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sexta-feira, 24 de junho de 2022

Na escola do Coração de Jesus, aprendendo a arte de AMAR

Sagrado Coração de Jesus, de Pompeo Batoni, Igreja do Gesù em Roma

A Solenidade do Sagrado Coração de Jesus "nos convida a entrarmos neste Coração para descansarmos n’Ele : “Vinde a Mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e vos darei descanso. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas” (Mateus 11,28-29)".

Ir. Veridiana Kiss – Apóstola do Sagrado Coração de Jesus

Na solenidade do Sagrado Coração de Jesus, celebramos a Festa do AMOR! Amor que se doa e se entrega sem limites. “Se lhe mostrarmos as nossas feridas interiores, os nossos pecados, Ele sempre nos perdoará. É pura misericórdia!” Papa Francisco nos recorda que o Coração de Jesus é pleno de misericórdia pelo qual nos interpela também a curarmos as feridas da humanidade sofrida, pois, pelo Coração de Jesus fomos alcançados pela misericórdia de Deus.

Durante a nossa história de salvação percebemos que nada é capaz de preencher o coração do ser humano a não ser o AMOR, pois d’Ele viemos e para ele voltaremos, como nos recorda Santo Agostinho: “Fizeste-nos para Ti e inquieto está o nosso coração enquanto não repousa em Ti” (As Confissões, I, 1,1). Ao longo de séculos, Deus se revela  nos detalhes do cotidiano tentando encontrar uma maneira criativa de revelar o seu amor por nós, “Com amor eterno eu te amei” (Jeremias 31,3). Como nasceu esta devoção?

Devoção ao Sagrado Coração De Jesus

Origem

Esta devoção tem a sua origem nas aparições de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque, em Paray-le-Monial, em França. No dia 16 de junho de 1675, durante uma exposição do Santíssimo Sacramento, Nosso Senhor apareceu a Santa Margarida Maria Alacoque e, descobrindo seu Coração, disse-lhe: “Eis o coração que tanto tem amado aos homens e em recompensa não recebe, da maior parte deles, senão ingratidões pelas irreverências e sacrilégios, friezas e desprezos que tem por Mim neste Sacramento de Amor”. Desde então, ou melhor, desde que as ditas aparições foram reconhecidas pela Igreja, esta celebra, na sexta feira depois da oitava da festa do Corpo de Deus, a festa do Sagrado Coração de Jesus.

Que fazer?

Uma das primeiras coisas a fazer é a entronização do Sagrado Coração de Jesus em nossos lares. Este ato consiste no compromisso explícito, da família, de viver o Evangelho e ter Jesus Cristo como o Senhor e o Rei de cada uma das pessoas, pela obediência às leis de Deus, na fé, na esperança e no amor.

O gesto de entronização consiste em colocar a imagem de Jesus num lugar especial da casa, para recordar a sua presença permanente no lar. A imagem traz em destaque o coração como símbolo do amor. É um sinal que nos lembra o amor de Jesus por nós, e que se deve revelar ao mundo através da nossa própria vida de amor em família.

A entronização assim vivida e entendida será, certamente, um meio de salvar a família e a sociedade. A experiência tem mostrado que esta vida cristã, de confiança e de amor aos Sagrados Corações de Jesus, faz com que haja paz no lar e os problemas encontrem sua solução. "Jesus nunca se deixa vencer em generosidade.” (Beata MadreClélia).

Promessas

Falando a Santa Margarida Maria, Jesus prometeu a todos aqueles que honrassem o seu Divino Coração:

§        “Dar-lhes-ei todas as graças necessárias ao seu estado.

§        Porei paz em suas famílias.

§        Consolá-los-ei em todas as suas aflições.

§        Serei o seu refúgio na vida e principalmente na morte.

§        Derramarei abundantes bênçãos sobre todas as suas empresas .

§        Os pecadores acharão no meu Coração o manancial e o oceano infinito de misericórdia.

§        As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas.

§        As almas fervorosas altear-se-ão, rapidamente, às eminências da perfeição.

§        Abençoarei as casas, onde se expuser e venerar a imagem do meu Sagrado Coração.

§        Darei aos sacerdotes o dom de abrandarem os corações mais endurecidos.

§        As pessoas que propagarem esta devoção, terão os seus nomes escritos no meu Coração, para nunca dele serem apagados”.

A GRANDE PROMESSA: Prometo-te, pela excessiva misericórdia e pelo amor Todo-Poderoso do meu Coração, conceder a todos que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, a graça da penitência final, que não morrerão em minha inimizade, nem sem receberem os seus sacramentos, e que o meu divino Coração lhes será seguro asilo nesta última hora.

Esta solenidade nos convida a entrarmos neste Coração para descansarmos n’Ele : “Vinde a Mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e vos darei descanso. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas” (Mateus 11,28-29), assim, renovados e  tendo ressignificado nossas experiências poderemos ser seu reflexo no mundo atual que nos clama pela sensibilidade e compaixão. Deixemo-nos envolver por este amor pleno e infinito.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quinta-feira, 23 de junho de 2022

América Latina Justiça social e Santos Padres

ecclesia.org

América Latina Justiça social e Santos Padres

Por Vladika Gorazd*

Trad. do espanhol por Pe. André Sperandio
[Tradução e publicação com permissão do autor]

Este artigo nasce como fruto de uma reflexão pessoal sobre a realidade latino-americana na qual estamos inseridos e imersos, no meu caso particular, a Argentina [1].

Há alguns dias, logo após assistir a um oficio memorial dirigido por um sacerdote ortodoxo, dispuz-me a tomar o trem em direção a minha casa, enquanto ainda ressoava em meus ouvidos os solenes e cálidos coros entoando o «Memória eterna», e ainda me achava envolvido do fino odor do incenso trazido de Monte Athos por um arquimandrita grego, quando de repente me dei conta da realidade que me cercava ao redor: uma fria e mal iluminada estação ferroviária, um forte e persistente cheiro de urina, e um verdadeiro exército de mendigos com seus fantasmagóricos carros de coleta de papelão e outros detritos que lhes pudessem ser de alguma utilidade; a pobreza se mostrava de uma maneira impiedosa e implacável, dezenas de crianças mal agasalhadas (e, certamente famintas), corriam de um lado para o outro da plataforma, insuflando um pouco de vida àquele tão mórbido espetáculo.

Uma vez parado o trem, uma multidão de excluídos, como nunca houve em tal número no meu país, subiam alvoraçados no trem, rindo, gritando, apertando-se, subindo através das janelas dos vagões, enquanto eu, tomava todo o cuidado para não me rasgarem o anderi [2] com os carrinhos, ou para não enganchar a minha cruz peitoral em algumas das bicicletas que viajavam em posição vertical no interior dos vagões de passageiros. Bem longe tinha ficado o meu «glamour bizantino». Deus, com a sua linguagem bem mais eloqüente, que é a realidade,  me mostrava o  meu povo, o mesmo povo que, lá atrás no tempo, o moveu de compaixão na ocasião da multiplicação dos pães.

O contato com a miséria, com a doença, com a dor e a injustiça em todas as suas variantes, era moeda corrente no Oriente, onde os nossos Santos Padres desenvolveram toda a nossa tradição Teológica e, inclusive, a litúrgica; e chega-se a conclusão de que, depois de tudo, no plano social, a atual realidade latino-americana é bastante semelhante aquela que conheceram, especialmente os que viveram no Oriente Médio. Eles, como nós, conheceram de perto a opressão hipócrita dos poderosos, a usura impositiva perpetrada pelas autoridades imperiais, a morte injusta, a postergação, o frio tocando fundo os ossos dos pobres nas manhãs de inverno. Basta ler o seguinte parágrafo de uma homilia de São João Crisóstomo para  nos dar conta de como ele percebia toda a magnitude desta verdadeira tragédia humana, já no 4º século, tal como eu agora, em pleno século 21, olhando da janela embaçada de um ônibus, numa fria manhã de inverno em Buenos Aires:

«No inverno, ao contrário, se lhes faz a guerra por todas as partes, e o cerco lhes é fechado pelos dois lados: a fome lhes consome por dentro as entranhas, e o frio os congela por fora e lhes mata a carne. Daí a necessidade de mais abundante comida, vestes mais quentes, abrigo e cama, calçados e muitas outras coisas...  Mas, ainda por cima, agora que mais necessitam do do que lhes é essencial para viver, tiram-lhes o trabalho, porque ninguém dá emprego a esses pobres, nem são chamados para serviço algum, nem mesmo a baixos salários... Esta é a nossa embaixada, para a qual tomamos como ajuda aquele que foi verdadeiramente o protetor dos pobres, o apóstolo Paulo».
[OC1]  São João Crisóstomo

Queridos irmãos, surpreende-me a agudeza com que São Basílio, como São João Crisóstomo, parece descrever a realidade atual dos nossos povos, e me surpreende ainda mais ler os jornais e ver através de suas manchetes a sapiência evangélica de São Basílio. Sem que seja preciso ir muito longe, há poucas semanas atrás eu estava lendo um jornal, onde a Senhora Anne Krueger (vice-diretora do FMI) declarava estar preocupada pela situação de pobreza  das nossas nações, e mostrava-se disposta, ao menos em suas palavras, em «socorrer» nosso povo. Lendo aquilo, não pude evitar que me viesse à mente um parágrafo de uma homilia de São Basílio que diz o seguinte:

«Tais são ricos, tais seus benefícios. Dão pouco e recebem muito. Esta é vossa humanidade. Expoliam, mesmo quando dizem que socorrem. Para vocês, até mesmo o pobre é uma fonte fecunda da vossa ganância. Impõem ao pobre a usura, (o consumismo), e sabem obrigá-lo depois a pagar caro por isso, mesmo quando não tenham sequer o suficiente para as suas necessidades básicas. Como vocês são misericordiosos! Os que vocês ‘libertam’, vinculam a vocês e os obrigam a que vos paguem pelas suas ganâncias, mesmo que não tenham o que comer. Pode-se imaginar

A busca da eqüidade social é um compromisso do qual nenhum cristão está isento, pois não lhe exige uma tradição, nem sequer um comportamento ético, mas trata-se antes de uma  exigência que brota de maneira contundente dos lábios de nosso Senhor Jesus Cristo:

«[...] porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes;  nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim». ( Mt 25, 35-36).

O cristão não deve ter medo de denunciar a injustiça social, tão pouco guardar um silêncio cúmplice a seu respeito, ainda que, muitas vezes, corra-se o risco de ser mal interpretado; o brilhante São João Crisóstomo também teve que defender-se de dessas acusações, como podemos ver neste fragmento:

«Está certo, há muitos que não param de me dizer: 'estás atacando aos ricos!' Mas, são eles que atacam aos pobres! Como eu ataco aos ricos? Não aos ricos, mas aos que usam mal as suas riquezas. Eu não me canso de repetir que não condeno aos ricos, mas ao ladrão. Uma coisa é o opulento, outra o avarento. Distingue as coisas e não confunda o inconfundível. És rico? Parabéns! És um ladrão? Eu te condeno por isso. Tens o que é  teu? Desfruta-o! Apoderas-te do que não é teu? Então, não calarei a minha boca! Queres me apedrejar? Pois, bem, eu estou pronto a derramar o meu sangue, desde que isso impeça que cometas pecado». (Fragmento da Homilia 2 sobre eutropio 3).

A cada dia me convenço mais da perenidade dos ensinamentos dos Santos Padres, e não apenas em um plano espiritual, já que conheciam como ninguém as profundezas da alma humana, mas também em termos sociais. Como não se recordar deste outro fragmento da homilia de São. Basílio ao sermos impactados com as manchetes dos jornais sobre a atitude francamente gananciosa de organismos financeiros internacionais!

«Mas, tu me dizes: ‘Dinheiro e interesse, buscas de quem nada tem? Por acaso, isso te faria mais rico? Que necessidade teria de bater à tua porta? Veio procurar um aliado e encontrou um inimigo. Buscava um remédio e encontrou um veneno. Era teu dever socorrer a indigência deste homem, e tu a multiplicas pois, tratas de tirar dele até esgotar o pouco que tem’».

Estou consciente de que este artigo pode parecer inadequado a alguns de meus leitores e, ainda para outros, os mais duros, talvêz lhes pareça estranho à espiritualidade da Igreja Ortodoxa. Entretanto, é absolutamente certo que existe um claro pensamento social nos Santos Padres, da mesma forma que, indubitavelmente, a partir do próprio Evangelho se depreende uma consciência social.

NOTAS:

[1] Este artigo foi escrito em Março de 2002, poucos meses após a eclosão da crise de dezembro de 2001, que mergulhou a República Argentina no maior caos social, financeiro e político de sua história, culminando com a queda do governo do presidente De la Rúa, o que significou, de fato, o encerramento da era neoliberal no país.

[2] Anderi: Espécie de batina usada pelo clero ortodoxo que, ao contrário da batina latina, tem seus punhos mais estreitos e é abotoada do lado esquerdo.

*Vladika Gorazd é Bispo para Argentina da Igreja Ortodoxa de Montenegro

Fonte: Pró-Ortodoxia

Papa: oração e ajuda concreta aos irmãos que sofrem

Papa Francisco com os participantes da Assembleia Plenária da ROACO | Vatican News

“Somos chamados a reagir com o poder da oração, com a ajuda concreta da caridade, com todos os meios cristãos para que as armas deem lugar às negociações”. É o forte apelo do Papa durante o encontro com os participantes da Assembleia Plenária da Reunião das Obras para a Ajuda às Igrejas Orientais (ROACO).

Jane Nogara - Vatican News

Na manhã desta quinta-feira (23) o Papa Francisco recebeu os participantes da Assembleia Plenária da Reunião das Obras para a Ajuda às Igrejas Orientais (ROACO). Iniciou falando sobre o trabalho da ROACO: “A própria intuição da ROACO – disse o Papa - corresponde ao caminho sinodal que está sendo percorrido pela Igreja universal; o processo de apresentação de um projeto de ajuda implica de fato o envolvimento de vários setores e protagonistas”. E Francisco esclareceu que cada um tem seu papel e todos são chamados a dialogar uns com os outros consultando, estudando, perguntando e oferecendo sugestões e explicações, caminhando juntos. E que as ferramentas da informática que estão sendo preparadas “tornarão o processo mais eficaz, mas é importante que elas apoiem o encontro e o confronto que vocês desenvolveram ao longo dos anos, ajudando a desenvolver com harmonia a sinfonia da caridade”.

Sinfonia da caridade

"Ao criar a sinfonia da caridade, continuem a buscar o acordo e fujam de qualquer tentação de isolamento e fechamento em si mesmos e em seus próprios grupos, a fim de permanecer abertos para acolher os irmãos e irmãs aos quais o Espírito sugeriu iniciar experiências de proximidade e serviço às Igrejas Católicas Orientais, tanto na pátria como nos territórios da chamada diáspora”. "É importante – completou Francisco - a fim de concordar, sintonizar-se na escuta recíproca, que facilita o discernimento e leva a escolhas compartilhadas, verdadeiramente eclesiais”.

Incluir o Líbano nas negociações

Depois Francisco recordou que em setembro será comemorado o décimo aniversário da Exortação Apostólica Ecclesia in Medio Oriente, promulgada por Bento XVI durante sua viagem ao Líbano. “Em dez anos – observou - muitas coisas aconteceram: pensemos nos tristes acontecimentos envolvendo o Iraque e a Síria, as convulsões na própria Terra dos Cedros. Houve também algumas luzes de esperança, como a assinatura em Abu Dhabi do Documento sobre a Fraternidade Humana. Também é de se esperar, disse o Papa aos presentes, “que sejam retomadas as negociações para coordenação sobre a Síria e o Iraque iniciado há alguns anos e que o Líbano também seja incluído na reflexão conjunta”.

Drama de Caim e Abel

Concluindo seu pensamento o Papa afirmou:

Por favor, continue a manter diante de seus olhos o ícone do Bom Samaritano: vocês o fizeram e eu sei que continuarão a fazê-lo também pelo drama causado pelo conflito de Tigray que feriu novamente a Etiópia e parte da Eritreia, e sobretudo à amada e martirizada Ucrânia”. Na Ucrânia, disse “voltamos ao drama de Caim e Abel; foi desencadeada uma violência que destrói a vida, uma violência luciferina, diabólica, à qual nós crentes somos chamados a reagir com o poder da oração, com a ajuda concreta da caridade, com todos os meios cristãos para que as armas deem lugar às negociações”.

Concluindo o Papa agradeceu aos presentes “por ajudar a levar a carícia da Igreja e do Papa para a Ucrânia e para os países onde os refugiados foram acolhidos”. E disse: “Na fé sabemos que as alturas do orgulho humano e da idolatria serão baixadas, e os vales da desolação e das lágrimas se encherão, mas também desejamos que se cumpra em breve a profecia de paz de Isaías: que um povo não mais levante a mão contra outro povo, que as espadas se tornem arados e as lanças foices (cf. Is 2,4)”. “Em vez disso – disse ainda - tudo parece estar indo na direção oposta: os alimentos diminuem e o aumenta o barulho das armas. Hoje é o padrão de Caim que rege a história. Portanto, não deixemos de rezar, jejuar, socorrer, trabalhar para que os caminhos da paz encontrem espaço na selva dos conflitos".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Grandes desafios para a Pastoral Juvenil

UMBRASIL

GRANDES DESAFIOS PARA A PASTORAL JUVENIL

Dom Antonio de Assis
Bispo Auxiliar de Belém do Pará (PA)

Em todas as dimensões e áreas da vida pastoral da Igreja encontramos grandes desafios. Isso significa que o processo de evangelização não é gratuito. O ato de semear a Palavra de Deus exige esforço do evangelizador para conhecer a realidade em que trabalha, encarnar-se na mesma e acompanhar processos educativos.  

Nos últimos meses participei de três grandes eventos pastorais (Santarém, São Paulo e Niterói) e o tema Juventude estiveram presentes em todos eles; o primeiro era de nível amazônico e os dois últimos em nível nacional. O que apresento neste texto é um elenco de grandes temas que constituem verdadeiros desafios para a pastoral juvenil na atualidade. Cada desafio traz consigo muitas expressões e consequências pastorais. Desta vez apresento-lhe somente um breve elenco daquilo que pretendemos aprofundar nos artigos sucessivos.  Dez desafios:  

  Aprofundar a identidade da Pastoral Juvenil 

Estamos em tempos de grandes mudanças, “em mudança de época”; tudo parece que está sendo repensado, relido, reinterpretado, redimensionado, reconfigurado, redefinido. O dinamismo da “cultura líquida” nos convida também a rever nossas ideias, visões, conceitos, estilos, propostas pedagógico-pastorais; a pastoral não pode ser alheia ao contexto mutante; porém ser fiel ao essencial. No Brasil a Pastoral Juvenil, diante de tantas mudanças culturais e eclesiais, também teve que mudar, se repensar, se reestruturar e se redimensionar. Todavia, essa reconfiguração da Pastoral Juvenil ainda não foi suficientemente assimilada.   

 Revitalizar a sensibilidade existencial 

A Pastoral Juvenil não deve se distanciar da realidade existencial dos jovens. Onde não há encarnação, também não haverá diálogo evangelizador. A evangelização para ser impactante deve ir ao encontro dos mais variados contextos existenciais dos jovens. Temos graves problemas que estão atingindo a vida das juventudes em variados contextos e com diversidade de fenômenos como o vazio existencial, fragilidade psicológica, pobreza, miséria, criminalidade, drogadição, indiferença religiosa, ateísmo… É preciso não ter medo dos jovens e de acolhê-los na situação em que se encontram. A pandemia nos trouxe muitas lições.  

 Dar atenção à questão vocacional 

A questão vocacional está ficando por segundo plano cada vez mais na vida dos jovens. Estamos na era do presentismo, do imediatismo, das relações descompromissadas; diante da fragilidade da atenção ao matrimônio e do descompromisso com opções de vida, é necessário realçar a sensibilidade para com a dimensão vocacional da Pastoral Juvenil. Isso significa aprofundar a questão do namoro, noivado, acompanhamento, discernimento vocacional, Projeto de Vida.   

Estimular o encontro, conhecimento, amizade com Jesus 

Não há verdadeira evangelização sem a apresentação da pessoa de Jesus Cristo. O foco sobre a pessoa de Jesus Cristo deve ser permanente, a catequese não deve se reduzir a alguns meses de preparação aos sacramentos de Iniciação à Vida Cristã. É urgente a superação da ignorância, da superficialidade e da confusão sobre a pessoa de Jesus Cristo. Cresce cada vez mais uma espécie de “visão sincrética” sobre Jesus Cristo, reduzindo-o a um sábio, filósofo, grande homem ou a um mero conceito moral como paz, amor, esperança… A perda do conhecimento do Jesus histórico esvazia a fé do jovem. A prática da Leitura Orante é de fundamental importância. 

 Motivar o engajamento socio-eclesial 

A autêntica intimidade com Jesus Cristo é inseparável do compromisso com o seu Reino da compaixão, opção preferencial pelos pobres, engajamento eclesial; a Pastoral Juvenil não deve ser restringir a eventos de adoração, vigília e louvores. A assimilação da Doutrina Social da Igreja e experiências concretas de compromisso social são exigências da maturidade do discípulo missionário; em alguns contextos há o perigo de se cair numa pastoral intimista. Todavia, por toda parte as necessidades do Reino de Deus são gritantes. 

 Formar Jovens discípulos missionários 

O grande desafio do Documento de Aparecida proposto para toda a Igreja na América Latina foi a formação do discípulo missionário de Jesus Cristo. Esse é um dos mais profundos desafios da Pastoral Juvenil. Isso pressupõe processo de formação, percurso de etapas, experiências de vida, formação de convicções. Muitos não tiveram formação cristã. Muitas vezes a relação entre a vida dos jovens (com suas múltiplas experiências em todas as dimensões) e a pessoa de Jesus Cristo é muito frágil; o desafio do discipulado leva os jovens a acolher a pessoa de Jesus Cristo com o Amigo, Mestre e Senhor capaz de influenciar suas vidas. Dessa forma cessa o subjetivismo, a libertinagem etc. Parece quem em algumas dimensões, Jesus Cristo fica de fora.     

 Promover a Sinodalidade na Pastoral Juvenil 

Não temos no Brasil somente a Pastoral da Juventude; ela é uma das muitas expressões das juventudes organizadas atuantes na Igreja. Isso não pode ser ocultado. Há a necessidade de cada vez mais se estimular um caminho de comunhão entre as expressões juvenis presentes nas paróquias, nas Congregações, nas Novas Comunidades, nos Institutos, nos movimentos eclesiais etc. Essa diversidade carismática é dom do Espírito Santo e por isso ninguém deve se isolar, mas juntos, em clima de amizade fraterna, estarem a serviço do Reino de Deus.   

 Estimular uma Pastoral Juvenil Preventiva 

A experiência pastoral é remédio contra o veneno dos múltiplos males que massacram as juventudes. Uma Pastoral Juvenil Preventiva busca respostas pastorais ao suicídio, ao vazio existencial, ao desânimo, à prostituição, à criminalidade, à mobilidade religiosa, ao ateísmo, agnosticismo, indiferença social, ao envelhecimento eclesial. Uma pastoral juvenil intimista não será capaz de olhar a realidade juvenil para além da sacristia. Há uma diversidade de dimensões que não devem ser esquecidas, sobretudo, a dimensão lúdica e artística.  

 Capacitar para o enfrentamento de ideologias 

O ar sociocultural pós-moderno é rico de ideologias de todos os tipos e em todas as áreas. Somente uma profunda formação humana, cristológica, ética e doutrinal dos jovens poderá ajudá-los a não serem reféns do subjetivismo, do voluntarismo, do hedonismo, do consumismo, do tecnicismo, do presentismo, do ateísmo ideológico, do cientificismo, do democratismo, do psicologismo naturalista etc. 

 Fomentar a autossustentabilidade da Pastoral Juvenil 

Há uma íntima relação entre economia e pastoral; a ação pastoral demanda recursos econômicos: viagens, eventos, recursos técnicos etc; Muitas vezes a Pastoral juvenil fica atrofiada por causa da falta de investimentos econômicos. Sem recursos, os jovens caem na dependência, são alvos de antipatia, rotulados, vistos como peso. Duas questões devem ser aprofundadas: de um lado é a necessária promoção do protagonismo juvenil e por outro o necessário apoio dos líderes, párocos e bispos, capazes de educá-los, orientá-los, desafiá-los, acompanhá-los, ajudá-los concretamente.   

PARA REFLEXÃO PESSOAL: 

1.    Qual desses desafios lhe parecem mais urgentes em seu contexto eclesial? 

1.    Por que a Pastoral Juvenil deve se encarnar no concreto da vida dos jovens? 

1.    Qual realidade sociocultural da atualidade mais desafia a pastoral juvenil? 

Arquidiocese de Brasília promove manhã de oração pela santificação do clero

arqbrasilia

Arquidiocese de Brasília promove manhã de oração pela santificação do clero

Na próxima sexta-feira (24/06), a Igreja celebra a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Nesta ocasião, tradicionalmente, se reza pela santificação dos sacerdotes. Em Brasília, além da motivação para que todas as paróquias realizem momentos de oração nesta intenção, o clero da Arquidiocese se reúne na Catedral de Brasília, durante toda a manhã, para adoração e atendimento de confissões que culminam com a Santa Missa presidida pelo Arcebispo de Brasília.

Programação

8h às 9h – Vicariato Centro

9h às 10h – Vicariato Sul

10h às 11h – Vicariato Leste

11h às 12h – Vicariato Norte

12h15 – Missa presidida pelo Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa

Atendimento de confissões durante toda a manhã na Catedral Metropolitana de Brasília.

“Reze por seu pároco, por aqueles padres que estão perto de vocês e conhecem …, para que, através de sua oração, o Senhor possa fortalecê-los em sua vocação, consolá-los em seu ministério e possam sempre ser ministros da Alegria do Evangelho para todas as pessoas”. (Papa Francisco, 17 de junho de 2020)

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Dicastério para a Comunicação convida os bispos da Amazônia a tecerem redes de comunhão

Bispos dos Regionais Norte1 e Noroeste aos pés de Maria, do ícone
“Salus populi romani”

Não pode ser uma comunicação só de ensinamento e sim de testemunho de vida, pessoas que façam transparecer a realidade do Evangelho em sua vida.

Padre Modino

Aos pés de Maria, do ícone “Salus populi romani”, começaram os bispos dos Regionais Norte1 e Noroeste sua terceira jornada da visita ad limina, que realiza de 20 a 24 de junho de 2022. Em um lugar de devoção do povo de Roma a Nossa Senhora, especialmente nos momentos de desastres, de pestes, de guerra, de pandemia, dentro da Basílica de Santa Maria Maior, seguindo o costume de celebrar nas quatro basílicas do Papa.

Um local onde o Papa Francisco rezou no primeiro dia do seu pontificado e vai antes e depois de cada viagem apostólica, segundo lembrou dom Joaquim Pertiñez. Uma imagem presente na oração de 27 de março de 2020 na Praça de São Pedro vazia, onde o Papa Francisco, nas primeiras semanas da pandemia da Covid-19, que tanta dor tem provocado à humanidade, colocou a vida da humanidade aos pés de Jesus e de sua Mãe, que sempre esteve lá, aos pés da Cruz.

Visita ad Limina | Vatican News

O bispo da Diocese de Rio Branco (AC), convidou a rezar diante do ícone “para que interceda pelos nossos povos, pelos mais sofridos, indígenas, caboclos, migrantes, enfermos, idosos”, pedindo que Nossa Senhora se faça presente nos momentos de dificuldade do povo. Também disse aos irmãos bispos que a visita ad Limina seja “um momento de vida e esperança para todos nós e para todos nossos povos”, convidando a guardar tudo no coração e assim poder seguir os passos de Maria, de Nossa Senhora da Amazônia.

Seguindo a apertada agenda que faz parte de toda visita ad Limina, os bispos da Amazônia se reuniram com o Dicastério para o Clero, o Tribunal da Rota Romana e o Dicastério para a Comunicação. O prefeito, dom Lazzaro You Heung sik, que será criado cardeal no consistório do dia 27 de agosto, animou os bispos a cuidar da formação do clero e dos futuros presbíteros, insistindo na necessidade de os bispos cuidar dos sacerdotes e caminhar na escuta e no diálogo.

Dom Alejandro Arellano Cedillo, Decano do Tribunal da Rota Romana, orientou os bispos em questões relacionadas com diferentes processos que fazem parte da vida das igrejas particulares, ajudando os prelados a entenderem os passos a serem dados nas diferentes situações que se apresentam.

Visita ad Limina | Vatican News

O Dicastério para a Comunicação, no encontro presidido pelo prefeito Paolo Ruffini, um dos leigos com um cargo de alta relevância na Cúria Vaticana, convidou os bispos dos Regionais Noroeste e Norte1 a tecer redes de comunhão, destacando a importância de investir na formação de comunicadores, buscando pessoas que possam comunicar a beleza do Evangelho e sua experiência de vida. Ao mesmo tempo foi feito um chamado a comunicar com firmeza aquilo que é dito, querendo evitar assim qualquer tentativa de manipulação.

Visita ad Limina - Dicastério para a Comunicação | Vatican News

Não pode ser uma comunicação só de ensinamento e sim de testemunho de vida, pessoas que façam transparecer a realidade do Evangelho em sua vida. Junto com isso, se insistiu na formação de jovens comunicadores. O Dicastério para a Comunicação quer abrir uma porta com a Amazônia, ser parceiros de uma Amazônia que sofre, afirmando a importância de criar redes entre as PASCOMs. Nesse sentido, foi pedido aos bispos para acreditar nos comunicadores, sobretudo os jovens. É assim que a comunicação pode se tornar instrumento que ajude a contar histórias que fazem ver que é possível mudar, histórias que fazem sentir com o coração.

Visita ad Limina - Dicastério para a Comunicação | Vatican News

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Por que o Sagrado Coração de Jesus está em chamas?

Renata Sedmakova | Shutterstock
Por Philip Kosloski

Um símbolo que tem conexões bíblicas, além de sua origem a partir das revelações particulares de Santa Margarida Maria Alacoque.

As representações do Sagrado Coração mostram chamas vindas da parte de cima do coração de Jesus. Este tipo de simbolismo só passou a ser adotado pela Igreja no século XVII, quando Santa Margarida Maria Alacoque teve uma revelação privada de Jesus.

Ela escreveu as palavras que Jesus lhe havia dito. E Ele mencionou especificamente “chamas” vindas de seu coração:

“O meu divino Coração está tão abrasado de amor para com os homens, e em particular para contigo, que não podendo já conter em si as chamas de sua ardente caridade, precisa derramá-las por teu meio, e manifestar-se-lhes para enriquecê-los de seus preciosos tesouros que eu te mostro, os quais contêm a graça santificante e as graças salutares indispensáveis para afastá-los do abismo da perdição”.

Conexões bíblicas

A ideia de Deus estar associado ao “fogo” também é bíblica. O próprio Deus revelou seu “nome” a Moisés no meio de uma “sarça ardente”.

“O anjo do Senhor apareceu-lhe numa chama (que saía) do meio a uma sarça. Moisés olhava: a sarça ardia, mas não se consumia.”

(Êxodo 3,2)

Jesus também recorreu ao simbolismo das chamas para comunicar o desejo de espalhar seu amor por toda a humanidade:

“Eu vim lançar fogo à terra, e que tenho eu a desejar se ele já está aceso?”

(Lucas 12,49)

Até o Espírito Santo apareceu em Pentecostes como “línguas de fogo” (cf. At 2,3)

Portanto, embora possa parecer estranho ver o Sagrado Coração de Jesus em chamas, ele é um símbolo que tem conexões bíblicas, além de sua origem a partir das revelações particulares de Santa Margarida Maria Alacoque.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Francisco e as famílias, um compromisso que une Roma ao mundo

Papa Francisco na Irlanda - IX Encontro Mundial das Famílias - Dublin 2018 
(Vatican Media)

Cresce a expectativa para o Encontro Mundial das Famílias, agora em sua décima edição, que começa nesta quarta-feira na presença do Papa e terminará no próximo domingo para refletir sobre o tema "Amor em família: vocação e caminho de santidade".

Amedeo Lomonaco, Silvonei José – Vatican News

Roma recebe entre os dias 22 e 26 de junho o X Encontro Mundial das Famílias. Um evento que apresenta uma fórmula sem precedentes, caracterizada por uma dimensão "multicêntrica e difundida". Roma é o local principal, mas nos mesmos dias cada diocese poderá promover um encontro local para suas próprias famílias e comunidades. Todas as famílias do mundo podem, portanto, participar deste evento, que marca o sexto aniversário de Amoris Laetitia e quatro anos depois da Gaudete et Exsultate. Foi que enfatizou o Papa Francisco em sua mensagem em vídeo, por ocasião da apresentação da forma extraordinária deste evento. "Desta vez", acrescentou o Pontífice, "será uma oportunidade da Providência realizar um evento mundial capaz de envolver todas as famílias que querem se sentir parte da comunidade eclesial".

Lá onde for possível, convido as comunidades diocesanas a programar iniciativas baseadas no tema do Encontro... Peço a vocês que sejam vivazes, ativos e criativos, que se organizem com as famílias, em sintonia com o que acontecerá em Roma. Esta é uma oportunidade preciosa para nos dedicarmos com entusiasmo ao trabalho pastoral familiar: cônjuges, famílias e pastores juntos. Coragem, portanto, caros Pastores e queridas famílias, ajudem-se mutuamente para organizar encontros nas dioceses e paróquias de todos os continentes. Bom caminho em direção ao próximo Encontro Mundial das Famílias!

O programa

No Angelus de domingo 19 de junho, o Papa recordou a abertura do X Encontro Mundial das Famílias. Francisco também agradeceu "aos bispos, párocos e agentes de pastoral familiar que convocaram as famílias para momentos de reflexão, celebração e festividade". "Agradeço sobretudo aos cônjuges e famílias", disse ele, "que darão testemunho do amor familiar como uma vocação e um caminho para a santidade". A abertura do Encontro, neste dia 22 de junho, é caracterizado pelo Festival das Famílias na presença do Santo Padre. No dia 23 de junho haverá quatro painéis, incluindo "Esposos e sacerdotes juntos para construir a Igreja", e duas conferências, uma das quais focalizará o tema "Acompanhar os primeiros anos de matrimônio". Na sexta-feira 24 de junho, outros tópicos serão explorados, incluindo "O catecumenato matrimonial" e "Vocação e missão nas periferias existenciais". No dia seguinte, sábado 25 de junho, uma conferência é dedicada à família Beltrame Quattrocchi. A apresentação do subsídio sobre os Santos Esposos precede então a Santa Missa presidida pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro. O Encontro se conclui no domingo 26 de junho com o "Envio das Famílias".

Os Encontros Mundiais das Famílias: 1994 até hoje

O ano é 1994. As Nações Unidas proclamam-no o "Ano Internacional da Família". Por desejo do Papa João Paulo II celebra-se contemporaneamente, um "Ano da Família": o primeiro Encontro Mundial é realizado em Roma. Três anos depois, em 1997, Papa Wojtyla convoca as famílias de todo o mundo a se reuniram no Brasil, no Rio de Janeiro, para refletir sobre o tema: 'A família: dom e compromisso, esperança da humanidade'. O terceiro Encontro Mundial se realiza em Roma no contexto do Grande Jubileu do ano 2000. Três anos depois, as famílias se reúnem em Manila, Filipinas, para refletir sobre o tema: "A família cristã: uma boa notícia para o terceiro milênio". O quinto Encontro Mundial é realizado em Valência, Espanha. Três anos depois, na Cidade do México, o evento focaliza o tema: "A família, formadora de valores humanos e cristãos". Milão, Itália, sedia o sétimo Encontro Mundial e, em 2015, as famílias se reúnem na Filadélfia para refletir sobre o tema: "O amor é nossa missão, a família totalmente viva". O nono Encontro Mundial se realiza na Irlanda, em Dublin, tendo como pano de fundo a exortação apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia. E agora é a vez de Roma, com a décima reunião centrada no tema "Amor em família: vocação e caminho de santidade".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Breve guia de João Paulo II para os pais

DERRICK CEYRAC | AFP
Por Philip Kosloski

Em sua encíclica Familiaris Consortio, São João Paulo II forneceu um breve mas poderoso guia para todos os pais.

São João Paulo II acreditava que os pais eram vitais para o sucesso de cada família, e expôs o seu “guia” para os pais na sua encíclica Familiaris Consortio.

Ser pai nem sempre é fácil, mas com a ajuda de Deus, todas as coisas são possíveis.

1. AME A SUA MULHER E FILHOS

O amor à esposa tornada mãe e o amor aos filhos são para o homem o caminho natural para a compreensão e realização da paternidade. De modo especial onde as condições sociais e culturais constringem facilmente o pai a um certo desinteresse em relação à família ou de qualquer forma a uma menor presença na obra educativa, é necessário ser-se solícito para que se recupere socialmente a convicção de que o lugar e a tarefa do pai na e pela família são de importância única e insubstituível.

2. ASSUMA UM PAPEL ATIVO NA EDUCAÇÃO DOS SEUS FILHOS

Revelando e revivendo na terra a mesma paternidade de Deus, o homem é chamado a garantir o desenvolvimento unitário de todos os membros da família. Cumprirá tal dever mediante uma generosa responsabilidade pela vida concebida sob o coração da mãe e por um empenho educativo mais solícito e condividido com a esposa.

3. NÃO SEJA UM PAI AUSENTE

Como a experiência ensina, a ausência do pai provoca desequilíbrios psicológicos e morais e dificuldades notáveis nas relações familiares. 

4. SEJA UMA FONTE DE UNIDADE E NÃO DE DIVISÃO

Nunca desagregue a família mas a promova na sua constituição e estabilidade.

5. SEJA UM FORTE TESTEMUNHO CRISTÃO

Um testemunho de vida cristã adulta, que introduza mais eficazmente os filhos na experiência viva de Cristo e da Igreja.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF