Translate

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

A diferença entre carência e amor

Shutterstock
Por Talita Rodrigues

Você sabe realmente o que você sente?

Você já deve ter lido ou ouvido aquela frase: “Cuidado! A carência pode fazer com que você enxergue amor onde não tem.”

Pois bem, hoje quero refletir junto com você sobre o amor. Mas sobre o amor real, não sobre carência. Contudo, para isso, preciso que você entenda o que a carência é capaz de gerar e despertar dentro de você, para que você saiba distingui-la da paixão ou do amor. Então vamos lá!

A carência

A carência é algo que faz com que você aceite muito, mas MUITO MENOS do que merece. Faz com que você se DIMINUA, somente para caber no mundo de alguém que sequer faz questão de aumentá-lo um pouco, para que você caiba nele.

A carência, faz com que você VIVA UMA VIDA QUE NÃO É SUA. Ela faz com que você coloque o outro, ou seja, o “ser humano amado” – ou melhor, aquele que supre suas carências – em um lugar dentro do seu coração que NÃO DEVE pertencer a ele. Você o coloca no centro do seu coração. E é justamente esse “centro” que rege a sua vida. Esse é um lugar só para você e Deus.

Eu não estou dizendo aqui, que a “pessoa amada” não deve ter um espaço dentro do seu coração. Contudo ela NÃO DEVE em hipótese alguma, pertencer ao centro do seu coração de forma que você esqueça de si mesmo, vivendo uma vida que não é sua só pelo medo de bancar com a decisão de ficar sozinho. Porque ficar sozinho é bancar com a solidão que chega sem avisar. É sentir falta de algo que você ainda não possui, esperar pelo certo.
Ficar com alguém por carência, para massagear o seu ego – e até mesmo o ego do outro – é dizer sim a migalhas afetivas que te adoecem dia após dia e te afastam do que é realmente viver o verdadeiro amor.

A geração dos likes

Vivemos em uma era de pessoas carentes de amor, afeto e atenção. Vivemos on-line nas redes sociais e off para a vida. Nos distanciamos cada vez mais do que realmente é importante.

Somos a geração dos likes, dos corações mecânicos e da desonestidade em frente à tela. Somos a geração que mostra a todos os seguidores um coração inteiro na tela do celular e um imenso vazio no peito fora dela – um vazio que só você enxerga.

Você ainda tem a chance de optar viver uma vida diferente do que a vida que essa geração vazia vive. Contudo, é preciso coragem para ser diferente. Se você escolher isso, tenha certeza de que você será testemunha de que o amor não exige e não precisa de um lugar ao centro da mesa.

O amor

O amor é humilde, generoso, bondoso. O amor é sincero. Para o amor, basta um cantinho verdadeiro e aconchegante dentro do seu coração. O amor de verdade se contenta com pouco – justamente por aceitar que a vida talvez não seja tão perfeita assim, e ainda assim seguir em frente sem a necessidade de escancarar sua vitória sobre o vazio.

Talvez sejamos a geração que mais necessita de amor, mas nos comportamos ao contrário. Somos a geração em que o vazio e o desapego total virou moda. A geração que não permite o tempo de cura, a geração que tem a errônea ideia de que um amor cura o outro, quando na verdade, machuca ainda mais.

Seja firme em suas decisões. Seja firme em seus valores inegociáveis. Escolher alguém para dividir o resto de sua vida, é coisa séria. Não insista em alguém que, mesmo tendo opção, ESCOLHEU NÃO SER SEU.

O seu coração é solo sagrado. E só o amor verdadeiro, é humilde o suficiente para tirar as sandalhas dos pés e adentrar no seu mundo com respeito.

Você gostou deste conteúdo? Então clique aqui e siga a autora no Instagram

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF