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sábado, 25 de dezembro de 2021

Por que Deus se fez homem e quis habitar entre nós?

Natal de Jesus | Editora Cléofas
Por Prof. Felipe Aquino

Há várias razões porque Deus se fez homem, e quis habitar entre nós; mas todas elas são devido a Seu amor por nós.

O Credo niceno-constantinopolitano, diz que: “Por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos Céus e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem”. Este é o motivo principal: “para a nossa salvação”.

O pecado da humanidade feriu e fere a Majestade infinita de Deus; e a Justiça divina devia ser reparada por um ato de reparação de valor infinito, porque Deus é misericordioso, mas também é justo. Ele age pelo direito e pela justiça, diz o Salmista: “Deus governa os povos com justiça” (Sl 95, 10). “Seu trono tem por fundamento a justiça e o direito” (Sl 96, 2). Deus tinha de vencer o demônio no mesmo campo em que o demônio venceu Adão e Eva, como seres humanos; por isso Jesus se fez homem para vencê-lo.

Como nenhum homem poderia oferecer à Justiça divina esta reparação, ainda que fosse o mais santo, então o próprio Filho de Deus assumiu esta missão, por amor a nós. A Carta aos Hebreus explica este mistério do amor de Deus: “Por isso, ao entrar no mundo, Cristo afirmou: Não quiseste sacrifício e oferenda. Tu, porém, formaste-me um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não foram de Teu agrado. Por isso eu digo: Eis-me aqui… para fazer a tua vontade” (Hb 10,5-7; Sl 40,7-9 LXX)

Pelo pecado original toda a humanidade se afastou de Deus, experimentou a danação, a condenação eterna. Ficamos todos escravos do pecado, da morte e do demônio. São Paulo ensina que “quando éramos pecadores, Cristo morreu por nós” (Rom 5,8). Deus não nos abandonou ao poder da morte. Enviou o Seu Filho único para nos salvar.

São João evangelista diz que por Cristo fomos reconciliados com Deus: “Foi Ele quem nos amou e enviou-nos seu Filho como vítima de expiação por nossos pecados” (1Jo 4,10). “O Pai enviou seu Filho como o Salvador do mundo” (1Jo 4,14). “Este apareceu para tirar os pecados” (1Jo 3,5).

São Gregório de Nissa, Santo Padre da Igreja do século IV, expressou bem esta realidade ao dizer que:

“Doente, nossa natureza precisava ser curada; decaída, ser reerguida; morta, ser ressuscitada. Havíamos perdido a posse do bem, era preciso no-la restituir. Enclausurados nas trevas, era preciso trazer-nos à luz; cativos, esperávamos um salvador; prisioneiros, um socorro; escravos, um libertador. Essas razões eram sem importância? Não eram tais que comoveriam a Deus a ponto de fazê-lo descer até nossa natureza humana para visita-la, uma vez que a humanidade se encontrava em um estado tão miserável e tão infeliz?”

Também São Leão Magno, Papa e doutor da Igreja (440-460) explica bem ao dizer:

“A humildade foi assumida pela majestade, a fraqueza, pela força, a mortalidade, pela eternidade. Para saldar a dívida de nossa condição humana, a natureza impassível uniu-se à natureza passível. Deste modo, como convinha à nossa recuperação, o único mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo, podia submeter-se à morte através de sua natureza humana e permanecer imune em sua natureza divina”.

A Igreja nos ensina que o Verbo se fez carne também para que, assim, conhecêssemos o amor de Deus: “Nisto manifestou-se o amor de Deus por nós: Deus enviou seu Filho Único ao mundo para que vivamos por Ele” (1 Jo 4,9).

Também o Verbo se fez carne para ser nosso “modelo de santidade”. Ele disse: “Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11,29). “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (Jo 14,6). E o Pai, no monte da Transfiguração, ordena: “Ouvi-o” (Mc 9,7). Pois Ele é o modelo das Bem-aventuranças e a norma da Nova Lei: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). Jesus mostrou-nos o comportamento perfeito e pede que O sigamos e imitemos em Sua perfeição.

São Pedro ainda nos indica que o Verbo se fez carne para tornar-nos “participantes da natureza divina” (2Pd 1,4). Santo Irineu de Lião (†200), disse:

“Pois esta é a razão pela qual o Verbo se fez homem, e o Filho de Deus, Filho do homem: é para que o homem, entrando em comunhão com o Verbo e recebendo, assim, a filiação divina, se torne filho de Deus”. São Tomás de Aquino afirmou que “O Filho Unigênito de Deus, querendo-nos participantes de sua divindade, assumiu nossa natureza para que aquele que se fez homem dos homens fizesse deuses” (Cat. n. 460).

Ninguém como São Paulo expressou bem a Encarnação do Verbo, indicando a sua consequência para cada cristão:

“Tende em vós o mesmo sentimento de Cristo Jesus: Ele tinha a condição divina, e não considerou o ser igual a Deus como algo a que se apegar ciosamente. Mas esvaziou-se a si mesmo, assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana. E, achado em figura de homem, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fl 2,5-8).

A fé na Encarnação verdadeira do Filho de Deus é o sinal determinante de nossa fé, disse São João, diante da heresia gnóstica que negava a encarnação do Filho de Deus:

“Nisto reconheceis o Espírito de Deus. Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio na carne é de Deus” (1Jo 4,2). Esta é a alegre convicção da Igreja desde o seu começo, quando canta “o grande mistério da piedade”: “Ele foi manifestado na carne” (1 Tm 3,16).

Há uma de nossas músicas que diz: “Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão…”. É exatamente isso que Jesus fez por nós, por cada um de nós individualmente. Tudo o que fizermos por Ele será pouco em comparação do que Ele fez e faz por nós. Abramos, então, o coração purificado para recebê-lo como nosso único Senhor e Salvador. Que Ele faça morada em nossa alma; que nossos sentimos, desejos e pensamentos, sejam os Seus, e que Ele reine em nossas vidas. São João da Cruz nos lembra que “Amor só se paga com amor!”

Prof. Felipe Aquino

Fonte: https://cleofas.com.br/

Reinaugurada Capela histórica de São Geraldo – 2ª igreja mais antiga do DF

Capela São Geraldo | PASCOM/Paróquia Santa Maria dos Pobres

Na manhã dessa quinta-feira (23/12), foi reinaugurada a Capela histórica de São Geraldo. Localizada no Parque Vivencial do Paranoá, região que abrigava a antiga Vila Paranoá, a capela São Geraldo foi construída em 1957 e mantém a base da estrutura original. É a segunda igreja mais antiga do DF e agora está completamente revitalizada.

A obra foi entregue à comunidade do Paranoá hoje, 23/12, por meio de uma missa celebrada por Dom Marcony e contou com a presença de Pioneiros da antiga Vila, do Administrador Regional do Paranoá, Sérgio Damasceno e de representantes do GDF.

Capela São Geraldo | Fotos: Pascom/Paróquia Santa Maria dos Pobres

Durante a missa, Dom Marcony ressaltou a importância da memória da Comunidade. “Queremos a igrejinha como memória mas também precisamos que ela seja Igreja viva. A vida da Igreja são vocês, a comunidade. Portanto, venham e façam que este lugar de memória seja também um lugar de esperança e fé”, disse Dom Marcony durante a missa.

A reforma foi proporcionada por uma parceria entre a Mitra Arquidiocesana de Brasília, a Paróquia Santa Maria dos Pobres e o Governo do Distrito Federal por meio da força tarefa montada por diversos órgãos do Governo: Administração Regional do Paranoá, secretarias de Economia e de Cultura, Brasília Ambiental (IBRAM), Companhia Energética de Brasília (CEB) e a Polícia Militar.

Com informações e fotos da PASCOM da Paróquia Santa Maria dos Pobres

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

A lição de Natal de Shakespeare em “Hamlet”

Everett Collection | Shutterstock
Por Philip Kosloski

Shakespeare destaca que o Natal é tão sagrado, que pode afastar qualquer escuridão e qualquer mal.

O Natal cativou – e continua cativando – a imaginação das pessoas em todos os lugares e em todas as épocas. É uma noite especial, e a cultura secular até a considera uma noite “mágica”.

O interessante é que os primeiros cristãos acreditavam que o Natal era tão sagrado, que os espíritos malignos nada podiam fazer neste dia. Mesmo as bruxas não tinham o poder de lançar feitiços durante o tempo do Natal.

Shakespeare menciona essa crença em sua famosa peça Hamlet. No primeiro ato, ele escreve:

“Dizem que quando o tempo se aproxima de a data festejarmos do natal do nosso Salvador, essa ave canta durante toda a noite. Então, espírito nenhum anda vagante, dizem; todas as noites são salubres; os planetas não têm influência, os gnomos, os bruxedos: tão gracioso é esse tempo e tão sagrado.”

Shakespeare não pretendia que isso fosse uma “lição”, pois ele estava simplesmente recontando uma crença popular entre os cristãos na Inglaterra. No entanto, esse trecho pode nos trazer à mente a realidade simples do poder do nascimento de Cristo.

De fato, o nascimento de Jesus é tão poderoso que o demônio foge da vista da manjedoura. O mal não pode suportar a humildade de tudo isso.

Enfim, o Natal é uma bela época do ano, uma época não de magia, mas de santidade que pode vencer qualquer escuridão e afastar qualquer mal.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

O doloroso Natal de silêncio em Mianmar

Velas  (AFP or licensors)

Enquanto o país asiático é abalado por assassinatos, violência e constantes atos de guerrilha, os bispos pedem que sejam evitadas as manifestações sociais e festas de rua. Presentes e jantares também deveriam ser evitados. Os religiosos de Mianmar sugerem que sejam feitos gestos concretos de caridade neste período do Natal.

Federico Piana – Vatican News

“Muitos dos meus compatriotas vão festejar o Natal na floresta”. A voz do padre Henry Naung é calma, mas cheia de preocupação. Todas as manhãs ele acorda cedo e a primeira coisa que faz é um gesto que agora se tornou obsessivo: liga o celular e busca desesperadamente por notícias sobre a situação em Mianmar. Em seguida, ele tenta entrar em contato com seus familiares, amigos e sacerdotes de sua diocese para saber como estão, se alguém tem algo para pedir ou dizer. “Procuro saber – diz ele – se ainda estão vivos, se as casas ainda estão de pé ou se foram incendiadas”.

Aldeias e igrejas como alvos

Na nação asiática onde nasceu padre Henry, membro da congregação Missionários da Fé que atualmente reside na Itália por motivos de estudo, ocorrem todos os dias atos de guerrilha, homicídios e assassinatos em massa. Nem mesmo as paróquias são poupadas. “Na minha diocese de Loikaw, muitas igrejas foram atingidas, algumas ficaram completamente destruídas e os cristãos fugiram”, revela o religioso.

A grande fuga

Não é fácil estabelecer contato com as pessoas de Mianmar e receber testemunhos sobre a realidade do país. As linhas telefônicas são precárias e a conexão via internet sofre interrupções frequentes. Além disso, muitos têm medo de represálias. Padre Naung afirma que muitos cristãos abandonaram as cidades. “Eles fugiram para a floresta e, para essas pessoas, não haverá oportunidade de ir à igreja no Natal. Eles estão rezando e terão que rezar na selva”. Entre os deslocados internos, estão alguns de seus familiares que, “durante dez meses, não conseguiram se encontrar com os parentes que permaneceram nas suas casas. É um sofrimento indescritível”, revela.

Lágrimas de solidariedade

A dor e as lágrimas no Natal, se misturarão com o silêncio: esse é o apelo dos bispos do país aos fiéis de todas as dioceses. Sem eventos sociais, sem festas de ruas, sem noites de canto. Mas também não deve haver presentes, mesmo que sejam simples e de pouca importância. Na base dessa decisão tão forte de celebrar o Natal de maneira tão simples, está a Carta aos Romanos, na qual São Paulo afirma: “Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram”, (Rm 12,15). “Já que hoje em Mianmar muitas pessoas choram lágrimas amargas, seremos solidários com eles”, dizem os bispos.

Natal no coração

“O Natal, porém, triunfará nos corações com a oração, adoração, solidariedade e compaixão”, acrescenta padre Naung. Ele também explica que os fiéis, durante o tempo do advento, “fizeram a adoração eucarística por 24 horas seguidas, sem nunca se cansar”. Muitos, na noite da véspera de Natal, vão abrir mão do jantar e destinar o dinheiro economizado aos que fugiram para a floresta para salvar suas vidas. Afinal, o sentido do Natal é este: amor verdadeiro e caridade sem limites.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Natal de Jesus

Natal de Jesus | arquisp
25 de dezembro

Natal de Jesus

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós e nós vimos a sua glória..." (Jo 1,14).

A encarnação do Verbo de Deus assinala o início dos "últimos tempos", isto é, a redenção da humanidade por parte de Deus. Cega e afastada de Deus, a humanidade viu nascer a luz que mudou o rumo da sua história. O nascimento de Jesus é um fato real que marca a participação direta do ser humano na vida divina. Esta comemoração é a demonstração maior do amor misericordioso de Deus sobre cada um de nós, pois concedeu-nos a alegria de compartilhar com ele a encarnação de seu Filho Jesus, que se tornou um entre nós. Ele veio mostrar o caminho, a verdade e a vida, e vida eterna. A simbologia da festa do Natal é o nascimento do Menino-Deus.

No início, o nascimento de Jesus era festejado em 6 de janeiro, especialmente no Oriente, com o nome de Epifania, ou seja, manifestação. Os cristãos comemoravam o natalício de Jesus junto com a chegada dos reis magos, mas sabiam que nessa data o Cristo já havia nascido havia alguns dias. Isso porque a data exata é um dado que não existe no Evangelho, que indica com precisão apenas o lugar do acontecimento, a cidade de Belém, na Palestina. Assim, aquele dia da Epifania também era o mais provável em conformidade com os acontecimentos bíblicos e por razões tradicionais do povo cristão dos primeiros tempos.

Entretanto, antes de Cristo, em Roma, a partir do imperador Júlio César, o 25 de dezembro era destinado aos pagãos para as comemorações do solstício de inverno, o "dia do sol invencível", como atestam antigos documentos. Era uma festa tradicional para celebrar o nascimento do Sol após a noite mais longa do ano no hemisfério Norte. Para eles, o sol era o deus do tempo e o seu nascimento nesse dia significava ter vencido a deusa das trevas, que era a noite.

Era, também, um dia de descanso para os escravos, quando os senhores se sentavam às mesas com eles e lhes davam presentes. Tudo para agradar o deus sol.

No século IV da era cristã, com a conversão do imperador Constantino, a celebração da vitória do sol sobre as trevas não fazia sentido. O único acontecimento importante que merecia ser recordado como a maior festividade era o nascimento do Filho de Deus, cerne da nossa redenção. Mas os cristãos já vinham, ao longo dos anos, aproveitando o dia da festa do "sol invencível" para celebrar o nascimento do único e verdadeiro sol dos cristãos: Jesus Cristo. De tal modo que, em 354, o papa Libério decretou, por lei eclesiástica, a data de 25 de dezembro como o Natal de Jesus Cristo.

A transferência da celebração motivou duas festas distintas para o povo cristão, a do nascimento de Jesus e a da Epifania. Com a mudança, veio, também, a tradição de presentear as crianças no Natal cristão, uma alusão às oferendas dos reis magos ao Menino Jesus na gruta de Belém. Aos poucos, o Oriente passou a comemorar o Natal também em 25 de dezembro.

Passados mais de dois milênios, a Noite de Natal é mais que uma festa cristã, é um símbolo universal celebrado por todas as famílias do mundo, até as não-cristãs. A humanidade fica tomada pelo supremo sentimento de amor ao próximo e a Terra fica impregnada do espírito sereno da paz de Cristo, que só existe entre os seres humanos de boa vontade. Portanto, hoje é dia de alegria, nasceu o Menino-Deus, nasceu o Salvador.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Santa Anastácia

Santa Anastácia | Filhas da Divina Providência
25 de dezembro
SANTA ANASTÁCIA

Nascida em Roma no final do século III, tempo do Imperador Diocleciano, Anastácia destacava-se como um belíssima jovem. Junto com a mãe converteu-se ao cristianismo, tornando exemplo de caridade e bondade.

Após a morte da mãe, o pai obrigou Anastácia a casar-se comum nobre romano. A partir de então a jovem foi proibida até mesmo de sair de casa. Mas Anastácia ajudava os pobres às escondidas, partilhando o pão de sua casa.

Algum tempo depois, seu marido foi transferido para a Pérsia, como embaixador do Império. Anastácia ficou aos cuidados de um carrasco, que mal a alimentava e a mantinha sobre alta vigilância.

A notícia da morte de seu marido trouxe liberdade para a jovem, que assumiu ainda mais corajosamente o trabalho de assitência aos pobres. Denunciada as autoridades por causa de sua fé, Anastácia foi presa exilada.
Finalmente, depois de muito sofrer por causa do testemunho da fé, ela foi queimada viva.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão
O cristianismo é marcado pelo testemunho fiel de pessoas que não se importaram de gastar, e até perder a própria vida, em razão da promoção do evangelho. No sangue dos mártires encontramos a força para continuar lutando pela transformação da sociedade.
Oração
Ó Deus, cuja força se manifesta na fraqueza, fazei que, ao celebrarmos a glória de Santa Anastácia, que de vós recebeu a força de vencer, obtenhamos por sua intercessão a graça da vitória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

PRESIDENTE DA CNBB DIVULGA MENSAGEM DE NATAL

Presépio | CNBB

PRESIDENTE DA CNBB DIVULGA MENSAGEM DE NATAL E CONVIDA A CONTEMPLAR O PRESÉPIO “QUE ENSINA A FORÇA DO AMOR MAIOR: JESUS”

A Igreja celebra à meia noite do dia 24 de dezembro a solenidade do Natal – uma das celebrações mais importantes do calendário litúrgico. De acordo com o Evangelho: “o anjo, porém, disse aos pastores: ‘Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor”.

Detalhe do presépio montado na sede da CNBB em Brasília.
Foto: Ascom CNBB.

“Um convite perene ao amor, amor que redime e salva. Jesus, a palavra de Deus, cujo o verbo encanado caminha conosco, o horizonte sempre novo para humanidade sofrida por Ele redimida”, disse.O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, expressou seus votos para o Natal deste ano. No vídeo, dom Walmor exalta que o Natal é delicadeza de Deus, mistério que ultrapassa os limites da compreensão humana.

O presidente da CNBB convida também a contemplar o presépio que ensina a força do amor maior que o verbo se fez carne e habitou entre nós.

“Deixemo-nos interpelar pelo mistério do verbo que se fez carne e habita entre nós, acolhendo a convocação maior do tempo do natal a ser vivido com amor no ambiente primeiro da família e da comunidade de fé. celebram se vivamos o natal do senhor, deixando nos encantar pela delicadeza do amor de Deus”, ressalta dom Walmor.

Veja o vídeo na íntegra:

https://youtu.be/Qa0Mng7oSEQ

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

O que os santos disseram sobre o Natal

Di sjors evers|Shutterstock
Por Ricardo Sanches

Inspire-se nestes ensinamentos para viver melhor a festividade do nascimento de Jesus.

Muitos santos nutriam apreço e muito respeito pelo Natal. Santa Teresinha, por exemplo, adorava as festividades do nascimento de Jesus Cristo. Para ela, essa alegria tinha dois motivos: era uma recordação da sua “conversão” inicial quando criança e uma festa que celebrava o Menino Jesus, a quem ela amava profundamente.

São Francisco de Assis também era um grande apaixonado pelo Natal. Ele quis eternizar o mistério da Encarnação através da representação daquela histórica cena. Foi assim que o santo contribuiu com o surgimento do presépio.

Outros santos também conheciam, de fato, o verdadeiro sentido do Natal. Em seus escritos, eles nos deixaram mensagens que nos servem de inspiração para vivermos bem essa festividade. Na galeria de fotos abaixo você pode conferir algumas delas!

São Padre Pio

São Padre Pio |
© Roberto Dughetti - Lucia Dughetti-Radiuk-(CC BY-SA 3)-modified
"Todas as festas da Igreja são lindas. A Páscoa, sim, é a glorificação. Mas o Natal tem uma ternura, uma doçura infantil que me conquista o coração."

Santo Agostinho
Santo Agostinho |
© Adam Jan Figel | Shutterstock
"A própria Vida se manifestou na carne, para que, nessa manifestação, aquilo que só podia ser visto com o coração fosse também visto com os olhos – e dessa forma curasse os corações."

Santa Teresa de Calcutá
Santa Teresa de Calcutá | © 1986 Túrelio
"Desejamos ser capazes de acolher Jesus no Natal, não na fria manjedoura do nosso coração, mas em um coração cheio de amor e humildade, tão puro, imaculado e caloroso com o amor uns pelos outros."

São Bernardo de Claraval
São Bernardo de Claraval | © FR LAWRENCE LEW CC
"Ele veio em carne mortal para que, ao se apresentar assim diante daqueles que eram carnais, na aparição de sua humanidade se reconhecesse a sua bondade. Porque, quando se põe de manifesto a humanidade de Deus, já não pode manter oculta sua bondade. De que maneira poderia manifestar melhor a sua bondade do que assumindo a minha carne?"

São Paulo VI
São Paulo VI | © Public Domain
"O Natal é o encontro, o grande encontro, o histórico encontro, o decisivo encontro de Deus com a humanidade. Quem tem fé sabe disso – e exulte. Os demais, escutem e reflitam."

Santa Teresa Benedita da Cruz
Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) | ALETEIA
"Se colocarmos nossas mãos entre as mãos do divino Menino, se dissermos o nosso sim ao seu segue-me, então seremos seus e o caminho estará livre para que sua Vida divina flua para dentro de nós. Este é o começo da vida eterna em nós."
"Se colocarmos nossas mãos entre as mãos do divino Menino, se dissermos o nosso sim ao seu segue-me, então seremos seus e o caminho estará livre para que sua Vida divina flua para dentro de nós. Este é o começo da vida eterna em nós."

Santa Elisabete da Trindade
Santa Elisabete da Trindade | © Wikipedia, CC BY-SA 3.0
"Deixe-se tomar por inteiro, deixe-se invadir completamente por sua vida divina, para dar-se a si mesmo a esse querido pequeno que chegará ao mundo pleno de bênçãos. Imagine o que acontecia na alma da Virgem quando, depois da encarnação, levava dentro de si o Verbo Encarnado, o Dom de Deus. Com que silêncio, com que recolhimento, com que adoração se submergiria no mais fundo de sua alma para estreitar aquele Deus de quem ela era mãe."

Santa Teresa de Jesus
Santa Teresa de Jesus | © Peter Paul Rubens-PD
"Não dissimule com ostentações e sorrisos ocos. Quem repousou em uma manjedoura deseja recostar-se em sua pobreza e debilidade humildemente reconhecidas."

Mensagem de Natal de Dom Paulo Cezar Costa aos fiéis da Arquidiocese de Brasília

Dom Paulo Cezar | Correio Braziliense

Por ocasião da Solenidade do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília, envia mensagem a todos os fiéis da Arquidiocese. Em sua saudação, Dom Paulo lembra do sentido principal deste dia, bem como, a forma como os fiéis podem vivenciar este momento junto a suas famílias.

“Amados e amadas de Deus, é Natal! O Céu deu à Terra o dom do Salvador, o dom da Salvação. O Grande anúncio desta noite, para nós, é ‘hoje, na cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo o Senhor’. Deus é a certeza de que nós não estamos sozinhos na história. Deus veio até nós: o Céu deu à Terra o dom da Salvação, o dom do Salvador. Agora Deus caminha conosco. Deus faz história conosco. Ele faz história no meio de nós.”

O Arcebispo afirma, lembrando da existência frágil do homem na humanidade que o lugar onde Jesus Cristo deseja nascer, todos os dias, é no coração do homem. Mais do que a exterioridade destas festas que são colocadas, muitas vezes, pela sociedade, é importante ressaltar o caráter principal do dia do Natal.

“Ele quer nascer no coração, na vida, na existência de cada um de nós. O seu berço deve ser o nosso coração. Natal não é só exterioridade das luzes, dos presentes, das músicas, das ceias… Não! O Natal acontece no coração de cada um de nós, quando nós abrimos o nosso coração para o filho de Deus entrar na nossa vida, na nossa história e começar a fazer história conosco, começar a caminhar conosco, iluminar a nossa vida, a nossa existência.”

Dom Paulo não se esquece que ainda se vive este Natal em um tempo de dificuldades ocasionado pela pandemia. Entretanto, não deixa de refletir sobre a esperança na graça de Deus que, apesar das dificuldades impostas, inclusive pelo próprio homem, não abandona a humanidade.

“Que nesse tempo difícil ainda de pandemia que nós estamos vivendo, que nesse tempo difícil da história, tenhamos a certeza de que o Salvador está no meio de nós. Ele vem através da simplicidade de uma criança. Acolhamos a salvação de Deus! Que a presença da salvação de Deus no meio de nós nos dê esperança, nos dê a certeza de que Deus está conosco, caminha conosco, nos assiste, nos protege… faz história conosco! Feliz Natal para você e para sua família.”

Abaixo, assista na íntegra, a mensagem do Arcebispo de Brasília por ocasião da Solenidade do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo.

https://youtu.be/FIGUkD9Fdi4

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

O Natal do Papa em suas recordações

O Papa Francisco diante do presépio | Vatican Media

"Espero que aqueça os corações daqueles que sofrem, e abra e fortaleça os nossos para que ardam com o desejo de ajudar mais os necessitados." Os jornais italianos Repubblica e La Stampa entrevistam Francisco: sua infância em Buenos Aires, suas tradições familiares e seus livros favoritos.

Adriana Masotti / Raimundo de Lima - Vatican News

O Papa Francisco responde às perguntas dos jornais italianos Repubblica e La Stampa na Casa Santa Marta, no Vaticano, na iminência das festas. O significado do Natal hoje e o Natal de sua infância em Buenos Aires, suas leituras e esportes favoritos, os pobres, as crianças doentes e as que são vítimas de abusos, o futuro da humanidade: é disso e muito mais que Francisco fala na conversa com os jornalistas Paolo Rodari e Domenico Agasso.

Natal em família com cappelletti

Sobre suas lembranças do Natal na Argentina, Francesco diz que sua família costumava celebrá-lo na manhã de 25 de dezembro, sempre em casa de seus avós. Uma vez, diz ele, "chegamos e a avó ainda estava fazendo cappelletti, os fazia à mão". Ela tinha feito 400 deles! Ficamos maravilhados! Toda nossa família estava lá: costumavam vir também tios e primos". Hoje, para o Papa, o Natal "é sempre uma surpresa". É o Senhor que vem nos visitar", uma surpresa para a qual ele se prepara se predispondo a "encontrar Deus". Ele disse amar canções de Natal como "Noite Silenciosa" ou "Tu Desces das Estrelas" que "transmitem paz, esperança, criam uma atmosfera de alegria pelo Filho de Deus que nasce na terra como nós, para nós".

Em seus pensamentos, os pobres e as crianças no hospital

No Natal seus pensamentos voltam-se para os pobres, que são como Jesus nascido pobre, e depois "para todos os esquecidos, os abandonados, os últimos, e em particular as crianças vítimas de abusos e escravizadas". Isso me faz chorar e me causa dor - afirma - ouvir as histórias de adultos vulneráveis e de crianças que são explorados". As crianças que vão passar o Natal no hospital também encontram espaço em seu coração. Diante do sofrimento delas não há palavras, "só podemos apegar-nos à fé", enquanto aos pais dos filhos saudáveis o Papa recomenda não esquecer "a sorte que eles têm" e dedicar-se mais a eles. O Papa Francisco diz que admira o trabalho do pessoal médico e de saúde nos hospitais. "Muitas vezes", diz ele, "não percebemos a grandeza do trabalho diário desses médicos, enfermeiros e profissionais de saúde e, em vez disso, devemos todos ser gratos a cada um deles".

Jogando futebol como goleiro, os livros favoritos

Lembrando que ele fez 85 anos há alguns dias, uma pergunta ao Papa é como ele comemorava seu aniversário quando criança. "Era uma festa para toda a família", responde Francisco. "Minha mãe costumava fazer chocolate para beber, muito denso". Em relação aos jogos de sua infância, o Papa fala sobre o futebol que jogava em uma praça perto de sua casa com todos os meninos do bairro. A bola era frequentemente feita de trapos, a "bola de trapo", que se tornou um símbolo cultural na Argentina daquela época. Mas de si mesmo, Francesco diz que ele não era muito bom. "Então eu ficava no gol, onde me arranjava. Ser goleiro foi uma grande escola de vida para mim. O goleiro tem que estar pronto para responder aos perigos que podem vir de todos os lados...". O jovem Jorge Mario Bergoglio também jogava basquete, e em família se tinha grande consideração pela leitura. Em particular, seu pai era um insaciável leitor. O Papa menciona alguns dos livros que o ajudaram a formar-se e a crescer, como "Cuore" de Edmondo De Amicis, os romances de Jorge Luis Borges e Fëdor Dostoevskij, e os poemas de Friedrich Hölderlin. Ele também leu "Os Noivos" (Manzoni) e depois a 'Divina Comédia', da qual seu pai recitava passagens de cor. "Dele ouvi pela primeira vez estes versos: "Virgem mãe, filha de seu filho, humilde e elevada mais do que uma criatura, termo fixo de conselho eterno, você é aquela que enobreceu tanto a natureza humana que seu fator não desdenhou de fazer de si mesma sua obra". E depois o terceiro canto do Inferno: "Abandonai toda esperança, vós que aqui entrais". Mamãe falava aos filhos sobre as óperas líricas transmitidas no rádio e até os levava ao teatro. A leitura, diz Francisco, "é um diálogo com o próprio livro, é um momento de intimidade que nem a TV nem os tablets podem dar".

Alguns momentos de saudade, mas não de melancolia

A conversa continua com uma pergunta que nos traz de volta ao Papa Francisco hoje: existe nele um pouco de saudade da juventude? Às vezes, o Papa admite, lembrando-se das coisas boas. Como quando ele fez 16 anos, como era tradição na Argentina, vestiu suas primeiras calças compridas, para os homens - e era como uma entrada na sociedade - e a emoção de sua avó materna Maria ao vê-lo assim. A avó Rosa, "era mais reservada, falava pouco, mas entendia tudo". Tenho saudade dos momentos que vivi com eles e meus avós", diz ele, mas "a melancolia não me atinge", acrescentando: "Talvez por causa da minha formação pessoal, não me permito isso. E talvez porque eu herdei o caráter de minha mãe, que estava sempre olhando para o futuro. As pessoas de quem ele mais sente falta são seus três irmãos, aos quais pensa, porém, com serenidade, imaginando-os "em paz".

Um dia que começa às quatro da manhã

Quando perguntado sobre sua saúde atual após a operação no Hospital Gemelli, o Papa respondeu que ele está bem, tanto que pôde fazer várias viagens "e eu farei outras viagens, se o Senhor quiser, em 2022". E descreveu seu dia a dia, cujo ritmo não mudou: "Eu sempre me levanto às 4 da manhã e começo a rezar imediatamente. Em seguida, continuo com minhas atividades e vários compromissos. Eu só me permito uma breve sesta depois do almoço.

Nosso futuro depende da solidariedade em todos os níveis

A entrevista se conclui com a visão do Papa sobre o futuro da humanidade afetada pela pandemia, pelos conflitos e pelas divisões. O futuro dependerá, afirma, "se será construído ou reconstruído juntos", pois só seremos salvos se vivermos a fraternidade universal. Ele continua: "Isto, porém, significa que a comunidade internacional, a Igreja, a começar pelo Papa, as instituições, aqueles com responsabilidades políticas e sociais, e também cada cidadão, particularmente nos países mais ricos, não podem e não devem esquecer as regiões e pessoas mais fracas, mais frágeis e indefesas, vítimas da indiferença e do egoísmo". A isto dirijo minha oração, diz o Papa Francisco, "Rezo a Deus para que neste Natal Ele transmita mais generosidade e solidariedade na Terra", em atos. "Espero - conclui ele - que o Natal aqueça os corações daqueles que sofrem, e abra e fortaleça os nossos para que ardam com o desejo de ajudar mais os necessitados".

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF