Corrado
Paolucci - publicado em 07/12/20
Sábias dicas de um santo, em palavras que eram válidas no seu tempo e permanecem mais atuais do que nunca.
7 conselhos de Santo Ambrósio
para educar os filhos: é disso, em resumo, que trata o seguinte artigo de
Corrado Paolucci publicado em 2014 e ainda vigente, porque os próprios
conselhos do tutor de Santo Agostinho eram válidos há mais de mil anos e continuarão
válidos enquanto durar a humanidade.
7 conselhos de Santo Ambrósio para educar os filhos
Um dia meu pai colocou na porta da geladeira de casa uma
folha com a seguinte citação:
“O amor e a estima entre pais e filhos ajudarão a estes mais
do que mil recomendações; eles serão ajudados pelos gestos que virem em casa:
as mostras de afeto simples, corretas e expressas com pudor; a valorização
recíproca; o senso de proporção; o domínio das paixões; o gosto pelas coisas
belas e pela arte; a força de sorrir” (Santo Ambrósio).
Cada vez que eu abria a geladeira, meus olhos liam algumas
daquelas palavras. Era impossível não concordar com o que estava escrito
naquele pedaço de papel amarelado pelos anos, mas que permaneceu ali. Era como
se Santo Ambrósio continuasse a me dizer: “Olha estas palavras que eu preparei
para você: elas valiam quando eu escrevi, valem agora e valerão para sempre”.
Hoje vou me tornar pai e, pela primeira vez, releio estas
linhas como adulto e não mais somente como destinatário. Uma sensação de
impotência, misturada com temor, impregna o meu coração. Vou ser um bom pai?
Vou saber acompanhar o meu filho na estrada que foi preparada para ele? E,
depois, o que será dele? O desafio está começando e estar em companhia da
Igreja, com um grande aliado como Santo Ambrósio, torna mais saboroso e
atraente o início deste caminho.
Quero compartilhar com todos o texto que completa a citação.
É um trecho dos “Sete diálogos com Ambrósio, bispo de Milão” (Centro
Ambrosiano, 1996):
1 – A educação dos filhos é para adultos
dispostos a uma dedicação em que se esquecem de si mesmos: serão capazes o
marido e a mulher que se amam o suficiente para não mendigarem afeto.
2 – O bem dos filhos será o que eles próprios
escolherem: não sonhem por eles. Bastará que saibam amar o bem e se guardarem
do mal e que tenham horror à mentira.
3 – Não pretendam, portanto, definir o futuro
deles: tenham confiança neles, mesmo que os surpreendam e pareçam esquecer-se
de vocês.
4 – Não encorajem ingênuos sonhos de grandeza,
mas, se Deus os chama para algo belo e grandioso, não sejam vocês a pedra que
os impeça de voar.
5 – Não tenham a arrogância de tomar decisões no
lugar deles; antes, ajudem-nos a entender que é preciso decidir, e não se
assustem se o que amam traz desafios e às vezes faz sofrer: é insuportável uma
vida vivida por nada.
6 – Mais do que seus conselhos, o que irá
ajudá-los é a estima que eles têm por vocês e a estima que vocês têm por eles;
mais do que mil recomendações sufocantes, o que irá ajudá-los são os gestos que
eles virem em casa: as mostras de afeto simples, corretas e expressas com
pudor; a valorização recíproca; o senso de proporção; o domínio das paixões; o
gosto pelas coisas belas e pela arte; a força de sorrir. E todos os discursos
sobre caridade não me ensinaram mais do que os gestos da minha mãe, que dava
espaço em casa para um mendigo faminto. Não encontro gesto melhor para dizer do
orgulho de ser homem do que quando meu pai tomou a vez para defender um homem
acusado injustamente.
7 – Que os filhos habitem a sua casa com aquele
saudável bem-estar que traz felicidade e os encoraja justamente a saírem de
casa, porque se trata de um ambiente de confiança em Deus e de gosto pelo bem
viver.

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