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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Makaziwe Mandela: meu pai e seu sonho de igualdade

Nelson Mandela com sua filha Makawize

Entrevista com a filha do Prêmio Nobel da Paz, falecido em 2013. Nelson Mandela, enfatiza à mídia vaticana, estaria hoje ao lado de jovens comprometidos com a justiça social e contra todas as formas de racismo. Ela sublinha a atualidade do valor da não-violência, um compromisso que une o líder sul-africano e o Papa Francisco.

Alessandro Gisotti

“Um vencedor é simplesmente um sonhador que nunca desistiu”. Quase uma década após sua morte em 5 de dezembro de 2013, Nelson Mandela continua inspirando milhões de pessoas em todo o mundo no compromisso não violento contra todas as formas de racismo. O Prêmio Nobel da Paz é ainda hoje uma referência muito além das fronteiras da África do Sul. Por outro lado, como mostra o “retorno” da xenofobia e do racismo em muitas áreas do planeta, a luta pela igualdade continua sendo muito urgente. Entre os que seguem os passos do líder sul-africano está sua filha, Makaziwe Mandela, envolvida em diversas associações beneficentes, fundadora e presidente da "Casa de Mandela", empresa que através do vestuário, principalmente para os jovens, leva adiante a mensagem de seu pai contra o racismo. Nesta entrevista aos meios de comunicação vaticanos, Makaziwe detém-se na personalidade de Nelson Mandela, na atualidade de seu compromisso social e na importância da educação para vencer os preconceitos que ainda envenenam as relações entre pessoas e povos.

Quase dez anos após sua morte, seu pai ainda é uma figura extraordinariamente popular em todo o mundo. Por que você acha que seu legado ainda é tão importante hoje?

Meu pai era um homem de coragem e visão. Ele realmente acreditava no poder da unidade e que se as pessoas em todo o mundo se reunissem, elas iriam dar um poderoso golpe contra todas as formas de injustiça. Ele era verdadeiramente sincero naquilo em que acreditava e havia valores fundamentais que moldaram sua vida: humildade, perseverança, honestidade e perdão. Meu pai cresceu em um ambiente onde todos podiam expressar suas opiniões livremente e sem medo de punições, onde os líderes eram os pastores e guardiães de seu povo, seus direitos e suas liberdades. Ele assumiu a responsabilidade de ser um líder muito seriamente e encorajou ativamente diferentes formas de pensamento. Uma das muitas coisas que ele ensinou, que é importante em nosso mundo, é que podemos escolher como queremos viver nossas vidas; coisas boas e coisas ruins acontecem a todos nós, mas também estamos imbuídos da responsabilidade de lutar contra todas as formas de injustiça, preconceito, crueldade e violência em nossa sociedade. Ele lutou não apenas pela liberdade dos negros, mas também pela liberdade de todos os sul-africanos. 

Infelizmente, todos os dias encontramo-nos diante do racismo e da discriminação em muitas partes do mundo. O que você acha que Nelson Mandela faria hoje diante deste mal que parece estar tão enraizado na história humana?

Durante o julgamento de Rivonia, meu pai disse que ele tinha lutado contra a dominação branca, mas também contra a dominação negra. Ele acreditava que nenhuma raça era superior a outra, que, de fato, geneticamente falando, não havia raças, que havia apenas uma raça, a raça humana.  Meu pai julgava as pessoas apenas por seu caráter e valores. Ele ficaria desiludido com o que está acontecendo hoje: a ascensão da extrema direita na política e como o racismo, as guerras culturais e a arrogância, a etnia, o medo, o tribalismo, a violência de gênero e a intolerância religiosa estão sendo transformados em armas e usados para desestabilizar todo o mundo democrático.  Isso nos lembraria a todos que as nossas liberdades duramente conquistadas não vieram sem sacrifício, que há pessoas que deram suas vidas para que todos nós pudéssemos ter acesso a direitos iguais. Meu pai acreditava que todas essas coisas foram feitas pelo homem e que, sendo assim, também podiam se desfazer delas. Diz-se que o rei Ngubengcuka, ancestral de meu pai, formou a nação Thembu unindo diferentes grupos; pessoas em busca de refúgio, pessoas deslocadas em busca de uma casa. A nação Thembu era essencialmente formada por pessoas com caminhos de vida diferentes que acreditavam numa ideia. Portanto, a nossa família está profundamente imbuída desta "nação de diversidade", que é transmitida de uma geração para outra, abraçando pessoas diferentes e ideias diferentes. Meu pai acreditava que manter o status quo fosse o inimigo do progresso e que tínhamos que crescer e evoluir como povo. Ele veria o que está acontecendo hoje como um decepcionante retrocesso, que nos leva de volta a tempos sombrios.

Seu pai dizia que “a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo”. O que você acha disso, também com base na sua experiência pessoal?

Meu pai não falava apenas sobre a educação formal tradicional. Ele acreditava que as pessoas podiam se educar por meio de livros, que podiam viajar para longe com os livros, que podiam conhecer outras culturas, que podiam realmente compreender como as outras pessoas vivem. Que o propósito de ir à escola não era apenas aprender o que está num livro, mas também aprender a lidar e conviver com os outros, o contato com outras raças, outras culturas - que a educação poderia libertar da ignorância. Ele acreditava que a educação fosse a base das relações humanas - você aprende algo sobre mim e eu aprendo algo sobre você e descobrimos que temos coisas em comum. Ele acreditava que, uma vez que esses aspectos comuns fossem estabelecidos, a raça não importaria mais. A Covid-19 evidenciou que a superioridade racial na verdade não tem lugar em nossa sociedade porque a Covid é um grande nivelador: não se importa se você é rico ou pobre, negro ou branco, instruído ou não. E também que devemos realmente nos despertar para o fato de que além do "rei cor" há muito pouco que nos separa e que todos somos dotados dos direitos inalienáveis ​​de existir neste mundo, de ter os mesmos privilégios de nossos vizinhos, negros ou brancos.

Quando seu pai morreu, o Papa Francisco expressou a esperança de que seu exemplo pudesse inspirar gerações de sul-africanos "a colocar a justiça e o bem comum antes de suas aspirações políticas". Quanto as novas gerações africanas - não apenas as da África do Sul - ainda são inspiradas por Nelson Mandela?

Muitas pessoas antes acreditavam que a geração jovem de "Millennials" aqui na África do Sul e em todo o mundo estivesse perdida, mas o movimento Black Lives Matter e os altos movimentos para a justiça social mostraram que estão bem presentes e cientes do que está acontecendo ao seu redor, prontos para lutar contra o aumento do racismo, a desigualdade, a pobreza e a violência de gênero. São jovens de todas as raças e estilos de vida, que pedem aos políticos para prestarem contas e lembram a eles que são responsáveis ​​primeiramente pelas pessoas e não por sua vaidade; isso realmente me encoraja e me faz esperar que nem tudo esteja perdido neste mundo. Olhando para África, os jovens não estão esperando por subsídios de seus governos, mas apresentando novas soluções inovadoras em matéria de água e saneamento, segurança alimentar, educação, energia e eletricidade, bem como formas de combater as mudanças climáticas. Esses jovens são muito conscientes em relação a melhorar não apenas suas vidas, mas também a de suas comunidades e de seus conterrâneos. Meu pai sempre acreditou que a caridade começa na própria casa, com as pessoas próximas ou na própria comunidade, se quiser.

O Papa Francisco, assim como Nelson Mandela, sempre destacou o valor da não violência como uma força de mudança. Como esse valor pode ser promovido hoje, especialmente entre as gerações mais jovens?

Devemos enfatizar que o nosso caminho neste mundo serve para curar as feridas que nos circundam e que também carregamos. Meu pai entendeu que, se não tivesse desistido de sua raiva e amargura ao sair da prisão, ele teria continuado na prisão como um homem livre. Devemos aprender a amar aqueles que são diferentes de nós do ponto de vista étnico e cultural, a fim de unir as pessoas além das fronteiras raciais, políticas e econômicas. Devemos construir pontes, principalmente aquelas que nos unem na luta contra as doenças, a pobreza e a fome. Temos todas as soluções à nossa frente, mas por algum motivo quem está no poder se recusa a implementá-las, o que às vezes acho desconcertante e frustrante. Hoje devemos realmente lembrar a indivisibilidade da liberdade humana e que nossa liberdade não pode ser completa sem a liberdade dos outros.

Pessoalmente, qual é o maior e mais importante ensinamento que você recebeu de seu pai e qual foi o mais significativo em sua vida?

Que ninguém nasce odiando o outro por causa da cor da pele, cultura ou fé religiosa - somos ensinados a odiar, e se somos ensinados a odiar, também podemos ser ensinados a amar, porque o amor vem naturalmente ao espírito humano. De minha parte, esforço-me conscientemente, todos os dias, para tratar as pessoas com respeito, dignidade e compaixão. Meu pai sempre tratou todos do mesmo modo, que fosse a rainha ou o varredor de rua, ele realmente pensava que todos os seres humanos fossem iguais. Eu aplico esse mesmo valor a tudo o que faço na vida.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Santa Adelaide

Santa Adelaide | Instituto Hosed
16 de dezembro
Santa Adelaide

Origens

Adelaide nasceu em 931, como princesa, filha de uma princesa da Suécia, que era casada com o rei da Borgonha, hoje França. Com apenas seis anos ficou órfã de pai. A Corte, então, acertou seu casamento com um rei da Itália chamado Lotário. Os dois se casaram. Porém, três anos depois ela ficou viúva, pois seu marido foi morto defendendo o trono. Mas este trono foi usurpado pelo inimigo com quem lutava, o vizinho rei Berenjário.

De rainha a prisioneira

Sem a proteção do marido, a rainha Adelaide foi feita prisioneira. Ela só recuperou a liberdade porque foi ajudada por amigos fiéis que sabiam de sua integridade. Uma vez liberta, ela foi para a Alemanha com a finalidade de pedir asilo e apoio ao imperador Oto. Este, além de acolhê-la na Corte, decidiu casar-se com ela, fazendo com que ela se tornasse a famosa Imperatriz Adelaide. Como tal, ela se destacou pela caridade, delicadeza e piedade. Por isso, passou a ser amada por todos os súditos.

Problemas com a nora

Durante anos o casal viveu feliz e criaram seus filhos em paz. Porém, a tranquilidade acabou com a morte do imperador seu marido. Seu filho Oto II assumiu o trono. Este ouvia os conselhos da mãe e governava com caridade e ponderação. Os problemas começaram quando seu filho se casou com uma princesa grega chamada Teofânia. Esta não suportava a influência da sogra sobre o Oto II. Por isso, tentou até que conseguiu fazer o marido indispor-se coma mãe. O grande argumento da nora era que sua sogra gastava demais com obras de caridade e com doações a conventos e igrejas. Por fim, a nora exigiu que o filho pusesse sua mãe para fora do palácio real.

Em busca de abrigo

Expulsa do reino comandado por seu filho, Santa Adelaide buscou abrigo em Roma, dirigindo-se ao Papa. Depois, passou um tempo na França, na Corte do rei da Borgonha, que era seu irmão. Porém, a dor pela ingratidão de seu filho a maltratava. E piorou quando ela soube que o filho conduzia seu reinado baseado na injustiça, no luxo, na discórdia e na leviandade, seguindo a má influência da esposa.

Um orientador instrumento de Deus

Nesse tempo, dom Odilo, abade do Mosteiro de Cluny, acompanhou Santa Adelaide como diretor espiritual. Por graça de Deus, o mesmo dom Odilo começou também a orientar o filho da santa, Oto II. Assim, depois de dois anos separado da mãe, o filho caiu em si. Então, arrependido, ele convidou a mãe para ir ao palácio. Adelaide aceitou e o filho lhe pediu perdão. Adelaide teve a graça de reconciliar-se com seu filho e a paz retornou.

A volta da perseguição

Entretanto, aconteceu que o imperador, filho de Santa Adelaide, faleceu logo depois de sua reconciliação com a mãe. Quem deveria assumir era o filho do rei, Oto III. Este, porém, era ainda uma criança. Por isso, a mãe, a rainha Teofânia, assumiu. E, novamente, a perseguição se voltou contra Santa Adelaide. Teofânia estava decidida a matar a sogra. Tal fato só não aconteceu porque Teofânia, que era odiada na corte, foi morta antes. Assim, Santa Adelaide assumiu o trono como imperatriz, por direito.

Um governo justo e santo

Santa Adelaide administrou o reino com retidão, justiça, piedade e solidariedade. Levou para a Corte real as duas filhas de Teofânia, sua grande inimiga, e deu a elas a melhor educação, aliada à proteção e muito carinho. O seu reinado uniu a administração justa e eficiente à caridade cristã. Com isso, ela conseguiu levar felicidade e prosperidade ao povo e um grande tempo de paz para o país.

Morte

Nos últimos anos de sua vida, Santa Adelaide decidiu ir viver no Convento beneditino de Selz, em Strasburg, na Alsácia. Este convento tinha sido fundado por ela mesma alguns anos antes. Lá, ela encontrou repouso e descanso numa vida dedicada à oração. Ali também ela veio a falecer, no alto de seus oitenta e seis anos de idade. Era o dia 16 de dezembro de 999.

Oração a Santa Adelaide

“Faça, Senhor Deus, nosso Pai, que aspiremos incansavelmente ao descanso que nos preparastes em vosso reino. Dai-nos forças e inteligência nesta vida, para suportarmos as agruras que nos rodeiam; para promovermos o bem e a justiça e servirmos nossos irmãos. Amém. Santa Adelaide, rogai por nós.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Papa aos artistas: sejam mensageiros de ternura, alegria e esperança

Artistas que participam do concerto de Natal | Vatican News

No encontro do Papa com os artistas que participam do Concerto de Natal 2021 na manhã desta quarta-feira (15/12) o Papa falou sobre três palavras ligadas ao tempo de Natal e solidariedade: ternura, alegria e esperança das quais o Papa espera que estes sejam mensageiros.

Jane Nogara - Vatican News

Nesta quarta-feira (15/12), antes da Audiência Geral o Papa Francisco encontrou os artistas e organizadores do Concerto de Natal no Vaticano 2021. O Papa iniciou recordando aos artistas que “o Natal nos convida a fixar nosso olhar no evento que trouxe a ternura de Deus ao mundo, e assim despertou e continua a despertar alegria e esperança”. Sublinhando estas três palavras: ternuraalegria esperança o Papa disse “sentimentos e atitudes que vocês artistas também sabem como reviver e difundir com seus talentos”.

A ternura nasce do amor

Em seguida o Papa recordou que “a ternura nasce do amor”, e disse: “é como a linguagem do amor, quando você ama uma criança, você a acaricia, quando você ama sua namorada você a acaricia, seu namorado o acaricia, vem do amor, o gesto de amor é o mais simples”. Para ilustrar recordou do presépio e do amor que está ali representado pela mãe, pelo pai, pastores e anjos que celebram a vinda do Senhor e disse:

“Tudo é permeado pela sensação de maravilha e amor que leva à ternura”. “Repito a linguagem de Deus é proximidade, compaixão e ternura. As três coisas juntas.”

A segunda palavra: a alegria

“E é precisamente o amor – continuou o Papa - que transparece nesta cena que gera alegria. O desabrochar da vida é sempre uma fonte de alegria, que ajuda a superar o sofrimento. O sorriso de uma criança derrete até mesmo o mais duro dos corações”.  

Artistas criam fraternidade

Recordando o objetivo do concerto de Natal o Papa disse aos artistas: “No Concerto de Natal vocês oferecem seus talentos artísticos para apoiar projetos educacionais, especialmente para crianças e jovens em dois países com condições muito precárias: Haiti e Líbano”. E ponderou: “sua música e seu canto ajudam a abrir o coração para não esquecer aqueles que sofrem e a fazer gestos concretos de partilha, que trazem alegria a tantas famílias que desejam dar a seus filhos um futuro através da educação”. “E na arte – continuou - vocês criam imediatamente fraternidade, diante da arte não há amigos e inimigos, somos todos iguais, todos amigos, todos irmãos. “A linguagem de vocês”, disse ainda, “é fecunda”.

Ternura, alegria e esperança

Ao refletir sobre a esperança disse: “Na gruta de Belém, foi acesa a esperança para a humanidade. A pandemia, infelizmente, agravou as diferenças educativas de milhões de crianças e adolescentes que ficaram excluídos de todas as atividades educacionais”. Depois de falar de outras “pandemias” que impedem a difusão da cultura do diálogo e da inclusão disse: 

“A luz do Natal nos faz redescobrir o sentido da fraternidade e nos estimula a sermos solidários com os necessitados. Investir na educação significa ajudar crianças e jovens a descobrir e apreciar os valores mais importantes e ter a coragem de olhar para seu futuro com esperança.”

"Na educação habita a semente da esperança: esperança de paz e justiça, esperança de beleza e bondade; esperança de harmonia social”.

Com essas palavras o Papa Francisco se despediu dos artistas com o auspício que “sejam sempre mensageiros de ternura, alegria e esperança”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

A diferença entre carência e amor

Shutterstock
Por Talita Rodrigues

Você sabe realmente o que você sente?

Você já deve ter lido ou ouvido aquela frase: “Cuidado! A carência pode fazer com que você enxergue amor onde não tem.”

Pois bem, hoje quero refletir junto com você sobre o amor. Mas sobre o amor real, não sobre carência. Contudo, para isso, preciso que você entenda o que a carência é capaz de gerar e despertar dentro de você, para que você saiba distingui-la da paixão ou do amor. Então vamos lá!

A carência

A carência é algo que faz com que você aceite muito, mas MUITO MENOS do que merece. Faz com que você se DIMINUA, somente para caber no mundo de alguém que sequer faz questão de aumentá-lo um pouco, para que você caiba nele.

A carência, faz com que você VIVA UMA VIDA QUE NÃO É SUA. Ela faz com que você coloque o outro, ou seja, o “ser humano amado” – ou melhor, aquele que supre suas carências – em um lugar dentro do seu coração que NÃO DEVE pertencer a ele. Você o coloca no centro do seu coração. E é justamente esse “centro” que rege a sua vida. Esse é um lugar só para você e Deus.

Eu não estou dizendo aqui, que a “pessoa amada” não deve ter um espaço dentro do seu coração. Contudo ela NÃO DEVE em hipótese alguma, pertencer ao centro do seu coração de forma que você esqueça de si mesmo, vivendo uma vida que não é sua só pelo medo de bancar com a decisão de ficar sozinho. Porque ficar sozinho é bancar com a solidão que chega sem avisar. É sentir falta de algo que você ainda não possui, esperar pelo certo.
Ficar com alguém por carência, para massagear o seu ego – e até mesmo o ego do outro – é dizer sim a migalhas afetivas que te adoecem dia após dia e te afastam do que é realmente viver o verdadeiro amor.

A geração dos likes

Vivemos em uma era de pessoas carentes de amor, afeto e atenção. Vivemos on-line nas redes sociais e off para a vida. Nos distanciamos cada vez mais do que realmente é importante.

Somos a geração dos likes, dos corações mecânicos e da desonestidade em frente à tela. Somos a geração que mostra a todos os seguidores um coração inteiro na tela do celular e um imenso vazio no peito fora dela – um vazio que só você enxerga.

Você ainda tem a chance de optar viver uma vida diferente do que a vida que essa geração vazia vive. Contudo, é preciso coragem para ser diferente. Se você escolher isso, tenha certeza de que você será testemunha de que o amor não exige e não precisa de um lugar ao centro da mesa.

O amor

O amor é humilde, generoso, bondoso. O amor é sincero. Para o amor, basta um cantinho verdadeiro e aconchegante dentro do seu coração. O amor de verdade se contenta com pouco – justamente por aceitar que a vida talvez não seja tão perfeita assim, e ainda assim seguir em frente sem a necessidade de escancarar sua vitória sobre o vazio.

Talvez sejamos a geração que mais necessita de amor, mas nos comportamos ao contrário. Somos a geração em que o vazio e o desapego total virou moda. A geração que não permite o tempo de cura, a geração que tem a errônea ideia de que um amor cura o outro, quando na verdade, machuca ainda mais.

Seja firme em suas decisões. Seja firme em seus valores inegociáveis. Escolher alguém para dividir o resto de sua vida, é coisa séria. Não insista em alguém que, mesmo tendo opção, ESCOLHEU NÃO SER SEU.

O seu coração é solo sagrado. E só o amor verdadeiro, é humilde o suficiente para tirar as sandalhas dos pés e adentrar no seu mundo com respeito.

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Fonte: https://pt.aleteia.org/

Afrescos de Giotto são projetados nas fachadas das igrejas de Assis

Afresco de Giotto | Guadium Press
As exibições, que permanecerão até o dia 10 de janeiro de 2022, fizeram parte da cerimônia de inauguração do presépio e árvore de Natal na cidade italiana onde São Francisco nasceu.

Assis – Itália (14/11/2021 17:02, Gaudium Press) O presépio e a árvore de Natal da cidade de Assis, Itália, foram inaugurados na última quarta-feira, dia 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição. São Francisco de Assis é conhecido por montar o primeiro presépio da história. A cerimônia foi realizada após a Santa Missa da tarde.

Afrescos de Giotto representando o nascimento do Menino Jesus foram projetados na Basílica de São Francisco, na Catedral de São Rufino, na Piazza del Comune, na Basílica de Santa Clara e na Abadia de São Pedro. Além da projeção visual, os presentes também puderam se maravilhar com imagens em tamanho natural e iluminação colorida que deixaram o presépio ainda mais atraente.

https://youtu.be/B_S8SQyQxfU

Presépio e árvore de Natal permanecerão expostos até o dia 10 de janeiro de 2022

As exibições permanecerão até o dia 10 de janeiro de 2022. Um presépio, que havia sido doado ao Papa Francisco em 2019, foi instalado na Basílica superior de São Francisco. A arte retrata a Sagrada Família dentro de uma leiteria em Erbezzo, localidade em Lessinia. No total, o presépio reúne 100 imagens de madeira feitas à mão por artesãos de Ortisei.

O município de Castel Ivano, na província de Trento, doou o pinheiro branco de 15 metros instalado na praça inferior da Basílica. A árvore, que foi iluminada com 40 mil luzes LED, é proveniente da floresta certificada na aldeia de Villa Agnedo.

Afresco de Giotto | Guadium Press

Todos podem admirar a decoração natalina através de um aplicativo

Os que desejarem admirar os detalhes da decoração natalina de Assis poderão fazê-lo através do aplicativo: nataledifrancesco.it. Através deste recurso tecnológico é possível acessar as projeções em vídeo de alguns afrescos de Giotto, tais como o da Natividade de Jesus e da Anunciação de Maria, presentes na Basílica Inferior de São Francisco.

Os visitantes também podem admirar, na fachada da Basílica Superior, o mapeamento em vídeo do interior do Complexo Monumental. Será possível mergulhar em mais de 10 mil metros quadrados de afrescos, emergindo numa evocativa narração do Natal de São Francisco. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

O mistério da Estrela de Belém

Crédito: Editora Cléofas
Por Prof. Felipe Aquino

Nas Sagradas Escrituras vemos Deus, muitas vezes, comunicar-se aos homens por meio de sinais na natureza: a brisa da tarde no Paraíso, o arco-íris após o dilúvio, a sarça ardente, a diáfana nuvem de Santo Elias etc. E em seu próprio nascimento, Ele quis usar de um sinal no céu: a Estrela de Belém. Esse fato nos é narrado apenas por um dos evangelistas: São Mateus.

Na verdade, naquela época acreditava-se que o nascimento de pessoas importantes estava relacionado com certos movimentos dos astros celestes. Assim, dizia-se que Alexandre o Grande, Júlio César, Augusto e até filósofos como Platão tiveram a sua estrela, aparecida no céu quando eles vieram ao mundo.

Muito se tem comentado a respeito da estrela surgida aos três Reis Magos, guiando-os até o local bendito em que o Salvador haveria de nascer. E não faltaram homens de ciência tentando encontrar uma explicação natural para esse eventosobrenatural, centro da história humana. Não temos a pretensão de fazer um compêndio científico a respeito, mas não deixa de ter certo interesse conhecer, ainda que de modo sumário, as principais tentativas de solucionar esse enigma.

Uma das primeiras teorias levantadas era que esse astro teria sido o planeta Vênus. Pois a cada 19 meses, pouco antes do nascer do Sol, ele aparece dez vezes mais claro que a mais brilhante das estrelas: a Sírius. Mas esse já era, então, um fenômeno assaz conhecido pelos povos do oriente e, portanto, para os Reis Magos nada teria de extraordinário.

Outra hipótese foi levantada por um astrônomo reconhecido nos meios científicos do século XVI: Johannes Kepler. Tentou ele demonstrar com seus longos estudos, que esse astro não era apenas um, mas a conjunção de dois planetas: Júpiter e Saturno. Quando eles se sobrepõem, somam-se os respectivos brilhos. Um fenômeno desses foi por ele observado em 1604 e podia produzir um efeito semelhante ao que nos conta a Bíblia. A partir daí, Kepler defendeu sua teoria.

Mas existem três problemas ao fazer essa afirmação: primeiro, essa conjunção dura apenas algumas horas, e a estrela que apareceu para os Reis Magos foi visível por eles durante semanas; segundo, Júpiter e Saturno nunca se fundem completamente numa única estrela. Mesmo a olho nu, seriam sempre visíveis dois corpos; terceiro, ao menos que a data do nascimento do Menino Jesus esteja muito mal calculada, tal conjunção só poderia ter lugar três anos depois.

Há quem diga que a estrela foi, na verdade, um meteoro especialmente brilhante. Mas um meteoro só pode durar alguns segundos e seria muito forçado crermos que esses poucos segundos de visibilidade bastariam para guiar os reis magos numa viagem através de quilômetros em um deserto inabitável, e que ao chegarem em Belém, apareceu um outro meteoro semelhante, indicando o local exato onde estava o Menino-Deus. Orígenes, Padre da Igreja nascido em Alexandria, Egito, chegou a acreditar ser a Estrela de Belém um cometa. Pois alguns cometas chegam a ser centenas de vezes maiores que a Terra, e sua luz pode dominar o firmamento durante semanas.

Além disso, alguns sustentam que São Mateus teria ficado tão impressionado com o cometa Halley, visto nos céus em 66 d.C. ou pelo testemunho dos mais antigos cristãos que o tinham visto em 12 a.C., que o incluiu na história. Outros afirmam ter sido o próprio Halley, a Estrela de Belém. Mas devemos reconhecer que as duas datas citadas estão muito afastadas do nascimento de Jesus, para serem unidas a ele. E segundo os dados catalogados, não há menção de nenhum outro cometa que tenha sido visto a olho nu entre os anos 7 a.C e 1 d.C., período no qual se aceita ter nascido o Messias. Além disso, é corrente serem os cometas na Antiguidade anunciadores de desgraças e não de bênçãos.

Uma última hipótese dita científica é a que tenha sido uma “Nova”. Existem certas estrelas que explodem de tal forma que sua luz aumenta centenas de vezes em poucas horas. São as chamadas “Novas”, ou “Supernovas”, dependendo da intensidade da explosão. Calcula-se que a cada mil anos, aproximadamente, uma estrela se transforme em “Supernova”, sendo este fenômeno visível durante vários meses, até mesmo durante o dia. Mas já não se crê nessa hipótese, pois tais explosões, devido à sua magnitude, mesmo depois de séculos, deixam traços inconfundíveis no espaço, como manchas estelares etc. Entretanto, até hoje não se descobriu nenhum indício de tal fenômeno ocorrido nesse período histórico.

Embora várias tentativas de explicação científica não tenham dado resposas plenamente satisfatórias ao mistério da Estrela de Belém, isso em nada diminui o mérito dos esforçados estudiosos que com reta intenção buscam desvendar os enigmas da natureza. Mas deixando essas hipóteses de lado por um momento, voltemos nossos olhos à outro aspecto da questão: o campo teológico, onde se considera que essa estrela era a realização da profecia do Antigo Testamento: “Uma estrela avança de Jacó, um cetro se levanta de Israel” (Num 24,17).

Alguns teólogos defendem que São Mateus fez uma interpretação das tradições da época, referindo-se ao astro não como uma estrela no sentido literal, mas como símbolo do nascimento de um personagem importante.

Mas São Tomás, o Doutor Angélico, já havia pensado nisso em sua época e resolveu a questão na Suma Teológica (III, q. 36, a.7), usando cinco argumentos tirados de São João Crisóstomo:

1º. Esta estrela seguiu um caminho de norte ao sul, o que não é comum ao geral das estrelas.

2º. Ela aparecia não só de noite, mas também durante o dia.

3º. Algumas vezes ela aparecia e outras vezes se ocultava.

4º. Não tinha um movimento contínuo: andava quando era preciso que os magos caminhassem, e se detinha quando eles deviam se deter, como a coluna de nuvens no deserto.

5º. A estrela mostrou o parto da Virgem não só permanecendo no alto, mas também descendo, pois não podia indicar claramente a casa se não estivesse próxima da terra. Mas se esse astro não foi propriamente uma estrela do céu, o que era ele?

Segundo o próprio São Tomás, ainda citando o Crisóstomo, poderia ser:

1º. O Espírito Santo, assim como ele apareceu em forma de pomba sobre Nosso Senhor em Seu batismo, também apareceu aos magos em forma de estrela.

2º. Um anjo, o mesmo que apareceu aos pastores, apareceu aos reis magos em forma de estrela.

3º. Uma espécie de estrela criada à parte das outras, não no céu, mas na atmosfera próxima à terra, e que se movia segundo a vontade de Deus.

Como solução ao mistério da Estrela de Belém, São Tomás acreditava ser mais provável e correta esta última alternativa.

De qualquer forma, temos a certeza de que essa estrela continua a brilhar não só no alto das árvores de Natal, mas principalmente na alma de cada cristão ao comemorar a Luz nascida em Belém para iluminar os caminhos da humanidade.

Emílio Portugal Coutinho – 2010/12/29

Deputada católica e pró-aborto dos EUA recebe 16 mil rosas e rosários por sua conversão

Entrega em massa de rosas no Capitólio / Crédito: Instituto Bento XVI

WASHINGTON DC, 14 dez. 21 / 08:55 am (ACI).- Quase três meses após o lançamento da campanha de oração e jejum "Uma rosa e um rosário" por Nancy Pelosi, mais de 16 mil pessoas rezaram pela presidente da Câmara dos Deputados dos EUA. A campanha foi lançada em 29 de setembro, pelo arcebispo de são Francisco, dom Salvatore Cordileone, que convidou os católicos a rezar por Pelosi para que mude a sua postura de apoio ao aborto.

“Convido todos os católicos a se unirem maciça e visivelmente à campanha de jejum e oração pela presidente Pelosi: comprometam-se a rezar um rosário por semana e a jejuar às sextas-feiras pela sua conversão de coração”, pediu o arcebispo.

Dom Cordileone explicou que a rosa é "também um símbolo de nossa Mãe, a Santíssima Virgem Maria, a 'rosa mística'" e destacou que "neste momento particular da história da nossa nação, precisamos mais do que nunca da sua intercessão, a de Santa Teresa, e de todos os outros Santos que nos mostraram o caminho da vida”.

"A reação provocada pela aprovação da lei da batida do coração do Texas demonstra quão desesperadamente nosso país, e muitos de nossos líderes políticos, necessitam uma conversão de coração para deixar o caminho da morte e recuperar uma cultura da vida", disse Cordileone. A lei proíbe abortos assim que se possa detectar a batida do coração do bebê no ventre da mãe, o que acontece normalmente por volta da sexta semana de gravidez.

No dia 12 de dezembro, festa de Nossa Senhora de Guadalupe, após quase 3 meses de campanha, 16.381 pessoas ofereceram rosas e rosários pela conversão de Pelosi.

Durante a festa da Virgem, foi realizada a entrega em massa de rosas ao Capitólio, a segunda que se realiza desde 1º de outubro, festa de Santa Teresinha do Menino Jesus, que prometeu após sua morte enviar aos fiéis uma “chuva de rosas” como um sinal do amor de Deus.

Dom Cordileone destacou que "a festa de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira dos nascituros, é um dia apropriado para enviar uma chuva de rosas" à presidente da Câmara dos Representantes e destacou que cada uma das flores representa "um católico que reza e jejua pela conversão de Nancy Pelosi ao evangelho da vida”.

“É isso que significa igualdade: toda a vida humana é igualmente sagrada. Presidente Pelosi, nós amamos você. Não é tarde demais: escolha a vida”, acrescentou.

Maggie Gallagher, diretora do Instituto Bento XVI, disse que um pequeno grupo se reuniu para rezar o rosário junto com as rosas entregues, para mostrar que este é um "serviço de oração, não uma manifestação política".

Gallagher disse que o instituto continuará enviando 100 rosas a Pelosi por dia, para mostrar a ela o número de católicos que rezam e jejuam por sua conversão à causa pró-vida.

“Essas rosas são um símbolo rico, profundo e visível de que os católicos não podem apoiar a perda massiva de vidas humanas inocentes, não importa o que a política, os políticos e as pesquisas digam”, concluiu.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Santa Sé: aumento de gastos militares em face da pobreza é escandaloso

No mundo são mais de 360 os conflitos atuais e 22 as guerras de grande 
intensidade, mesmo aquelas esquecidas, ditadas por interesses ligados 
às armas e matérias-primas  (ANSA)

Na Conferência sobre a revisão da CCW, em Genebra, monsenhor Putzer exorta a continuar a realização de todos os esforços possíveis para o desarmamento global. Padre Renato Sacco da Pax Christi, alerta por sua vez que se prevalecerem os interesses dos lobbies armamentistas, serão os pobres que cada vez mais irão pagar a conta.

Francesca Sabatinelli - Cidade do Vaticano

Diante de uma pandemia global, da gravidade das crises sociais e econômicas e dos efeitos cada vez mais graves da mudança climática global, é escandaloso que os gastos militares continuem a aumentar, desviando potenciais recursos para combater a pobreza, a desigualdade, a injustiça e investir em educação e saúde.

Este é o dramático alerta de monsenhor John D. Putzer, encarregado ad interim de assuntos junto à Missão de Observador Permanente da Santa Sé na ONU em Genebra e à frente da delegação da Santa Sé na sexta Conferência da Revisão da Convenção sobre a Proibição ou Limitação do Uso de Certas Armas Convencionais que podem ser consideradas como Produzindo Efeitos Traumáticos Excessivos ou Ferindo Indiscriminadamente (CCW), de 13 a 17 de dezembro de 2021.

Desarmamento, desenvolvimento e paz

Quantos mortos, feridos e incapacitados serão necessários antes que seja condenado algum comportamento militar como inaceitável? Este é o questionamento de monsenhor Putzer, ao considerar que desarmamento, desenvolvimento e paz são três questões interdependentes.

Vincular a segurança nacional ao acúmulo de armas é uma falsa "lógica", acrescenta, ressaltando que a melhor maneira de alcançar a segurança e a paz internacional é a promoção de uma cultura do diálogo e da cooperação, por meio da educação para a paz e não por meio de uma corrida armamentista em que os civis sempre e inevitavelmente pagam o preço mais alto.

A Santa Sé expressa preocupação não só pela segurança das populações locais, mas também a nível nacional e regional, devido aos resíduos bélicos explosivos, ao tráfico ilícito de armas leves e de pequeno calibre, bem como àquelas armas que se tornaram cada vez menos "convencionais" e cada vez mais "armas de destruição em massa" e de deslocamento, devastando cidades, escolas, hospitais, locais de culto e infraestruturas básicas para a população civil.

A exortação, portanto, é “realizar todos os esforços que possam contribuir para um progresso em direção a um desarmamento geral e completo sob um controle internacional rigoroso e efetivo”, como afirma o preâmbulo da CCW.

Papa: as armas não são o caminho

“A guerra é um fracasso da política e da humanidade, uma rendição vergonhosa, uma derrota perante as forças do mal”, escreve Francisco na Fratelli tutti, palavras repetidas por ele próprio para reiterar que a guerra nunca é útil e que, como indicado no Angelus do domingo 12 de dezembro, "as armas não são o caminho".

No entanto, permanecem evidentes os trágicos números que indicam uma duplicação, de 2000 até hoje, dos gastos militares em nível global, chegando a quase dois trilhões de dólares estadunidenses a cada ano. Depois, há a estatística que faz Francisco sofrer, aquela que demonstra que em 2021 foram fabricadas mais armas do que no ano anterior

Aumenta o interesse por armas

O Papa, acredita o coordenador nacional da Pax Christi, padre Renato Sacco, “sempre recorda que as armas não são um caminho porque corre-se o risco de entrar nessa lógica de que com as armas se está mais seguros. E o Papa nos recorda que não é assim”. Padre Sacco olha especificamente para a Itália, onde os dados indicam que será gasto 3% a mais em 2022 do que em 2021 e que, em três anos, o percentual aumentou 20%. Isso significa que, “apesar da pandemia e das tragédias, cresce o desejo por armas por parte dos grandes interesses, não do povo”.

Primeiro ano do Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares

Atualmente os conflitos em todo o mundo são mais de 360 ​​e as guerras de grande intensidade 22, mesmo aquelas esquecidas, como no cado do Iêmen, ditadas por interesses ligados às armas, assim como a matérias-primas como a água, o petróleo ou o gás. E se prevalecer a lógica dos interesses, alerta Pe. Sacco, “os lobbies das armas irão ao banquete de núpcias enquanto os pobres cada vez mais irão pagar a conta”.

Em 22 de janeiro próximo, por sua vez, será celebrado o primeiro ano da entrada em vigor do Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares (TPAN), que proíbe o uso, ameaça de uso, desenvolvimento, testes, produção, fabricação, aquisição, posse ou armazenamento de armas nucleares. Também torna ilegal assistir, encorajar ou induzir, da maneira que for, a realização de qualquer atividade proibida pelo Tratado.

51 países ratificaram ou aderiram ao Tratado; 37 Estados haviam assinado o TPAN, mas não o ratificado; e cerca de 40 manifestaram apoio a ele na ONU, mas sem assiná-lo ou ratificá-lo. Este aniversário, no entanto, é um dos sinais de esperança que, “mesmo que pequeno - conclui padre Sacco - existe".

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Santa Virgínia Centurione Bracelli

Sta. Virgínia Centurione | arquisp
15 de dezembro

Santa Virgínia Centurione Bracelli

Virgínia, riquíssima, filha de um doge da República de Gênova, nasceu em 2 de abril de 1587. O pai, Jorge Centurioni, era um conselheiro da República. A mãe, Leila Spinola, era uma dama da sociedade, católica fervorosa e atuante nas obras de caridade aos pobres. Propiciou à filha uma infância reservada, pia e voltada para os estudos. Mesmo com vocação para a vida religiosa, Virgínia teve de casar, aos quinze anos, por vontade paterna, com Gaspar Grimaldi Bracelli, nobre também muito rico. Teve duas filhas, Leila e Isabela. Esposa dedicada, cuidou do marido na longa enfermidade que o acometeu, a tuberculose. Levou-o, mesmo, para a Alexandria, em busca da cura para a doença, o que não aconteceu. Gaspar morreu em 1607, feliz por sempre ter sido assistido por ela.

Ficou viúva aos vinte anos de idade. Assim, jovem, entendeu o fato como um chamado direto de Deus. Era vontade de Deus que ela o servisse através dos mais pobres. Por isso conciliou os seus deveres do lar, de mãe e de administradora com essa sua particular motivação. O objeto de sua atenção, e depois sua principal atividade, era a organização de uma rede completa de serviços de assistência social aos marginalizados. O intuito era que não tivessem qualquer possibilidade de ofender a Deus, dando-lhes condições para o trabalho e o sustento com suas próprias mãos.

Desenvolvia e promovia as "Obras das Paróquias Pobres" das regiões rurais conseguindo doações em dinheiro e roupas. Mais tarde, com as duas filhas já casadas, passou a dedicar-se, também, ao atendimento dos menores carentes abandonados, dos idosos e dos doentes. Fundou uma escola de treinamento profissional para os jovens pobres. Numa fria noite de inverno, quando à sua porta bateu uma menina abandonada pedindo acolhida, sentiu uma grande inspiração, que só pôs em prática após alguns anos de amadurecimento.

Finalmente, em 1626, doou todos os seus bens aos pobres, fundou as "Cem Damas da Misericórdia, Protetoras dos Pobres de Jesus Cristo" e entrou para a vida religiosa. Enquanto explicava o catecismo às crianças, pregava o Evangelho. As inúmeras obras fundadas encontravam um ponto de encontro nas chamadas "Obras de Nossa Senhora do Refúgio", que instalou num velho convento do monte Calvário. Logo o local ficou pequeno para as "filhas" com hábito e as "filhas" sem hábito, todas financiadas pelas ricas famílias genovesas. Ela, então, fundou outra Casa, depois mais outra e, assim, elas se multiplicaram.

A sua atividade era incrível, só explicável pela fé e total confiança em Deus. Virgínia foi uma grande mística, mas diferente; agraciada com dons especiais, como êxtases, visões, conversas interiores, assimilava as mensagens divinas e as concretizava em obras assistenciais. No seu legado, não incluiu obras escritas. Morreu no dia 15 de dezembro de 1651, com sessenta e quatro anos de idade, com fama de santidade, na Casa-mãe de Carignano, em Gênova. A devoção aumentou em 1801, quando seu túmulo foi aberto e seu corpo encontrado intacto, como se estivesse apenas dormindo. Reavivada a fé, as graças por sua intercessão intensificaram-se em todo o mundo.

Duas congregações distintas e paralelas caminham pelo mundo, projetando o carisma de sua fundadora: a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Refúgio no Monte Calvário, com sede em Gênova; e a Congregação das Filhas de Nossa Senhora do Monte Calvário, com sede em Roma.

Virgínia foi beatificada em 1985. O mesmo papa que a beatificou, João Paulo II, declarou-a santa em 2003. O seu corpo é venerado na capela da Casa-mãe da Congregação, em Gênova, com uma festa especial no dia de sua morte. Mas suas "irmãs" e "filhas" também a homenageiam no dia 7 de maio, data em que santa Virgínia Centurione Bracelli vestiu hábito religioso.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF