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domingo, 13 de junho de 2021

Liberalismo de esquerda e liberalismo de direita: não, a Igreja não apoia nenhum

Aleteia
Por Mark Gordon - publicado em 23/01/2017

Rótulos artificiais mascaram um fato: as duas orientações se apoiam em posições condenadas há muito tempo pela Igreja.

Tanto a chamada “esquerda” quanto a chamada “direita” têm o péssimo e desonesto costume de se apossar da doutrina da Igreja como coisa sua, pregando, por própria conta, que eles mesmos, como “esquerdistas” ou “direitistas”, é que são os verdadeiros fiéis católicos – e instrumentalizando a Igreja como se ela fosse um espelho “mais ou menos espiritualizado” de uma ideologia “sócio-político-econômica” (e como se fosse mais herético questionar essa ideologia do que reduzir a pessoa de Cristo a um ícone a serviço de um “bloco” ou de outro). Com a piora do quadro crônico em que ocorre essa interpretação esdrúxula, manipuladora e interesseira da doutrina da Igreja como simples chancela de preferências “sócio-político-econômicas” particulares, trazemos à discussão este texto de Mark Gordon que pode servir como estímulo para a reflexão.

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Ao longo das últimas décadas, a política dos Estados Unidos tem se dividido, aparentemente, em dois campos opostos e irreconciliáveis: os “liberais” e os “conservadores” (ndr: esses termos equivalem, no espectro político brasileiro, aos clichês genéricos “esquerdistas” e “direitistas”, respectivamente).

Na esteira da bem-sucedida “estratégia do Sul”, de Richard Nixon, essa divisão imaginária acabou incorporada às identidades e ao autoentendimento dos dois principais partidos políticos do país, com os Democratas representando o “liberalismo” (ou a “esquerda”, como se diria no Brasil e em outros países latino-americanos) e os Republicanos o “conservadorismo” (ou a “direita”). Esse modelo binário é imposto até mesmo às interpretações sobre o Papa, com alguns “conservadores” acusando Francisco de “liberal” e alguns “liberais” garantindo que eles estão certos!

De um ponto de vista católico, essa divisão é artificial e baseada numa deturpação, às vezes deliberada, às vezes inocente, daquilo que o liberalismo é de fato, e, por extensão, de quem é e de quem não é liberal. O caso é que, nos Estados Unidos, há dois partidos liberais dominantes.

O Partido Republicano, longe de ser conservador, adota, na verdade, o que poderíamos chamar de “liberalismo de direita”, conhecido também como liberalismo clássico: um liberalismo essencialmente político e econômico.

Já o Partido Democrata segue o padrão do “liberalismo de esquerda”, que poderíamos chamar de liberalismo moderno, preponderantemente social e cultural.

A divergência desses dois liberalismos sobre questões específicas mascara as suas raízes comuns e as suas visões de mundo que se reforçam mutuamente.

Na sua carta apostólica “Octogesima Aveniens”, o Papa Paulo VI escreveu: “Encontra-se na própria raiz do liberalismo filosófico uma concepção errônea da autonomia do indivíduo no seu agir, na sua motivação e no exercício da sua liberdade”.

Para ouvidos modernos, tais palavras do pontífice podem parecer uma condenação do liberalismo sócio-cultural, com a sua retórica libertina que martela as teclas da “escolha”, dos “direitos” e da “autonomia”. Na verdade, o Santo Padre estava discutindo o liberalismo político-econômico, que ensinou o mundo moderno a implantar a linguagem do individualismo e, através dela, a comunicar um ponto de vista antropológico em fundamental desacordo com a concepção católica do homem e da sociedade.

Em seu livro “Holocaust of the Childlike”, o escritor Daniel Schwindt resume com clareza a afinidade retórica entre os dois liberalismos:

Estamos numa situação em que não resta nada diante de nós senão ser filisteus e fariseus. Um diz ‘O corpo é meu, me deixem em paz’, enquanto o outro diz ‘O dinheiro é meu, me deixem em paz’. As duas mentalidades podem se resumir à mesma filosofia do ‘é meu’, e, no fim, as duas são adeptas do liberalismo, acreditando zelosamente que o bem supremo reside na liberdade individual de fazer qualquer coisa que bem se entenda, envolva ela o próprio corpo ou as próprias finanças“.

As origens do liberalismo são fáceis de identificar. É um movimento moderno, que surgiu a partir do Iluminismo do século 17. Fundamentalmente, o Iluminismo foi um movimento de ideias caracterizadas por uma rejeição, ora explícita e vigorosa, ora nem tanto, da civilização cristã que o precedeu, especialmente da autoridade espiritual e temporal da Igreja católica. Como expressão dessa rejeição, os filósofos do Iluminismo procuraram formular uma base racional para a ética e para a moralidade, incluindo nisso o governo das sociedades humanas. Seu inimigo era a tradição, principalmente o que eles tachavam de “superstições” da Igreja. Enquanto a virtude tinha sido a principal preocupação da filosofia desde o período clássico e durante toda a idade medieval, o Iluminismo fez da liberdade, em especial da “liberdade da mente”, a sua preocupação central. O próprio liberalismo teve muitos pais, mas David HumeThomas HobbesJohn Locke e Jean-Jacques Rousseau são os seus fundadores mais frequentemente citados. Deles todos, Locke foi a inspiração mais importante para os fundadores dos Estados Unidos, a primeira república liberal do mundo.

Seguindo Hobbes, Locke acreditava que o homem, no seu “estado natural“, é um sujeito solitário furiosamente egoísta, o que provoca, inevitavelmente, a supremacia do mais forte sobre o mais fraco, limitando assim a liberdade da maioria. Locke acreditava que a maioria, formada pelos fracos, criou os governos a fim de conter os fortes e reafirmar a liberdade como direito de nascença de todos. Suas ideias sobre a sociedade civil, a separação dos poderes e a tolerância religiosa pretendiam criar uma sociedade racional, em que a liberdade fosse maximizada e limitasse as agressões dos poderosos.

Mas, como C. B. MacPherson demonstrou em seu livro de 1962, “A Teoria Política do Individualismo Possessivo: de Hobbes a Locke”, a noção de liberdade de Locke era mecanicistarelativista e caracterizada pelo “individualismo possessivo”, que, para MacPherson, indicava o individual como a posse de si mesmo. Enquanto o pe. John Donne escreveu que “nenhum homem é uma ilha / todo homem é um pedaço do continente / uma parte do fundamental“, Locke dizia que cada homem é, sim, uma ilha, e que o propósito do Estado é garantir a regozijada independência de cada homem diante de todos os outros homens.

De acordo com MacPherson, Locke entendia a liberdade como “ser livre da vontade dos outros”, da dependência de outros e das obrigações para com a sociedade. “Se o que torna um homem um ser humano é ser livre das vontades dos outros”, escreveu MacPherson, “então a liberdade de cada indivíduo só pode ser legitimamente limitada pelas obrigações e regras necessárias para garantir as mesmas liberdades para os outros”. Este é o cerne tanto do liberalismo político-econômico da direita quanto da libertinagem sócio-moral da esquerda. Esta é a base tanto para uma forma de capitalismo que sacode a sociedade das suas bases morais tradicionais quanto para o aventureirismo moral que “descobre” infinitos novos “direitos” sexuais e sociais. Esta é a fonte do indiferentismo religioso e do secularismo. Este é o alicerce do consumismo e da mercantilização das pessoas humanas e dos relacionamentos.

Pressupôs-se, e ainda se pressupõe hoje em muitos lugares, que o liberalismo político e econômico não exerceria nenhum efeito sobre o caráter social e moral de um povo, a não ser, em todo caso, algum efeito de “reforço positivo”. Esta foi, certamente, a convicção do pe. John Courtney Murray, o teólogo jesuíta do século XX que hoje é um herói tanto para os liberais da direita, como George Weigel, quanto para os liberais da esquerda, como James Carroll. O pe. Murray é creditado com frequência como o inspirador da Declaração do Concílio Vaticano II sobre Liberdade Religiosa, a “Dignitatis Humanae”, na qual a Igreja adotou uma concepção distintamente americana de liberdade religiosa. Menos conhecido é o papel do pe. Murray como inspirador de outro “concílio”, conhecido como “o Conclave de Hyannisport”, de 1964. A escritora Anne Hendershott descreve o cenário:

Numa reunião no complexo dos Kennedy em Hyannisport, Massachusetts, em um dia quente do verão de 1964, a família Kennedy e seus assessores e aliados recebiam um coaching dos principais teólogos e professores universitários católicos sobre o modo de aceitar e promover o aborto ‘de consciência limpa’.

O ex-padre jesuíta e ex-professor de ética da Universidade de Washington, Albert Jonsen, relembra a reunião em seu livro ‘O Nascimento da Bioética’ (Oxford, 2003). Ele descreve o encontro que reuniu os reverendos Joseph Fuchs, teólogo moral católico, Robert Drinan, então reitor da Boston College Law School, e três teólogos acadêmicos, Giles Milhaven, Richard McCormick e Charles Curran, para orientar a família Kennedy a redefinir o apoio ao aborto.

Jonsen escreve que as conversas em Hyannisport foram influenciadas pela posição de outro jesuíta, o pe. John Courtney Murray, posição essa que ‘distinguia entre os aspectos morais de uma questão e a possibilidade de aprovar uma legislação sobre aquela mesma questão’. Chegou-se ao consenso, no ‘Conclave’ de Hyannisport, de que os políticos católicos ‘podem tolerar uma legislação que permite o aborto em determinadas circunstâncias, como no caso em que os esforços políticos para reprimir esse erro moral podem causar riscos maiores para a paz e para a ordem social”.

O próprio pe. John cristalizou o que poderíamos chamar de “Princípio de Murray” num memorando de 1965 enviado ao cardeal Spellman, de Boston. Spellman tinha pedido a Murray um parecer sobre a descriminalização da contracepção, que estava sendo proposta no Estado de Massachusetts. No memorando, Murray escreveu: “Não é função do direito civil impor tudo o que é moralmente correto nem proibir tudo o que é moralmente errado. Em razão da sua natureza e finalidade, como instrumento da ordem na sociedade, o propósito do direito se limita à manutenção e à proteção da moralidade na esfera pública. Questões de moral privada ultrapassam o escopo do direito: elas devem ser deixadas para o âmbito da consciência pessoal“.

Este mesmo argumento tem sido usado ao longo dos últimos quarenta anos em relação a tudo, desde a pornografia até o casamento entre pessoas do mesmo sexo, passando, é claro, pelo aborto.

Pode nos fazer pensar, a este respeito, o seguinte fato: Murray, que se horrorizava com o aborto e ficaria chocado com a ideia do casamento homossexual, parece nunca ter considerado que os pressupostos antropológicos embutidos no liberalismo político-econômico e concretizados em dispositivos constitucionais estadunidenses como a Primeira Emenda iriam acabar permeando a vida social e moral dos Estados Unidos (para aprofundar no assunto, eu recomendo o ensaio do editor da “Communio”, David Schindler, “Religious Truth, American Freedom, and Liberalism: Another Look at John Courtney Murray”.

Acontece, porém, que, depois de dois séculos, as propriedades do liberalismo clássico, muito sutis, mas ainda assim implacavelmente corrosivas, fizeram o seu estrago.

A definição de liberdade proposta por Locke como “ser livre das vontades dos outros” se transformou em ser livre do bem comum, da lei natural, dos ensinamentos da Igreja e até mesmo das obrigações de uma mãe para com seu próprio filho.

Fonte: Aleteia

Apelo da Caritas Internationalis ao G7 pelo cancelamento da dívida dos países pobres

Os líderes dos países mais ricos do mundo durante sessão do G7

Na sexta-feira teve início a Cúpula do G7, em andamento até o domingo, no Condado britânico de Cornwall. Muitos pronunciamentos e debates sobre os principais temas internacionais. Apelo da Caritas Internationalis em favor dos países mais vulneráveis. Na recepção aos participantes, presente a Rainha Elizabeth e a família real.

Isabella Piro – Vatican News

Cancelar a dívida dos países pobres e reinvestir esses recursos na retomada da economia atingida pela Covid-19 e na luta contra as mudanças climáticas: este é o apelo lançado pela Caritas Internationalis ao G7que desde a sexta-feira, 11, até o domingo 13 junho, vê os representantes dos 7 países economicamente avançados do mundo reunidos em Carbis Bay, Cornwall: são eles Reino Unido, Itália, Canadá, França, Alemanha, Japão e Estados Unidos. Também participam líderes europeus e os países convidados Índia, Coreia do Sul, Austrália e África do Sul. 

“A Covid-19 - explica em uma nota o secretário-geral da Caritas Internationalis, Aloysius John, - colocou em evidência as crescentes injustiças sociais no mundo de hoje. Eliminá-las deve ser a única forma de reconstruir o futuro”.

Neste sentido, a organização de caridade recorda as dramáticas consequências da dívida para as populações dos países em desenvolvimento: na Zâmbia, por exemplo, a dívida representa 45 por cento do orçamento anual do governo. Os poucos recursos disponíveis, portanto, não são suficientes para "fortalecer o sistema nacional de saúde" diante da emergência provocada pelo coronavírus que, até hoje na nação africana, deixou um rastro de 106 mil contágios e mais de 1.300 mortes.

“Mais uma vez – acrescenta Aloysius John - a Caritas Internationalis faz ouvir a sua voz para ecoar o grito dos mais pobres”. Assim, a exortação ao G7 para estar "na vanguarda da resposta à Covid-19, para assim apoiar quer as pessoas mais afetadas pela pandemia, como uma retomada justa e sustentável", cujo primeiro passo "é garantir que todos os pagamentos da dívida sejam cancelados, incluindo os credores privados”.

Há a previsão, de fato, de que "somente os governos africanos paguem 23,4 bilhões de dólares em reembolsos de dívidas a credores privados em 2021, ou seja, mais de três vezes o custo de compra de vacinas para todo o continente".

Especificamente, o organismo internacional de caridade apresenta quatro pedidos aos membros do G7: além de interromper o pagamento da dívida a credores privados, a primeira instância pede o esforço dos governos do G7 de "explorar opções legislativas que incentivem os credores privados a participarem em iniciativas de redução da dívida".

O segundo é um apelo ao Grupo dos 7 para "mobilizar financiamentos para responder às necessidades imediatas levantadas pela Covid (fortalecimento dos sistemas de saúde, redes de segurança social, acesso a vacinas) e apoiar uma retomada justa e ecológica, sem agravar a crise da dívida no Sul do mundo".

O terceiro pedido, por outro lado, diz respeito “à nova emissão de Direitos de Saques Especiais (Special Drawing Rights, DSP), para que os países menos desenvolvidos tenham um maior apoio e o seu endividamento não aumente”. Os DPS, de fato, não são uma moeda propriamente dita, mas sim um direito de adquirir uma ou mais das 'moedas utilizáveis livremente' mantidas nas reservas oficiais dos países membros do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Por fim, a última exortação é demonstrar que o G7 “está levando a crise climática a sério, prometendo acabar com os subsídios para os combustíveis fósseis”.

Fonte: Vatican News Service - IP

XI DOM TEMPO COMUM - Ano "B"

Os doze Apóstolos | Vatican News
Dom Paulo Cezar Costa
Arcebispo de Brasília

O Reino de Deus: caminho de gratuidade

Neste domingo, temos diante de nós duas parábolas explicando o Reino de Deus. Jesus está se dirigindo à multidão e usa a linguagem das parábolas. A parábola tem a capacidade de velar e desvelar. Ela, ao mesmo tempo que tem uma linguagem de fácil compreensão, tornando mais compreensível o ensinamento de Jesus, revelando-o, tem também a capacidade de velar o ensinamento.  Tanto que quando fica sozinho, com os discípulos, Jesus lhes explica tudo.

Na primeira parábola, aquela da semente que germina por si só (Mc 4,26-29), Jesus compara o Reino de Deus a um homem que lançou a semente por terra: ele dorme e acorda, de noite e de dia, mas a semente cresce e germina, sem que ele saiba como.  O semeador lançou a semente, mas depois não lhe é exigido qualquer trabalho até a colheita. Jesus lançou a semente, o domínio régio divino começou, e seguirá o seu percurso (G. BARBAGLIO, Jesus, Hebreu da Galiléia, 286). Esta parábola mostra que a Basiléia vem e já se pode experimentar sua penetração redentora, perceptível unicamente por quem a contempla numa atitude de fé. Isso teve o seu início com Jesus e tem o seu futuro Nele (J. Gnilka, El Evangelio segun San Marcos, 215).

Na segunda parábola, a do grão de mostarda (Mc 4,30-32), Jesus compara o Reino com o grão de mostarda, que quando é semeado na terra – sendo a menor de todas as sementes da terra quando é semeada -, cresce e torna-se maior que todas as hortaliças, e deita grandes ramos, a tal ponto que as aves do céu se abrigam à sua sombra. O Reino aqui é apresentado como algo minúsculo destinado a crescer no tempo até tornar-se uma grande realidade.  O relato da parábola rege-se pelo contraste “a menor” x “a maior”, que significa a situação de partida e de chegada. O centro da parábola está nestes dois pontos. Porém, entre a menor e a maior há uma ligação necessária: sem semente, não há nenhum arbusto; e o arbusto está, potencialmente, já presente na semente. Quem vê a semente semeada no campo está seguro de que verá o seu crescimento (G. BARBAGLIO, Jesus, Hebreu de Galiléia, 285). Nos gestos e nas palavras de Jesus, o Reino realmente está presente sob o signo da pequenez, de pequenos inícios, do nada aos olhos humanos. Mas o grande sucesso do Reino de Deus nascerá e abarcará os povos do mundo.

O Evangelista enfatiza que “Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender” (Mc 4, 33). Poder compreender mostra a bondade de Jesus, pois era uma maneira de tornar acessível ao povo simples os mistérios mais profundos do Reino de Deus. Entretanto, há o antagonismo, pois o Evangelho termina dizendo que quando estava sozinho explicava tudo para os discípulos.  O povo compreendia o que podia, mas aos discípulos, Jesus os faz irem entrando, com profundidade, nos mistérios profundos do Reino de Deus.

Que o encontro com estas parábolas nos ajude a perceber e a viver da grandeza do Reino de Deus, em Jesus de Nazaré. E nos faça recuperar a gratuidade do dom divino, percebendo que o Reino não são esquemas ideológicos e políticos, mas é o caminho de gratuidade de Deus se envolvendo com os homens e dos homens se envolvendo no projeto de Deus, numa resposta de amor.

Fonte: Arquidiocese de Brasília

Arquidiocese de Brasília ordena 10 novos padres

Foto: Arqbrasília

Arquidiocese de Brasília ordena 10 novos padres

Mesmo diante de todas as dificuldades que a pandemia do COVID 19 impôs, a Arquidiocese de Brasília, com alegria, numa celebração cheia de emoção no dia dedicado ao Sagrado Coração de Maria, 11 de junho, ordena 10 novos padres.

Foto: arqbrasilia

A celebração, que aconteceu na Catedral de Brasília, às 9h, foi presidida pelo Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar e concelebrada por seus auxiliares: Dom José Aparecido e Dom Marcony Vinícius. Estiveram presentes o reitor do Seminário N. Sra. De Fátima, Pe. Eduardo Peters, o reitor do seminário Redemptoris Mater, Pe. Paulo de Matos, padres e diáconos da Arquidiocese e familiares (em número reduzido).

Foto: arqbrasilia

Em sua homilia, o arcebispo destacou que “o padre não está enraizado no mundo, mas sim, na palavra, no Verbo de Deus, no próprio Cristo. Sendo assim, presença de Cristo na vida da Igreja que está no mundo. ”

Padre Lucas Tadeu, ao final da celebração, em nome de todos os ordenados, agradeceu a todos que os ajudaram ao longo e dirigiu a palavra ao arcebispo, “mais uma vez agradecemos ao nosso pai e pastor, dom Paulo Cezar que neste dia 12, completa seis meses à frente da nossa Arquidiocese. Dom Paulo, muito obrigado por sempre se mostrar um pastor zelo e acolhedor, sobre tudo para nós, seus filhos primogênitos, Deus abençoe seu ministério e conte conosco. Estamos disponíveis para servir e com alegria naquilo que nos for proposto. ”

Sacramento da Ordem

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a Ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo aos Apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até ao fim dos tempos: é, portanto, o sacramento do ministério apostólico. E compreende três graus: diaconato, o presbiterado e o episcopado (CIC 1536).

Fonte: Arquidiocese de Brasília

Santo Antônio de Pádua

S. Antônio de Pádua | Guadium Press
Quem foi Santo Antônio de Pádua?
“O Santo dos Milagres”: Santo Antônio de Pádua (ou de Lisboa) é o “Martelo dos hereges”, o “Doutor Evangélico”, o padroeiro do mundo inteiro!

Redação (12/06/2020 13:00, Gaudium Press) Em 1147 D. Afonso Henriques reconquistava a cidade de Lisboa para a Igreja Católica. Cinquenta anos depois, a nação portuguesa foi presenteada por Deus com outra vitória: em 1195, aproximadamente, nascia Fernando Martins.

A vocação e o rompimento com o mundo

Aos 15 anos Fernando sentiu o chamado de Deus para a vida religiosa e, atento aos desígnios divinos, não pôde recusar ou fazer ouvidos moucos. Incorporou-se logo à Ordem dos Cônegos Regrantes de Santo Agostinho, no Mosteiro de São Vicente de Fora, onde dedicou-se por dois anos e meio ao fortalecimento empenhado das virtudes na luta contra o demônio, o mundo e a carne. Para ajudar neste combate, seus superiores autorizaram seu translado para Coimbra, pois assim teria mais facilidade em desapegar das coisas que lhe podiam oferecer o mundo.

Como centro intelectual que era a cidade de Coimbra naquele tempo, Fernando Martins estudou e aprendeu com a doutrina dos Padres da Igreja, e mais especialmente com Santo Agostinho, de quem assimilou a tão sábia Regra.

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O estudo das Sagradas Escrituras, foi feito por ele com tanta dedicação mas, sobretudo, com tanto amor, que tinha inteiramente gravado na memória todos os livros desde o Gênesis até o Apocalipse. Nesta mesma cidade, Fernando foi elevado à dignidade sacerdotal.

São Francisco e São Domingos contra os erros do mundo

Além de presentear o povo lusitano, Deus suscitava para a defesa da Igreja e para a salvação das almas outros dois varões: São Francisco e São Domingos. Fundadores de duas ordens mendicantes que bem poderíamos chamar increpadoras: pregando extremos de pobreza e desapego às coisas do mundo, os missionários dominicanos e franciscanos não cessavam de denunciar nos púlpitos e nos confessionários os erros que punham em risco a salvação de tantas almas. A estes eleitos quis juntar-se Fernando Martins.

Fernando Martins morre para o mundo; nasce Antônio para Deus

Durante uma expedição missionária no norte da África, cinco filhos espirituais de São Francisco entregaram suas almas através do martírio. O ímpeto das pregações e a fé deles começou a arrastar multidões. Com isso, também se somou a cólera do miramolim de Marrocos que mandou matá-los. Pobre desavisado! Não sabia ele que “sangue de mártires é semente de cristãos”. Em toda a Europa o fato se tornou admiravelmente conhecido e, com grande homenagem, reverência e devoção os restos mortais dos missionários foram recebidos na cidade de Coimbra, em meados 1220.

Cheio de encanto e consonância com a vocação daqueles heróis da Fé, o então Cônego Fernando sentiu aquilo soar em seu coração como uma aprovação de Deus ao seu desejo de unir-se aos filhos de São Francisco no Convento de Santo Antônio de Olivares. Recebida a licença dos superiores, o Cônego Fernando recebeu o hábito dos Frades Menores pouco depois, tomando o nome de Frei Antônio.

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Missão em África

Apenas cumpria o quinto mês de noviciado e Antônio já ardia em desejo de ser enviado para a terra que dera os primeiros mártires à Ordem Franciscana. Entretanto, não parecia estar ali o cumprimento dos desígnios divinos. Frei Antônio passava por febres e indisposições graves e, apesar de ter alcançado grandes pelejas pela fé cristã, seus superiores o mandaram de volta para o continente europeu.

A volta para a Europa

Retornando ao seu continente natal, o navio foi arrastado por forte tempestade para as costas da Sicília. Após passar alguns meses no convento de Messina, Frei Antônio viajou até Assis onde se daria o Capítulo Geral da Ordem. Era o ano de 1221; o próprio São Francisco presidiria o acontecimento.

Após o Capítulo Geral, Frei Antônio assumiu com impressionante e exemplar humildade o ofício de ajudante de cozinha no Eremitério de São Paulo, localizado na Província de Romandiola. Com total submissão e no mais completo anonimato, dormia numa gruta e jamais reclamava.

Dentro de uma humildade exemplar, uma revelação!

Foi nesta mesma época que houve uma ordenação sacerdotal na cidade de Forli, onde se encontravam reunidos alguns filhos de São Francisco e de São Domingos. Frei Antônio estava presente. No final da cerimônia, o Provincial dos Frades Menores pediu que um dos Irmãos Pregadores pronunciasse as palavras de encerramento. Todos, porém, esquivaram-se da honra, pois ninguém tinha preparado aquele discurso e o improviso corria o risco de ser desastroso em uma ocasião solene como aquela.

Para remediar a situação, o Provincial dos franciscanos decidiu incumbir do encargo a qualquer um dos seus subalternos, confiando na inspiração da graça. E designou para isto um frade português que desempenhava a função de ajudante de cozinha no Eremitério de São Paulo. Com a simplicidade das almas acostumadas à obediência, o humilde religioso, até então em silêncio, se dispôs a cumprir a ordem. Para surpresa geral, Frei Antônio ainda o fez em perfeito uso da língua latina.

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O discurso foi simplesmente brilhante e sua figura ficou marcada aos olhos de todos como insigne pregador, cheio de fogo e entusiasmo ressaltados por sua grande despretensão.

Um pregador rigoroso

As pregações do santo atraíam as multidões não porque procurasse agradar aos ouvintes, senão porque procurava transformar os ouvintes em almas que agradassem a Deus. E as conversões eram abundantes! Frei Antônio era destemido e não tinha receio de reprovar os erros, ainda que os ouvintes culpados fossem autoridades civis ou eclesiásticas. Certa vez converteu um prelado quando, corrigindo-o, começava a censurar-lhe diante de toda a multidão: “Tenho algo a dizer a ti que usas a mitra!”. As lágrimas correram abundantes pela face do Bispo, que mudou de conduta. Certamente tudo isso foi a causa do milagre que já dura quase 800 anos: a língua incorrupta de Santo Antônio venerada em Pádua.

Em 1224, Frei Antônio foi enviado a lutar contra os cátaros e albigenses no sul da França. Aí seus milagres foram numerosos e as conversões realizadas por Deus através do santo foram inegavelmente prodigiosas.

Os últimos anos de Santo Antônio

Frei Antônio deixou a França no ano de 1227, quando foi convocado para um novo Capítulo Geral da Ordem. Nesta Assembleia, ele foi eleito Superior Provincial da Emilia-Romagna, onde ficava a cidade de Pádua – a sede do Provincialato – região na qual passou os quatro últimos anos de sua vida.

Este último período de sua trajetória terrena foi marcado também pelas calorosas pregações, pelos rigorosos sacrifícios e mortificações, pelas piedosas orações, pelos prodigiosos milagres, pelas numerosas conversões e pelo incansável apostolado.

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No momento derradeiro, tendo recebido os sacramentos, despediu-se de todos e cantou a Nossa Senhora toda a antífona: “Ó Virgem gloriosa que estais acima das estrelas…” Em seguida, ergueu os olhos para o céu. Todos os presentes o ouviram dizer: “Estou vendo o Senhor…” Pouco depois morreu. Era o dia 13 de junho de 1231. Frei Antônio estava com 36 anos de idade.

Os milagres de Santo Antônio

Tal é a quantidade de feitos miraculosos, curas e graças recebidas por intermédio de Santo Antônio, que ele é conhecido como o “Santo dos Milagres”. Sem dúvida, isso foi a causa de sua canonização se realizar menos de um ano após sua morte.

Além do mais, era frequente que nos sermões e nas pregações, apesar de Frei Antônio estar falando em apenas uma língua, os estrangeiros de vários outros lugares pudessem ouvi-lo no idioma próprio. Também quase não havia coxo, cego ou paralítico que, depois de receber sua bênção, não ficasse curado. Em certa ocasião converteu 22 ladrões que, apenas por curiosidade, tinham ido para ouvir sua pregação.

A mais antiga de suas biografias conta que “dia e noite [Frei Antônio] tinha discussões com os hereges; expunha-lhes com grande clareza o dogma católico; refutava vitoriosamente os preceitos deles, revelando em tudo ciência admirável e força suave de persuasão que penetrava a alma dos seus contrários”.

Entretanto, não se pode imaginar que a ação apostólica de Santo Antônio fosse feita sem dificuldades, sem oposições, sem a atuação dos inimigos da Igreja. Havia opositores, sim. E eles eram muito ativos. Mas, pior que os inimigos, eram os indiferentes.

Em certa ocasião, na região de Rimini, no norte da Itália, os inimigos da Fé Católica queriam impedir que o povo fosse aos sermões do Santo. Para isso, prepararam uma cilada: enviaram comparsas até a próxima cidade em que Antônio iria. Antes da chegada do Santo eles espalharam seu veneno entre o povo:

“– Antônio é um frade mentiroso e falso”. Cochichavam eles.

Antônio chegou à cidade e começou sua missão. Estranhamente, durante seu sermão, o povo se mantinha indiferente e os hereges não o quiseram escutar virando-lhe as costas. O Santo não teve outra alternativa senão abandonar seus ouvintes. Mesmo assim, não desanimou: foi até à beira da água, onde o rio conflui com o mar, e chamou os peixes para escutá-lo.

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O resultado foi surpreendente: milhares de peixes de variados tipos e tamanhos aproximaram-se com a cabeça fora da água em atitude de escuta. E o Santo falou para eles. Aproveitou a ocasião para elogiar a participação dos peixes na história da salvação…

Mais que uma atitude desconcertante, ali estava acontecendo um estupendo milagre! Os moradores que testemunharam o fato não deixaram de contar o ocorrido para o restante da população. A notícia correu por toda a cidade e, com ela, um sopro de entusiasmo percorreu a região sacudindo os indiferentes, deixando envergonhados os detratores de Antônio. Muitos deles se converteram. Foi uma lição!

O burro e o ateu

Em uma ocasião, disse um ateu: “para poder crer na presença real de Jesus na hóstia consagrada, quero um milagre!”. Para ele, o Santíssimo Sacramento era uma burla, uma chantagem. Certo dia, diante de toda a cidade, fez a Santo Antônio uma proposta ímpia e arrogante: “Deixo minha mula sem comer durante três dias. Depois disso, trago o animal até essa praça e ofereço feno e aveia para ela. Enquanto isso, Frei Antônio, o senhor vai mostrar para a ela a Hóstia consagrada. Se a besta deixar a comida de lado e der atenção à Hóstia, se ela a reverenciar como se a adorasse… Então eu passo a acreditar. Passo a crer na presença de Jesus na Eucaristia! Santo Antônio aceitou a proposta.

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Três dias depois, na praça repleta, chega o homem puxando seu faminto animal. Santo Antônio também chegou. Respeitosamente, ela trazia uma custódia com Santíssimo Sacramento. O incrédulo colocou o monte de feno e aveia próximo de onde estava Frei Antônio e, confiante, soltou o animal. Conforme o que se havia combinado, a mula deveria escolher sozinha entre o alimento e o respeito à Hóstia consagrada.

O suspense geral foi quebrado quando o animal, livre de seus cabrestos, calmamente, dobrou seus joelhos diante da custódia com o Santíssimo Sacramento. Um milagre suficiente para converter até ateus de hoje…

Antônio era também exorcista!

Desde pequenino, Antônio foi devoto de Nossa Senhora. Rezava sempre a Ela e recorria continuamente a seu socorro. E ela atendia constantemente. Um dia, por exemplo, já religioso, quando o demônio já não podia mais suportar o bem que o santo fazia, agarrou-o pelo pescoço tão violentamente que estava a ponto de enforcá-lo. Antônio já estava sem voz. Usando de suas últimas forças, pôde balbuciar as palavras da antífona mariana: “O Gloriosa Domina!”. No mesmo instante, o demônio fugiu espavorido. Depois de livrar-se do maligno e recompor-se, Antônio viu que a seu lado estava a Rainha do Céu, resplandecente de glória.

Por que Santo Antônio tem o Menino Jesus nos braços?

Já no fim de sua vida, Antônio hospedou-se na casa de uma família amiga, em Camposampiero. Quem narra este episódio é o Conde Tiso, anfitrião do Santo:

À noite, o Santo já estava nos aposentos a ele destinados, recolhido em oração. O dono da casa percebeu que uma luz forte vinha de dentro do quarto onde estava Antônio. Não poderia ser luz de velas, era forte demais, muito intensa. O Conde, vencido pela curiosidade, levantou-se e foi ver o que poderia ser aquilo. Aproximou-se do quarto e, pelas frinchas da porta deparou-se com uma cena miraculosa:

Guadium Press

O Santo estava arrebatado em contemplação. A Virgem Maria, então, coloca nos braços dele o Menino Jesus. O menino enlaça seus bracinhos ao pescoço do frade e amigavelmente conversa com ele. Sentindo que estava sendo observado, o Santo procurou o Conde Tiso e o fez jurar que só depois que ele morresse o Conde contaria o que tinha visto naquela noite. Foi esse o fato que deu motivo para que Santo Antônio fosse representado em suas imagens com o Menino Jesus nos braços.

Por Arthur Leal

Fonte: https://gaudiumpress.org/

sábado, 12 de junho de 2021

Um namoro diferente leva à santidade

Editora Cléofas
Por Prof. Felipe Aquino

O casal brasileiro: Servos de Deus Zélia e Jerônimo

A experiência da vida matrimonial dos Servos de Deus Zélia e Jerônimo, casal brasileiro do século 19, mostra que é possível ser santo na vida cotidiana correspondendo à vocação ao qual foi chamado.

Jerônimo de Castro Abreu Magalhães nasceu em Magé e Zélia Pedreira Abreu Magalhães em Niterói. Casaram-se em 27 de julho de 1876, na Chácara da Cachoeira, bairro da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro.

Ele engenheiro civil e ela uma jovem letrada, com primorosa formação artística, literária e científica, de modo que aos 14 anos traduziu do italiano para o português, a obra de Cesare Cantu “Il Giovinetto”.

O desejo de Jerônimo e Zélia sempre foi o de agradar a Deus desde o período em que se conheceram, quando na troca de olhar já ficou claro que o namoro deles seria um namoro diferente, declarou Dom Roberto Lopes, vigário episcopal para a Vida Consagrada e responsável pelos processos de candidatos à causa dos santos da Arquidiocese do Rio; conforme nota da Portalum.

“Zélia e Jerônimo eram muito apaixonados. A vida de oração foi crescendo dentro do coração do casal. Eles educaram seus filhos para Deus, e a Eucaristia era algo que procuravam dar de presente para o povo de Deus que o cercava”, destacou.

Desse casamento nasceram 13 filhos, quatro falecidos em tenra idade, os demais (três homens e seis mulheres) abraçaram diferentes ordens religiosas, dentre eles o frei franciscano José Pedreira de Castro, professor de ciências bíblicas que fundou em 1956 um Centro Bíblico e o curso de Sagrada Escritura por correspondência.

Na fazenda onde eles moravam havia uma capela, onde inúmeras vezes ao dia o casal era visto rezando, assim como também seus escravos, que iniciavam o trabalho do dia sempre com oração conduzida por Jerônimo e Zélia no pátio da fazenda.

A pesquisa histórica sobre Jerônimo de Castro Abreu Magalhães e sua esposa Zélia está sendo feita por uma comissão arquidiocesana, instalada no dia 23 de dezembro pelo arcebispo Dom Orani João Tempesta.

Da década de 30 até a década de 60, avida de Zélia foi bastante conhecida. Sua biografia chegou à sexta edição e foi traduzida em iugoslavo, alemão, francês, espanhol, em italiano, e em português de Portugal.

Atualmente, existem no Brasil em torno de cinquenta causas de beatificação, das quais 25 figura como postulador o Dr. Paolo Vilotta, responsável também pela causa dos Servos de Deus Zélia e Jerônimo.

Maria Emília Marega

Fonte: http://www.zenit.org/pt/articles/um-namoro-diferente-leva-a-santidade

https://cleofas.com.br/

Ordenações Presbiterais 2021 em Brasília - DF

Arquidiocese de Brasília

Hoje, 12 de junho, os diáconos:  

Mikaill Coaglio Silva Lucas , 

Luciano Ferri Pires, 

Carlos Domingo Flores Martínez, 

Jhon Aldwin Pabón Ocampo, 

Vanja Ćorković, 

Paulo César Quaresma de Souza, 

Daltair Felippe Rodrigues de Souza, 

Wellington dos Santos Ribeiro, 

Raimundo Nonato Oliveira Coêlho Filho e 

Lucas Tadeu 

Serão ordenados presbíteros. A celebração será presidida por Dom Paulo Cezar, arcebispo de Brasília, e acontecerá no Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, às 9h00.

A celebração de ordenação presbiteral terá número restrito de participantes em decorrência da covid-19 e obedecerá a todas as regras de prevenção da doença, como o uso obrigatório de máscara e o distanciamento social. A Assessoria de Comunicação da Arquidiocese  irá realizar a transmissão da celebração através dos perfis oficiais da Arquidiocese Brasília  (FaceBook e YouTube @arqbrasilia). Também haverá transmissão pela TV Canção Nova Brasília e pelas ondas da Rádio Nova Aliança.

Fonte: Arquidiocese de Brasília

Mãe de padre brasileiro se torna freira na mesma família religiosa

Instituto do Verbo Encarnado | Facebook
Por Francisco Vêneto

"Estamos seguindo a Cristo no mesmo caminho, na mesma vocação, e, como se não bastasse, com o mesmo carisma, o que é motivo para dar graças a Deus".

A mãe de um padre brasileiro se tornou freira na mesma família religiosa a que o filho pertence, o Instituto do Verbo Encarnado. O próprio padre Jonas Magno de Oliveira relatou a peculiar história vocacional, que tem chamado as atenções nas redes sociais.

Durante uma conversa com a agência de notícias ACI Prensa, o sacerdote testemunhou que começou a sentir o chamado à vida consagrada quando tinha 8 anos e frequentava a Missa com a família, o que lhe permitia constatar o zelo e cuidado pastoral de um sacerdote diocesano que o inspirava a dedicar a vida a Deus.

A família achava que esse primeiro interesse vocacional era “sonho de criança”, mas Jonas tinha a certeza de que era algo maior. Sua mãe, relata o agora sacerdote, não queria forçar a sua vocação, mas ficava ao seu lado ensinando-lhe as virtudes:

“Ela se inspirava em Nossa Senhora, que sempre esteve em silêncio, deixando que Cristo fizesse o que Ele tinha que fazer”.

Jonas tinha 13 anos quando sua mãe foi convidada a fazer os exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola. Enquanto ela transcorria os dias de retiro em silêncio, ele convivia com os formadores no seminário menor do Instituto do Verbo Encarnado, cujo reitor o “ajudou a discernir as preocupações vocacionais e confirmar que eu tinha uma vocação”.

O jovem decidiu entrar no seminário. Por ser filho único, temia que a mãe ficasse sozinha. A Providência, porém, tinha outros planos para ela também…

Mãe de padre brasileiro se torna freira na mesma família religiosa

As irmãs do Instituto Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará, que formam o ramo feminino do Instituto do Verbo Encarnado, a convidaram a viver com elas. O fato de ser enfermeira também lhe possibilitaria ajudar a cuidar de pessoas com deficiências mentais, o que a mãe do futuro pe. Jonas achou maravilhoso.

Ela aceitou a proposta e passou a viver com as religiosas pouco depois que ele próprio tinha entrado no seminário menor.

Por sua vez, o pe. Jonas foi ordenado em 8 de maio de 2020 e vive hoje em Roma, de onde se mostra muito agradecido a Deus “por estar tão perto de minha mãe, por estar aqui, por ser sacerdote, na missão, trabalhando e ajudando”.

O jovem sacerdote acrescenta que a vocação da mãe é um “presente espetacular”:

“Quando se fala de vocação, a maioria das pessoas diz: meu pai ou minha mãe foram contra… Mas comigo não foi assim. Minha mãe foi a favor, e não só a favor: agora estamos seguindo a Cristo no mesmo caminho, na mesma vocação, e, como se não bastasse, com o mesmo carisma, o que é muito especial e é um motivo para dar graças a Deus”.

Fonte: Aleteia 

EMPATIA, TERNURA E MANSIDÃO PARA UM MUNDO DILACERADO!

CNBB

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)

Conheço um Coração tão manso, humilde e sereno; com esta frase, da música do Pe. Joãozinho, apresentamos o mistério central do nosso Deus: seu Coração amoroso e compassivo que anima, conforta e cura nossa saudade e desejo de inteireza e perdão. Num país dividido e doente pela Pandemia, que ainda continua ceifando vidas, descobrir a companhia amiga e consoladora de um Deus que sempre está a procurar-nos, é fonte de luz e esperança.

Nele, mergulhamos na misericórdia que nos faz concertar nosso pobre coração machucado e tão sedento de apoio e acolhida. Com Ele, aprendemos a restaurar relacionamentos, renovar afetos, ser pacientes e suportar as nossas fraquezas e as misérias alheias. Somos capazes de perdoar e recomeçar de novo, não só no plano pessoal, mas escolher a não violência e a firmeza da verdade como estilo de vida e forja de uma política de amizade social e de comunhão como afirma o Papa Francisco.

A ternura, que nos faz partir das nossas fragilidades para compreender e amar os outros onde estão, e como são, respeitando processos e ritmos diferentes, bem como a diversidade de pontos de vista. O Sagrado Coração prioriza sempre as pessoas, superando preconceitos ideológicos ou técnicas de manipulação, reconhecendo a singularidade e a riqueza interior de cada ser humano, seja de credo, raça, etnia ou grupo social.

Sendo frágua de amor e fonte de paz e reconciliação, se torna caminho inspirador da civilização da ternura e da partilha, que a Encíclica Fratelli Tuti propõe e assinala. Para o Sagrado Coração não existem pessoas irrecuperáveis ou fatalmente inimigas, senão irmãos como o filho pródigo, a serem reencontrados e salvos da morte e do sem sentido da sua existência. Coração que abraça também a toda criatura e ser vivo, pois a fraternidade é universal e nos une à toda a Terra que, como afirma São Paulo, geme dores de parto até que se manifeste plenamente a glória dos filhos de Deus.

Que, iluminados e conduzidos por esta presença cordial e transformadora, nos tornemos cada vez mais em cuidadores e amigos dos pobres, pequenos e sofredores, compartilhando, como Jesus, suas dores, esperanças e sonhos na construção do Reino definitivo. Deus seja louvado!

Fonte: CNBB

Hoje a Igreja celebra o Imaculado Coração de Maria

ACI Digital
REDAÇÃO CENTRAL, 12 jun. 21 / 05:00 am (ACI).- No dia após a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja celebra a festa do Imaculado Coração de Maria, a fim de mostrar que estes dois corações são inseparáveis e que Maria sempre leva a Jesus.

Esta celebração foi criada pelo papa Pio XII, em 1944, para que, por intercessão de Maria se obtenha “a paz entre as nações, liberdade para a Igreja, a conversão dos pecadores, amor à pureza e a prática da virtude”.

São João Paulo II declarou que esta festividade em honra à Mãe de Deus é obrigatória e não opcional. Ou seja, deve ser realizada em todo o mundo católico.

Durante as aparições da Virgem de Fátima aos três pastorinhos em 1917, Nossa Senhora disse a Lúcia: “Jesus quer servir-Se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao Meu Imaculado Coração”.

“A quem a abraçar, prometo a salvação; e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o Seu Trono”.

Em outra ocasião, disse-lhes: “Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacrifício: ‘Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores, e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria’”.

Muitos anos depois, quando Lúcia era uma postulante no Convento de Santa Doroteia, em Pontevedra (Espanha), a Virgem lhe apareceu com o menino Jesus e, mostrando-lhe o seu coração rodeado por espinhos, disse: “Olha, minha filha, o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfêmias e ingratidões”.

“Tu, ao menos, vê de me consolar e diz que, todos aqueles que durante cinco meses no primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um terço e me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 mistérios do rosário com o fim de me desagravar, eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas’”.

Fonte: ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF