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domingo, 12 de dezembro de 2021

Consagração a Nossa Senhora: é errado dizer “filho” em vez de “coisa”?

Immaculate | Shutterstock

"Guardai-me e defendei-me como coisa e propriedade vossa"... ou "como filho e propriedade vossa"?

A consagração a Nossa Senhora é uma antiga devoção que remonta aos primeiros séculos da Igreja e que foi ganhando diversas fórmulas ao longo dos séculos.

Santo Agostinho, São Bernardo de Claraval, São Domingos de Gusmão e Santo Afonso Maria de Ligório estão entre os grandes autores católicos de textos devocionais e doutrinais sobre a Santíssima Virgem Maria. São Luís Maria Grignion de Montfort compôs um método específico de consagração pessoal a ela.

Um dos textos mais conhecidos e rezados de consagração a Nossa Senhora é este – às vezes encontrado com pequenas variações:

Ó Senhora minha! Ó minha Mãe! Eu me ofereço todo(a) a Vós e, em prova da minha devoção para convosco, Vos consagro neste dia e para sempre: os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca, o meu coração e inteiramente todo o meu ser. E porque assim sou vosso(a), ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como coisa e propriedade vossa; lembrai-Vos de que Vos pertenço, terna Mãe, Senhora nossa“.

Uma das variações que mais costumam gerar discussões é a frase “…guardai-me e defendei-me como ‘coisa’ e propriedade vossa”, que muitos preferem substituir por “como ‘filho’ e propriedade vossa”. O motivo seria a interpretação de que “coisa” teria uma conotação depreciativa, ao passo que “filho” conferiria maior dignidade e reconhecimento ao fato de que, afinal, é o que somos.

Entretanto, na “Consagração de Escravidão a Jesus e Maria” segundo a doutrina de São Luís Maria, não haveria essa conotação depreciativa no uso do termo “coisa”. Esta palavra remete, antes, ao fato de que as pessoas costumam preservar com carinho objetos que recordam pessoas ou vivências preciosas: comparativamente, a prece pede que Maria nos guarde como tais preciosidades, traçando um paralelo com a afirmação bíblica de que Cristo pagou um alto preço para nos resgatar: “De fato, fostes comprados, e por preço muito alto” (1Cor 6,20a).

A versão desta consagração em latim, de fato, utiliza o termo “coisa”, na frase “ut rem ac possessionem tuam” (literalmente, “como coisa e propriedade vossa“).

Mas será errado dizer “como filho e propriedade vossa” em vez disso?

Quem se manifestou a respeito, em sua rede social, foi o pe. Allan Victor Almeida Marandola, que escreveu:

“O pessoal adora inventar preceitos. Sobre a Consagração a Nossa Senhora, insistem em dizer que ‘o certo’ é dizer ‘coisa’, não ‘filho’.Deve-se considerar que se trata de uma devoção privada. Não existe ‘certo’ ou ‘errado’. Como qualquer devoção privada, o fiel ou a comunidade pode adaptar do modo que mais favorecer sua espiritualidade. Se à pessoa ajuda rezar dizendo ‘filho’, nenhum mal há nisso. Até porque conserva-se o termo ‘propriedade’.O que se pode alegar, e com razão, é que não apenas a oração original traz ‘coisa’, mas também o costume é dizer ‘coisa’. Sempre há benefícios em se rezar fielmente uma oração consagrada pelo tempo e pelo uso.Mas não erra quem diz ‘filho’, usando a oração original apenas como inspiração. É diferente de uma prece litúrgica que contém uma rubrica que deve ser observada cirurgicamente”.

Em resumo: não se trata de uma fórmula litúrgica e muito menos sacramental que precise ser respeitada na sua versão oficialmente definida pela Igreja, mas sim de uma prece privada, que, portanto, pode ser ligeiramente adaptada desde que sem contradizer a reta doutrina católica. A fórmula original desta consagração certamente usa o termo “coisa” em vez de “filho”, mas não há maiores problemas caso alguém prefira o termo “filho”.

E viva Nossa Senhora, a Santíssima Virgem Maria, mãe de Jesus e mãe nossa, de quem somos filhos e coisas preciosas!

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Presépio de Gallio no Vaticano, resposta dos jovens a Francisco

Presépio de Gallio no Vaticano | Vatican News

A partir desta sexta-feira, é possível admirar na Sala Paulo VI do Vaticano, à esquerda de onde fica o Papa, o presépio confeccionado em um típico abrigo para animais do Planalto de Asiago, no Vêneto, obra dos jovens da Paróquia de São Bartolomeu de Gallio.

Alessandro Di Bussolo – Cidade do Vaticano

A cabana que abriga Maria e José à espera de Jesus, reproduzida em tamanho natural na Sala Paulo VI, foi montada em tempo recorde por cinco jovens de 20 anos de Gallio, na província de Vicenza, porém pertencente à Diocese de Pádua, juntamente com o pároco Federico Zago. O sacerdote de 43 anos dirige as quatro paróquias unidas de Gallio, Foza, Sasso e Stoccareddo, no planalto de Asiago.

Audiência do Papa com os jovens de Gallio e os responsáveis pelo presépio e árvore da Praça São Pedro

O Papa Francisco recebeu em audiência nesta sexta-feira, 10, na Sala Paulo VI, no Vaticano, os jovens de Gallio, juntamente com os doadores do presépio e da árvore de Natal instalados em frente ao obelisco na Praça São Pedro. As imagens que compõem o presépio da praça foram confeccionadas por cinco artistas de Huancavelina, no Peru, e o pinheiro de 28 metros de altura é proveniente de Andalo, no Trentino.

Ao todo, são 160 paroquianos de Gallio que vieram em peregrinação a Roma para participar da inauguração. A ideia de oferecer este presépio ambientado numa típica casinha de madeira, que servia de abrigo para os animais no planalto, surgiu a partir da própria disposição de um grupo de jovens do Gallio, que se reúnem desde que foram crismados.

José e Maria à espera do Menino | Vatican News

A Sagrada Família em um “estábulo” para animais do altiplano

Depois do sucesso do presépio montado na Igreja de São Bartolomeu, no Natal de 2020, com estátuas de tamanho natural de fibra de vidro, que foram adquiridas pela paróquia, Eugenio, Riccardo, Emanuele e os demais componentes do grupo, escreveram para o Governatorato da Cidade do Vaticano. E então, foram convidados a montar o “estábulo” na Sala Paulo VI, confeccionado com tábuas de abetos e lariços derrubados pela tempestade Vaia, em outubro de 2018.

Objetos rústicos utilizados pelos agricultores

Com eles, também padre Federico que pegou as ferramentas de carpinteiro e na casinha rústica de madeira, inseriu, juntamente com os jovens, os diversos utensílios outrora utilizados pelos camponeses do planalto: serras, ancinhos, enxadas, mas também uma forma de madeira para preparar manteiga em casa, além de vasilhames de leite e raquetes para a neve, garrafões de vinho e gaiolas para pássaros como chamarizes. No exterior do estábulo, foi colocado um recinto para coelhos, feito de lajes de pedra que na língua cimbriana se chamam “Stoan platten”, que ainda hoje delimitam as divisas entras as casas e marcam os caminhos. Há também um galpão de madeira com toras cortadas e deixadas para secar, que será usado para fazer fogo em um pequeno fogão dentro da cabana.

Eugenio com uma ferramenta em madeira na cabana do Presépio | Vatican News

Os dois símbolos do serviço do grupo de jovens

Mas os dois principais objetos que representam os jovens de Gallio, estão um à direita e o outro à esquerda da Sagrada Família. À esquerda de São José, fica um pedaço de queijo, um pouco de pão e uma garrafa de vinho. Eugenio conta que esses símbolos foram colocados porque “eles nos lembram a semana de serviço que tivemos no verão de 2018, na cantina da Caritas de Roma, no Colle Oppio. Acreditávamos que éramos nós que que oferecíamos, mas ao invés disso, recebemos muito mais do que poderíamos dar”, afirma.

Padre Federico: uma resposta às provocações do Papa

Por outro lado, atrás de Nossa Senhora, há dois cabides de madeira, “que simbolizam para nós – nos diz ainda Eugenio – a outra semana, no verão de 2019, que passamos junto com pessoas com deficiências assistidas pelas Obras da Providência de Santo Antônio, em Sarmeola di Rubano, na província de Pádua”. O Vatican News também pediu ao pároco de Gallio, padre Federico, que apresentasse o presépio dos seus jovens e seu significado:

Padre Federico, a escolha de doar este presépio ao Papa, nasce do fato de todos terem lhe dito que era muito bonito, depois de o ter montado pela primeira vez no Natal passado?

Talvez doar nem seja o termo correto... este presépio trazido ao Papa é praticamente uma resposta àquelas provocações que ele seguidamente lança aos jovens. Por exemplo, o fato de dizer “não deixem que vos roubem a esperança”, de serem protagonistas e “não cristãos de poltrona”. Aos jovens na Grécia, o Papa disse: “Há tantos hoje que são muito “social”, mas pouco sociais”. Este presépio se torna uma resposta, porque por trás existe uma história do nosso grupo, deste grupo que jovens que está junto há mais de sete anos. Uma resposta que nasceu também no serviço, justamente em dizer: “Nós, como cristãos, continuamos cristãos de poltrona ou fazemos realmente alguma coisa?”. E então nasceram as iniciativas das Obras da Providência de Santo Antônio, em Pádua, com pessoas com deficiência, ou a experiência nas cozinhas da Caritas aqui no Colle Oppio. Nisto, nos sentimentos verdadeiramente cristãos, nos dizeres do Papa: tu nos fizestes estas boas e belas provocações, queremos tentar responder com a nossa vida. 

O grupo de jovens de Gallio completo. Padre Federico é os egundo à esquerda, agachado | 
Vatican News

Conte-nos como nasceu a ideia no seu grupo de jovens de fazer um presépio em tamanho real, há um ano?

A ideia nasceu porque tentamos, ao longo dos anos, montar o presépio junto com os jovens da nossa paróquia. Antes nós usávamos as estátuas mais pequenas, de 20 ou 30 centímetros. Depois nós pensamos: “Por que não tentar com uma coisa um pouco maior?”. Adquirimos um presépio em tamanho natural e, junto com os jovens, precisamente no Natal passado, construímos uma casinha rústica grande na igreja onde mais tarde foi montado o presépio. Gallio também é uma cidade turística, por isso principalmente no período do inverno, na época de Natal, temos muitas outras pessoas presentes além dos paroquianos, que dizem: “Que lindo, que lindo!”. Então nasceu esta ideia, também de dizer por que não tentar propô-lo como um presente ao Papa? Desta pequena coisa fomos então chamados e nos disseram: “vocês podem montar o presépio na Sala Paulo VI, no Vaticano”.

Então, as estátuas não são obra dos jovens, porém existe toda a montagem da cabana e o belo mobiliário...

Sim, tudo é cuidado nos detalhes. É um abrigo para os animais, um estábulo rústico típico de nosso território, que no dialeto é chamado de “estalotto” e pensamos precisamente em reconstruí-lo com todas as ferramentas do passado, para recriar uma casa rústica típica nossa e colocar o presépio dentro.

Presépio montado pelos jovens de Gallio fica à esquerda do palco da Sala Paulo VI | 
Vatican News

Os jovens, no comunicado que anuncia a notícia do presépio doado ao Papa, afirmaram que o presente representa, na sua simplicidade, a casa de todos...

Certamente. Esse presépio foi feito também com a madeira da tempestade Vaia, porque nós pensamos precisamente na ideia de um Cristo que entra na nossa pobreza, no nosso ser pobres criaturas. Nós quisemos precisamente utilizar essa madeira, para dizer que também naquele momento que vivemos, no qual nós realmente tivemos medo, naquela noite aqui no altiplano, de uma devastação, pode renascer a própria vida. Escolhemos a simplicidade dessa construção, porque cada um que vê esse nosso presépio possa dizer: “É uma coisa simples, como simples são as nossas casas”, mas também como foi simples o nascimento de Cristo na nossa história da salvação.

No mesmo comunicado os jovens dizem querer doar ao Papa também o seu desejo de “não deixar que roubem sua esperança, o desejo de dedicar sua vida aos outros”. Existe, portanto, todo um caminho que levou a esse trabalho juntos?

Esse grupo é formado por cerca de vinte jovens entre os 20 e 22 anos. Começamos a caminhar juntos quando eles receberam o dom do Sacramento da Crisma e com esse grupo, também vivemos algumas experiências muito particulares. Uma no refeitório da Caritas de Roma no Colle Oppio onde, durante uma semana, não só servimos uma refeição para as pessoas que ali frequentavam, mas queríamos muito estar junto com eles e por isso partilhar uma parte importante da sua vida. E depois a outra experiência nas Obras da Providência de Santo Antônio, que é um pouco o coração da Caridade da nossa Diocese de Pádua, onde estão hospedadas centenas de pessoas com deficiência. Assim, percebemos que éramos objeto de amor dessas pessoas que conhecemos. Tanto que dentro do presépio pensamos em colocar também um prato com comida que relembrasse a experiência do refeitório em Roma e também duas muletas que representassem a experiência nas Obras da Providência.

Os jovens de Gallio na montagem do primeiro Presépio na Igreja de São Bartolomeu, 
no inverno de 2020 | Vatican News

Mas existe em Gallio uma tradição particular ou também uma tradição ligada a presépios?

Aqui entre nós, não há casa que não faça o presépio. Porém, existe uma tradição particular: na noite de Natal, normalmente após voltar da Missa da noite, a pessoa mais idosa coloca o Menino Jesus no presépio na presença de toda a família. Tanto que nós gostaríamos justamente de pedir ao Papa Francisco, no dia da audiência, se seria possível a ele colocar o Menino Jesus no nosso presépio. Precisamente para dizer a ele: “Sentimos que fazes parte da nossa família”, como se fosse nosso avô, mas também uma pessoa importante que é guia, que nos e ajuda no nosso caminho da fé, mas também no caminho de homens e mulheres. Mas também, e sobretudo, porque com aquele gesto, se o Papa colocar o Menino Jesus, podemos dizer que aquele presépio é realmente feito por todos. Não é apenas um presente, algo que ele recebe, mas algo para o qual também ele contribuiu. Assim, passa uma sensação de que ele faz parte do nosso grupo.

Para a audiência do dia 10 de dezembro, a paróquia organizou uma peregrinação de toda a unidade pastoral em Roma. O senhor está feliz com a resposta que recebeu de seus paroquianos?

Acima de toda expectativa, porque descemos em mais de 160 pessoas de Gallio, que não é uma cidade enorme, somos dois mil habitantes. Principalmente nestes dias depois de 8 de dezembro, começa o turismo. Mas apesar de ter essas dificuldades que surgem do trabalho de tantas pessoas que estão ocupadas principalmente nesse período, ter 160 pessoas que vêm a Roma, para mim é um gesto muito bonito. Não só em relação aos jovens, para dizer “queremos acompanhá-los nesta experiência que será única na vida de cada um”, mas também como um sinal de afeto para com o Papa Francisco. Descer juntos para dizer ele: te queremos bem, estamos próximos de ti e te sentimos como pai”.

Jovens de Gallio com imagem de São José | Vatican News

Detalhes sobre a imagem da Virgem de Guadalupe que intrigam cientistas

Imagem original da Virgem de Guadalupe em seu santuário na Cidade do 
México. Foto: David Ramos / ACI Prensa

REDAÇÃO CENTRAL, 12 dez. 21 / 07:00 am (ACI).- Todo ano, no dia 12 de dezembro, a Igreja Católica celebra a festa de Nossa Senhora de Guadalupe. Nesse dia em 1531, a Virgem Maria apareceu a um indígena de 57 anos chamado Juan Diego. A história da “tilma” em que a imagem da Virgem apareceu é conhecida, o que ainda é desconhecido para a ciência é como ela foi feita.

Em um de seus encontros, a Virgem Maria pediu a Juan Diego que recolhesse na “tilma” dele –um tecido muito singelo – rosas de Castilla que tinham florescido, apesar do inverno, para que as apresentasse ao arcebispo do México, dom Juan de Zumárraga, como prova das aparições.

Quando Juan Diego desdobrou a “tilma” com as rosas diante do bispo, sobre ela estava impressa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Nos sete anos seguintes, mais de 9 milhões de astecas se converteram ao cristianismo. Juan Diego foi proclamado santo por são João Paulo II em 2002, na sua última visita ao México.

A seguir, quatro fatos realmente impressionantes sobre a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe que ainda intrigam a ciência:

1. Ela possui qualidades que são impossíveis de replicar humanamente

Feita principalmente de fibras de cacto, a “tilma” era tipicamente de muito baixa qualidade e tinha uma superfície áspera, tornando-a muito difícil de usar, ainda mais para pintar sobre ela uma imagem que perdurasse. Entretanto, a imagem ainda se conserva intacta e os cientistas que a estudaram insistem que não se utilizou nenhuma técnica para adequar a superfície.

A superfície onde a imagem está “estampada”, no entanto, é muito suave, assemelhando-se à seda. A parte onde a imagem não está segue sendo áspera e tosca.

Mais ainda. Os peritos em fotografia infravermelha que estudaram a “tilma” no final da década de 1970 determinaram que não havia traços de pincel, dando como resultado uma imagem que foi plasmada toda ao mesmo tempo.

Isto, junto com uma qualidade iridescente de mudar ligeiramente de cores dependendo do ângulo que uma pessoa a veja e o fato de que a coloração da imagem não demonstra elementos animais ou minerais (os corantes sintéticos não existiam em 1531), o que gera ainda mais perguntas aparentemente impossíveis de responder. Isso é impressionante.

2. A ciência demonstrou que não se trata de uma pintura

Uma das primeiras coisas que dizem os céticos sobre a imagem é que de alguma forma houve uma fraude e que a imagem foi pintada com uma técnica conhecida naquela época, mas desconhecida hoje em dia. O fato é que há séculos ninguém conseguiu replicar uma imagem com as propriedades deste manto, começando pelo fato de que perdure tanto tempo, quase 500 anos, sem descolorir.

Miguel Cabrera, artista do século XVIII que produziu três das melhores cópias já conhecidas (uma para o arcebispo, uma para o Papa e uma para ele para futuras réplicas), escreveu certa vez sobre a enorme dificuldade de recriar a imagem mesmo sobre as melhores superfícies. Outro fato que impressiona.

3. O manto mostrou características surpreendentemente parecidas com as de um corpo humano

Em 1979, quando o Dr. Phillip Callahan, um biofísico da Universidade da Flórida (Estados Unidos), estava analisando a “tilma” usando tecnologia infravermelha, descobriu que a malha mantém uma temperatura constante de entre 36,6 e 37 graus Celsius, a temperatura normal de uma pessoa viva.

Quando o Dr. Carlos Fernández de Castillo, médico mexicano, examinou o tecido, encontrou uma flor de quatro pétalas sobre o ventre da Maria. Os astecas chamavam a flor de “Nahui Ollin” e era o símbolo do sol e da plenitude.

Depois de mais exames, o Dr. Fernández de Castillo concluiu que as dimensões do corpo de Nossa Senhora na imagem eram os de uma mãe por dar à luz em pouquíssimo tempo. E como se sabe, 12 de dezembro, dia da aparição está muito perto do Natal.

Finalmente, uma das atribuições mais comuns e descobertas reportadas estão dentro dos olhos da Virgem na imagem.

O Dr. José Alte Tonsmann, um oftalmologista peruano, estudou os olhos da imagem da Virgem com uma magnificação de 2.500 vezes e foi capaz de identificar até 13 indivíduos em ambos os olhos em diferentes proporções, exatamente como um olho humano refletiria uma imagem.

Parecia ser uma captura do momento exato em que Juan Diego desdobrou a “tilma” perante o Arcebispo Zumárraga. Isso é surpreendente.

4. Parece ser virtualmente indestrutível

Dois eventos ameaçaram o manto através dos séculos. Um deles ocorreu em 1785 e o outro em 1921.

Em 1785, um trabalhador estava limpando a proteção de vidro quando acidentalmente derramou solvente de ácido nítrico sobre uma grande parte da imagem. A imagem e o resto do manto deveria ser quase instantaneamente corroído pelo ácido, mas não foi assim. A imagem “autorrestaurou-se” após 30 dias e permanece intacta até hoje, com apenas pequenas manchas e em lugares onde a imagem não está plasmada.

Em 1921, um ativista anticlerical escondeu 29 cargas de dinamite em um vaso de rosas e o pôs diante da imagem dentro da Basílica de Guadalupe.

Quando a bomba explodiu, quase tudo, desde o piso até o genuflexório de mármore voou pelos ares. A destruição alcançou inclusive as janelas a 150 metros de distância e os candelabros de metal que estavam ao lado da Virgem ficaram retorcidos pela força do impacto.

Entretanto a imagem e o vidro ao seu redor, que não era a prova de bala, permaneceram totalmente intactos. Um pesado crucifixo de bronze, que terminou completamente dobrado para trás, evidencia a força das dinamites que deveriam ter estilhaçado o vidro e repartido o manto por completo.

Outros detalhes do manto ainda chamam a atenção de cientistas e fiéis como os seguintes:

O cabelo solto da Virgem, símbolo asteca para a virgindade.

As mãos, uma mais morena e a outra mais branca, mostram a união de duas raças.

As 46 estrelas do manto mostram exatamente as constelações vistas no céu daquela noite em 1531.

Os raios, que simbolizavam para os astecas o brilho do sol, a maior divindade desta cultura, os quais se intensificam no ventre da imagem, onde Maria carrega o menino.

A lua sob seus pés, que além de evocar a imagem do Apocalipse da Mulher vestida de sol com a lua sob seus pés, evoca o próprio nome do México, que em língua asteca significa “centro da lua”.

Finalmente, o anjo representado com asas de pássaros típicos daquela região do México simboliza a junção entre a terra e o céu.

Fonte: https://www.acidigital.com/

III DOM DO ADVENTO - Ano C

Dom Paulo Cezar | arqbrasilia

Dom Paulo Cezar Costa / Arcebispo de Brasília

E nós, o que devemos fazer?

Neste terceiro domingo do advento, temos novamente diante de nós a figura de São João Batista. Se no domingo passado, encontramos João no deserto que pregava a conversão, hoje, ele concretiza a conversão (Lc 3, 10-18). Cada categoria de pessoa pergunta a João o que devemos fazer, e ele mostra que a mudança de vida deve tomar forma concreta nas pequenas e grandes atitudes da vida. O Evangelho apresenta as multidões, cobradores de impostos e soldados que perguntam ao profeta: Que devemos fazer?

A pergunta o que devemos fazer, lança a existência no plano das atitudes concretas. Kant já dizia que à pergunta o que devo fazer, a resposta é dada pela moral, isto é, entra-se na área do nosso agir, das nossas atitudes concretas.

São João Batista aponta para cada categoria concreta de pessoas atitudes que mostrem conversão. Ele não aponta ritos penitenciais, abluções, etc. À multidão ele responde: “Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo” (Lc 3, 11). À multidão ele aponta o caminho da divisão, do ir ao encontro de quem não tem, de quem se encontra necessitado. Aos cobradores de impostos: “Não cobreis mais do que foi estabelecido”, isto é, não roubeis, não deixai vos levar pela ganância, pela corrupção.  E aos soldados responde: “não tomeis a força dinheiro de ninguém, nem façais falsas acusações; ficai satisfeitos com o vosso salário”.   A conversão torna-se realidade na nossa vida quando pequenas e grandes mudanças começam a acontecer. Esta pergunta das diversas categorias de pessoa chega até nós hoje. Cada um (a) deve se perguntar: o que devo fazer?  Elas são exemplares que devem indicar para cada um de nós a estrada do amor, o sair do egoísmo e começar a trilhar o caminho do amor. A conversão acontece na nossa vida sempre que passamos do desamor ao amor, do egoísmo ao amor. A existência se realiza sempre que nos abrindo ao amor. O amor dá asas á existência, o egoísmo nos fecha na nossa mesquinhez.  Este é o esforço que cada um de nós deve fazer, se queremos que a Palavra de Deus toque a nossa vida.

São João Batista mostra ao povo que ele não é o Messias. Ele batiza com água, mas o Messias é aquele que batizará com o Espírito Santo.   Com o Messias chega o juízo. Mas o juízo é uma realidade que vai acontecendo no hoje da nossa vida, da nossa história. Diante de Jesus, o Salvador, todo homem, toda mulher são chamados a tomar decisão. Não se pode ficar indiferente: “Ele virá com a pá na mão: vai limpar sua eira e recolher o trigo no celeiro; mas a palha ele a queimará no fogo que não se apaga” (Lc 3, 17).

Peçamos a graça, neste domingo, que a pergunta de São João Batista nos alcance onde nos encontramos. Esta pergunta é sempre atual: E nós, o que devemos fazer?  Que esta interrogação nos ajude a nos colocarmos numa atitude de mudança, de conversão.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Nossa Senhora de Guadalupe

Nossa Senhora de Guadalupe | quadalupegyn
12 de dezembro

Nossa Senhora de Guadalupe

Nossa Senhora de Guadalupe apareceu pela primeira vez ao índio asteca Juan Diego. Na língua asteca, o nome Guadalupe significa, Perfeitíssima Virgem que esmaga a deusa de pedra. Os Astecas adoravam a deusa Quetzalcoltl, uma monstruosa deusa, a quem eram oferecidas vidas humanas em holocausto.

Nossa Senhora de Guadalupe, porém, veio para acabar com essa idolatria e mudar a vida daquele povo sofrido. No ano de 1539, mais de 8 milhões de Astecas tinham abraçado a fé católica, convertendo-se e acabando com a idolatria pagã. No México e em todo o mundo, Nossa Senhora de Guadalupe é muito venerada.

A aparição de Nossa Senhora de Guadalupe

Estava o índio Juan Diego no campo. Ele sofria por causa da grava enfermidade de seu tio a quem muito amava. Juan rezava por seu tio quando teve a visão de uma mulher com seu manto todo reluzente. Ela o chamou por seu nome e disse em nauátle, a língua asteca: Juan Diego, não deixe o seu coração perturbado. Eu não estou aqui? Não temas esta enfermidade ou angústia. Eu não sou sua Mãe? Você não esta sob minha proteção?

A Senhora pediu, então, que o índio fosse revelar sua mensagem ao Bispo local. A mensagem de que Ela iria acabar com a serpente de pedra, e que o povo do México iria parar com os holocaustos e se converter a Jesus Cristo. Além disso, deveria ser construída uma Igreja no local das aparições.

O Milagre de Nossa Senhora de Guadalupe

O Bispo não acreditou no índio, mas ordenou que ele pedisse um sinal à Senhora para provar a veracidade da história. Quando Juan Diego voltou para o campo, Nossa Senhora de Guadalupe apareceu novamente a ele. Este lhe contou sobre a desconfiança do Bispo, porque Maria tinha pedido que fosse construída também uma grande igreja naquele local.

Maria sorrindo, pediu a Juan Diego que subisse ao monte e enchesse seu poncho com flores. Era inverno. A neve recobria os campos. Naquela época, não nasciam flores naquela região do México. Juan Diego sabia disso. Porém, mesmo assim obedeceu. Chegando ao alto do monte em meio à neve, ele achou uma grande quantidade de flores cheias de grande beleza. Ele apanhou muitas flores, encheu seu poncho e foi levá-las ao Bispo.

O Segundo Milagre

Com dificuldade Juan Diego foi recebido pelo Bispo. Ele tinha seu poncho ou sua Tilma, dobrado cheio de rosas. Então, ele abriu a tilma e as flores caíram no chão. Quando o Bispo viu, ainda não acreditou. Então, para espanto de todos os que estavam na sala, no poncho do índio estava estampada a bela imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, como o índio tinha revelado ao Bispo. Todos na sala acreditaram, inclusive o bispo. Desse momento em diante, tudo mudou.

O fato causou grande comoção em todo o povo mexicano. Logo foi construída uma grande Igreja no local indicado por Nossa Senhora e o poncho de Juan Diego com a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe impressa foi levado para ser venerado. Guadalupe se tornou o grande Santuário do México, e a devoção a Nossa Senhora de Guadalupe se estendeu por toda América Latina. Em 1979, o Papa João Paulo II consagrou Nossa Senhora de Guadalupe, como Padroeira da América Latina.

Estudos sobre o poncho

Estudos realizados sobre o poncho do índio Juan Diego, revelam que a pintura não foi feita por materiais existentes na natureza e nem fabricados pelo homem. Nos olhos de Maria, dentro da Iris e da pupila, vê-se a cena em que o índio abre sua tilma na sala do bispo, com todas as pessoas presentes na sala conforme foi descrito em documentos posteriores. Tem uma família de um lado, o índio e o Bispo do outro. O olho reflete a luz como o olho humano.

Em janeiro de 2001, o engenheiro peruano, José Aste Tonsmman, revelou o resultado da pesquisa de 20 anos, com a ajuda da NASA. Os olhos da imagem ampliados 2,500 vezes, mostram umas 13 pessoas, crianças, mulheres, o Bispo e o próprio índio Juan Diego, no momento da entrega do poncho ao Bispo.

Richard Kuhn, prêmio Nobel de química, descobriu que a imagem não tem corantes e que após 470 anos continuam com seu brilho. O pano do poncho não dura mais do que 20 anos e começa a se desfazer, o que não acontece com o poncho do milagre, que já dura quase 500 anos. Concluíram que o que forma a imagem de Nossa Senhora não é pintura. A fibra do ayate, cacto, são suportaria as tintas da época. Além disso, não existe esboço ou marca de pincel.

Milagres de Nossa Senhora de Guadalupe

Grandes milagres aconteceram ao longo dos quinhentos anos de história da aparição de Nossa Senhora de Guadalupe. O povo sofrido do México teve sua esperança renovada com esta visita e permanência de Nossa Senhora em suas terras.

Imagem de Nossa Senhora de Guadalupe

Nossa Senhora, em um ato de delicadeza, apareceu como uma índia, morena, vestida como uma índia grávida. Em sua roupa está retratado o céu com a posição das estrelas do dia em que ela apareceu. Os astecas sabiam reconhecer estes sinais e isso foi decisivo para que a conversão daqueles povos acontecesse em massa.

Oração a Nossa Senhora de Guadalupe

Perfeita, sempre Virgem Santa Maria, Mãe do verdadeiro Deus, por quem se vive. Mãe das Américas! Tu que na verdade és nossa mãe compassiva, te buscamos e te clamamos. Escuta com piedade nosso pranto, nossas tristezas. Cura nossas penas, nossas misérias e dores. Tu que és nossa doce e amorosa Mãe, acolhe-nos no aconchego de teu manto, no carinho de teus braços. Que nada nos aflige nem perturbe nosso coração. Mostra-nos e manifesta-nos a teu amado filho, para que Nele e com Ele encontremos nossa salvação e a salvação do mundo. Santíssima Virgem Maria de Guadalupe, faz-nos mensageiros teus, mensageiros da vontade e da palavra de Deus. Amem. 

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

sábado, 11 de dezembro de 2021

“Bem-aventurada aquela que acreditou, porque se cumprirá o que lhe foi dito da parte do Senhor.” (Lc 1,45)

Movimento dos Focolares

Palavra de Vida Dezembro 2021

Também neste mês, a Palavra de Vida nos propõe uma Bem-aventurança. É a saudação alegre e inspirada de uma mulher, Isabel, dirigida a outra mulher, Maria, que tinha ido até ela para ajudá-la. Sim, porque ambas esperam um filho e ambas, pessoas de profunda fé, acolheram a Palavra de Deus e experimentaram, na própria pequenez, o quanto ela é capaz de gerar vida.

por Web Master   publicado em 07/12/2021

Também neste mês, a Palavra de Vida nos propõe uma Bem-aventurança. É a saudação alegre e inspirada de uma mulher, Isabel, dirigida a outra mulher, Maria, que tinha ido até ela para ajudá-la. Sim, porque ambas esperam um filho e ambas, pessoas de profunda fé, acolheram a Palavra de Deus e experimentaram, na própria pequenez, o quanto ela é capaz de gerar vida.

No Evangelho de Lucas, Maria é a primeira bem-aventurada, aquela que experimenta a alegria da intimidade com Deus. Com esta bem-aventurança, o evangelista introduz a reflexão sobre a relação entre a Palavra de Deus anunciada e a fé que acolhe essa Palavra, entre a iniciativa de Deus e a livre adesão da pessoa.

“Bem-aventurada aquela que acreditou, porque se cumprirá o que lhe foi dito da parte do Senhor.”

Maria é aquela que verdadeiramente acreditou na “promessa feita a Abraão e à sua descendência, para sempre”1. Ela é tão vazia de si mesma, humilde e aberta à escuta da Palavra, que o próprio Verbo de Deus pode se fazer carne em seu ventre e entrar na história da humanidade.

Ninguém pode fazer a experiência da maternidade virginal de Maria, mas todos nós podemos imitar a sua confiança no amor de Deus. Se a Palavra, com suas promessas, for acolhida de coração aberto, ela pode se encarnar também em nós e tornar fecunda nossa vida de cidadãos, pais e mães, estudantes, trabalhadores e políticos, jovens e velhos, sadios e doentes.

Mas se a nossa fé for incerta, tal como aconteceu com Zacarias2? Continuemos a nos confiar à misericórdia de Deus. Ele não desistirá de nos procurar, enquanto também nós não chegarmos a descobrir novamente sua fidelidade e o bendissermos.

“Bem-aventurada aquela que acreditou, porque se cumprirá o que lhe foi dito da parte do Senhor.”

Naquelas mesmas colinas da Terra Santa, em tempos bem mais próximos de nós, outra mãe de profunda fé ensinava a seus filhos a arte do perdão e do diálogo, aprendida na escola do Evangelho: um pequeno sinal, naquela terra, berço de civilizações, que desde sempre busca paz e estabilidade, também entre fiéis de religiões diferentes. Margaret conta: Quando éramos pequenos, algumas crianças da vizinhança nos ofenderam com expressões de rejeição. Nossa mãe disse: “Convidem essas crianças a vir à nossa casa”. Vieram, e ela mesma lhes deu pão caseiro recém-assado, para que o levassem às suas famílias. Desde então, temos construído relações de amizade com aquelas pessoas3.

Também Chiara Lubich nos apoia nessa fé corajosa: Depois de Jesus, Maria é a pessoa que melhor e mais perfeitamente soube dizer “sim” a Deus. É sobretudo nisso que consiste a sua santidade e a sua grandeza. Se Jesus é o Verbo, a Palavra encarnada, Maria, por causa de sua fé na Palavra, é a Palavra vivida; mas é criatura como nós, igual a nós. [...] Também nós somos chamados a ter, diante da Palavra de Deus, a mesma atitude de Maria, isto é, de total disponibilidade. Acreditar, portanto, com Maria, que se realizarão todas as promessas contidas na Palavra de Jesus e enfrentar se necessário, como ela fez, o risco do absurdo que sua Palavra às vezes comporta. 

Coisas grandes e pequenas, mas sempre maravilhosas, acontecem com os que acreditam na Palavra. Poderíamos escrever livros e mais livros com os fatos que o comprovam. [...] Quando, na vida cotidiana, ao ler as Sagradas Escrituras, nos encontrarmos com a Palavra de Deus, abramos nosso coração para escutá-la, com a fé de que aquilo que Jesus nos pede e promete se realizará. Não tardaremos a descobrir [...] que Ele cumpre as suas promessas4.

“Bem-aventurada aquela que acreditou, porque se cumprirá o que lhe foi dito da parte do Senhor.”

Neste tempo de preparação para o Natal, recordemos a surpreendente promessa que Jesus nos fez, de estar presente entre aqueles que aceitam e vivem o mandamento do amor mútuo: “Onde dois ou três estão unidos em meu nome” – isto é, justamente no amor evangélico – “eu estou no meio deles”5.

Confiantes nessa promessa, façamos Jesus renascer também hoje, em nossas casas e em nossas ruas, pela aceitação mútua, a escuta profunda do outro, o abraço fraterno como aquele entre Maria e Isabel.

Fonte: https://www.cidadenova.org.br/

A virtude que nos ajuda a ser mais felizes

Roman Samborskyi | Shutterstock
Por Mirian Esteban Benito

A frugalidade é uma peça importante no quebra-cabeça da vida e nos dá muitos frutos.

Todos nós buscamos a felicidade. Se perguntarmos a alguma pessoa se ela quer ser feliz, sem dúvida ela dirá: “Claro!”

A frugalidade, sinônimo de temperança e sobriedade, enobrece aqueles que a praticam e os ajuda a ser mais felizes. É como uma peça minúscula, mas fundamental no quebra-cabeça da vida. É um modo de vida que germina no espírito dando-nos a paz interior. Mas, para viver com frugalidade, é fundamental saber encontrar o equilíbrio nas coisas que temos. Não devemos buscar a frugalidade apenas como abnegação ou conformismo a um modismo, mas como algo que nos beneficia como pessoa, que melhora nossa vida.

Frugalidade e consumismo

A economia do consumismo gira em torno da infelicidade. Depende de nós pensarmos: “Preciso desses sapatos para ser feliz” ou “No dia em que conseguir esse carro, serei feliz…”

Porém, se formos felizes e tivermos consciência de estarmos realizados, não buscaremos a felicidade superficial em sapatos novos ou em um carro novo. Portanto, seremos mais frugais. Além disso, a frugalidade não é estritamente uma questão de reduzir o consumo ao máximo, mas de viver com desprendimento e gratidão.

É muito fácil distinguir a felicidade das pessoas que têm ordem e serenidade interiores e daquelas cujo exterior não está em harmonia com o seu interior.

Você quer ser feliz?

Neste ponto, talvez a primeira pergunta a se fazer seja: “Eu quero buscar a felicidade?”

 E, em segundo lugar: “Onde começo a viver a virtude da frugalidade se quero mudar meu estilo de vida junto com minha família?”

Para começar, devemos examinar o que precisaríamos mudar dentro de nós para buscar essa virtude. Ser frugal requer autoconhecimento e autocontrole. Estamos dispostos a promover moderação, temperança e sobriedade?

O compromisso com a felicidade

Uma vez que tenhamos dado este passo de compromisso, podemos começar a fazer uma viagem mental através de cada um dos espaços e hábitos de nossa vida diária e localizar quais hábitos ou coisas materiais nos roubam a paz. 

Em seguida, devemos também analisar em quais áreas de nossa vida podemos ser mais cuidadosos. Por exemplo: analisar onde podemos reduzir o consumo desnecessário de energia (carro, aquecimento, eletricidade), quais produtos de uso diário são mais sustentáveis, como podemos reciclar de forma mais eficaz etc.

O valor das coisas

O que mais me cativa na virtude da frugalidade é o aspecto de aprender a dar a cada coisa seu devido valor. Nossas ações, decisões e compras tornam-se algo a mais do que uma simples reação impulsiva ao desejo de satisfação imediata, a necessidade imperiosa de satisfazer um capricho ou a ilusão de preencher um vazio emocional. Tudo adquire um sentido, uma razão de ser, à luz do bem comum e do consumo responsável.

Benefícios da frugalidade

Existem muitos benefícios ao se praticar a frugalidade:

  1. Ajuda-nos a nos conhecer e a nos regular. A frugalidade permite que nos tornemos mestres de nós mesmos. Põe ordem em nossa sensibilidade e afetividade, em nossos gostos e desejos e em nossas tendências mais profundas. Em suma, nos ajuda a encontrar o equilíbrio no uso dos bens materiais e nos ajuda a aspirar ao bem maior (ver Catecismo do Igreja Católica, n. 1809 );
  2. A frugalidade nos torna mais criativos e menos caprichosos. Essa virtude desenvolve muito a nossa criatividade, porque nos convida a aproveitar ao máximo todos os nossos recursos e a descobrir a sua verdadeira utilidade. É possível dar uma chance às coisas velhas e encontrar beleza também nas coisas mais simples;
  3. Nutre relacionamentos humanos de alta qualidade. Se praticarmos a frugalidade, reconheceremos muito melhor o respeito e o amor das pessoas ao nosso redor. A frugalidade incentiva-nos a viver mais o presente, com gratidão, conscientes e ligados à toda a beleza que existe em cada ser humano;
  4. Ajuda-nos a tolerar melhor a frustração. A frugalidade nos educa emocionalmente para perceber que nem sempre podemos ter nossos desejos satisfeitos.

Enfim, a felicidade não consiste em ter mais coisas ou em ter todas as nossas vontades satisfeitas. A frugalidade é um bom guia para nos ajudar a evitar a busca desesperada e sem sucesso pelo Infinito no finito.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Correios da Espanha emitem selo por ocasião dos 800 anos da Catedral de Burgos

Catedral de Burgos | Guadium Press
O selo pelo VIII Centenário da Sé Catedral de Burgos é um dos mais de 90 selos que os Correios dedicaram a motivos da província ao longo dos séculos XX e XXI.

Redação (10/11/2021 09:56, Gaudium Press) Os Correios da Espanha apresentaram um novo selo dedicado à Catedral de Burgos, por ocasião do oitavo centenário do templo católico. O selo de forma octogonal é delineado com a cúpula do templo vista do solo. Os oito séculos comemorados são os do início da construção da catedral, que começou em 1221, sobre uma edificação românica pré-existente.

Cerimônia de lançamento contou com a presença do Arcebispo

O selo octogonal – destinado a colecionadores filatélicos e usuários em geral – é estampado em uma folha de bloco da qual serão emitidos 140 mil exemplares e terá um custo de 5,80 euros cada.

A cerimônia de lançamento do selo contou com a presença do Arcebispo de Burgos, Dom Mario Iceta; do vice-presidente da Fundação VIII Centenário da Catedral – Burgos 2021, Antonio Miguel Méndez Pozo; e do diretor da Filatelia Postal, Jordi Escruela.

Guadium Press

Mais de 90 selos foram dedicados a província de Burgos

O selo pelo VIII Centenário da Sé Catedral de Burgos é um dos mais de 90 selos que os Correios dedicaram a motivos da província ao longo dos séculos XX e XXI. O último, apresentado no dia 26 de novembro, foi dedicado ao Presépio Monumental do Exército e que costuma estar instalado no templo de Burgos.

El Cid Campeador, São Domingos de Gusmão ou Félix Rodriguez de la Fuente foram alguns dos personagens relacionados a Burgos que protagonizaram emissões filatélicas. Também edificações emblemáticas como o Castelo de Frías, o mosteiro de São Domingos de Silos ou o parador de Lerma. A gastronomia de Burgos ou o sítio arqueológico de Atapuerca também tiveram sua emissão filatélica. (EPC)

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF