Translate

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Cinco dados sobre o novo ministério de catequista

Imagem ilustrativa / Unsplash.

Roma, 28 dez. 21 / 11:38 am (ACI).- No início deste ano, o papa Francisco criou o ministério laico de catequista na Igreja Católica com a publicação da carta apostólica em forma de motu proprio Antiquum ministerium (Ministério antigo). Diante de dúvidas que surgiram entre os fiéis, seguem cinco esclarecimentos sobre o novo ministério.

1. O que é o ministério de catequista?

Um ministério instituído é um tipo de serviço vocacional formal dentro da Igreja Católica, que pode ser constituído por leigos, como um leitor ou um acólito; ou ordenados, como um diácono ou sacerdote.

O ministério de catequista recém-instituído é composto por leigos que têm uma vocação particular para servir a Igreja Católica como mestres da fé.

O ministério é “estável”, o que significa que dura a vida toda, mesmo que a pessoa não o exerça ativamente em algum momento da vida.

O catequista colabora com o bispo local e com os padres no ensino da fé à comunidade local.

2. Por que se fala de um novo ministério se já havia catequistas?

Hoje existem muitos catequistas que servem a Igreja a nível paroquial, mas o ministério de catequista está vinculado à diocese, e o catequista está à disposição do bispo diocesano.

O catequista se dedica à transmissão da fé por meio do anúncio e da instrução; não tem nenhum tipo de responsabilidade litúrgica. Mas os catequistas podem ser especialmente benéficos em lugares onde há poucos padres.

As duas tarefas principais deste novo ministério são catequizar ou ensinar a fé e participar nos apostolados.

3. Quem pode ser catequista?

Este ministério é reservado, com algumas poucas exceções, a católicos leigos que não fazem parte de uma congregação ou instituto religioso.

O bispo é responsável por eleger homens e mulheres para ser instituídos neste ministério católico em sua diocese, mas a Santa Sé sugeriu que os candidatos mais adequados são aqueles que têm “profunda fé e maturidade humana”, são participantes ativos na vida da comunidade cristã, e são “capazes de acolher os outros, ser generosos e viver uma vida de comunhão fraterna”.

Os candidatos devem estar devidamente preparados por meio de "adequada formação bíblica, teológica, pastoral e pedagógica ". A experiência prévia de catequese também é um requisito.

Os católicos adultos batizados que receberam os sacramentos da Primeira Comunhão e do Crisma e desejam ser instituídos no ministério dos catequistas podem apresentar um pedido escrito e assinado ao bispo diocesano.

A Santa Sé enfatizou o "aspecto vocacional" do ministério, exortando os bispos a discernir cuidadosamente quais pessoas admitir.

Em Antiquum ministerium, o papa Francisco descreveu as qualidades que a Igreja procura nos participantes do novo ministério. O catequista “é chamado, antes de mais nada, a exprimir a sua competência no serviço pastoral da transmissão da fé que se desenvolve nas suas diferentes etapas”, diz o documento. “Desde o primeiro anúncio que introduz no querigma, passando pela instrução que torna conscientes da vida nova em Cristo e prepara de modo particular para os sacramentos da iniciação cristã, até à formação permanente que consente que cada batizado esteja sempre pronto ‘a dar a razão da sua esperança a todo aquele que lha peça’. O Catequista é simultaneamente testemunha da fé, mestre e mistagogo, acompanhante e pedagogo que instrui em nome da Igreja.”

4. Qual é o rito da instituição no ministério do catequista?

O rito da instituição é um ritual litúrgico através do qual é conferida a função de catequista. O ministério é conferido pelo bispo, ou por um sacerdote por ele delegado, seja na missa ou na celebração da Liturgia da Palavra, seguindo o rito litúrgico publicado pela Santa Sé em 13 de dezembro.

Se a instituição acontecer durante a missa, depois da proclamação do Evangelho, um sacerdote ou diácono chamará pelo nome cada um dos candidatos pelo nome, que se apresentará ao bispo respondendo: "Estou aqui". O rito também sugere que o bispo faça uma breve homilia sobre o papel do catequista. Há um convite à oração, uma bênção e a entrega do crucifixo a cada novo catequista.

5. Os catequistas podem fazer “exorcismos menores”?

Na Igreja Católica existem dois tipos de exorcismo: os "maiores" e os ditos "simples" ou "menores".

Quando alguém se refere a exorcismo, provavelmente está se referindo ao ato de expulsar demônios ou espíritos malignos de pessoas, lugares ou objetos possuídos ou atormentados por eles. Trata-se de um exorcismo maior, prática reservada a um padre católico, delegado por seu bispo para cumprir essa tarefa em sua própria diocese.

Um exorcismo menor ou simples faz parte do Ritual para o Batismo das crianças e do Rito de Iniciação Cristã dos Adultos.

As diretrizes do ministério catequista afirmam que “aos ‘catequistas que realmente sejam dignos e estejam bem preparados’ o bispo confia a celebração dos exorcismos menores” aos catecúmenos que se preparam para serem recebidos na Igreja Católica.

Fonte: https://www.acidigital.com/

CNBB e Cáritas campanha emergencial em auxílio às famílias da Bahia e Minas

#SOS Bahia e Minas Gerais | CNBB

A iniciativa busca arrecadar recursos para a compra de alimentos, água potável, roupas, fraldas infantis e adultas, artigos de higiene pessoal e de proteção contra a Covid-19.

Vatican News

Os temporais voltaram a castigar as populações do sul e extremo sul da Bahia, causando 20 óbitos e afetando mais de 470 mil pessoas, segundo dados da Defesa Civil. De acordo com o Governador do Estado, as chuvas deixaram um cenário “de guerra” e que ainda não tem como dar um prazo para a recuperação das estradas estaduais e federais afetadas pelas inundações.

As pessoas tiveram que abandonar suas casas devido às inundações e aos riscos de deslizamentos de terra e de desabamentos. Além das residências e de estabelecimentos comerciais, postos de saúde, escolas e quadras também se encontram debaixo d’água.

Frente a essa triste situação, agravada em decorrência da pandemia de Covid-19 que ainda se vive, a rede Cáritas Brasileira e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) intensificam as mobilizações por meio da campanha #SOS Bahia e Minas Gerais: Solidariedade que Transborda.

A iniciativa busca arrecadar recursos para a compra de alimentos, água potável, roupas, fraldas infantis e adultas, artigos de higiene pessoal e de proteção contra a Covid-19. Os itens serão distribuídos pelas Cáritas Diocesanas próximas às áreas em situação crítica, a fim de auxiliar as milhares de pessoas desabrigadas e desalojadas devido às fortes chuvas que atingiram os estados.

As doações podem ser feitas pelas contas:

Banco do Brasil
Agência 0452-9
C/c. 50.106-9

Caixa Econômica Federal
Agência 1041
C/c – 1132-1

Situação até o dia 11 de dezembro de 2021

Em Minas Gerais, devido às chuvas intensas que atingem o estado desde setembro deste ano, 9.500 pessoas tiveram que buscar acomodação com amigos e familiares, enquanto 2.000 famílias precisaram buscar refúgio na esfera pública. Diversas cidades tiveram o abastecimento de água interrompido.

Na Bahia, desde o dia 06 de dezembro, mais de 8.000 pessoas foram forçadas a abandonar suas casas e muitas delas aguardavam resgate sobre seus telhados. Há registro de que seis pessoas perderam a vida no estado.

Além de provocar inundações e deslizamentos de terra, as chuvas causaram o rompimento de duas barragens em Apuarema e danos às vias de acesso de algumas cidades, como Eunápolis e Itabela, dificultando ações imediatas da Defesa Civil.

Veja aqui a nota de solidariedade às famílias desabrigadas pelas chuvas no sul e extremo sul da Bahia, lançada pela CNBB Regional NE3.

Informações para a imprensa:

Assessoria de Comunicação da Cáritas Brasileira

Indi Gouveia: indi@caritas.org.br // +55 38 988146642

Setor de Emergência da Cáritas Brasileira

Lucas D’Avila: lucasdavila@caritas.org.br // +55 47 996190279

Cáritas Regional NE3

Márcio Lima: marcio@caritas.org.br // +55 71 96958099

Assessoria de Comunicação do Regional NE 3 da CNBB

Patricia Luz: comunicacao.cnbbne3@gmail.com // +55 71 98103-2901

Cáritas Regional Minas Gerais

Anna Crystina: anna.crystina@caritas.org.br // +55 37 99613015

Assessoria de Comunicação da Cáritas Regional Minas Gerais

Wigde Arcangelo: jornalismomg@caritas.org.br // +55 31 99417-2830

Fonte: CNBB

https://www.vaticannews.va/

São Tomás Becket

S. Tomás Becket | arquisp
29 de dezembro

São Tomás Becket

Tomás Becket nasceu no dia 21 de dezembro de 1118, em Londres. Era filho de pai normando e cresceu na Corte ao lado do herdeiro do trono, Henrique. Era um dos jovens cortesãos da comitiva do futuro rei da Inglaterra, um dos amigos íntimos com que Henrique mais tinha afinidade. Era ambicioso, audacioso, gostava das diversões com belas mulheres, das caçadas e das disputas perigosas. Compartilharam os belos anos da adolescência e da juventude antes que as responsabilidades da Coroa os afastasse.

Quando foi corado Henrique II, a amizade teve uma certa continuidade, porque o rei nomeou Tomás seu chanceler. Mas num dado momento Tomás voltou seus interesses para a vida religiosa. Passou a dedicar-se ao estudo da doutrina cristã e acabou se tornando amigo do arcebispo de Canterbury, Teobaldo. Tomás, por sua orientação, foi se entregando à fé de tal modo que deixou de ser o chanceler do rei para ser nomeado arcediácono do religioso.

Quando o arcebispo Teobaldo morreu e o papa concedeu o privilégio ao rei de escolher e nomear o sucessor, Henrique II não vacilou em colocar no cargo o amigo.

Mas o rei não sabia que o antigo amigo se tornara, de fato, um fervoroso pastor de almas para o Senhor e ferrenho defensor dos direitos da Igreja de Roma. Tomás foi ordenado sacerdote em 1162 e, no dia seguinte, consagrado arcebispo de Canterbury. Não demorou muito para indispor-se, imediatamente, com o rei. Negou-se a reconhecer as novas leis das "constituições de Clarendon", que permitiam direitos abusivos ao soberano, e teve de fugir para a França, para escapar de sua ira.

Ficou no exílio por seis anos, até que o papa Alexandre III conseguiu uma paz formal entre os dois. Assim, Tomás pôde voltar para a diocese de Canterbury a fim de reassumir seu cargo. Foi aclamado pelos fiéis, que o respeitavam e amavam sua integridade de homem e pastor do Senhor. Mas ele sabia o que o esperava e disse a todos: "Voltei para morrer no meio de vós". A sua primeira atitude foi logo destituir os bispos que haviam compactuado com o rei, isto é, aceitado as leis por ele repudiadas. Naquele momento, também a paz conseguida com tanta dificuldade acabava.

O rei ficou sabendo e imediatamente pediu que alguém tirasse Tomás do seu caminho. O arcebispo foi até avisado de que o rei mandaria matá-lo, mas não quis fugir novamente. Apenas respondeu com a frase que ficou registrada nos anais da história: "O medo da morte não deve fazer-nos perder de vista a justiça". Encheu-se de coragem e, vestido com os paramentos sagrados, recebeu os quatro cavaleiros que foram assassiná-lo. Deixou-se apunhalar sem opor resistência. Era o dia 29 de dezembro de 1170.

O próprio papa Alexandre III canonizou Tomás Becket três anos depois do seu testemunho de fé em Cristo. A sua memória é homenageada com festa litúrgica no dia de sua morte.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Por que as crianças inocentes sofrem?

Criança | Editora Cléofas
Por Prof. Felipe Aquino

Muitos perguntam também por que as crianças, tão inocentes, sofrem, e se Deus não estaria sendo injusto permitindo isto. Deus não pode ser injusto, senão não seria Deus.

As crianças e os inocentes sofrem porque participam da dignidade humana, e compartilham a sorte da humanidade.

O espiritismo quer explicar o sofrimento da criança pela via da reencarnação, pela lei do Karma, segundo a qual a pessoa estaria expiando as culpas dos pecados cometidos em vidas anteriores. As sucessivas reencarnações se repetiriam até a purificação total da pessoa.

Acontece que ninguém provou de maneira positiva a reencarnação. Em estado psíquico normal, sem hipnose, ninguém tem consciência de já ter vivido anteriormente. Até mesmo um grande adepto moderno da reencarnação reconhece que:

“O mais importante argumento contra a reencarnação é o esquecimento quase geral das vidas passadas; são extremamente raras as recordações da reencarnação; eis por que podem ser consideradas como ilusões individuais… Se é verdade que já vivemos algumas vezes, como se explica não só o esquecimento geral das vidas anteriores, mas o esquecimento dessas vidas por espíritos elevados e sobretudo pelos místicos, os quais penetram até a essência do ser?” (W. Lutoslawski, Preesistenza e Reincarnazione, 61s).

Se uma pessoa está sofrendo neste mundo, para se redimir de sua culpa, mas não sabe que culpa é esta, de nada vale o seu sofrimento. Se ela não conhece os erros que cometeu no passado, como poderá corrigir a sua vida? Como, então, poderá melhorar a sua vida através da reencarnação, se não sabe em que melhorar? Esta é uma grande incoerência da “lei do Karma”.

É interessante dizer que, mesmo sob estado hipnótico, em geral, as pessoas que dizem se lembrar de suas vidas anteriores, se identificam com pessoas ilustres e importantes; nunca com pessoas comuns. Douglas Home, observador desses fatos, dizia que já tinha encontrado doze Maria Antonieta, rainha da França, seis ou sete Maria Stuart, rainha da Inglaterra, muitos São Luiz, rei de França, uns vinte Alexandre Magno e César… Nunca encontrou alguém que dissesse que foi em outra vida uma pessoa sem importância.

Quando se visita uma clinica de doentes mentais também é possível encontrar alguns doentes que se identificam com personagens importantes da história. Eu sou Napoleão!…

Então, a criança não sofre para pagar os pecados de uma suposta vida anterior. Ela sofre porque é solidária com a humanidade, e as consequências de seus erros a atingem também, embora inocente. Não é preciso inventar teorias complicadas para explicar o sofrimento; e nem mesmo culpar a Deus pelo erro que é nosso.

Deus não interfere no sofrimento da criança, a todo instante fazendo milagres para impedir o mal, para não destruir a ordem natural que Ele mesmo criou. Deus não quis fazer o homem e o mundo como um teatro de marionetes, teleguiado por Ele, não; Ele lhe impôs leis que regulam a vida e a natureza.

Em consequência do pecado, o sofrimento e a morte fazem parte da história de todos os homens, inocentes ou pecadores. Muitas vezes um inocente morre por causa de um pecador. Os acidentes das estradas comprovam isto todos os dias; e ninguém pode culpar a Deus, mas sim os verdadeiros culpados que são os maus.

São Paulo ensina que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6,23); e esta pode atingir a todos, inocentes e culpados, porque a humanidade é solidária; é unida. Cada pecado atinge todos os a homens; assim como cada ato bom também atinge.

A fé ensina que Deus Pai, pelo sofrimento redentor de Jesus, resgatará todo sofrimento da criança inocente e fará cada uma ressuscitar um dia com Cristo.

Não devemos esquecer que os primeiros mártires da Igreja são os inocentes que morreram pelas mãos de Herodes, em Belém (Jr 31,15). Hoje são santos mártires da Igreja. O seu sofrimento não foi em vão. Não podemos olhar os fatos só com os olhos deste mundo; é preciso vê-los à luz da fé.

A paixão e morte de Jesus resgatou o mundo. Ouvi uma história muito bela que não sei se foi verídica, mas que faz a gente pensar.

Em algumas cidades americanas há aquelas pontes sobre um largo rio, formadas de duas partes que se abrem e levantam quando passam sob elas os navios.

Havia uma dessas pontes, que além de tudo continha uma estrada de ferro sobre ela. Um homem a operava. Quando vinha o trem ele baixava a ponte para ele passar, quando vinha um navio, ele a levantava comandando máquinas e engrenagens enormes, que ficavam sob os seus pés.

Certo dia o seu filho, pequeno, foi visitá-lo, com uma bola nas mãos. Ao brincar com a bola, esta escapou-lhe e caiu lá no meio das engrenagens. Logo o garoto desceu os degraus para pegar a bola, sem que o pai pudesse impedi-lo, e se meteu no meio das grandes engrenagens. E eis que o trem vinha vindo; e ele teria de baixar logo a ponte, sabendo que o filho estava lá em baixo correndo risco. Gritou desesperado para que o filho deixasse a bola e subisse, mas este não o ouvia. Eis que o trem se aproximava rápido, e ele sentiu que não teria tempo de ir buscar o garoto antes do trem passar… Ficou com o coração na mão… o dilema era enorme: se baixar a ponte as engrenagens matariam o seu filho, se não baixasse a ponte seria uma enorme tragédia, muitas pessoas pereceriam no acidente.

Não teve alternativa, com o coração sangrando e os olhos cheios de lágrimas, baixou a ponte (…) o trem passou, e as pessoas, como faziam de costume, lhe abanavam os lenços e lhe davam adeus e sorrisos (….)

O Pai entregou Jesus por nós assim (…). Ainda duvidaremos do seu amor? Por isso, diante da dor e da morte, mesmo de uma criança inocente, façamos silencio e jamais ousemos culpar a Deus; não somos dignos e nem capazes de compreender os seus santos desígnios. É melhor não crer em Deus, do que crer em um Deus que seja malvado.

Retirado do livro: “Não vos conformeis com este mundo”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

Fonte: https://cleofas.com.br/

Proibir de ajudar os sem-teto: a recente violação à liberdade religiosa

Addkm | Shutterstock
Por John Burger

A cidade de Brookings, Oregon, foi a vencedora do "Prêmio" Ebenezer 2021.

O pastor de uma igreja episcopal no Oregon (EUA) disse que desafiará uma portaria da cidade que proíbe seu rebanho de alimentar pessoas em situação de rua mais de duas vezes por semana.

A cidade ganhou o Prêmio Ebenezer deste ano, concedido pelo escritório de advocacia Becket em alusão à frieza e indiferença do personagem Scrooge, de Um Conto de Natal, de Dickens.

“O ente mais ultrajante da temporada de Natal e Hanukkah deste ano e vencedor do Prêmio Ebenezer 2021 de Becket é a Câmara Municipal de Brookings, Oregon, por restringir os esforços da igreja para alimentar os sem-teto”, disse Becket em um comunicado à imprensa.

“Uma portaria aprovada no final de outubro pelo Câmara restringiu severamente ministérios da área, como a Igreja Episcopal de Timothy, de alimentar a população desabrigada.”

A portaria foi aprovada depois que alguns moradores da cidade reclamaram de problemas de segurança durante as horas em que os ministérios da igreja operavam seus refeitórios. O novo regulamento corta de quatro para dois o número de dias permitidos para esse tipo de trabalho assistencial. O vigário da Igreja Episcopal de Timothy, Rev. Bernie Lindley, chamou a norma de “injusta”, observando que ela não resolve nada, mas apenas impede que seu ministério exerça a caridade cristã.

“Alimentar pessoas famintas está no centro do que nossa igreja acredita que Jesus nos chama a fazer”, disse Lindley. “Não vemos como um município pode interferir nessa missão sem violar nosso direito constitucional de praticar livremente nossa fé.”

Newark, Nova Jersey, restringe a alimentação de sem-teto

No entanto, Brookings não está sozinha. Em novembro, a cidade de Newark, Nova Jersey, enviou um e-mail para igrejas e organizações humanitárias anunciando que estava proibindo a alimentação de moradores de rua em locais públicos, informou o New York Times.

Mais tarde, a cidade modificou a portaria, dizendo que os grupos que distribuíssem comida precisariam de uma permissão e que a nova regra seria direcionada especificamente àqueles que dão comida aos moradores de rua, disse o Times. Os infratores estão sujeitos a multa.

“As autoridades de Newark ofereceram várias razões para a repressão, dizendo que a cidade precisava garantir que os alimentos que estavam sendo distribuídos fossem seguros e que a distribuição de alimentos em locais públicos realmente incentivava os sem-teto a permanecer nas ruas”, disse o jornal. “A cidade quer que aqueles que desejam doar comida o façam em abrigos e refeitórios.”

Em Brookings, Oregon, enquanto isso, a igreja de Timothy está apenas realizando um ministério vinha fazendo há anos. O que incluiu um refeitório de sopa, uma despensa, chuveiros e banheiros, e uma equipe de assistência que ajuda as pessoas a se inscreverem em listas de espera de moradias acessíveis, obter carteiras de identidade e obter benefícios.

Mas junto com o aumento dos sem-teto durante a pandemia, Brookings viu uma reação contra os sem-teto e aqueles que os servem.

“Em junho, 29 moradores pediram à cidade que proibisse os ministérios em favor dos moradores de rua, citando comportamentos perigosos e perturbadores de pessoas que ficam no estacionamento da igreja”, informou Episcopal News Service. “O prefeito e os membros da prefeitura têm sido críticos na prestação de serviços aos moradores de rua, dizendo que isso os atrai – e também os problemas associados a eles – para a área.”

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Dos Sermões de São Quodvultdeus, bispo

Martírio dos Santos Inocentes | liturgiadashoras

Dos Sermões de São Quodvultdeus, bispo

(Sermo 2 de Symbolo: PL 40,655)            (Séc. V)

Ainda não falam e já proclamam Cristo

Nasceu um pequenino que é o grande Rei. Os magos chegam de longe e vêm adorar, ainda deitado no presépio, aquele que reina no céu e na terra. Ao anunciarem os magos o nascimento de um Rei, Herodes se perturba e, para não perder o seu reino, quer matar o recém-nascido. No entanto, se tivesse acreditado nele, poderia reinar com segurança nesta terra e para sempre na outra vida.

Por que temes, Herodes, ao ouvir que nasceu um Rei? Ele não veio para te destronar, mas para vencer o demônio. Como não compreendes isso, tu te perturbas e te enfureces; e, para que não escape o único menino que procuras, tens a crueldade de matar tantos outros.

Nem as lágrimas das mães nem o lamento dos pais pela morte de seus filhos, nem os gritos e gemidos das crianças te comovem. Matas o corpo das crianças porque o medo matou o teu coração; e julgas que, se conseguires teu propósito, poderás viver muito tempo, quando precisamente é a própria Vida que queres matar.

Aquele que é a fonte da graça, pequenino e grande ao mesmo tempo, reclinado num presépio, apavora o teu trono. Por meio de ti, e sem que saibas, realiza os seus desígnios e liberta as almas do cativeiro do demônio. Recebe como filhos adotivos os filhos dos que eram seus inimigos.

Essas crianças morrem pelo Cristo, sem saberem, enquanto seus pais choram os mártires que morrem. Cristo faz suas legítimas testemunhas aqueles que ainda não falam. Eis como reina aquele que veio para reinar. Eis como já começa a conceder a liberdade aquele que veio para libertar, e a dar a salvação aquele que veio para salvar.

Tu, porém, Herodes, ignorando tudo isto, te perturbas e te enfureces; e enquanto te enfureces contra o Menino, já lhe prestas homenagem, sem o saberes. Ó imenso dom da graça! Que méritos tinham aquelas crianças para obterem tal vitória? Ainda não falam e já proclamam o Cristo. Não podem ainda mover os membros para a luta e já ostentam a palma da vitória.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Cinco coisas que talvez não saiba sobre os Santos Inocentes

Os Santos Inocentes | ACI Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 28 dez. 21 / 06:00 am (ACI).- No marco da festa dos Santos Inocentes, apresentamos cinco coisas que talvez não sabia sobre estes mártires, cujas mortes seguem repercutindo na sociedade de hoje, segundo artigo de padre Sergio Román, publicado no SIAME (Serviço Informativo da Arquidiocese do México).

1. A história

Herodes disse aos Magos do Oriente que ele estava muito interessado no rei que tinha acabado de nascer e pediu-lhes para informá-lo sobre este rei em seu retorno para também ir adorá-lo. A estrela guiou os Magos até a criança e, cumprida sua missão, voltaram para seus países de origem por outros caminhos, pois um anjo lhes avisou em sonhos que Herodes queria matar Jesus.

Desapontado com os Magos, Herodes mandou matar todas as crianças menores de dois anos com o desejo de acabar com aquele Rei nascido em Belém, que colocava em perigo seu próprio reinado. Um genocídio. A matança dos inocentes. A Igreja os recorda no dia 28 de dezembro, unidos aos Natal, porque eles não morreram por Cristo, mas no lugar de Cristo.

2. Herodes, o Grande!

Assim se fazia chamar aquele rei da Palestina, fantoche do Império Romano. Foi grande porque soube ganhar guerras e conquistar terras para o seu reino, mas também por seus crimes: casou-se com Mariana, filha do sumo sacerdote Hircano II. Temeroso de que desejavam o seu reino, mandou matar seu genro, José; Salomé; o sumo sacerdote Hircano II; sua esposa Mariana; os irmãos dela, Aristóbulo e Alexandra; seus próprios filhos, Aristóbulo, Alexander e Antipatro.

Quando ficou enfermo, mandou prender todos os personagens importantes de Jericó, com a ordem de que assim que morresse, matassem-nos a flechadas. Quando Herodes morreu, esta ordem não foi cumprida. Com esses dados, podemos compreender que para ele foi fácil mandar matar os Santos Inocentes. Quantos foram? Hoje, sabe-se que Belém não devia ter mais de mil habitantes e que a este número, provavelmente, corresponderia uma população de 20 meninos.

3. A gruta de Belém

Santa Helena, mãe do imperador Constantino, que deu paz aos cristãos no século IV, construiu uma Basílica sobre a gruta de Belém, onde o Menino Jesus nasceu. Essa Basílica, reconstruída, ainda existe e guarda em sua cripta a preciosa gruta onde uma estrela de prata marca o lugar do santo nascimento. “Aqui nascei Jesus Cristo de Maria, a Virgem”, diz a inscrição em latim.

A gruta de Belém é um sistema de cavernas que se estendem debaixo da antiga basílica e do templo católico de Santa Catarina. Em uma dessas cavernas foram encontrados restos de crianças enterradas. O primeiro pensamento foi que eram os restos dos Santos Inocentes, mas os caixões correspondiam a uma época muito posterior. De todo modo, essa caverna foi dedicada à memória dos Santos Inocentes.

4. Ain Karen

Ain Karen é uma cidade perto de Jerusalém. Segundo a tradição, é o lugar da “Visitação” e do nascimento de João Batista. Este era mais velho do que Jesus apenas seis meses e existe a lenda de que também ao ser vítima de Herodes. Perseguida por soldados assassinos, sua mãe Isabel buscou uma rocha no monte atrás da qual ocultou seu pequeno João antes que os soldados a alcançassem.

Quando os soldados a alcançaram, procuraram até atrás da rocha, mas não viram nada. Quando saíram, Isabel correu para buscar seu menino e descobriu que a rocha tinha aberto um espaço para dar lugar em seu interior ao pequeno perseguido e, assim, salvou João Batista. Na Basílica da Visitação, sobre o monte, guarda-se uma estranha rocha que recorda esta história.

5. Os santos inocentes de hoje

A celebração litúrgica deve nos recordar não apenas o fato histórico daquelas crianças assassinadas no lugar de Cristo, mas também o acontecimento diário de todos aqueles inocentes perseguidos e assassinados entre nós. Os humanos somos capazes de monstruosidades que nos envergonham.

Seguimos assassinando por motivos religiosos, políticos, econômicos e, cada vez que denunciamos um desses crimes, clamamos indignados “Nunca mais!”, para, em seguida, repetir a história. Não permaneçamos indiferentes ante esses genocídios, despertemos em nós a solidariedade e unamos nossas vozes e nossas ações às desses inocentes que seguem morrendo no lugar de Cristo.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Carta aos esposos, Gambino: magistério de um pai afetuoso

O Papa com um casal de esposos durante a Audiência Geral na
Sala Paulo VI   (Vatican Media)

As famílias, um bem para a Igreja, e o matrimônio, um lugar da Graça de Deus a ser transmitido aos jovens. A subsecretária do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Gabriella Gambino, nos leva a rever o Ano da Família Amoris laetitia e a marcar o percurso para o Encontro Mundial de Roma, em 2022.

Gabriella Ceraso e Alessandro De Carolis – Vatican News

"Um presente de Natal para vocês esposos, um incentivo, um sinal de proximidade e uma ocasião para meditar." Foi assim que o Papa Francisco apresentou, no domingo (26/12), Festa da Sagrada Família de Nazaré, sua Carta aos Esposos, um texto divulgado um ano após 27 de dezembro de 2020, quando no Angelus o Pontífice anunciou o Ano dedicado à "Família Amoris laetitia". Um percurso rico de frutos e marcado pela "ternura de um pai" que se renova num "texto do magistério", segundo a subsecretária do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Gabriella Gambino.

Em sua carta aos esposos, que ele enviou de presente, o Papa Francisco revê, como um pai, aspectos e etapas da vida familiar, sem esquecer os jovens casais que se preparam para o casamento. O que lhe chama a atenção nesta mensagem?

Gambino: A ternura de seu tom, o carinho que ele quis expressar às famílias num momento tão complexo, ainda dominado pela pandemia. Hoje, existem muitas famílias passando por crises e dificuldades de todo tipo, para as quais o Papa dirige seu olhar de pai. Mas, estou particularmente comovida com a atenção que ele dedica ao Sacramento do Matrimônio. A beleza deste dom, tão difícil de ser compreendido pelos jovens de hoje, está na presença de Cristo, que mora nas famílias, no meio de nossa vida diária. Com extraordinária delicadeza, o Papa entra em nossa vida cotidiana, nas dinâmicas da família, quase nos levando pela mão para nos encorajar e não nos fazer sentir sozinhos neste caminho. Ele exorta os jovens a se casarem, a confiarem na graça que investe os esposos, que os sustenta ao longo de suas vidas na aventura do matrimônio, mesmo em meio a tempestades. O Papa nos lembra que "como cristãos, não podemos renunciar de apresentar aos jovens o ideal do matrimônio, ou seja, o projeto de Deus em toda sua grandeza. Não o fazer seria uma falta de amor da Igreja para com os jovens. Compreender as situações excepcionais não implica jamais esconder a luz do ideal mais pleno, nem propor menos de quanto Jesus oferece ao ser humano". O Santo Padre nos lembra disso na Amoris laetitia. (AL 307)

A Carta aos esposos chega exatamente um ano após 27 de dezembro de 2020, quando o Papa anunciou no Angelus o Ano dedicado à "Família Amoris laetitia", cinco anos após a publicação da Exortação Apostólica. Na sua opinião o que foi colocado em movimento com esse anúncio?

Gambino: Foi posto em marcha o cuidado pastoral das famílias de todo o mundo. Após cinco anos de reflexão e confrontos doutrinais, passou-se para a ação e o nosso Dicastério, incentivado pelo Santo Padre, elaborou muitos instrumentos pastorais para ajudar as dioceses e as conferências episcopais a traduzirem a exortação em ação e criatividade pastoral. Também em vista do Encontro Mundial, que se realizará daqui a seis meses, esta Carta do Papa aos esposos é um texto de magistério muito importante sobre a família, que as paróquias e dioceses poderão utilizar para preparar as famílias para o Encontro, para refletir com as famílias sobre o que é a família e como hoje, em meio a tantas dificuldades, como disse São João Paulo II, ela pode se tornar ela mesma! Convido as comunidades e paróquias a lê-la e meditá-la nas casas, sugerindo-a e distribuindo-a aos casais em todo o mundo.

Na sua opinião, quais foram os frutos mais bonitos deste ano?

Gambino: Sem dúvida, em geral, eu diria as muitas iniciativas que o mundo está dando a conhecer ao nosso Dicastério, e todas aquelas que não chegam até nós, desde que o Papa nos deu esse impulso. Tantas paróquias, dioceses, conferências episcopais, até mesmo escolas e universidades nos escrevem para nos dizer o que estão fazendo em resposta ao apelo do Santo Padre para acompanhar as famílias, os casais, as situações mais frágeis, as novas uniões, nas quais se buscam o Senhor. Um processo de criatividade pastoral foi posto em marcha, que também está levando a uma maior comunhão, em muitos contextos, entre pastores e famílias, a fim de aprender a ouvir reciprocamente, valorizando o papel das famílias e dos esposos na Igreja. Não é fácil, mas em todos os lugares se vê o desejo de tentar entender como caminhar junto e também de acompanhar as situações mais difíceis, aquelas que antes eram deixadas um pouco de lado. As famílias são realmente um bem para a Igreja, mas esta afirmação em muitos contextos ainda precisamos entender como colocá-la em prática.

O ano dedicado à família se concluirá em junho próximo, quando o Encontro Mundial das Famílias será celebrado em Roma. Neste domingo, o Papa convidou a todos a prepará-lo bem para vivê-lo bem. Como a preparação deste evento e o encontro se entrelaçam com o caminho sinodal aberto por Francisco na Igreja?

Gambino: Amoris laetitia, o fio condutor que nos leva ao Encontro Mundial, nos pede para fazer um discernimento sobre o estilo e a maneira como se realiza o nosso serviço pastoral, que o Santo Padre agora nos convida a enquadrar neste caminho sinodal da Igreja através da comunhão, da participação e da missão de cada componente do Povo de Deus, incluindo as famílias. Pastores e famílias juntos, sob a orientação do Espírito. Mas como fazer isso? Seria interessante, por exemplo, neste tempo de caminho sinodal e ao mesmo tempo de preparação para o Encontro Mundial, tentar combinar o processo de discernimento eclesial a partir da relação Igreja-família, fazendo-nos perguntas um pouco diferentes daquelas a que estamos acostumados. Por exemplo, como a família pode ajudar a Igreja a ser mais sinodal? O que a Igreja pode aprender do modo "familiar" de discernir, ouvir e acolher? O que a Igreja pode aprender da maneira como pais, filhos e irmãos procuram se amar com suas fragilidades, vulnerabilidades, conflitos e pontos de vista diferentes? Estas e outras perguntas poderiam abrir um novo modo de pensar a pastoral, um estilo diferente, uma comunhão mais concreta entre as famílias e a Igreja. Não só isso, mas iniciariam um novo processo de discernimento que, depois da conclusão do Ano da Família com o Encontro Mundial, poderia continuar pelo menos até o Sínodo, continuando a estimular a pastoral familiar em todo o mundo.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santos Inocentes Mártires

Os Santos Inocentes | Vatican News
28 de dezembro
SANTOS INOCENTES, MÁRTIRES

Origens

Os chamados Santos Inocentes são aqueles meninos com menos de dois anos nascidos no vilarejo de Belém, na mesma época do nascimento de Jesus. Eles foram mortos por ordens do rei Herodes. Este, temia que o Messias vivesse, chegasse à idade adulta e lhe roubasse o trono. Não se sabe o número desses pequeninos, mas sabe-se que eles morreram por causa de Jesus.

Uma estrela guia

A história dos Santo Inocentes é contada no Capítulo 2 do Evangelho de São Mateus. Tudo começou com a chegada dos reis magos na cidade de Jerusalém. Eles chegaram lá seguindo a estrela que anunciava o nascimento do Messias. Os magos procuraram, a princípio, o rei Herodes, que vivia em Jerusalém, pensando encontrar o menino no palácio real. Mal sabiam eles, porém, que estavam se dirigindo a um grande inimigo do Messias.

A astúcia de Herodes

Herodes acolheu os magos fingindo interesse pelo Messias recém-nascido. E mandou chamar alguns escribas e doutores da lei para que estes informassem onde nasceria o Salvador. E estes sábios de Israel dizem que, segundo uma profecia, o Messias deveria nascer no vilarejo de Belém, a seis quilômetros de Jerusalém. Herodes, então, envia os magos a Belém para descobrirem tudo sobre o Messias, mas pede que eles voltem para informá-lo e mente dizendo que ele também (Herodes) queria ir prestar homenagens ao menino.

Deus protege o Messias.  

Os magos do Oriente chegam a Belém e, guiados pela estrela, encontram o menino juntamente com Maria e José. Oferecem presentes a ele, prestam-lhe culto de adoração e se preparam para partir, passando a noite em Belém. Nessa noite, um anjo adverte-os, em sonho, dizendo para não voltarem a Herodes, pois este pretendia matar Jesus. Os magos obedecem e voltam por outro caminho.

Um tirano e os Santos Inocentes

Quando Herodes percebeu que tinha sido enganado pelos magos, ficou furioso e temeu perder o trono para o Messias. Por isso, enviou soldados a Belém com a missão expressa de matar todos os meninos com até dois anos de idade nascidos em Belém e região. E assim foi feito. A dor e o luto inundaram o vilarejo que perdeu seu bem mais precioso. Santinhos, inocentes e puros perderam suas vidas por causa de Jesus.

Mártires e inocentes

Eles são chamados inocentes porque não tinham ainda o uso da razão quando foram mortos. Mesmo assim, foram mortos por Jesus. Por isso, a Igreja concede a eles o título de mártires. Inocentes, sim. Mas também mártires. A festa em homenagem a eles é celebrada desde o Século IV. O culto aos Santos Inocentes foi confirmado pelo papa São Pio V. A triste morte que tiveram também confirma uma profecia de Jeremias, que diz: “Ouviu-se um choro em Ramá, grito e grande lamentação. É Raquel que chora por seus filhos, e ela não quer ser consolada, porque eles já não existem mais.” (Jeremias 31,15) Ramá é a região onde fica o vilarejo de Belém, em Israel.

Glória

Esses Santos Inocentes, de alma pura, que deram suas vidas por Jesus são, na verdade, os primeiros mártires cristãos. Por isso, receberam a glória dos mártires. A Igreja dedicou a eles o dia 28 de dezembro pelo fato de essa data ser próxima ao nascimento de Jesus, já que tudo aconteceu depois da visita dos reis magos ao Menino Jesus.

Oração aos Santos Inocentes

“Meu Senhor, pelos Santos Inocentes, quero Vos rogar hoje por todos aqueles que são injustiçados, sofrem ameaças, são marginalizados e incompreendidos. Olhai pelos pequeninos, abandonados e assassinados pelas estrutura de morte de nossa sociedade. Que convosco eles alcancem dignidade e paz. Amém.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF