Translate

quinta-feira, 10 de junho de 2021

São Eduardo Poppe

S. Eduardo Poppe | ArquiSP
10 de junho

São Eduardo Poppe

Eduardo João Maria Poppe nasceu na cidade de Temsche, na Bélgica, no dia 18 de dezembro de 1890. Era o terceiro dos onze filhos de uma modesta família de trabalhadores.

Sua educação religiosa começou no seio da própria família, muito cristã. Depois foi estudar no colégio dos Irmãos da Caridade, onde completou o ensino básico.

Aos quinze anos, entrou para o seminário de São Nicolau, na diocese de Gand, destacando-se como exemplo de caridade e piedade. Foi durante o serviço militar, prestado em 1910, que Eduardo percebeu sua vocação religiosa.
Aos vinte e dois anos, ele ingressou no Seminário Filosófico Leão XIII, de Louvain. Durante a Primeira Guerra Mundial, foi convocado a servir o exército, servindo junto à Cruz Vermelha como enfermeiro, atendendo as ambulâncias que chegavam com os feridos.

Em 1915, foi transferido para Gand e, no ano seguinte, era ordenado sacerdote. Logo foi nomeado vigário da paróquia de Santa Colete, naquela diocese, iniciando seu ministério entre a população mais pobre, difundindo a devoção à eucaristia e à Virgem Maria.

Preocupado em preparar as crianças para a primeira comunhão, formou um grupo de jovens catequistas para dar ênfase à devoção eucarística. Logo esse trabalho tornou-se conhecido e instituído em outras paróquias da diocese. Assim, padre Eduardo elaborou e escreveu "O manual do catequista eucarístico", em 1917, idealizado segundo os decretos do papa são Pio X. Mas não criou apenas o "manual", ele instituiu a "Liga da Comunhão Freqüente", estendida aos operários também.

O seu apostolado foi interrompido em 1918, quando foi nomeado diretor do Convento das Irmãs de São Vicente de Paulo, em Moerzeke-lez-Termonde. Lá, continuou com sua preocupação em manter acesa a chama da fé cristã nos jovens catequistas, todos filhos de famílias socialistas e anticlericais. Por isso publicou um semanário intitulado "Zonneland", que significa "País do Sol", direcionado à "Cruzada Eucarística Pio X" de toda a Bélgica.

Mais tarde, os problemas de saúde agravaram-se. Padre Eduardo convivia desde a infância com uma doença congênita no coração. Por tal motivo foi obrigado a viver numa poltrona. E foi nesse período que ele escreveu sua extensa e notável bibliografia catequética com ênfase na eucaristia. Dela se destacaram as obras: "Direção espiritual dos jovens", de 1920; "Salvemos os operários", de 1923; "Apostolado eucarístico paroquial", de 1923; "O amigo dos jovens" e "O método educativo eucarístico", ambas de 1924. Há outras publicadas depois de sua morte também.

Em 1921, o cardeal nomeou-o diretor espiritual do CIBI de Leopoldsburgo, reservado aos noviços que se destinavam ao serviço do altar. Lá também seu ministério floresceu. Porém, aos trinta e quatro anos de idade, padre Eduardo Poppe morreu repentinamente, no dia 10 de junho de 1924, no Convento de Moerzeke-lez-Termonde, durante o período das férias.

A sua morte causou forte comoção popular e no meio do clero, sendo imediatamente venerado por sua santidade. Ele foi beatificado, em 1999, pelo papa João Paulo II, que o nomeou "Pedagogo da Eucaristia".

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Fonte: Arquidiocese de São Paulo

quarta-feira, 9 de junho de 2021

Padre Zezinho completa 80 anos de vida

Pe. Zezinho / Reprodução Redes Sociais

O sacerdote brasileiro continua sendo um dos maiores comunicadores e catequistas da Igreja no país.

O padre Zezinho completa 80 anos de vida neste dia 8 de junho.

Nascido em 1941 na cidade mineira de Machado, José Fernandes de Oliveira é o sexto filho de Fernando e Valdevina. Quando ele tinha 2 anos de idade, sua família se mudou para Taubaté, SP, onde participava da comunidade Sagrado Coração de Jesus, ao lado do assim chamado “Conventinho” dos padres dehonianos. Foi lá que nasceu a vocação de Zezinho ao sacerdócio.

De fato, em 1953, ele entrou no seminário menor de Lavras, MG. Tinha 11 anos de idade. Deu andamento aos estudos no seminário de Corupá, SC, onde viveu durante 6 anos e desenvolveu muitos de seus talentos, em particular para a poesia. Fez o noviciado em Jaraguá do Sul, SC, onde professou os votos religiosos em 2 de fevereiro de 1961. Ainda no estado catarinense, cursou a filosofia em Brusque nos anos de 1961 e 1962 e em seguida a teologia em Milwaukee, nos Estados Unidos, de 1963 a 1966.

Foi ordenado sacerdote em terras norte-americanas em 21 de setembro de 1966 e logo enviado ao seu primeiro trabalho pastoral no Santuário São Judas, em São Paulo, em 1967. Trabalhando com a juventude e com a pastoral vocacional, não tardou a enveredar pela comunicação social e pela evangelização através da música.

Seu primeiro compacto, em 1969, se chamou “Canção da Amizade”, produzido pelas Paulinas. No ano seguinte já veio também o seu primeiro livro, “Alicerce para um mundo novo”. Seguiram-se outras centenas de livros e milhares de canções, junto com shows de evangelização que atraíam multidões – e que, em muitos casos, cativavam até pessoas não católicas.

Em 1980, recebeu a missão de lecionar comunicação na comunidade do Conventinho, em Taubaté, que, depois, daria origem à atual Faculdade Dehoniana. Ali formou gerações de padres e bispos, ao mesmo tempo em que dava andamento à evangelização por meio de rádio, TV e, agora, também da internet.

Um AVC sofrido em 2012 afetou a sua habilidade para cantar, mas o padre não parou. Em 2016, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) lhe concedeu o título de Doutor Honoris Causa, que também recebeu do Centro Universitário Salesiano (UniSalesiano) em 2019.

Neste junho de 2021, o padre Zezinho completa 80 anos de vida e continua sendo um dos maiores comunicadores e catequistas da Igreja.

Com informações do Vatican News.

Fonte: Aleteia

Mártires no Século XXI

Guadium Press
Temos presenciado a perseguição religiosa com muito sangue derramado por aqueles que não aceitam se submeter às religiões pagãs, ideologias ateias ou por ser missionários da Fé Católica em regiões que estavam à espera do anúncio do Evangelho.

Redação (08/06/2021 14:28, Gaudium Press) Ao ouvir a palavra “mártires” não deixa de vir a nós a recordação dos primeiros cristãos que derramaram o seu sangue, especialmente em Roma. A figura do Coliseu se apresenta aos nossos olhos. Este enorme anfiteatro com sua arena repleta de bênçãos, cenário do martírio de tantos na época das perseguições, acontecimentos sinistros, ao mesmo tempo magníficos. Aparece a imagem do pódio onde as autoridades assistiam ao martírio dos cristãos devorados pelas feras. Sem a menor dúvida o sofrimento desses mártires estava unido, misticamente, aos cristãos de todos os tempos.

Aqueles homens e mulheres ofereceram suas vidas resistindo à pressão do ambiente idólatra e paganizado que os rodeava, permanecendo fiéis à graça de conversão que haviam recebido ao conhecer a Santa Igreja Católica em seu caminhar inicial, com um espírito inflexível e entrega total. Negar-se a colocar incenso aos “deuses” pagãos era motivo causal para ser jogado às feras onde seriam devorados.

Guadium Press

A epopeia dos mártires dos primeiros tempos

Recordo-me das belas palavras que Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho, escreveu como meditação, dentro do próprio Coliseu, em fevereiro de 1993. Parafraseando alguns trechos do agradável texto literário:

“Bem ao lado do palco onde os imperadores se deliciavam com o desmantelamento dos corpos dos mártires, lugar central e mais importante da plateia deste histórico, terrível e grandioso Coliseu, posso assistir, com a memória e a imaginação, a inúmeros martírios”. As vítimas eram “objeto de escárnio daqueles pagãos que aguardavam o momento trágico em que soltariam as feras famintas na arena. As vaias, para eles, não representavam nada. Foram um estímulo para acreditar nos coros dos Anjos e dos Bem-aventurados que os esperavam, para além das muralhas das aparentes realidades desta vida, com uma palma e uma coroa”. A multidão grita, silêncio e um grande suspense: “as feras famintas irrompem na arena e avançam sobre as vítimas puras e inocentes para devorá-las”.

Guadium Press

“Terminada a cruel matança, os gladiadores entravam para acorrentar os animais que saciaram seu apetite bestial com as carnes de um novo serafim. A arena está vazia, o espetáculo acabou, a multidão frustrada se retira lentamente. Que demonstração de Fé e nobreza eles presenciaram! Os cristãos permanecem. Quando o manto da noite começa a cobrir a cidade, vão à areia em busca da terra transformada em relíquia, encharcada com o sangue daqueles mártires que hoje constituem uma verdadeira legião no gozo da visão beatífica. Este edifício é evocativo: cada pedra tem uma bela história para contar, para dizer uma palavra sobre aquele passado coberto de sangue, dor e glória. Oh arena que foste o pedestal de tantos Bem-aventurados!”

Bem se diz: “sangue de mártires, semente de cristãos”. Assim aconteceu, sim, milhões de cristãos foram martirizados das formas mais horríveis nos primeiros séculos do cristianismo. Seu sangue abriu caminho para a conversão de tantos e tantas à Fé cristã.

Passaram-se quase dois mil anos. Porém, ao longo dos séculos, em todo o orbe, temos presenciado momentos de perseguição religiosa com muito sangue derramado por aqueles que não aceitavam se submeter às religiões pagãs, ideologias ateias ou por ser missionários da Fé Católica em regiões que estavam à espera do anúncio do Evangelho.

Se fala tanto de direitos humanos…

No nosso século XXI, tão cheio de palavras sobre os direitos humanos, o direito de praticar qualquer religião, ideologia ou formas de vida, encontramos situações que nos deixam tristes, nos enchem de indignação e nos fazem refletir.

Em nossos ambientes -mesmo dentro dos efeitos de uma pandemia que não acaba-, vivemos uma tranquilidade que melhor seria qualificada de “pseudo normalidade”. Despreocupados, podemos ir ao shopping, ao supermercado, ao cinema, praticar algum esporte, caminhar pelas ruas, ir à Missa, viajar. Como católicos, mesmo como crentes, não temos, no momento, oposição aberta às nossas convicções religiosas.

Guadium Press

Não podemos deixar de comparar a nossa situação com a daqueles cristãos que, em terras africanas, em variados países, sofrem uma tenaz perseguição que os leva, inevitavelmente à morte, se mantiverem a Fé, com base nos mandamentos da Lei de Deus e nos ensinamentos da Santa Igreja e, mais ainda, se forem missionários.

É o que está acontecendo, por exemplo, na Nigéria. Mais de 1.400 cristãos foram massacrados por grupos extremistas, quebrando o recorde macabro de maior número desde 2014 (de acordo com a Sociedade Internacional para as Liberdades Civis e o Estado de Direito). Por sua vez, a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) informou sobre um aumento na perseguição aos cristãos na África. A estes homicídios juntam-se vítimas em outros países deste continente que, como sombra aterradora sobre a Igreja, ocorrem em Camarões, Chade, Quênia e Somália. Dom M. Kukah, Bispo de Sokoto, Nigéria, declarou após a execução de dez cristãos um dia depois do Natal: “Faz parte de um drama muito maior com o qual vivemos diariamente”.

Nós, gozando a “pseudo-normalidade”…

Eles, perseguidos e mortos sem piedade, nós tranquilos gozando a “pseudo normalidade”.

Tomando conhecimento desses fatos, não podemos permanecer na mesma atitude de espírito. Suspeita é a falta de informação sobre o tema nos serviços de comunicação internacionais, tão rápidos em noticiar certo tipo de acontecimento. Parecem cegos e surdos diante destes terríveis eventos.

É por isso que quero, neste artigo, dar de minha parte, e certamente de muitos que o estarão lendo, meu acompanhamento, meu pesar, meu protesto indignado, por esses assassinatos de irmãos na Fé em terras africanas. Que saibam eles, “mártires do Século XXI”, seus familiares e amigos que, de coração, estamos com eles.

A mais recente vítima desta perseguição religiosa na Nigéria foi o seminarista Michael Nnadi, de 18 anos, que foi sequestrado junto com seus três companheiros no seminário maior do Bom Pastor de Kakau.
Guadium Press

À distância, a partir de nossas “comodidades” – entre aspas porque não sei por quanto tempo as teremos – uma saudação, uma oração, um abraço aos nossos irmãos africanos que estão sofrendo a perseguição daqueles que, exigindo tolerância para seus pensamentos extremistas religiosos ou políticos, agem com a mais tenaz intolerância diante daqueles que querem levar a paz e a alegria de Cristo Nosso Senhor aos corações.

Queira Deus que o “sangue” destes mártires sejam “semente” de novos cristãos e produzam uma colheita abundante para o seu Reino. Que Deus e a Virgem vos acompanhem.

Por Padre Fernando Gioia, EP

www.reflexionando.org

Traduzido por Emílio Portugal Coutinho

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Igreja atualiza causas de mártires católicos da União Soviética

Os 10 mártires católicos russos do século 20 cujo processo de
beatificação está em andamento / Crédito: Ruskatolik.ru

MOSCOU, 07 jun. 21 / 03:00 pm (ACI).- A Igreja Católica na Rússia atualizou as causas de beatificação dos católicos russos que foram assassinados por ódio à fé no século 20 e que podem ser oficialmente reconhecidos como mártires. Todos os candidatos morreram após a revolução russa e o estabelecimento do governo bolchevique da União Soviética.

No dia 21 de maio, aconteceu a décima sessão do tribunal diocesano, conduzida por dom Paolo Pezzi, arcebispo da arquidiocese da Mãe de Deus, em Moscou, na qual se reorganizou o processo de beatificação, segundo informou a agência ACI Stampa, do Grupo ACI.

O motivo da sessão foi a redução do número de candidatos, de 15 para 10, no processo que agora é formalmente conhecido como "O caso de beatificação ou proclamação do martírio dos servos de Deus, dom Antony Malecki, bispo titular de Dionysiana, administrador apostólico de Leningrado, e os seus nove companheiros assassinados por ódio à fé".

A causa do bispo Malecki (1861-1935) está unida às dos padres Constantine Budkiewicz (1867-1923), Jan Trojgo (1881-1932), Pavel Chomicz (1893-1941), Frantiszek Budrys (1882-1937) e Antony Czerwinski (1881-1938), às da madre Catherine Abrikosova, OPL (1883-1936) e da leiga Camilla Kruczelnicka (1892-1937).

A Congregação para as Causas dos Santos aprovou a incorporação de dois outros candidatos ao grupo, o bispo de Vladivostok, dom Karol Śliwowski (1855-1933), e o padre Anthony Dzemeshkevich (1881-1938), que serviram nas paróquias de Nizhny Novgorod e Vladimir.

ACI Stampa informou que três candidatos deixaram de fazer parte do grupo: o padre Epifanía Akulov (1897-1937), o padre Potapy Emelianov (1884-1936) e a irmã Rosa del Corazón de María, O.P.L. (1896-1944).

Outros três sacerdotes da Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria foram excluídos do processo na Rússia: Andrej Tsikoto (1891-1952), padre Janis Mendriks (1907-1953) e Fabian Abrantovich (1884-1946). As suas causas agora passarão a ser responsabilidade da sua própria congregação na Polônia. O mesmo acontecerá com a causa do padre palotino Stanislaus Szulminski (1894-1941), que passará a ser assumida pela Sociedade do Apostolado Católico.

A atualização das causas permite à arquidiocese avançar no processo de beatificação dos servos de Deus que viveram e trabalharam no território da atual Rússia e cuja veneração privada já está bem estabelecida.

A expectativa em Moscou é a de que, em poucos anos, seja possível completar a fase diocesana do processo e transferir os casos para a Congregação para as Causas dos Santos.

Fonte: ACI Digital

Anchieta: o Santo reconciliador do Brasil

São José de Anchieta | Vatican News

Que as belas pegadas que o Apóstolo do Brasil deixou no solo da nossa Nação continue a ser sentinela de reconciliação e de paz para todos os brasileiros.

Bruno Franguelli, SJ - Vatican News

Hoje, 9 de junho, celebramos São José de Anchieta, o Apóstolo do Brasil. A incrível história do jovem nascido nas Ilhas Canárias que, com apenas 19 anos e enfermo, embarcou para o Brasil e tornou-se seu grande Apóstolo surpreende desde os religiosos mais fervorosos até especialistas como sociólogos e historiadores. Tudo isso porque José de Anchieta foi um homem sem fronteiras que, com sua audácia abriu caminhos e, por onde passou, deixou a marca da fé, da paz e da reconciliação.

O serviço da reconciliação esteve presente em cada atitude do Apóstolo do Brasil. Por onde passava promovia a “cultura do encontro”. Anchieta olhava para além de seus próprios conceitos e buscava ouvir antes de pronunciar-se, aprender antes de ensinar, orar antes de pregar. Anchieta uniu tribos, reconciliou inimigos, promoveu a paz. Uma das passagens mais surpreendentes sobre sua missão de reconciliador aconteceu durante um dos períodos mais difíceis de sua vida, no qual ele mesmo ofereceu-se como refém em favor da reconciliação.

Corria o ano de 1563. A numerosa nação dos índios tamoios que habitava a região do atual litoral norte do Estado de São Paulo e grande parte do Estado do Rio de Janeiro, estava cheia de ira contra os portugueses e disposta a destruir tudo e todos que encontrarem pela frente. O Pe. Quiricio Caxa, que conheceu pessoalmente Anchieta e escreveu sua primeira biografia imediatamente após a morte do Apóstolo do Brasil, nos relata:

Padecia a capitania de São Vicente grandíssima opressão com os contínuos saltos que os tamoios nela faziam, levando-lhe seus escravos e algumas vezes as próprias mulheres, que estavam em suas fazendas, entre as quais houve algumas das doutrinadas pelos nossos, que fizeram finezas, deixando-se matar por não perderem a castidade. Sabia bem o Pe. Nóbrega que a justiça estava da parte dos tamoios pelos muitos agravos que tinham recebidos dos portugueses, e posto que com muitas missas, orações, disciplinas e outras penitências, procurava aplacar a ira de Deus contra seu povo: vendo que isso não bastava, determinou de procurar se fizessem as pazes com eles com condições honestas e justas, porque concluindo-se, ficava a capitania livre.

Diante de tanto horror que ainda estava por vir, Nobrega e Anchieta se colocaram à disposição para serem reféns, oferecendo suas próprias vidas como penhor de um possível acordo de paz. É importante notar que Nóbrega e Anchieta não tinham se oferecido como reféns para defenderem os interesses dos portugueses e nem acreditavam em sua inocência. Neste sentido o Pe. Quirício Caxa deixa bem claro esta realidade quando afirma: "Sabia bem o Pe. Nóbrega que a justiça estava da parte dos tamoios pelos muitos agravos que tinham recebido dos portugueses". Deste modo, os dois jesuítas tinham por único objetivo alcançar a paz para ambos os lados e seguir realizando sua missão em paz.

Deste modo, Anchieta, com sua inabalável esperança, perseverou na sua entrega. Naquela ocasião escreveu o Poema da Bem-Aventurada Virgem Maria a quem tinha por companheira fiel naqueles dias difíceis. O jovem pensou que seria mártir, mas Deus ainda esperava muito daquele jesuíta. Morreu aos 63 anos, em Reritiba, atual Anchieta-ES. Seus filhos prediletos, os nativos indígenas, o amavam como pai. Ser amado era o prêmio daquele que ofereceu sua própria vida pela reconciliação da jovem Nação.

Que as belas pegadas que o Apóstolo do Brasil deixou no solo da nossa Nação continue a ser sentinela de reconciliação e de paz para todos os brasileiros.

São José de Anchieta, rogai por nós!

Fonte: Vatican News

São José de Anchieta

S. José de Anchieta | A12
09 de junho

SÃO JOSÉ DE ANCHIETA, APÓSTOLO E PADROEIRO DO BRASIL

José de Anchieta nasceu no arquipélago das ilhas Canárias no dia 19 de março de 1534. Ainda adolescente, Anchieta foi enviado à Universidade de Coimbra, em Portugal. Aos 17 anos fez votos como religioso e entrou para a Companhia de Jesus.

Aos 18 anos, decide-se pela missão evangelizadora do Novo Mundo e inscreve-se para participar de uma missão no Brasil no ano seguinte. Em Salvador, Anchieta tem sua primeira tarefa: ajudar na organização do Colégio de Jesus. Nesse mesmo ano, Anchieta visita pela primeira vez a aldeia de Reritiba, lugar onde vai encontrar no futuro seu repouso eterno.

Anchieta segue para o litoral paulista. Ao tomar contato com a injustiça sofrida pelos nativos, Anchieta se posiciona firmemente a favor dos humilhados e ofendidos indígenas. Em 25 de janeiro de 1554, junto com Manuel de Nóbrega, Anchieta funda outra escola jesuíta, o Colégio Piratininga, núcleo do que mais tarde veio a ser cidade de São Paulo.

Em 1556, Anchieta recebe sua ordenação sacerdotal em Salvador, Bahia. Logo depois ele passa um período de tempo em Reritiba, entre os índios puris e tupiniquins. Foi autor da primeira gramática na língua tupi. Em 15 de agosto de 1579 a imagem de Nossa Senhora da Assunção, trazida de Portugal é entronizada no Santuário de Reritiba.

No dia 9 de julho de 1597, o velho sacerdote morre vítima de um acidente fatal, ao tentar descer a escada da cela para socorrer um índio doente. O frágil e desengonçado adolescente da Espanha tinha se tomado um gigante em terras brasileiras. Era chamado de 'paizinho' pelos indígenas; agora é chamado de "Apóstolo do Brasil". Foi beatificado por João Paulo II em 1980 e canonizado pelo Papa Francisco em 3 de abril de 2014.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Reflexão
A valorização das culturas locais, o respeito pelas tradições indígenas e seu esforço para entendê-las, a luta contra as injustiças cometidas pelos colonizadores e o amor ao projeto de Jesus foram as balizas da vida do beato Padre José de Anchieta. Peçamos hoje as bênçãos do “Apóstolo do Brasil” para todos os projetos de evangelização do nosso país.
Oração
São José de Anchieta que deixaste vossa pátria, família, amigos, para servir a Deus sobre todas as coisas, vós que sofreste a solidão e as dificuldades de um Brasil recém descoberto, e cercastes os índios de cuidados espirituais, peço-vos exatamente por todos os índios, para que se sintam amados e protegidos, continuando assim vossa santa missão no mundo. Amém!

Fonte: Portal A12

terça-feira, 8 de junho de 2021

PAIS DA IGREJA: Sobre o Credo

Ecclesia

Sobre o Credo

Santo Ireneu de Lião (140-202) 

“A Igreja, espalhada hoje pelo mundo inteiro, recebeu dos apóstolos e dos seus discípulos a fé num só Deus, Pai e onipotente, que fez o céu e a terra, os mares, e tudo quanto nele existe e num só Cristo, Filho de Deus, que se fez carne para a nossa salvação; e no Espírito Santo, que mediane os profetas predisse a salvação por meio do amado Jesus Cristo nosso Senhor, a sua dupla vinda, o seu nascimento da Virgem, a sua paixão e ressurreição dentre os mortos, e que diante dele todo joelho se dobrará no céu, na terra e nos infernos, e toda língua o proclame (Fl 2, 10-11). Então, sobre todos os seres, pronunciará o seu justo julgamento. As almas dos maus, os anjos prevaricadores e apóstatas, precipitá-los-á no fogo eterno com os homens pecadores, injustos, iníquos e blasfemadores. Os justos, porém, os santos, aqueles que guardaram os seus mandamentos e perseveraram no seu amor, ...receberão dele a vida, terão dele a imortalidade e gozarão da glória eterna. Esta é a doutrina que a Igreja recebeu; e esta é a fé, que mesmo dispersa no mundo inteiro, a Igreja guarda com zelo e cuidado, como se tivesse a sua sede numa única casa. E todos são unânimes em crer nela, como se ela tivesse uma só alma e um só coração. Esta fé ela anuncia, ensina, transmite como se falasse uma só língua. As línguas faladas no mundo são diversas, mas a força da tradição, em toda parte, é a mesma. As igreja fundadas na Alemanha não tem outra fé e outra tradição. Diga-se o mesmo das igrejas fundadas na Espanha, entre os celtas, no Oriente, no Egito, na Líbia ou no centro do mundo, que é a Palestina. Da mesma forma que o Sol, criatura de Deus, é um só e é idêntico em todo o mundo, assim também o ensino da verdade, que brilha em toda parte e ilumina a todos os homens, que querem chegar ao conhecimento da verdade (cf. 1Tm 3, 15), é sempre o mesmo.” (Adv. Haer. 1,9) 

São Cirilo de Jerusalém (315-386)

“Este símbolo da fé não foi elaborado segundo as opiniões humanas, mas da Escritura inteira recolheu-se o que existe de mais importante, para dar, na sua totalidade, a única doutrina da fé. E assim como a semente de mostarda contém em um pequeníssimo grão um grande número de ramos, da mesma forma este resumo da fé encerra em algumas palavras todo o conhecimento da verdadeira piedade contida no Antigo e no Novo Testamento “(Catech. ill.5,12) Santo Ambrósio (340-397), bispo de Milão e doutor da Igreja: “Este Símbolo é o selo espiritual, a meditação do nosso coração e guardião sempre presente; ele é, seguramente, o tesouro da nossa alma.” (Symb.1) “Ele é o Símbolo guardado pela Igreja Romana, aquela onde Pedro, o primeiro dos Apóstolos, teve a sua Sé e para onde ele trouxe a comum expressão da fé” (Sententia Comunis). (Symb. 7)

São Gregório de Nazianzo (330-379, o Teólogo):

“Antes de todas as coisas conservai-me este bom depósito, pelo qual vivo e combato, com o qual quero morrer, que me faz suportar todos os males e desprezar todos os prazeres: refiro-me à profissão de fé no Pai, no Filho e no Espírito Santo. Eu vo-la confio hoje. É por ela que daqui a pouco vou mergulhar-vos na água e vos tirar dela. Eu vo-la dou como companheira e dona de vossa vida. Dou-vos uma só Divindade e Poder, que existe Una nos Três, e que contém os Três de uma maneira distinta. Divindade sem diferença de substância ou de natureza, sem grau superior que eleve ou grau inferior que rebaixe... A infinita conaturalidade é de três infinitos. Cada um considerado em sí mesmo é Deus todo inteiro... Deus os Três considerados juntos. Nem comecei a pensar na Unidade, e a Trindade me banha no seu esplendor. Nem comecei a pensar na Trindade, e a unidade toma conta de mim” (Or. 40,41).

Símbolo Quicumque – de Santo Atanásio de Alexandria: (295-373):

“A fé católica é esta: que veneremos o único Deus na Trindade, e a Trindade na unidade, não confundindo as pessoas, nem separando a substância: pois uma é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo; mas uma só é a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, igual a glória, co-eterna a majestade.” 

Tertuliando (†220), bispo de Cartago

“A regra de fé – pois é preciso conhecermos desde logo o que professamos – consiste em crer: não há senão um Deus, o criador do mundo, que tirou o universo do nada por meio de seu Verbo, emitido antes de todas as coisas; esse Verbo chamado seu Filho, apareceu em nome de Deus e sob diversas figuras aos patriarcas, se fez ouvir pelos profetas e enfim desceu, pelo Espírito e poder de Deus, ao seio da Virgem Maria, onde se fez carne, passando a viver como Jesus Cristo; em seguida pregou a Nova Lei e a nova promessa do reino dos céus; fez milagres, foi crucificado, ressuscitou ao terceiro dia, foi elevado aos céus e se assentou à direita do Pai; enviou em seu lugar a força do Espírito Santo para guiar os fiéis; virá um dia em glória para levar os santos e dar´lhes o gozo da vida eterna e das promessas celestes, bem como para condenar os profanos ao fogo perpétuo, após a ressurreição de uns e de outros na ressurreição da carne. Tal é a regra que Cristo estabeleceu, como demonstraremos, e que não há de suscitar entre nós quaisquer questões senão as provenientes das heresias e formuladas pelos hereges. Contudo, desde que se mantenha inalterado o conteúdo, podeis pesquisar e discutir quanto quiserdes, dando azo à curiosidade, se algum ponto vos parecer ambíguo ou obscuro... Em suma, é melhor ignorar o que não é preciso saber, se se conhece o que se deve.” 

São Basílio, o Grande (329-379): 

“Nós cremos , pois, e confessamos nossa fé no único Deus verdadeiro e bom, Pai todo-poderoso, criador de todas as coisas, Deus e Pai de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo; no único Filho do Pai, nosso Deus e Senhor Jesus Cristo; único verdadeiro, por quem tudo foi feito, tanto as coisas visíveis como as invisíveis, e em quem tudo subsiste; que estava no princípio junto de Deus e era Deus, e em seguida, conforme as Escrituras, apareceu sobre a terra e habitou com os homens, que sendo de condição divina não reteve avidamente a sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo, por seu nascimento da Virgem, a condição de escravo e manifestando-se sob o aspecto de homem, quando então cumpria, segundo a ordem do Pai, tudo o que estava escrito dele e sobre ele, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz; ressuscitando dentre os mortos ao terceiro dia, conforme as Escrituras; mostrou-se aos santos Apóstolos e a outros, como está escrito; subiu aos céus e está assentado à direita do Pai, de onde voltará, no fim dos tempos, para ressuscitar todos os homens e dar a cada um a retribuição dos seus atos, indo os justos para a vida eterna e o Reino celeste, enquanto os pecadores serão condenados ao eterno castigo, lá onde o verme não morre e o fogo não se extingue (Mc 9,44).

Creio igualmente no único Espírito Santo, o Paráclito, cujo selo recebemos para o dia da Redenção (Ef 4, 30); Espírito de Verdade, Espírito de adoção, o qual clamamos Abbá , Pai (Rom 8,15), que distribui e opera o dom de Deus em cada um conforme convém (1Cor 12,7), conforme lhe apraz (idem), que ensina e sugere tudo que ouviu do Filho (Jo 14,26); que é bom, guiando cada um em toda a verdade e fortificando os fiéis na fé segura, na confissão exata, no culto santo e na adoração em espírito e verdade (Jo 4, 24)...

O nome dado a cada um indica um atributo que lhe é próprio ... O Pai existe em seu caráter próprio de Pai, o Filho em seu caráter próprio de Filho e o Espírito Santo em seu caráter pessoal, mas nem o Espírito Santo fala por si mesmo (Jo 16, 13), nem o Filho faz algo por si mesmo (Jo 8, 28); o Pai enviou o Filho (Jo 17, 21), e o Filho enviou o Espírito Santo (Jo 16,7)... (Profissão de Fé, PG 31, 675-692).

Fonte: Ecclesia

3 dicas para visitar Jesus no Sacrário

Adam Jan Figel - Shutterstock
Tabernacle.
Por Philip Kosloski

Não se esqueça de visitar Jesus de vez em quando; Ele está presente de maneira única na Sagrada Eucaristia.

As igrejas católicas preservam hóstias consagradas dentro de um sacrário (tabernáculo). Originalmente, isso era feito para manter algumas hóstias extras para distribuir aos doentes.

Então, eventualmente, essa tradição assumiu o objetivo de permitir uma devoção mais ampla a Jesus, que está verdadeira e substancialmente presente na hóstia eucarística.

As igrejas começaram a manter Jesus eucarístico dentro do sacrário para que os fiéis pudessem passar um tempo de oração silenciosa diante dele.

Por esta razão, muitas igrejas permanecem abertas durante o dia para facilitar esses encontros, convidando os cristãos a passar e adorar Jesus no tabernáculo.

O Papa Francisco tem defendido muitas vezes que as igrejas devem permanecer abertas para que as pessoas possam parar para ter um momento de adoração e encontro com Jesus.

Aqui estão algumas dicas curtas sobre como visitar Jesus no Sacrário.

1. Planeje a visita ao sacrário

Planeje um horário específico em sua agenda para visitar Jesus, ou é provável que você não o faça. A visita ao sacrário pode ser feita, por exemplo, no intervalo de alguma outra atividade que você possa ter perto da igreja.

Não precisa ser por muito tempo, pois até cinco minutos na frente de Jesus podem ser benéficos para nossa alma.

São João Bosco foi um grande defensor dessas visitas, explicando como isso pode fortalecer nossa alma contra o diabo.

Você quer que o Senhor lhe dê muitas graças? Visite-O com frequência. Você quer que Ele lhe dê poucas graças? Visite-O raramente. Você quer que o diabo o ataque? Visite Jesus raramente no Santíssimo Sacramento. Você quer que o diabo fuja de você? Visite Jesus com frequência. Você quer derrotar o diabo? Refugie-se muitas vezes aos pés de Jesus. Você quer ser conquistado pelo diabo? Esqueça a visita de Jesus.

Meus queridos, a Visita ao Santíssimo Sacramento é uma maneira extremamente necessária de derrotar o diabo. Portanto, vá visitar Jesus com frequência e o diabo não sairá vitorioso contra você.

2. Pode ser uma visita simples

Às vezes pensamos que cada visita a Jesus precisa ser intensa, cheia de orações específicas ou leitura espiritual.

No entanto, o que muitas vezes é mais poderoso é simplesmente “sentar-se” com Jesus.

A contemplação é o olhar da fé, fixado em Jesus. «Eu olho para Ele e Ele olha para mim» – dizia, no tempo do seu santo Cura, um camponês d’Ars em oração diante do sacrário (CIC 2715)

3. Faça uma mera saudação

Uma das maneiras mais simples de fazer uma “visita” extremamente curta é fazer um gesto de adoração ao passar por uma igreja católica.

Isso pode ser feito sempre que você estiver passando por alguma igreja mas não pode parar naquele momento. Você pode fazer o Sinal da Cruz quando passar pela igreja.

Sempre que São Francisco de Assis avistava uma igreja católica à distância, ele era visto se ajoelhando e louvando a Deus. Muitas vezes ele dizia as seguintes palavras, as quais também indicava aos seus frades.

Nós te adoramos, Senhor Jesus Cristo, nesta igreja e em todas as igrejas do mundo, e nós te damos graças, porque pela tua santa Cruz, tu redimiste o mundo. Amém

Fonte: Aleteia 

Estas são as “três armas” do Coração de Jesus para a luta espiritual

ACI Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 08 jun. 21 / 06:00 am (ACI).- Santa Margarida Maria Alacoque, a vidente do Sagrado Coração de Jesus, recebeu do Senhor “três armas” para a luta espiritual neste mundo e para, finalmente, alcançar a própria purificação e transformação.

Primeira arma

Santa Margarita confessou que nada era mais doloroso do que ver Jesus incomodado por alguma falta que ela tivesse cometido. Certo dia, Jesus disse: “Saibas que sou um Mestre santo e ensino a santidade. Sou puro e não posso suportar a menor mancha. Por isso, deves agir na simplicidade do coração com reta e pura e intenção, na minha presença”.

“Pois não posso sofrer o menor desvio e te ensinarei que se o excesso do meu amor me moveu a ser o seu Mestre para ensinar-te e formar-te no meu caminho e segundo meus desígnios, não posso suportar as almas tíbias e covardes, e se sou manso para sofrer tuas fraquezas, não serei menos severo e exato em corrigir tuas infidelidades”.

Segunda arma

Jesus repreendia severamente Santa Margarida por suas faltas à obediência aos seus superiores ou à sua regra.

Uma vez, ao corrigi-la, disse-lhe: “Eu rejeito tudo isso como fruto corrompido pelo amor próprio, o qual em uma alma religiosa me causa horror, e preferiria vê-la gozando de todas as suas pequenas comodidades por obediência do que martirizando-se com austeridades e jejuns por vontade própria”.

Em outra ocasião, Cristo revelou a ação do diabo com os indisciplinados. “Escuta, minha filha, não creiais irrefletidamente em qualquer espírito e não te fieis nele, porque satanás está furioso e quer te enganar. Não faças nada sem aprovação daqueles que te conduzem, a fim de que, contando com a autoridade da obediência, ele não possa te enganar, já não tem qualquer poder sobre os obedientes”.

Terceira arma

Um dia, a santa viu uma grande cruz coberta de flores e Jesus lhe manifestou que “estas flores cairão; ficarão apenas os espinhos que elas escondem por causa da tua debilidade. Terás necessidade de toda a força do teu amor para suportar a dor”.

Mais tarde, a santa chegaria a dizer-lhe: “Nada quero sem teu Amor e tua Cruz, e isto me basta para ser boa religiosa, que é o que desejo”.

Estas armas espirituais permitiram que a santa fosse crescendo em santidade e que, pouco a pouco, Jesus Cristo revelasse alguns desejos do seu coração.

Em seus escritos, ela deixaria como legado a seguinte mensagem: “Só o coração humilde pode entrar no Sagrado Coração de Jesus, conversar com Ele, amá-lo e ser amado por Ele”.

Fonte: ACI Digital

Um minuto pela paz na Terra Santa e Mianmar

Um minuto de oração pela Terra Santa e Mianmar 
(AFP or licensors)

O Papa Francisco em seu tuíte de hoje pede a participação de todos à iniciativa da Ação Católica Internacional. Onde quer que você esteja, pare um minuto, incline sua cabeça e reze uma oração pela paz, cada um de acordo com sua própria tradição. Este é o pedido da iniciativa “Um minuto pela paz” desta vez em particular pela Terra Santa e Mianmar.

Vatican News

Rezar especialmente pela paz na Terra Santa, entre israelenses e palestinos, e por Mianmar e pelos muitos outros países do mundo que sofrem com conflitos e violência. Este é o objetivo da iniciativa de oração "Um Minuto pela Paz" desta terça-feira, 8 de junho, às 13h (8h horário de Brasília). Católicos, cristãos de diferentes confissões, crentes de muitas religiões, homens e mulheres de boa vontade são convidados a se unir para rezar e trabalhar pela paz em todo o mundo.

"Onde quer que você esteja, pare um minuto, incline sua cabeça e reze uma oração pela paz, cada um de acordo com sua própria tradição". Esta é a frase que acompanha o cartaz promocional deste ano, que também lembra a frase do Papa Francisco na bênção Urbi et Orbi da Páscoa 2021: "No mundo, há ainda demasiadas guerras e violências! O Senhor, que é a nossa paz, nos ajude a vencer a mentalidade da guerra”.

“Uma Minuto pela Paz” é uma iniciativa do Fórum Internacional da Ação Católica (FIAC), a Ação Católica Italiana, a Ação Católica Argentina, a União Mundial de Organizações Católicas de Mulheres (WUCWO), a Comissão Nacional de Justiça e Paz (Argentina) e outros. Também para apoiar o encontro em prol da paz promovido pelo Papa Francisco em 8 de junho de 2014, nos jardins do Vaticano com o Presidente de Israel (Shimon Peres), o Presidente da Autoridade Palestina (Mamūd ʿAbbās - Abu Mazen), e com o Patriarca de Constantinopla (Bartolomeu I). Dois dias antes do evento, no dia 6 de junho, às 13h, foi realizado "Um minuto pela paz", uma proposta simples, pessoal e comunitária que ressoou como um sinal de unidade e vontade de união fraterna no mundo. Desde então, todos os anos no aniversário da "Invocação pela Paz", reza-se para que todos os povos e nações que sofrem com conflitos e violência possam viver em paz.

A iniciativa é dirigida a pessoas individualmente e grupos e pode se tornar uma ocasião para encontros nas proximidades do dia 8 de junho ou utilizando as redes e a mídia neste momento em que grande parte do mundo ainda está sob as restrições da pandemia. Além disso, cada pessoa deve simplesmente parar suas atividades diárias e dedicar um minuto para refletir, rezar e se comprometer, sozinha ou acompanhada, pela paz em todo o mundo.

(Atualizado em 8 de junho de 2021, às 11h50)

Fonte: Vatican News

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF