Translate

domingo, 11 de junho de 2023

Reflexão para o X Domingo do Tempo Comum (A)

Evangelho do domingo  (@ Vatican News)

O Evangelho deste domingo apresenta-nos uma catequese sobre a resposta que devemos dar ao Deus que chama todos os homens, sem excepção.

Vatican News

A Palavra de Deus deste X Domingo do Tempo Comum repete, com alguma insistência, que Deus prefere a misericórdia ao sacrifício. A expressão deve ser entendida no sentido de que, para Deus, o essencial não são os atos externos de culto ou as declarações de boas intenções, mas sim uma atitude de adesão verdadeira e coerente ao seu chamamento, à sua proposta de salvação. É esse o tema da liturgia deste dia.

Na primeira leitura, o profeta Oseias põe em causa a sinceridade de uma comunidade que procura controlar e manipular Deus, mas não está verdadeiramente interessada em aderir, com um coração sincero e verdadeiro, à aliança. Os atos externos de culto – ainda que faustosos e magnificentes – não significam nada, se não houver amor (quer o amor a Deus, quer o amor ao próximo – que é a outra face do amor a Deus).

Na segunda leitura, Paulo apresenta aos cristãos (quer aos que vêm do judaísmo e estão preocupados com o estrito cumprimento da Lei de Moisés, quer aos que vêm do paganismo) a única coisa essencial: a fé. A figura de Abraão é exemplar: aquilo que o tornou um modelo para todos não foram as obras que fez, mas a sua adesão total, incondicional e plena a Deus e aos seus projetos.
O Evangelho apresenta-nos uma catequese sobre a resposta que devemos dar ao Deus que chama todos os homens, sem excepção. O exemplo de Mateus sugere que o decisivo, do ponto de vista de Deus, é a resposta pronta ao seu convite para integrar a comunidade do “Reino”.

O relato da vocação de Mateus (vers. 9) não é substancialmente distinto do relato do chamamento de outros discípulos (cf. Mt 4,18-22): em qualquer dos casos fala-se de homens que estão a trabalhar, a quem Jesus chama e que, deixando tudo, seguem Jesus. Os “chamados” não são “super-homens”, seres perfeitos e santos, estranhos ao mundo, pairando acima das nuvens, sem contato com a vida e com os problemas e dramas dos outros homens e mulheres; mas são pessoas normais, que vivem uma vida normal, que trabalham, lutam, riem e choram… No entanto, todos são chamados ao seguimento de Jesus. O verbo “akolouthéô”, aqui utilizado na forma imperativa, traduz a ação de “ir atrás” e define a atitude de um discípulo que aceita ligar-se a um “mestre”, escutar as suas lições e imitar os seus exemplos de vida… É, portanto, isso que Jesus pede a Mateus. Mateus, sem objecções nem pedidos de esclarecimento, deixa tudo e aceita ser discípulo. A esta adesão ao chamamento de Deus chama-se “fé”.

Deus chama todos os homens sem excepção. Os que se consideram bons e justos, frequentemente acham que não precisam do dom de Deus, pois eles merecem, pelos seus atos, a salvação; mas a verdade é que a salvação é sempre um dom gratuito de Deus, não merecido pelo homem… O que Deus pede ao homem (seja ele bom ou mau, pecador ou santo, justo ou injusto) é que aceite o dom de Deus, escute o chamamento de Jesus e, sem objeções, com total confiança e disponibilidade, aceite o convite para seguir Jesus, para ser seu discípulo e para integrar a comunidade do “Reino”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Barnabé

Sao-Barnabe-Basilica-de-Sao-Carlos-al-Corso-Roma-Foto-Gustavo-Kralj

No dia 11 de junho, celebra-se São Barnabé, algumas vezes chamado de apóstolo, apesar de não ter feito parte do grupo dos doze. Ele foi um importantíssimo evangelizador da comunidade de Antioquia, e amigo fiel de São Paulo, participando de alguns de seus empreendimentos apostólicos.

Redação (11/06/2023 10:49Gaudium PressAs Sagradas Escrituras, no livro dos Atos dos Apóstolos, narram que um José, natural de Chipre, vendeu suas terras e doou aos pés dos apóstolos, para que repartissem com a primeira comunidade católica. Tal ato de generosidade é louvado na passagem em questão: “era um homem virtuoso… repleto de Espírito Santo e de fé”.

É neste contexto que São Barnabé se insere na sociedade apostólica, sendo enviado à Antioquia. Notem que a Santa Igreja ainda permanecia, em sua maioria, entre os hebreus, sendo composta de muitos de seus membros convertidos. Na Síria, havia muitas comunidades hebreias, mas era também uma terra estrangeira. A missão, pois, de São Barnabé era estender a religião aos pagãos.

Lá, o homem de Chipre encontrou uma enorme família de convertidos. Além disso, também viu o olhar ávido de muitos homens e mulheres que almejam a verdade. Era tanto o trabalho na messe do Senhor que Barnabé precisava de um pregador ardoroso. Ele encontrou essa pessoa em um homem que estava sendo julgado na época: Saulo de Tarso.

O encontro de dois gigantes: São Paulo e São Barnabé

Saulo afirmava estar convertido, e que queria pregar o nome de Jesus, mas a comunidade hebreia em Jerusalém ainda tinha muitas ressalvas. Afinal, não fazia muito tempo em que aquele procurava matar os convertidos, por ordem da sinagoga. Assim, uma desconfiança pairava na Igreja primitiva. Os apóstolos, com um discernimento dos espíritos aguçado, sabiam que São Paulo tinha, de fato, aderido à religião verdadeira, mas também estavam reticentes de colocá-lo para fazer o trabalho de evangelização na Palestina.

Por outro lado, São Paulo também sabia, após ter passado três anos com Jesus no deserto, que sua missão não era entre o povo eleito: o Senhor o chamara para arrebatar os gentios, os pagãos, do domínio do demônio e pô-los no rebanho do Bom Pastor.

Providencialmente, São Barnabé soube como agir para impedir o impasse: pediu aos apóstolos que enviassem São Paulo para Antioquia, a fim de pregar por lá. O Apóstolo dos gentios se sentiu atendido em sua missão, pois tal viagem também faria bem à comunidade hebraica de Jerusalém. No apostolado dos dois incansáveis surgiu uma tal união e amizade que São Paulo sempre elogiou seu irmão Barnabé. Temos muitos testemunhos nas cartas e nas mensagens enviadas pelo Apóstolo de sua estima pelo amigo.

E a evangelização foi tão abençoada por Deus, na Síria, que lá, pela primeira vez na história, os apóstolos foram chamados de Cristãos: aqueles que são outros Cristos. É uma tremenda responsabilidade, mas também uma gigante dádiva, ser digno de portar o nome de Jesus.

Divergência

Pregacao-de-Sao-Barnabe-por-Francesco-Mola-Basilica-de-Sao-Carlos-al-Corso-Roma-Foto-Gustavo-Kralj-250x386

São Barnabé e São Paulo, porém, acabam por se separar, após o primeiro concílio da História: os dois, apesar de irem a Jerusalém juntos para votar contra a circuncisão dos novos católicos, não voltam ao apostolado devido a divergência de opinião sobre o jovem Marcos. Este nosso querido evangelista tivera uma juventude não tão empenhada na evangelização, e São Barnabé, seu primo, queria levá-lo para Antioquia. São Paulo, pelo contrário, não o queria consigo, por senti-lo pouco confiável.

No final da vida, porém, São Paulo, vendo o empenho de São Marcos em se corrigir e se acertar, faz elogios ao evangelista e pede que vá assisti-lo em sua prisão. É um autêntico sinal de que os santos podem ter opiniões diferentes sobre os assuntos, e que também são os primeiros a consertar as situações, quando necessário. Com certeza, no pedido de São Paulo para ver o jovem Marcos, vinha um pedido de desculpa involucrado a São Barnabé e o desejo de rever o velho amigo.

Morte de São Barnabé

O Novo Testamento não nos fornece mais informações sobre Barnabé, mas alguns documentos falam de uma viagem que fez com São Pedro, com destino a Roma, de onde prosseguiu para o norte da Itália.

Lá, na atual cidade de Milão, a sua pregação teria suscitado várias conversões que deram origem à primeira comunidade cristã na cidade, e São Barnabé é considerado seu primeiro Bispo.

Porém, voltando à sua comunidade, narra-se que sua morte teria se dado em Salamina, onde foi apedrejado por judeus sírios, no ano 61. A sepultura de Barnabé ainda hoje existe, pois o próprio São Barnabé a indicou, em sonho, ao Bispo de Salamina, Anthemios, no final do século V.

Com informações Vatican News

Fonte: https://gaudiumpress.org/

sábado, 10 de junho de 2023

Do Comentário sobre João, de Santo Tomás de Aquino, presbítero

Eu sou o caminho, a verdade e a vida | catequizar

Do Comentário sobre João, de Santo Tomás de Aquino, presbítero

(Cap.14,lect.2)     (Séc.XIII)

O caminho para chegar à verdadeira vida

O caminho é o próprio Cristo, conforme ele próprio disse: Eu sou o caminho. E com muita razão, pois temos por ele acesso junto ao Pai.

Porque, porém, este caminho não está distante do seu termo, mas unido a ele, Cristo acrescenta: Verdade e vida; de sorte que é ao mesmo tempo o caminho e o termo. É o caminho, segundo a humanidade; é o termo, segundo a divindade. Assim, como homem, diz: Eu sou o caminho; e, como Deus, acrescenta: A verdade e a vida. Por estas duas realidades indica bem o término deste caminho.

O término deste caminho é a meta do desejo dos homens e o homem deseja principalmente duas coisas: primeiro, o conhecimento da verdade, o que lhe é próprio; segundo, a permanência no ser, o que é comum a todos os seres. Cristo é o caminho que leva ao conhecimento da verdade, porque é ele mesmo a Verdade: Conduze-me, Senhor, à tua verdade e entrarei em teu caminho. Cristo é também o caminho que faz chegar à vida; é ele próprio a vida: Fizeste-me conhecer os caminhos da vida.

Por este motivo designou o término do caminho como verdade e vida: ambas se referem a Cristo. Em primeiro lugar, porque ele é a vida: Nele era a vida; em seguida, porque ele é a verdade: Era a luz dos homens. Ora, a luz é a verdade.

Se, portanto, indagas por onde passar, acolhe a Cristo, o próprio caminho: É este o caminho, caminhai por ele. E Agostinho disse: Caminha pelo homem e chegarás a Deus. É melhor claudicar no caminho do que caminhar com desembaraço fora dele.

Pois quem manqueja no caminho, conquanto demore, chegará ao termo. Quem, ao contrário, vai por fora do caminho, embora correndo, se afasta, cada vez mais, do termo.

Se agora perguntas para onde ir, adere a Cristo, que é a verdade, meta de nossa caminhada: Minha boca meditará tua verdade. Se buscas permanecer, adere a Cristo, a própria vida: Quem me encontra, encontra a vida e haurirá a salvação vinda do Senhor.

Adere, por conseguinte, a Cristo, se queres ter segurança; não te desviarás, porque ele é o caminho. Os que a ele aderem, não andam fora, mas no caminho reto. Também não podem enganar-se, pois, com efeito, é ele a verdade e ensina toda a verdade, conforme suas mesmas palavras: Para isto nasci e vim aqui, para dar testemunho à verdade. E ainda, nada te perturbará, porque ele mesmo é a vida e o que dá a vida: Eu vim para que tenham a vida e a tenham em abundância.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Muito humanos, muito divinos: Para dar o melhor de si mesmo

Muito humanos, muito divinos | Opus Dei

Muito humanos, muito divinos: Para dar o melhor de si mesmo

As virtudes dão brilho a nossa personalidade e nos fazem flexíveis para descobrir o bem nas diversas situações cotidianas.

05/06/2023

Um poeta imaginava como as aves das áreas costeiras, sustentadas pela brisa, voam ébrias pelo gozo de contemplar sempre a espuma do mar e a beleza do céu. Se não temos a sorte de viver perto do oceano, podemos recordar a impressão que ele causa em nós toda vez que voltamos lá; não apenas pela amplidão do mar, por suas cores ou pelo ambiente que gera, mas também por seu som. Já existem, de fato, inúmeras gravações do som do mar que permitem, de qualquer canto do mundo, obter um pequeno acesso a esse conjunto de vozes – da água, das rochas, das aves, da areia – tão revigorantes para quem as escuta. São Josemaria imaginava as virtudes precisamente como cada um destes sons, de timbre e intensidade tão distintos, mas que em conjunto formam a música marítima: “Assim como o rumor do oceano se compõe do ruído de cada uma das ondas, assim a santidade do vosso apostolado se compõe das virtudes pessoais de cada um de vós”.

Ser perfeitos não é sermos iguais

São Jerônimo escreve que “Cristo não ordena coisas impossíveis, mas sim perfeitas”. Diante disto poderíamos objetar que vemos o perfeito muitas vezes como impossível. Quem se atreve a dizer a respeito de si mesmo que as suas ações são
“perfeitas”? Os testemunhos dos santos, além disso, vão precisamente na direção contrária: eles têm, conforme se aproximam da luz de Deus, cada vez mais consciência de suas imperfeições. A nossa perplexidade aumenta se percebermos que o trecho do Evangelho ao qual São Jerônimo se refere é precisamente um mandamento de Jesus: “Sede pois perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito” (Mt 5, 48). Que mistério escondem estas palavras?

Um primeiro esclarecimento necessário talvez tenha a ver com a nossa compreensão do que significa “perfeito”, algo insuperável em sua espécie, algo que não pode ser melhorado. Aplicada à conduta de uma pessoa, tal ideia de “perfeição” pode estar tão longe da nossa experiência comum que podemos inclusive sentir certa repulsa. O sentido mais frequente com que esta palavra é utilizada na Bíblia tem, no entanto, a ver com algo completo, realizado, que dá tudo o que pode dar. Entende-se assim melhor que o convite de Cristo a “ser perfeitos” não é o ponto final de uma lista de critérios a serem cumpridos em todos os âmbitos da vida, e sim a coroação de um discurso no qual se fala de amar a todos, amigos e inimigos, como Deus os ama (cfr. Mt. 5, 43-48). “Ser santos não é fazer cada vez mais coisas ou cumprir certas atividades-padrão que nos tenhamos imposto como tarefa. O caminho para a santidade, como explica São Paulo, consiste em corresponder à ação do Espírito Santo, até que Cristo esteja formado em nós (cfr. Gl 4, 19)”.

Em continuidade com este sentido de “perfeição”, o Catecismo da Igreja fala das virtudes humanas indicando em primeiro lugar como a virtude “permite à pessoa não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si”. Assim como, para gerar o som do mar, unem-se todas as ondas, sempre distintas umas das outras, em uma vida santa soam em harmonia cada uma das virtudes: juntas, dão forma à melhor versão de cada um. E assim como não há no mundo duas pessoas iguais, não há dois modos iguais de conjugar as virtudes. Para fazer-nos santos, quer dizer, para levar-nos para ele, Deus conta com cada uma de nossas características, únicas, que ele conhece muito melhor que nós. Cabe a cada um penetrar “no mistério do projeto único e irrepetível que Deus tem para cada um e que se realiza em meio aos mais variados contextos e limites”; tornar realidade, com a graça de Deus e com a nossa liberdade, o filho amado, a filha amada com que o Senhor sonhou desde a eternidade. Por isso, desde o começo, São Josemaria dizia àqueles que se aproximavam do Opus Dei: “Deveis ser tão diferentes como diferentes são os santos do Céu, que têm cada um as suas notas pessoais e especialíssimas”.

A santidade é uma roupa sob medida

As diferentes virtudes não nos ajudam apenas a escolher o bem em vez do mal em uma ação concreta; isso é bastante, mas ainda pouco. Na verdade, esse domínio sobre nós mesmos, constituído pelas virtudes, a ordenação das nossas forças para o amor, leva-nos a escolher o melhor em vez do medíocre. Uma compreensão redutiva da virtude faz que, às vezes, a vejamos como um compromisso entre dois extremos negativos, como a metade geométrica entre dois polos que queremos evitar. Assim, em vez de olhar para cima, preocupamo-nos em não cair no barranco da direita ou da esquerda. E, no entanto, Deus deu a cada um o seu próprio cume, que corresponde à paisagem geológica do caminho que seguimos; e nessa paisagem temos que descobrir tanto os diferentes obstáculos ou perigos que nos espreitam quanto o terreno em que nossos pés se firmam melhor no solo.

Comentando a ética aristotélica, São Tomás indica que “o meio para nós é o que não excede nem falta com a devida proporção para nós. O meio, por isso, não é o mesmo para todos”. O santo dominicano explica-o com a imagem do calçado para o qual cada pessoa deve encontrar seu próprio número; o filósofo grego, por seu lado, serve-se da imagem da comida, no sentido de que não são igualmente sóbrios um atleta e alguém que mal realiza exercício físico. Como não existe um modo único de viver as virtudes, não parece um bom caminho tentar escrever receitas universais para que alguém se transforme numa pessoa ordenada, generosa ou humilde. Além disso, como Aristóteles também compreendeu, não se chega a ser virtuoso apenas por realizar externamente uma série de atos, mas por realizá-los com disposições interiores específicas: “Em primeiro lugar deve ter conhecimento do que faz; em segundo, deve escolher os atos, e escolhê-los por eles mesmos; e em terceiro, sua ação deve proceder de um caráter firme e imutável”. Por isso, se o ambiente em que se formam não estimula as pessoas a compreenderem o interesse em adquirir tal ou qual virtude, e a escolher livremente movidas pelo amor, os atos externos que supostamente seguem na direção dessa virtude, elas correm o risco de estar atuando em vão.

Uma mulher simples, deslumbrada pelo fato de que, para tornar-nos santos, o Senhor quer contar com as características pessoais de cada um, rezava assim: “Faz-nos viver nossa vida, não como um jogo de xadrez em que tudo é calculado, não como uma partida na qual tudo é difícil, não como um teorema que nos quebra a cabeça, mas como uma festa sem fim em que se renova o encontro contigo, como um baile, como uma dança entre os braços de tua graça”.

Músculos que se flexionam em qualquer direção

Algo que indica uma boa forma física é que os músculos têm uma grande elasticidade. Com exercícios de alongamento e um bom cuidado das articulações, o corpo pode alcançar posições difíceis inclusive de imaginar. Manter esta flexibilidade muscular ajuda a evitar problemas causados por uma má postura contínua e reduz a probabilidade de lesões. Algo análogo acontece com as virtudes na vida espiritual, e por isso São Josemaria costumava dizer que “a santidade tem a flexibilidade dos músculos soltos”. Nesse sentido, explica, assim como às vezes o amor de Deus nos levará a esforçar-nos por fazer algo que nos custa, outras vezes nos levará a optar por algo mais cômodo e a agradecer-lhe.

Não é casualidade que a palavra “virtude” provenha do latim virtus, que significa capacidade ou força, precisamente como os músculos. As virtudes, na medida em que passaram a formar parte de nós, não nos permitem apenas realizar os atos bons com gosto e facilidade, como nos tornam flexíveis para adotar a direção que cada circunstância pode requerer. É verdade que as virtudes levam a fazer as coisas de modo ordenado; mais profundamente, porém, levam-nos a ser nós mesmos ordenados, embora alguma vez isso possa não parecer externamente, ou não seja oportuno fazê-lo de uma determinada forma.

Conta-se que São Carlos Borromeu, quando era um jovem bispo, tinha fama de ser muito austero, comia e bebia apenas pão e água, nas quantidades indispensáveis; no entanto, se isso facilitasse o relacionamento com algumas pessoas, não via problema em tomar vinho sempre que fosse necessário. “Se nós, os cristãos atuássemos de outro modo – explicava o fundador do Opus Dei – correríamos o risco de tornar-nos rígidos, sem vida, como uma boneca de trapos”. Uma das coisas que, precisamente, chama a atenção sobre as bonecas de pano é que não podem deixar de sorrir. Todos gostamos de estar rodeados de pessoas alegres, mas alegres livremente, no momento adequado e na medida adequada, e não por terem chegado a adotar mecanicamente um determinado comportamento.

São Francisco de Sales, bem no começo de sua correspondência com aquela que seria um dia santa Joana de Chantal, advertia-a sobre a possível falta de liberdade de filha de Deus que poderia experimentar inclusive através de seus anseios de vida cristã. “Interrompa a meditação de uma alma que se apegou a esse exercício e verá que ela o faz com pena, ansiosa e amedrontada. Uma alma que tem verdadeira liberdade terá nesta situação equanimidade no rosto e bondade no coração face ao inoportuno que a incomodou, porque tudo é a mesma coisa, servir a Deus meditando ou servi-lo suportando o próximo; ambas as coisas correspondem à vontade de Deus, suportar, porém, o próximo é necessário naquele momento”.

“Sejam corajosos!”, animava o Papa Francisco um grupo de jovens poloneses. “O mundo precisa da sua liberdade de espírito, do seu olhar confiante sobre o futuro, da sua sede de verdade, de bondade e de beleza”. A força e a flexibilidade que as virtudes nos dão são como o clamor do oceano que insiste em mostrar-nos sua novidade e beleza; manifestam, além disso, a nossa docilidade ao Espírito Santo para que Cristo se forme em nossa alma de um modo único na história. Não é estranho que o Catecismo fale das virtudes precisamente no capítulo sobre “a vocação do homem”: por sermos chamados a viver essa vida divina, somos chamados a levantar o olhar para o horizonte, como aquelas aves costeiras, com a confiança de que Deus sustenta nossa luta.


[1] São Josemaria, Caminho, n. 960.

[2] São Jerônimo, citado na Catena Aurea, comentários a Mt 5, 43-48.

[3] Mons. Fernando Ocáriz, Carta pastoral 28-X-2020, n. 6.

[4] Catecismo da Igreja Católica, n. 1803.

[5] Francisco, Gaudete et exsultate, n. 170.

[6] São Josemaria, Caminho, n. 947.

[7] Santo Tomás de Aquino, Comentário a Ética a Nicômaco, Livro II, capítulo VI.

[8] Aristóteles, Ética a Nicômaco, 1105a-1105b.

[9] Serva de Deus Madeleine Delbrêl, “O baile da obediência”.

[10] São Josemaria, Forja, n. 156. Citado por mons. Fernando Ocáriz, Carta pastoral, 28-X-2020, n. 6.

[11] Cfr. carta de são Francisco de Sales a baronesa de Chantal, 14-X-1604.

[12] Forja, n. 156.

[13] São Francisco de Sales, carta a baronesa de Chantal, 14-X-1604.

[14] Francisco, Mensagem, 15-VIII-2018.

[15] Catecismo da Igreja Católica, Terceira parte, Primeira secção.

Fonte: https://opusdei.org/pt-br

Como aprofundar a vocação cristã de cuidar da criação

Valentin Ayupov | Shutterstock

Por Hozana

Um retiro on-line pretende conduzir os participantes a um relacionamento mais profundo com Cristo, que nos convida a amá-lo através do amor à criação e a todos os nossos irmãos e irmãs.

No contexto da Semana do Meio Ambiente, que iniciou no dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, o Movimento Laudato Si’ lança através da rede social de oração Hozana um retiro especial para aprofundar a vocação cristã de cuidar da criação.

Em 2001, São João Paulo II disse que “é preciso estimular e apoiar a “conversão ecológica”, que nestes últimos decênios tornou a humanidade mais sensível aos confrontos da catástrofe para a qual estava a caminhar”. Atendendo a este apelo junto aos apelos mais recentes do Papa Francisco sobre o cuidado com a nossa casa comum, todas as pessoas católicas do Brasil são convidadas de modo especial a participar do Retiro Laudato Si’.

Criado especialmente para o público brasileiro, o retiro traz não apenas os fundamentos da Sagrada Escritura e da Doutrina Social da Igreja sobre o cuidado com a criação, mas também o destaque para biomas e realidades especificamente brasileiras para ajudar na compreensão do contexto em que vivemos e o chamado a cuidar de nossa Terra.

O objetivo do Retiro Laudato Si’ é nos levar a um relacionamento mais profundo com Cristo, que então nos convida a amá-lo através do amor da criação e de todos os nossos irmãos e irmãs. A cada dia é proposto um itinerário que começa com uma oração inicial, um momento de contemplação para ouvir o canto da Terra e assim nos sensibilizarmos com a beleza que Deus criou, logo um momento de conscientização para ouvir o clamor da Terra e assim refletirmos sobre os danos que causamos ao dom da criação de Deus, e por último um momento de passo concreto para ouvir o chamado da Terra e assim começarmos a agir na prática para o cuidado da criação de Deus e uma oração final.

Laudato Si’ é uma carta do Papa Francisco publicada em 2015 que nos chama a um relacionamento mais profundo com Cristo através do dom e do clamor da criação. Jesus é o nosso modelo de cuidado com a criação por excelência, pois “vivia em plena harmonia com a criação” (LS 98). 

Como nos lembra o Papa Francisco: “a crise ecológica é um apelo a uma profunda conversão interior. […] uma conversão ecológica, que comporta deixar emergir, nas relações com o mundo que [n]os rodeia, todas as consequências do encontro com Jesus. (LS 217) 

O retiro faz parte do Junho Verde, uma proposta da Presidência da CNBB aprovada como lei e que direciona todo o mês para sensibilização pelo cuidado da nossa Casa Comum. Esta proposta faz parte da Campanha Laudato Si’ criada pela CNBB junto à REPAM e ao Movimento Laudato Si’ para maior difusão e conscientização sobre a encíclica Laudato Si’ a nível nacional. Clique aqui para se inscrever no retiro e refletir sobre a necessidade urgente de uma conversão ecológica!

Equipe Laudato Si’, pelo Hozana

Fonte: https://pt.aleteia.org/

A liderança no testamento ético-pastoral de São Paulo

São Paulo Apóstolo | Portal das Missões

A LIDERANÇA NO TESTAMENTO ÉTICO-PASTORAL DE SÃO PAULO

Dom Antonio de Assis
Bispo auxiliar de Belém do Pará (PA)

Antes de concluir esta série de reflexões sobre liderança pastoral, quero lhe convidar a fazer uma leitura orante do testamento ético e pastoral de Paulo. Esse texto se encontra em Atos 20,17-38. É uma narração muito significativa, que na espontaneidade das palavras de Paulo, nos mostra a beleza e a profundidade da sua consciência de liderança pastoral. 

É um ato de despedida e, por isso, hora oportuna para fazer memória das suas atitudes e ao mesmo tempo, como líder paterno e firme, momento certo para deixar aos seus liderados, os presbíteros de Éfeso, as suas cordiais e sinceras recomendações.  

 O líder convoca e alerta 

Paulo está preso em Mileto e começa seu processo de despedida partindo para Jerusalém (cf. At 20,22). Então, de Mileto, convoca os presbíteros que estão em Éfeso e dirige-lhes cordialmente palavras testemunhando seu bom comportamento, humildade no serviço e firmeza nas provações sofridas por causa dos judeus (cf. At 20,19).  Nada pode aprisionar o coração do bom líder! 

Confessa que nunca deixou de anunciar aquilo que pudesse ser de proveito para eles, nem de ensinar publicamente e também de casa em casa (cf. At 20,21). Confessou-lhes que pressentia passar por duras tribulações, mas trazia consigo unicamente a intenção de bem concluir a sua carreira a serviço de Jesus Cristo (cf. At 20,22-23).   

 O líder testemunha e recomenda 

Certo de que não mais os veria, os alerta dizendo-lhes: “hoje dou testemunho diante de todos vós: eu não sou responsável se algum de vós se perder, pois não deixei de vos anunciar todo o projeto de Deus a vosso respeito” (At 20,26-27).  Essas palavras nos recordam o que escreveu a Timóteo dizendo: “Quanto a mim, meu sangue está para ser derramado em libação, e chegou o tempo da minha partida. Combati o bom combate, terminei a minha corrida, conservei a fé” (2Tim 4,6-7).  

Paulo dá seu testemunho de líder religioso cheio de fé, espírito ético, generoso, firme, perseverante no sofrimento, honesto em sua missão de evangelizador, resiliente. Seu testemunho nos incentiva, conforta, educa!  O cumprimento da nossa missão, sem negociação e atitudes de egoísmo, será sempre fator promotor da nossa serenidade, alegria e paz.  

Paulo continuando o seu discurso de despedida dos presbíteros da comunidade de Éfeso, deixa-lhes as seguintes recomendações: que cuidassem deles mesmos e de todo o rebanho; os presbíteros são pastores e guardas do rebanho, que lhes foi confiado pelo Espírito Santo (cf. At 20,28); é necessário cuidar zelosamente do rebanho defendendo-os dos lobos ferozes e de homens enganadores com suas doutrinas perversas (cf. At 20,29-30). 

Após essas recomendações Paulo deu seu testemunho final dizendo que não cobiçou, ouro, prata e nem vestes; que lutou para providenciar o próprio sustento; trabalhou para ajudar os fracos gratuitamente sabendo que há mais alegria em dar do que em receber (cf. At 20,33-35). 

 Quem cuida, deve se cuidar 

Temos mais duas recomendações Paulinas muito provocantes. A primeira é sobre as atitudes do líder na comunidade: quem cuida dos outros deve se cuidar; as ovelhas ou seja, as pessoas a serem lideradas, não são propriedades dos líderes; o rebanho é de Deus e, é por isso, que o pastor deve fazer todo esforço para protegê-las contra “lobos ferozes” e aliciadores que se manifestam de muitas formas.  

A segunda são as virtudes necessárias para que isso aconteça. Para que um líder possa assumir essas atitudes deve ter um grande Espírito de pobreza, de desapego, humildade capacidade de sacrifício e generosidade; é esse o testemunho de Paulo.  

Tendo feito suas recomendações Paulo ajoelhou-se, rezou com todos eles; choraram, o beijaram e o acompanharam até o navio (cf. At 20,36-37). Os bons líderes podem ser odiados e perseguidos, mas também sempre haverá um grupo capaz de admirá-los e reconhecê-los por sua personalidade e virtudes testemunhadas. Mas são sempre livres e capazes de despedida. Chega um momento em que, por motivos vários, devemos partir, mas serenos e certos de que a história continua. A obra é de Deus!    

As manifestações de afeto final da Comunidade dos presbíteros para com Paulo, evidencia com clareza, que o líder sabendo conjugar a postura de ternura e firmeza, faz sempre o bem e marca a vida das pessoas. 

PARA REFLEXÃO PESSOAL 

Leia o texto Atos 20,17-38. 

Qual versículo mais lhe chamou à atenção? 

Por que quem cuida deve se cuidar?

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

“A graça de Deus salvador: livre, suficiente, necessária para nós” (6/6)

Filippino Lippi, São Paulo visita São Pedro na prisão, Capela Brancacci, Santa Maria do Carmo, Florença

Arquivo 30Dias – 06/07 – 2009

“A graça de Deus salvador: livre, suficiente, necessária para nós”

Com essas palavras, Giovanni Battista Montini, em suas notas sobre as Cartas de São Paulo, escritas quando ainda jovem sacerdote, sublinha a experiência e a mensagem do Apóstolo.

de padre Giacomo Tantardini
Concluo com as palavras de Giovanni Battista Montini, em suas notas sobre as Cartas de São Paulo, escritas em Roma quando era ainda um jovem sacerdote, entre 1929 e 1933: “Ninguém mais que ele [Paulo] sentiu a insuficiência humana e reconheceu e exaltou a ação livre, por si só suficiente, necessária para nós, da graça de Deus salvador”. É belíssimo! Livre: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi” (Jo 15, 16). Por si só suficiente: “Basta-te a minha graça” (2Cor 12, 9). Necessária para nós: “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15, 5).

E Montini acrescenta mais uma frase, comovente, se pensarmos nas humilhações que ele também sofreu: “Ele [Paulo] sentiu aversão por sua presença ‘contemptibilis’ [desprezível]”.

Praesentia corporis infirma [escreve na Segunda Carta aos Coríntios, 10, 10] / Uma vez presente, é um homem fraco / et sermo contemptibilis / e a sua linguagem é desprezível”.

“Ele sentiu aversão por sua presença contemptibilis. Experimentou depressões de espírito desoladoras”.
Uma expressão dessa humanidade tão fraca de Paulo se encontra em 2Cor 2, 12: “Cheguei então a Trôade para lá pregar o evangelho de Cristo, e, embora o Senhor me tivesse aberto uma porta grande [portanto, era possível para ele anunciar o Evangelho de Cristo], não tive repouso de espírito, pois não encontrei Tito, meu irmão. Por conseguinte, despedi-me deles e parti para a Macedônia”. Paulo também não tem forças para anunciar o Evangelho, se não possui o conforto da graça do Senhor, que brilha refletida no rosto de uma pessoa querida. Querida simplesmente por esse reflexo de graça.

E depois continua: “Quando chegamos à Macedônia, nossa carne [nossa pobre humanidade] não teve repouso algum, mas sofremos toda espécie de tribulação: por fora, lutas; por dentro, temores” (2Cor 7, 5ss).

Como é verdade! “Entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus avança, peregrina, a Igreja”, diz a Lumen gentium. Santo Agostinho, na passagem da De civitate Dei de que é extraída essa frase, escreve que as perseguições do mundo vêm em primeiro lugar de dentro da Igreja. Até porque as perseguições do mundo são, antes de mais nada, nossos pobres pecados, que fazem sofrer o coração de quem é amado por Jesus e quer bem a Jesus.

Continua Paulo: “Mas aquele que consola os humildes, Deus, consolou-nos pela chegada de Tito. E não somente pela sua chegada, mas também pelo consolo que recebeu de vossa parte”. Paulo, que em Trôade não tinha tido forças para anunciar o Evangelho, é confortado com a chegada de Tito, também porque Tito lhe fala do afeto que as pessoas de Corinto têm por ele.

“A esta consolação pessoal sobreveio uma alegria maior ainda: a de vermos a alegria de Tito” (2Cor 7, 13). Porque não basta lembrar o afeto de pessoas distantes, se quem fala desse afeto não está ele mesmo alegre, contente, no presente.

Quando vou rezar no túmulo de Paulo na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma, de joelhos, repito sempre um hino: “Pressi malorum pondere, te, Paule, adimus supplices / Oprimidos pelo peso de tantas contrariedades [em primeiro lugar, de nossos pobres pecados], vimos a ti, ó Paulo, suplicantes / [...] quos insecutor oderas defensor inde amplecteris / [...] aqueles que tu, quando eras perseguidor, odiaste, e agora como defensor abraças”. Nesse abraço, nesse sermos amados por Jesus, também por intermédio dos amigos de Jesus, podemos repetir: “A amizade é uma virtude, mas sermos amados não é uma virtude, é a felicidade”.
Obrigado.

Fonte: http://www.30giorni.it/

Coincidência divina? Milagres eucarísticos revelariam tipo sanguíneo de Jesus

Imagem ilustrativa. Wikipédia (domínio público)

Por Chruch Pop

REDAÇÃO CENTRAL, 08 Jun. 23 / 08:00 am (ACI).- A ciência permitiu conhecer o tipo de sangue que Jesus teria, graças à investigação de diversos milagres eucarísticos ocorridos ao longo da história.

No século VIII, um sacerdote que duvidava da presença real de Cristo na Eucaristia pôde ver durante a consagração na Missa que a hóstia se convertia em carne e sangue.

Este milagre ainda pode ser visto na igreja São Francisco em Lanciano (Itália), onde ocorreu.

Nas décadas de 1970 e 1980, alguns pesquisadores analisaram o milagre e definiram, entre outras coisas, que o tipo de sangue era AB.

No século XIII, cerca de 500 anos depois do milagre de Lanciano, outro sacerdote que duvidava da presença de Cristo na Eucaristia contemplou como a hóstia consagrada derramava sangue sobre o corporal, o tecido colocado sobre o altar onde o sacerdote põe as ambulas e o cálice usados na comunhão.

O corporal onde ficou a marca deste milagre pode ser venerado na Catedral de Orvieto (Itália). Na década de 1990, os pesquisadores que analisaram o tipo de sangue indicaram que era AB, assim como no milagre eucarístico de Lanciano.

Este tipo de sangue é o mesmo que os cientistas encontraram no Santo Sudário de Turim, a túnica que segundo a tradição cobriu o corpo de Cristo no sepulcro depois da crucificação.

Alguns relatórios também assinalam que o tipo de sangue AB foi encontrado no sangue que brotou de algumas imagens da Virgem Maria. Os grupos sanguíneos foram descobertos apenas no século XX, muito antes que estes milagres acontecessem.

Esta informação permite deduzir, então, que o tipo de sangue do Senhor Jesus efetivamente foi AB.

Publicado originalmente em ChurchPop.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Neste sábado será relançado o sonho de fraternidade do Papa Francisco

Encontro Human Fraternity | Vatican News

Participarão do evento na Praça São Pedro 30 ganhadores do Prêmio Nobel;, 8 praças do mundo estarão conectadas.

Vatican News

Às 16 horas deste sábado, dia 10 de junho, na Praça São Pedro, será relançado o sonho de fraternidade do Papa Francisco. Será uma maneira de estar perto de Francisco e rezar por ele. O Vigário do Papa para a Cidade do Vaticano, cardeal Mauro Gambetti, e o Presidente da Fundação Fratelli tutti, que organizou o evento, estarão presentes.

Participarão 30 ganhadores do Prêmio Nobel, 8 praças do mundo estarão conectadas: o condutor italiano Carlo Conti apresentará testemunhos de fraternidade e artistas como Andrea Bocelli, Al Bano, Amara Roberto Bolle, Giovanni Caccamo, Cristicchi, Hauser, Carly Paoli, Pequeno Coro dell'Antoniano, Mr. Rain, Amii Stweart e Paolo Vallesi.

Jovens de todo o mundo darão as mãos para transformar o abraço da colunata de Bernini da Praça São Pedro em um sinal concreto de fraternidade. Em seguida, será assinada uma Declaração de Fraternidade para gritar ao mundo não à guerra e sim à paz. A Coldiretti oferecerá alimentos do campo como sinal de compartilhamento e fraternidade. Todos receberão um torrão de terra e uma semente para fazer crescer a planta da fraternidade. Um jovem russo e um jovem ucraniano apertarão as mãos para expressar o desejo de paz do mundo.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sexta-feira, 9 de junho de 2023

Festa de Corpus Christi na Esplanada dos Ministérios

Santíssimo Sacramento | arqbrasilia

Fiéis de toda a Arquidiocese de Brasília participam da grande Festa de Corpus Christi na Esplanada dos Ministérios

Com público estimado em quase 70 mil pessoas, a Esplanada dos Ministérios foi palco da grande manifestação do povo de Deus na Santíssima Eucaristia neste ano de 2023.

08 de junho de 2023

Milhares de fiéis de diversas paróquias do Distrito Federal se dirigiram à Esplanada dos Ministérios para participar da Solenidade de Corpus Christi nesta quinta-feira (08/06). A Santa Missa, presidida por Dom Paulo Cezar Costa, Cardeal Arcebispo de Brasília, foi concelebrada pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambbattista Diquattro, os quatros Bispos Auxiliares da Arquidiocese, Dom José Aparecido, Dom Antonio de Marcos, Dom Denilson Geraldo, SAC, Dom Ricardo Hoepers, além do Bispo emérito de Formosa, Dom José Ronaldo, como também centenas de padres das diversas paróquias da capital federal.

Recordando o tema escolhida para a festa deste ano, Dom Paulo Cezar afirmou, em sua homilia, “este tema coloca-se no contexto da multiplicação dos pães, onde Jesus provoca os discípulos a dar de comer as multidões. A provocação não deve ser vista como uma falta de realismo de Jesus. Para os apóstolos, o pouco que possuem não basta, mas para Jesus ao invés, o pouco basta a quem crê na onipotência de Deus e na força do amor. O homem tem sempre pouco nas suas mãos, se colocado em relação com as necessidades do mundo: pouco dinheiro, pouca esperança, pouca coragem, pouca criatividade, poucos meios ….mas bastam quando são fecundados pela potência da fé e do desejo de codividir.”

A homilia pode ser conferida, na íntegra, aqui.

Em clima de oração, recolhimento e oração, os fiéis receberam a Sagrada Comunhão, das mãos de muitos padres e MESCES que auxiliam na preparação da da festa. Logo após a comunhão, em nome de toda do Cardeal, o Bispo Auxiliar, Dom José Aparecido, agradeceu a presença das autoridades presentes, como também, dos diversos patrocinadores que ajudam na realização do evento. O diretor espiritual da equipe organizadora, Padre Paulo Sergio, também recordou de tantos voluntários que trabalham incansavelmente, durante meses, para que tudo aconteça da melhor forma possível.

Após a Santa Missa, um mar de velas tomou conta da Esplanada dos Ministérios, com a procissão com Santíssimo Sacramento. O Cardeal Paulo Cezar levando o Santíssimo, percorreu, no papamóvel, cerca de 1,5 km tendo o povo fiel seguido Jesus na Eucaristia. Durante a procissão, três bençãos foram dadas: aos doentes, aos governantes e as famílias. Chegando ao altar montado para a celebração, o Arcebispo conduziu um momento de adoração, onde o clima de oração na Esplanada foi encantador, com silêncios e cantos intercalando os grande louvores ao Senhor.

Para conferir a Celebração na íntegra, acesse o canal da Arquidiocese abaixo:

https://youtu.be/aQrNjZW-lXY

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF