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sábado, 30 de março de 2024

«Este é o meu sangue […], derramado pela multidão»

A Grandeza do Sangue de Cristo | Cléofas

«Este é o meu sangue […], derramado pela multidão»

2 de junho de 2021 JOÃO CRISÓSTOMOSOPHIA

Os amantes deste mundo demonstram a sua generosidade oferecendo-se dinheiro, vestes e presentes diversos; mas nenhum deles dá o seu sangue. Cristo, em contrapartida, é o seu sangue que dá, demonstrando assim a ternura que tem por nós e o ardor do seu afeto. Na antiga Lei, […] Deus aceitava o sangue dos sacrifícios, mas fazia-o para impedir o seu povo de o oferecer aos ídolos, o que já era uma prova de grande amor. Mas Cristo alterou este rito […]; a vítima já não é a mesma, pois é a Si próprio que Ele oferece em sacrifício.

«O pão que partimos não é a comunhão no corpo de Cristo?» (1Cor 10,16). […] O que é este pão? É o corpo de Cristo. Em que se tornam os que nele comungam? No corpo de Cristo; não passam a ser uma multiplicidade de corpos, mas um único corpo. Pois assim como o pão, constituído por muitos grãos de trigo, é um só pão onde os grãos desaparecem, assim como os grãos subsistem, mas é impossível distingui-los na massa, por estar muito bem unida, assim também nós, reunidos com Cristo, somos um todo. […] Ora, se participamos todos do mesmo pão e estamos todos unidos ao mesmo Cristo, porque é que não mostramos todos o mesmo amor? Porque não nos tornamos um só também nisso?

Era o que acontecia no princípio: «A multidão dos crentes tinha um só coração e uma só alma» (At 4,32). […] Cristo veio procurar-te, a ti, que estavas longe dele, para Se unir a ti; e tu não queres unir-te a teu irmão? […] Separas-te dele com violência depois de teres obtido do Senhor tão grande prova de amor, bem como a própria vida? Com efeito, Ele não Se limitou a dar o seu corpo; como a nossa carne, saída da terra, tinha perdido a vida a estava morta pelo pecado, introduziu nela, por assim dizer, outra substância, qual fermento: a sua própria carne, a sua carne da mesma natureza que a nossa, mas isenta de pecado e cheia de vida. E deu-no-la a todos, a fim de que, alimentados pelo banquete desta nova carne, […] possamos entrar na vida imortal.

São João Crisóstomo (c. 345-407)
Homilia sobre a 1.ª Carta aos Coríntios, 2; PG 61, 199
Fonte: Evangelho Cotidiano

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF