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sábado, 2 de dezembro de 2023

Histórias e Culturas Indígenas: mais uma turma capacitada no Brasil para atuar em toda América Latina

"Um legado para abrir olhos, ouvidos e coração ao que essas populações têm a dizer", disse Adriana de Souza, de Marabá/PA (Renan Dantas)

O curso, realizado em modalidade on-line desde 2016, desempenhou um papel crucial na capacitação de multiplicadores para abordar a temática indígena em diversos contextos. O aumento expressivo de inscrições neste ano, que ultrapassaram 600 candidatos, sendo mais que o dobro de 2019 quando era presencial, revela a crescente demanda por entendimento sobre a história e a cultura indígena.

Renan Dantas

A oitava turma do curso de Histórias e Culturas Indígenas, fruto da colaboração entre o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), encerrou sua jornada educacional na última quinta-feira (23). O curso, realizado em modalidade on-line desde 2016, desempenhou um papel crucial na capacitação de multiplicadores para abordar a temática indígena em diversos contextos.

"Um curso de excelência", comentou Inês Castilho, de São Paulo/SP (Vatican Media)

As inscrições em ascensão

O aumento expressivo de inscrições neste ano, ultrapassando 600 candidatos, mais que o dobro de 2019 quando era presencial, revela a crescente demanda por entendimento sobre a história e a cultura indígena. Apesar das limitadas 60 vagas oferecidas, a diversidade dos participantes, provenientes de diferentes estados e com formações acadêmicas diversas, enriqueceu os debates.

A presença de renomados professores e educadores, como enfatizado pelos coordenadores do curso, Marline Dassoler e Clóvis Brighenti, conferiu qualidade e reconhecimento à formação. Tornou-se um espaço de aprendizado não apenas para acadêmicos, mas para profissionais de diversas áreas, solidificando sua importância no cenário educacional.

Clóvis, o coordenador do curso, compartilhou a missão de desenvolver ações de formação com pessoas de diversas áreas do conhecimento, destacando a importância de rever conceitos equivocados deixados pelo colonialismo. Ele ressaltou a necessidade de contribuir para a desconstrução de preconceitos e criar relações respeitosas com as sociedades indígenas.

"A conexão direta com as vozes indígenas, histórias e desafios, trouxe uma conscientização profunda", disse Ana Carolina Magnoni, Curitiba/PR (Vatican Media)

Os depoimentos dos alunos

Adriana de Souza, Marabá, Pará: "O curso foi de uma qualidade muito grande. Gostei muito da forma como as aulas eram conduzidas, com incentivo à participação dos alunos. A recomendação do material bibliográfico é de muita qualidade. O curso deu uma noção introdutória ampla, mas incentiva que a gente se aprofunde. O legado importante foi abrir os olhos, ouvidos e o coração para ouvir o que essas populações têm a dizer."
Inês Castilho, São Paulo capital: "O curso de extensão CIMI/UNILA, um curso de excelência, nos presenteou com um amplo espectro de conhecimento. O maior presente foi colocar em contato direto com a voz de cinco mulheres indígenas, com seus corpos-territórios carregados de ancestralidade. Todos choramos diante da beleza que elas nos entregaram do coração, ao contar como escutam a Mãe Terra e resistem à violência há 500 anos."
Ana Carolina Magnoni, Curitiba, Paraná: "O curso CIMI/UNILA foi uma jornada transformadora. A diversidade de perspectivas e a profundidade das discussões proporcionaram uma compreensão mais ampla das riquezas das culturas indígenas. A conexão direta com as vozes indígenas, suas histórias e desafios, trouxe uma conscientização profunda. Sinto-me agora não apenas informada, mas comprometida em contribuir para a preservação dessas culturas e na luta por seus direitos. As trocas entre os alunos foram enriquecedoras, destacando a importância das contribuições de cada um. Recomendo esse curso para todas as pessoas interessadas nessa temática. Espero ter ajudado."

A participação ativa proporcionou uma escuta mais ativa para as vozes indígenas, abrindo olhos, ouvidos e corações para suas reivindicações e lutas. A experiência transcendeu as barreiras acadêmicas, inspirando o desejo de contribuir e reverberar a mensagem indígena. Assim, o encerramento da oitava turma do curso não apenas marca o fim de uma etapa educacional, mas inaugura uma nova fase. Os participantes, munidos de conhecimento, sensibilidade e vivências compartilhadas, agora buscam ativamente promover a compreensão e respeito pelas histórias e culturas indígenas em um cenário nacional e latino-americano em constante transformação.

"Sinto-me agora comprometida em contribuir para a preservação dessas culturas", comentou Ana Carolina Magnoni, Curitiba/PR (Vatican Media)

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF