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domingo, 26 de dezembro de 2021

Igreja na Etiópia sofre e partilha as dores e ansiedades da humanidade

Etíopes que fugiram dos combates em curso na região de Tigray.
(Foto: Mohamed Nureldin Abdallah)

Ao final de sua Assembleia Plenária os bispos etíopes lançam um apelo a todas as pessoas que acreditam em Deus a fazerem-se um instrumento concreto de paz e reconciliação e se comprometerem na promoção de um diálogo nacional e inclusivo na prática.

Vatican News

Um apelo a todos os que creem em Deus para serem instrumento de paz e reconciliação e promoverem o diálogo nacional, partiu dos bispos católicos etíopes reunidos em sua 52ª Assembleia Plenária, realizada no Mosteiro dos Padres da Consolata em Mojo, entre 13 e 16 de dezembro.

Os prelados recordam na mensagem que logo ao perceberem os riscos de um conflito, exortaram as partes envolvidas a considerarem o caminho do diálogo e não o das armas, explicando que “a guerra traz devastação, destrói vidas, destrói propriedades, força as pessoas a abandonarem as suas casas, deixa uma cicatriz negra na unidade entre os indivíduos ao longo dos séculos. Isso abre uma profunda crise social, moral, psicológica e econômica: e é exatamente isso que está acontecendo na Etiópia”.

"Muitos morreram, muitos estão deslocados, muitos foram presos – acrescentam os bispos. Muitas de nossas irmãs foram estupradas, nossa harmonia social que dura há séculos foi duramente provada. Muitas pessoas vivem com medo e incerteza. Tudo isso nos dói profundamente”.

A carta, enviada à Agência Fides, é dirigida a "todo o clero católico, religiosos, religiosas, fiéis leigos e pessoas de boa vontade" e chega ao final de um ano marcado por uma escalada no conflito entre o exército regular e os rebeldes da TPLF (Frente Popular para a Libertação de Tigray).

Do início de novembro de 2020 até hoje, após o referendo realizado em Tigray sem a autorização de Addis Abeba, seguiram-se combates, massacres de civis, que colocaram todo o país à beira da guerra civil.

Soldados etíopes capturados chegam em um caminhão ao
Centro de Reabilitação em Mekele, capital da região de Tigray
(Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP)

“O som dos sinos das igrejas - afirmam os bispos - deveria ser o som da esperança, do amor, da paz, da reconciliação e da fraternidade. Coloquemos a fé em Deus novamente com força e confiemos que essa escuridão passará”.

“Nosso país - destaca a mensagem - tem grande necessidade de oração neste período. Acreditamos que a oração é uma ferramenta poderosa que faz a diferença, traz mudanças ao coração e o abre para Deus e nossos irmãos e irmãs. A oração nos ajuda a remover o mal de nossos corações, a evitar que nossos corações se encham de amargura, a evitar que o discurso de ódio saia de nossas bocas e a ver a realidade de uma perspectiva diferente. Portanto, oremos incansavelmente por todos os nossos líderes que tomam decisões sobre nosso país, nosso povo pelos prisioneiros, os mortos, os desabrigados, os tristes, os famintos, os sedentos, os preocupados, os confusos, os oprimidos. É com este fervor que continuamos a rezar e pedimos ao nosso povo que o faça fervorosamente”.

O crente, o cristão fiel, é ao mesmo tempo um homem de paz, recordam os bispos, fazendo um apelo a todas as pessoas que acreditam em Deus a fazerem-se um instrumento concreto de paz e reconciliação e se comprometerem na promoção de um diálogo nacional e inclusivo na prática.

A mensagem recorda então o Salmo 120 que diz: “Só quero a paz, mas quando dela lhes falo, eles se dispõem para a guerra”, observando que a identificação do salmista com o ser um crente - e, portanto, um homem de paz - é total. “A paz é o que o define, ele é uma presença ativa e assertiva da paz no mundo. E é isso que somos chamados a ser individualmente como cristãos, como pastores, como líderes religiosos, como pessoas consagradas. O caminho da paz cura e restabelece o tecido da fraternidade. Devemos ajudar uns aos outros a acreditar na forma paciente de diálogo. A Igreja terá um papel crucial na promoção do diálogo nacional”.

Os bispos também falam na mensagem do caminho sinodal da Igreja etíope em vista do Sínodo, e confirmam o compromisso da Igreja em apoiar a população em grande sofrimento devido à guerra. “A Igreja Católica etíope – afirmam ao concluir - desempenhou um papel primordial no fornecimento de ajuda humanitária. A sua missão é sofrer com quem sofre e partilhar os anseios e dores da humanidade, a Igreja, graças ao apoio de parceiros, igrejas locais e simples fiéis, colocará à disposição um montante de 100 milhões de birr (cerca de 2 milhões de euros) em socorro da população que sofre com a guerra e outros desastres naturais. Como disse Sua Santidade o Papa Francisco na sua recente Visita Apostólica à Grécia e ao Chipre, o sofrimento ajuda-nos a compreender que somos todos seres humanos e nos traz a unidade e nos ajuda a construir um futuro cheio de esperança e paz”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Terei de ir duas vezes à Missa no fim de semana do Natal?

Shutterstock
Por Philip Kosloski

A dúvida de muitos católicos é: a Missa de Natal, que cai no sábado este ano, cumpriria também o preceito do domingo?

O Natal, sendo a segunda maior festa do ano da Igreja (depois da Páscoa), traz consigo o preceito de assistir à Missa. A Igreja convida-nos a louvar e agradecer a Deus pela glória da encarnação e a partilhar esse júbilo uns com os outros em nossa paróquia.

De fato, a Missa de Natal é uma bela experiência. Muitos nem encaram essa celebração como uma “obrigação”. Pelo contrário: ir à Missa nesta data com a família e os amigos é motivo de enorme orgulho e felicidade.

E quando o Natal cai no sábado?

Neste ano (2021), o Natal cai no sábado, o que significa que teremos dois dias santos seguidos. Sim, pois o domingo também é dia de preceito!

Então, neste fim de semana, os católicos são obrigados a assistir à Missa não só no Natal, mas também no domingo, dia do Senhor.

Como cumprir as duas obrigações

A Igreja nos convida a nos reunirmos no Natal, assim como na Festa da Sagrada Família, que ocorre este ano no domingo, 26 de dezembro. Para isso, devemos primeiro escolher um horário para assistir à Missa de Natal . Pode ser qualquer um dos seguintes:

  • Missa de véspera de Natal, em 24 de dezembro;
  • Missa da meia-noite em 24/25 de dezembro;
  • Missa da manhã de Natal em 25 de dezembro (o mais tardar às 16h).

A partir das 16h a liturgia “muda” oficialmente, e a Missa, ainda que seja “dia” 25 de dezembro, seria referente à liturgia dominical.

Neste ano, entretanto, a maioria das paróquias está cancelando a missa da vigília de sábado à noite para reduzir qualquer confusão. É melhor verificar como está a programação da sua paróquia.

Shutterstock
O domingo

Para cumprir a obrigação do domingo, opte por alguma destas alternativas:

  • Missa no sábado à noite (qualquer horário após as 16h do dia 25 de dezembro);
  • Missa dominical no dia 26 de dezembro.

Muitas pessoas escolherão assistir à Missa da véspera de Natal, em 24 de dezembro, e depois novamente no domingo, 26 de dezembro, deixando o dia de Natal aberto para as celebrações familiares.

Enfim, independentemente de como você decidir assistir à Missa neste fim de semana, decida encará-la como um “convite”, em vez de uma “obrigação”. Que possamos nos reunir como uma família paroquial e nos alegrar com o nascimento do Senhor!

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Papa no Angelus: para preservar a harmonia na família devemos combater a ditadura do eu

Papa no Angelus | Vatican News

Não nascemos magicamente, com uma varinha mágica, mas em uma família e o que somos hoje como pessoa é fruto do amor que recebemos em seu seio. Devemos conhecer a própria história e nossas raízes, para a vida não se tornar árida. E agradecer a Deus pela família que temos, disse o Papa Francisco no Angelus deste domingo, quando deu várias indicações para superar os conflitos e manter a harmonia familiar.

Jackson Erpen – Cidade do Vaticano

Rezar juntos diariamente para pedir a Deus o dom da paz, escuta e compreensão recíproca para superar conflitos e dificuldades, converter-se do eu ao tu, nunca ir dormir sem ter feito as pazes. Afinal, é no dia a dia que se aprende a ser família, nela estão as nossas raízes e o que somos hoje como pessoa, é fruto do amor que dela recebemos.

É de conselhos práticos que se articula a reflexão do Papa antes de rezar o Angelus neste domingo, 26 de dezembro, em que a Igreja festeja a Sagrada família que, não é aquela dos santinhos, como observou Francisco, mas uma família que também enfrentou “problemas inesperados, angústias, sofrimentos”.

Conhecer e preservar as raízes de onde viemos

E o Papa mergulha precisamente naquele contexto familiar para sublinhar aos fiéis e turistas presentes na Praça São Pedro em um domingo de tempo instável um primeiro aspecto concreto para nossa família: “a família é a história da qual viemos”:

“Cada um de nós tem sua própria história, ninguém nasceu magicamente, com uma varinha mágica, cada um de nós tem uma história e a família é a história de onde viemos.”

Jesus – começou explicando – “é filho de uma história familiar”. Viajou para Jerusalém com seus pais para a Páscoa e seu sumiço provocou grande preocupação em Maria e José:

É belo ver Jesus inserido no laço dos afetos familiares, que nasce e cresce no abraço e na preocupação dos pais. Isso também é importante para nós: viemos de uma história entrelaçada por laços de amor e a pessoa que somos hoje não nasce tanto dos bens materiais que desfrutamos, mas do amor que recebemos, do amor no seio da família. Talvez não tenhamos nascido em uma família excepcional e sem problemas, mas é a nossa história - cada um deve pensar: é a minha história -, são as nossas raízes: se as cortarmos, a vida torna-se árida. E devemos pensar nisso, na própria história!

"Ser família" envolve aprendizado diário

Deus – disse o Santo Padre - não nos criou para sermos comandantes solitários, mas para caminharmos juntos, e devemos agradecer a Ele e rezar por nossas famílias:

“Deus pensa em nós e nos quer juntos: agradecidos, unidos, capazes de preservar as raízes.”

O Papa destaca então um segundo aspecto concreto para nossas famílias: “aprende-se a ser família a cada dia”. E volta seu olhar novamente à realidade da Sagrada Família onde nem tudo é perfeito, “existem problemas inesperados, angústias, sofrimentos”:

Não existe uma Sagrada Família dos santinhos. Maria e José perdem Jesus e angustiados o procuram, para encontrá-lo três dias mais tarde. E quando, sentado entre os mestres do Templo, ele responde que deve cuidar das coisas de seu Pai, eles não entendem. Eles têm necessidade de tempo para aprender a conhecer seu filho. O mesmo vale para nós: a cada dia, em família, é preciso aprender a ouvir e a compreender-se, a caminhar juntos, a enfrentar os conflitos e as dificuldades. É o desafio diário, que é superado com a atitude correta, com as pequenas atenções, com gestos simples, cuidando os detalhes das nossas relações. E isso também nos ajuda muito a conversar em família, conversar à mesa, o diálogo entre pais e filhos, o diálogo entre os irmãos, nos ajuda a viver essa raiz familiar que vem dos avós, o diálogo com os avós.

Antes o "tu", depois o "eu"

E como então se faz isto? - pergunta Francisco - convidando a olhar para Maria que no Evangelho de hoje diz a Jesus: «Teu pai e eu estávamos a tua procura»:

Teu pai e eu, não diz eu e teu pai: antes do eu existe o tu (...). Na Sagrada Família, antes o tu e depois o eu. Para preservar a harmonia na família, é preciso combater a ditadura do eu.  Quando o eu se infla. É perigoso quando, em vez de nos ouvirmos, jogamos os erros na cara; quando, em vez de termos gestos de cuidado para com os outros, nos fixamos em nossas necessidades; quando, em vez de dialogar, nos isolamos com o celular - é triste ver no almoço uma família, cada um com o seu celular, sem se falar, cada um fala com o celular -; quando nos acusamos mutuamente, sempre repetindo as mesmas frases, encenando uma comédia já vista onde cada um quer ter razão e no final impera um silêncio frio.

Família, nosso tesouro

Então, de Francisco, um conselho já dado em tantas outras oportunidades quer aos casais, como à vida em família: nunca ir dormir sem antes ter feito as pazes, caso contrário, no dia seguinte haverá uma “guerra fria”, e esta é perigosa porque dará início a uma história de repreensões, de ressentimentos:

Quantas vezes, infelizmente, entre as paredes de casa, dos silêncios muito longos e de egoísmos não tratados, nascem e crescem conflitos! Às vezes, chega-se até mesmo a violências físicas e morais. Isso dilacera a harmonia e mata a família. Convertamo-nos do eu ao tu. O que deve ser mais importante na família é o tu. E a cada dia, por favor, rezem um pouco juntos, se puderem façam um esforço, para pedir a Deus o dom da paz em família. E vamos todos nos comprometer - pais, filhos, Igreja, sociedade civil - a apoiar, defender e proteger a família, que é o nosso tesouro!

Que a Virgem Maria, esposa de José e mãe de Jesus – pediu ao concluir - proteja as nossas famílias.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Sagrada Família

Sagrada Família | Canção Nova

Sagrada Família é a devoção à família de Jesus de Nazaré composta por Jesus, Maria e José. A sua festa é celebrada no primeiro domingo após o Natal.

História da devoção à Sagrada Família

A devoção à Sagrada Família começou a ter grande popularidade no século XVII, quando os cristãos começaram a prestar atenção ao fato de que Jesus, o Filho de Deus, desceu do céu e se fez homem dentro de uma família. Ele nasceu numa família comum. Seus pais eram pessoas comuns, simples, trabalhadores, como tantas famílias espalhadas pelo mundo.

Maria, uma dona de casa, José um carpinteiro e Jesus, um filho exemplar e obediente. Uma família feliz e simples. Depois que os cristãos descobriram esta riqueza maravilhosa, a devoção foi se propagando com velocidade pela Europa e, mais tarde, pelo continente americano, tanto do norte quanto do sul. A festa da Sagrada Família foi instituída pelo papa Leão XIII, em 1883. Depois disso, foi estendida pelo papa Bento XV a toda a Igreja.

Modelo para toda família

Toda família é chamada a imitar as virtudes da Sagrada Família. A Sagrada Família vive por Deus e para Deus. O seu projeto é sempre fazer a vontade de Deus. A sagrada Família é a própria escola de todas as virtudes.

O Papa Leão XIII escreveu: Os pais de família têm em São José um modelo admirável de vigilância e solicitude paterna; as mães podem admirar na Virgem Santíssima um exemplo insigne de amor, de respeito e de submissão; os filhos têm em Jesus, submisso a seus pais, um exemplo divino de obediência.

Imagem da Sagrada Família

As cenas da Sagrada Família são das mais representadas nas artes, principalmente na pintura com as cenas da natividade e da fuga para o Egito. A devoção se espalhou pelo mundo inteiro, pois Maria Santíssima e São José são os maiores exemplos de união, obediência e temor a Deus.

Devoção a Sagrada Família

O papa Leão XIII disse: Quando Jesus, Maria e José são invocados em casa, é propícia a manutenção da caridade na família através do seu exemplo e trato celestial; assim, uma boa influência é exercida sobre a conduta dos membros da família; da mesma forma, a prática da virtude é incitada; e, desse modo, as dificuldades que por toda parte querem atormentar a raça humana, serão mitigadas e tornadas mais fáceis de suportar.

Maria Santíssima na Sagrada Família

Como mulher temente a Deus, sempre disse Sim: Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra. (Lc.1,38). Acompanhando seu Filho por toda a história da nossa Salvação, Maria nos dá todos os exemplos de como seguir Jesus para chegar a Deus.

Viveu toda a sua vida dedicada a Jesus, ajudando a prepará-lo para tudo o que tinha que viver e sofrer. Estava presente no primeiro milagre nas Bodas de Caná, onde deu uma recomendação que serve para todo cristão: fazei tudo o que Ele vos disser.  Esse pedido de Maria continua vivo até hoje. Que sigamos Jesus para a nossa Salvação.

Maria estava presente no início da Igreja, após a Ascenção de Jesus e continua até os dias de hoje, levando  todos para o Sagrado Coração de Jesus. Maria disse em Fátima que quer a Salvação de todos. Maria guardava tudo em seu coração, e Jesus crescia em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens. (Luc 2.41-52).

São José na Sagrada Família

Homem justo, conforme Mateus 1:19, pai e esposo fiel, carpinteiro, trabalhador, obediente aos pedidos e ordens de Deus. Um Anjo apareceu a São José e disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por tua mulher, porque o que dela vai nascer é obra do Espírito Santo de Deus. (Mat 1,20)

Foi sempre o defensor de Maria e Jesus, e com o trabalho simples de carpinteiro dava sustento para a Sagrada Família. Quando Herodes quis matar Jesus, José recebeu uma ordem de Deus para fugir para o Egito para proteger Jesus, e ele obedeceu.

Trabalhador, humilde, santo, escolhido por Deus para o maior compromisso de todos, que foi dar sustento para a Sagrada Família. Homem de Deus, homem puro que respeitou a virgindade de Maria, segundo os desígnios de Deus. Exemplo de vida dedicada a Deus.

Jesus Cristo na Sagrada Família

O Filho de Deus, o Verbo Eterno que se fez carne e habitou entre nós. A prova maior do amor de Deus por nós, como diz São Paulo: Ele aniquilou-se a si mesmo deixando sua condição divina e assumindo a condição humana.

Jesus viveu uma vida comum, ordinária e oculta até se manifestar ao mundo. Foi obediente a seus pais, um filho exemplar como nos disse o evangelista Lucas. Ele viveu como filho, humano. Precisou da ternura, do cuidado e do carinho de seus pais. Durante a maior parte de sua vida terrena, Jesus viveu numa família humana comum, a Sagrada Família de Nazaré!

Oração à Sagrada Família

Ó Maria, Mãe de Jesus, avós dirijo, com profunda fé e grande devoção, a minha súplica:

Abençoai meu marido, minha esposa, meus filhos, e alcançai para eles a proteção dos Santos.

Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós.

São José pai adotivo de Jesus, rogai por nós.

Santo Anjo da Guarda, rogai por nós.

Santa Maria Madalena, rogai por nós.

Santo Agostinho, rogai por nós.

Santa Mônica, rogai por nós.

Todos os Santos e, Santas do Céu, rogai por nós.

Jesus, Filho, ouvi-nos.

Jesus, filho, atendei-nos.

Virgem Santíssima, daí a toda a minha família a paz, harmonia, amizade, amor, alegria e saúde e coragem nas provações.

De coração vos peço esta graça, (fazer o pedido), e tenho a certeza de ser atendido, por vossa intercessão e pelo poder de vosso Divino filho Jesus Cristo. Amém. 

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

Antonio Cardoso em: a Canção e a Prece – "Sob a luz dos mártires da fé "

Cruz e luz | Vatican News

Antônio Cardoso em: a Canção e a Prece. O cantor, compositor e catequista está presente no Programa Brasileiro da Rádio Vaticano todos os domingos com o espaço especial intitulado "A Canção e a Prece". No programa de hoje: lembrarei de ti Santo Estêvão...

Vatican News

Essa canção me traz a recordação de 20 de outubro de 2019, nas Catacumbas de Santa Domitila. Por isso também hoje, no dia em que a Igreja celebra a festa de Santo Estêvão poderíamos dizer também... se levarem a minha alma por causa da fé... lembrarei de ti Santo Estêvão...

A canção "SOB A LUZ DOS MÁRTIRES DA FÉ" é uma canção de Antônio Cardoso.

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2021/12/24/15/136371228_F136371228.mp3

Santo Estevão

Santo Estevão | Canção Nova
26 de dezembro
SANTO ESTEVÃO

Origens

Santo Estevão foi um dos escolhidos entre sete homens de Deus para fazer parte do grupo dos primeiros diáconos da Igreja de Jerusalém, como lemos no livro dos Atos dos Apóstolos capítulos 6 e 7. Como o número dos cristãos aumentava muito, algumas viúvas começaram a ficar sem assistência por parte dos Apóstolos, que tinham que se dedicar à pregação da Palavra. Por isso, inspirados por Deus, decidiram escolher diáconos, ou seja, servidores, para prestar estes serviços assistenciais a necessitados. Estêvão foi um desses escolhidos, como vemos em Atos 6, 1.

Homem de Deus

O livro dos Atos dos Apóstolos conta que Estêvão e os outros diáconos eram homens de credibilidade, cheios do Espírito de Deus, de fé e de sabedoria. O livro fala especificamente de Santo Estêvão como homem cheio de fé e do Espírito Santo e que toda a multidão dava um excelente testemunho dele". Atos 6, 5. Os Apóstolos, então, rezaram a Deus e, depois, impuseram as mãos sobre os sete escolhidos para o serviço do diaconato, entre eles, Estêvão.

Diácono e pregador

O serviço do diaconato no começo da Igreja compreendia especificamente a distribuição de alimentos e de todo tipo de ajuda aos necessitados. Santo Estêvão, contudo, além de prestar o serviço do diaconato, destacava-se também na pregação da Palavra, coisa que não era atribuição direta dos diáconos, mas que lhes era permitido. Tanto que o livro dos Atos diz que muitos homens procuravam Estêvão para discutir com ele, mas não conseguiam vencê-lo nos argumentos por causa da “sabedoria e o poder do Espírito com que ele falava”. Atos 6, 9-10.

Milagres

Além de prestar toda a assistência aos necessitados da Igreja como diácono e de pregar e defender a Palavra de Deus com sabedoria e poder, Santo Estêvão também foi canal de Deus para a realização de vários milagres grandiosos no meio do povo, como vemos em Atos 6, 8. Assim, numerosas conversões ao cristianismo vinham acontecendo por causa do poderoso ministério de Santo Estêvão. Por outro lado, a força da pregação de Santo Estêvão incomodou os líderes judeus de Jerusalém.

Preso

Por causa do grande número de conversões provocadas pela pregação de Santo Estêvão, as autoridades judaicas, pertencentes ao Sinédrio, mandaram prender Santo Estêvão. No Sinédrio, ele foi julgado. Lá, diante de todas autoridades e de Saulo, o fariseu que se tornaria São Paulo, ele defendeu a fé cristã de maneira que não puderam contradizê-lo. Por isso, sem razão, condenaram Estevão à morte por Blasfêmia.

Primeiro Mártir da Igreja

Santo Estêvão manteve-se firme na defesa da fé diante de todos. Por isso, foi levado a uma rua de Jerusalém e lá foi apedrejado até a morte. O jovem fariseu Saulo ficou com as roupas de Santo Estêvão. Antes de morrer, ele pediu a Deus que perdoasse aqueles que o matavam porque não sabiam o que estavam fazendo. Assim, Estêvão foi o primeiro mártir da Igreja, ou seja, o primeiro cristão a entregar sua vida por causa de Jesus Cristo. O testemunho de Santo Estêvão certamente impressionou Saulo, o futuro São Paulo.

Relíquias e culto.

Por toda a força de sua história e de seu testemunho, Santo Estêvão passou a ser cultuado desde o início da Igreja. No ano 415 seus restos mortais foram encontrados para grande comoção por parte dos fiéis. A festa de Santo Estêvão é celebrada sempre no dia seguinte ao Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, para marcar o fato de ele ter sido o primeiro Mártir da Igreja.

Oração a Santo Estêvão

“Glorioso Santo Estêvão, diácono cheio do Espírito Santo, animador das Comunidades, nós vos pedimos que intercedas a Deus por nós, para que consigamos a graça de uma verdadeira conversão a Jesus Cristo e seu projeto. Concede-nos sabedoria e coragem para renovar nossas comunidades, tornando-as uma Igreja a serviço do Reino. Dai-nos força para participarmos sem medo da construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária, vivenciando, assim, a paz tão desejada. Guarda nossas famílias de todos os males para que nossos lares sejam verdadeiras igrejas domésticas, onde o Evangelho é anunciado e vivenciado. Tudo isso vos pedimos, por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém! Santo Estêvão, rogai por nós.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

sábado, 25 de dezembro de 2021

Por que se celebra a Oitava de Natal?

Guadium Press
Redação (Quinta-feira, 20-12-2018, Gaudium PressNos encontramos na Oitava do Natal, oito dias de celebração que vão desde o Natal de Nosso Senhor até a solenidade de Maria, Mãe de Deus, que ocorre no dia 1º de janeiro. Mas por que celebramos a Oitava de Natal?

Celebrar a Oitava tem suas raízes no Antigo Testamento com um costume judeu de viver as festividades religiosas mais importantes durante oito dias. A raiz desta tradição se encontra nas Sagradas Escrituras, no livro do Gênesis 17, 10-12, que refere ao pacto de Abraão e sua descendência, com o sinal da circuncisão:

“Eis o pacto que faço entre mim e vós, e teus descendentes, e que tereis de guardar: todo homem, entre vós, será circuncidado. (…) Todo homem, no oitavo dia do seu nascimento, será circuncidado entre vós nas gerações futuras (…)”.

Desde então a Oitava, quer dizer, os oito dias, é tradição do Povo de Deus. Jesus, como judeu, também foi circuncidado aos oito dias de nascimento: “Quando se cumpriram os oito dias e foram circuncidá-lo, o chamaram Jesus, nome que o anjo lhe havia posto antes de que fosse concebido” (Lucas 2, 21).

Celebrar a Oitava se mantêm na tradição cristã para duas festas especiais: o Natal e a Páscoa da Ressurreição.

A Oitava de Natal começa na Missa do Galo de 24 de dezembro, na noite de Natal. A partir deste dia, e pelos oito seguintes, tem lugar a Oitava de Natal. Nela comemora a presença de Deus feito homem, feito um com a humanidade.

Depois da celebração de Natal, durante a Oitava, tem lugar várias celebrações:

A primeira ocorre no dia 26 de dezembro com a festa de Santo Estevão, protomártir. Deu sua vida por anunciar a Cristo. Com ele se recordam os mártires de todos os tempos que entregaram sua vida por amor a Jesus.

No dia 27 de dezembro se recorda ao Apóstolo São João, o chamado ‘discípulo amado’. É o único apóstolo que tendo amado a Jesus não morreu martirizado. É autor de um dos Evangelhos e de três cartas apostólicas.

Outra das solenidades que se recordam durante a Oitava de Natal é a dos Santos Inocentes no dia 28 de dezembro, celebrando as crianças mortas por Herodes. Durante este dia se recorda de modo especial aos bebês que foram abortados.

Dentro da Oitava também está a festa da Sagrada Família, que tem lugar no segundo domingo de Natal. Neste dia se recorda a Sagrada Família de Nazaré e se propõem como modelo para todas as famílias.

A Oitava de Natal termina no dia 1º de janeiro com a solenidade de Maria Mãe de Deus. A festa mariana mais antiga que se conhece no Ocidente. Com esta celebração se inicia um novo ano sob a proteção de Nossa Senhora como Mãe de Deus, e Mãe dos filhos de Deus.

Mas o tempo de Natal não termina no dia 1º de janeiro, já que se estende até a festa do Batismo do Senhor que ocorre no domingo posterior à festa da Epifania do Senhor, que é outra das festas principais do Natal. A Epifania, que é a manifestação do Senhor aos Reis Magos, se comemora no dia 06 de janeiro. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

O NATAL: O NASCIMENTO DO SALVADOR

Natal de Jesus | arquidiocesesalvador

Dom Vital Corbellini
Bispo de Marabá (PA)

O NATAL: O NASCIMENTO DO SALVADOR

O Natal é o nascimento de Jesus Cristo na realidade humana, sendo o Salvador da humanidade. Isto é bem notório pelo anúncio do anjo aos pastores, pois a glória do Senhor os envolveu em luz e o anjo lhes disse que era para eles não terem medo naquela noite, pois ele lhes anunciava uma grande alegria para todo o povo, na cidade de Davi, nasceu para eles e para todos um Salvador, que é o Cristo Senhor (cfr. Lc 2, 9-11). Ele é o nosso Salvador. Salvador vem da palavra latina: Salvator-oris, cujo significado é salvar, uma pessoa é salva de um perigo, material ou espiritual. Jesus Cristo, o Redentor salva e dá a salvação, como dom de Deus à humanidade[1]. A seguir veremos como esta visão deu-se pelos padres da Igreja, os primeiros teólogos na vida eclesial.

O nascimento do Salvador em Belém.

Eusébio de Cesareia, bispo na Palestina, interpretou a profecia de Malaquias( cfr. Ml 5, 1-4) no qual o Salvador Jesus Cristo deveria nascer em Belém. Ele seria o novo pastor, na qual as suas origens são desde o início dos tempos, isto é, eternos. A sua existência provem desde a eternidade, portanto divina. É de Belém que sairá o condutor que subsiste desde sempre, vindo daquele vilarejo, o nosso Salvador Jesus, o Cristo de Deus. Esta Escritura é cumprida naquele que é o verdadeiro Emanuel, o Logos preexistente a toda a criação, que é chamado Deus conosco (cfr. Mt 1,23)[2].

A lei antiga era incapaz de salvar.

São Leão Magno, bispo de Roma e Papa, afirmou que o ensinamento da Lei não era suficiente para a salvação, pois a nossa origem, viciada desde o começo depois do pecado original, não renasceria com novos começos. Em vista da reconciliação da humanidade com Deus era preciso uma vitima de nossa raça, Jesus Cristo, isenta de nossa corrupção. Desta forma o plano de Deus, que era de apagar o pecado do mundo pelo nascimento de Jesus e de sua paixão, morte e ressurreição se estenderia a todas as gerações e em todos os séculos[3].

O Salvador, Verbo de Deus e servo.

São Leão Magno também disse que em seu abaixamento humano, ele se tornou filho de mulher e sujeito à Lei, mas na sua condição divina, permanece o Verbo de Deus, na qual todas as coisas foram feitas. Aquele que em sua condição de Deus, fez o ser humano, na sua condição de servo, se fez ser humano, mas um com o outro é Deus pelo poder da natureza que assumiu um com o outro é homem pela humildade da natureza assumida. O Senhor assumiu a condição de servo sem a mancha do pecado, elevando a humanidade, mas sem a diminuição da divindade, porque o aniquilamento pelo qual o invisível se tornou visível, foi abaixamento de sua misericórdia[4] em vista da salvação do ser humano.

 A recapitulação da obra plasmada.

Santo Ireneu, bispo dos séculos II e III afirmou que o Verbo de Deus pela sua encarnação recapitulou em si mesmo a obra por ele plasmada, tornando-se Filho do Homem. “Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher” (Gl 4,4) e na epístola aos romanos diz:… “Acerca do seu Filho, ele nasceu da posteridade de Davi, segundo a carne, declarado Filho de Deus, com poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dentre os mortos, Jesus Cristo Senhor Nosso” (Rm 1,3-4)[5].

 A salvação é dada como dom de Deus.

O bispo de Lião afirmou que Deus Pai, pela sua imensa misericórdia, enviou o seu Verbo Criador que vindo para nos salvar esteve nos mesmos ambientes onde o ser humano perdeu a vida, rompeu as cadeias que o mantinha prisioneiro. Com a aparição de sua luz desapareceram as trevas da prisão, santificou o nascimento humano, e destruída a morte, desligou os mesmos laços que tinham prendido o ser humano. Ele manifestou a ressurreição, tornando-se o primogênito dos mortos (cfr. 2 Tm 1,10) e levantou na sua pessoa o homem caído por terra, ao ser elevado às alturas do céu até a direita da glória do Pai[6]. Santo Ireneu também disse que o Verbo é Salvador. Emanuel se traduz por “Deus-conosco”, Deus esteja conosco. Por isso, Ele é a interpretação e a revelação da “Boa-Nova”. O profeta disse que um menino foi dado à humanidade, e foi lhe dado o nome como Conselheiro-maravilhoso, Deus-forte, Pai-eterno, Principe-da-paz (Is 9, 5)[7].

O Salvador veio ao mundo.

São Beda Venerável, presbítero dos séculos VII e VIII afirmou que o Salvador veio ao mundo realizando a promessa a Abraão e aos seus filhos, no caso, aos filhos da promessa dos quais se diz que sendo de Cristo, as pessoas são da descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa (cfr. Gl 3,29). Como a morte entrou no mundo pela desobediência humana diante de Deus, pela profecia do Senhor dada às duas mulheres, Maria e Isabel, as quais carregavam o Salvador e Precursor, anunciou-se ao mundo a Salvação.

A salvação em vista da renovação humana.

Santo Atanásio, bispo de Alexandria, século IV disse que o Filho santíssimo do Pai, Imagem dele, veio à terra a fim de renovar o ser humano que fora feito em conformidade com ele, e a fim de recuperar os que estavam perdidos, no perdão dos pecados, conforme diz o Senhor no evangelho que ele veio procurar e salvar o que estava perdido (cfr. Lc 19,10)[8].

O Salvador é Jesus Cristo que veio na realidade humana para dar a todos a vida nova, ele que viera do Pai. O Natal é a contemplação no presépio desta verdade que anima a todos a prosseguir na missão, de vivê-la na paz e no amor junto aos pobres, aos necessitados, e a todas as pessoas. O Natal seja o nascimento do Salvador em nossos corações e no mundo inteiro.

[1] Cfr. Salvatóre. In: Il vocabolario treccaniIl Conciso. Milano, Trento, 1998, pg. 1467.

[2] Cfr. Eusebio di Cesarea. Dimostrazione Evangelica, VI, 2,2-4Introduzione traduzione e note di Paolo Carrara. Paoline, Milano, 2000, pgs. 586-587.

[3] Cfr. Leão Magno. Sermões. XXIII Sermão, 3. Terceiro Sermão no Natal do Senhor, 3. Paulus, 1996, pgs. 47.

[4] Cfr. Leão Magno. Idem, 2, pg. 46.

[5] Cfr. Ireneu de Lião, III Livro, 22,1. Paulus, SP, 1995, pg. 350.

[6] Cfr. Irineu de Lyon. Demonstração da pregação apostólica, 38. Paulus, SP, 2014, pg. 98.

[7] Cfr. Idem, 54, pg. 111.

[8] Cfr. Santo Atanásio. A Encarnação do Verbo, 14,2. Paulus, SP, 2002, pg. 143.

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF