administrador Paroquial, Padre Estevão, Pároco da Paróquia Bom Jesus dos Migrantes, da qual a nova Paróquia fora desmembrada, Padre Rafael Souza, Vigário Episcopal do Vicariato Norte, bem como presbíteros do Setor e do Vicariato.

No início da Celebração, foi lido o decreto de criação da nova paróquia pelo chanceler da Cúria, Padre Iran Preusse. Com esse ato, formalmente, foi erigida a primeira paróquia do governo de Dom Paulo Cezar em Brasília. Também foi lido o decreto de nomeação do primeiro administrador paroquial, Padre Wellington Ribeiro, até então, Vigário Paroquial da Paróquia São Francisco e Santa Clara no Jardim Botânico.

Em sua homilia, Dom Paulo agradeceu os esforços do pároco e da Paróquia Bom Jesus dos Migrantes de Sobradinho para organizar a criação da nova Paróquia e destacou que “uma paróquia não surge do nada. Ela surge a partir das necessidades de uma comunidade viva que se desenvolve e cresce já em uma estrutura física, pastoral e espiritual. A paróquia quer ser um grande centro de evangelização e de missão. O Papa Francisco afirma que a paróquia é a Igreja no meio do povo, lugar onde o povo de Deus experimenta a vida da Igreja.”

O Arcebispo afirmou que é missão do novo administrador paroquial, junto com a comunidade, atrair as pessoas da região para Cristo. “Padre Wellington, você tem uma missão bonita. Missão de animar esse povo, de fazer com que esse povo continue animado no caminho da fé, no testemunho da fé”, disse Dom Paulo.

Ao final da Celebração Eucarística, Padre Estevão, Pároco da Paróquia Bom Jesus dos Migrantes, da qual foi desmembrada a nova Paróquia, afirmou a felicidade de entregar à Arquidiocese uma nova paróquia: “Dom Paulo, nós estamos muito felizes porque o senhor acolheu o nosso pedido de criar esta paróquia. A Palavra de Deus, aqui, certamente será uma potência, pois o padre Wellington terá o auxílio do povo e o auxílio da graça”, afirmou o padre.

Também o novo Administrador Paroquial disse estar muito feliz pela nova missão: “estou muito feliz porque Nossa Senhora Aparecida me atraiu e me trouxe aqui para a casa da Mãe. Podem ter certeza de que nos sacrificaremos cotidianamente, aqui, para levar a Palavra de Deus.”

Abaixo, você pode assistir o vídeo da Santa Missa de criação da Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida:

https://youtu.be/KqZ14RwvDvk

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF