Assim entram no Céu as mães dos sacerdotes
3 outubro 2025
Antes que Santo Agostinho retornasse ao exercício da fé e
fosse ordenado sacerdote, sua mãe derramou abundantes lágrimas de intercessão.
De maneira semelhante, muitas mães do mundo atual fazem inúmeros sacrifícios
para que seus filhos possam responder livremente a qualquer vocação que Deus
lhes tenha reservado.
Em reconhecimento dessa realidade, uma tradição piedosa foi
sendo transmitida ao longo dos anos para honrar o papel que a mãe exerce na
vida de um sacerdote.
Quando um sacerdote é ordenado, suas mãos são ungidas com
óleo pelo bispo. Em seguida, suas mãos são limpas com uma toalha de linho
branco chamada maniturgium. O óleo usado sobre as mãos do sacerdote
é sagrado, previamente abençoado pelo bispo, de modo que o maniturgium,
ou manustérgio, não pode ser simplesmente descartado no lixo. Embora pudesse
terminar em um cesto de lavanderia para ser limpo, os sacerdotes ao longo da
história tomaram o costume de conservar esse pano de linho para oferecê-lo às
suas mães durante a primeira Missa.
Segundo uma antiga tradição, a mãe guarda a toalha em lugar
seguro até o dia de sua morte. Depois, quando seu corpo é preparado para o
funeral, o manustérgio é colocado entre suas mãos. Então, a tradição piedosa
narra o que acontece quando a mãe do sacerdote chega às portas do Céu.
Quando chega às portas do Céu, é conduzida diretamente à
presença de Nosso Senhor. E Ele lhe dirá:
– “Eu te dei a vida. O que me deste tu?”
Ela entregará o manustérgio e responderá:
– “Dei-Te meu filho como sacerdote.”
E com isso Jesus lhe concederá a entrada no Paraíso. É uma
tradição bela e reconfortante, que sempre comove quem a presencia.
Mais recentemente, difundiu-se uma tradição que reconhece o
papel do pai de um sacerdote. Consiste em que o recém-ordenado entregue ao seu
pai uma estola roxa de confissão, depois de escutar a sua primeira confissão.
De fato, em alguns casos, o sacerdote chega a ouvir também a confissão do
próprio pai, algo que constitui uma experiência marcada por grande humildade.
Essa tradição reconhece o fato de que os pais são essenciais
para a formação de homens bons e santos, já que os filhos olham constantemente
para eles a fim de compreender o que significa ser homem.
Esses dois costumes estão sendo recuperados por muitos
jovens sacerdotes e representam uma forma magnífica de honrar os numerosos
sacrifícios que os pais fazem para criar filhos santos. Os sacerdotes não
surgem do nada: dependem muito da formação recebida em casa. Afinal, a única
maneira segura de aumentar as vocações sacerdotais é cultivar famílias unidas e
santas.
Escrito por Philip Kosloski
Publicado em Vida
Sacerdotal
Nenhum comentário:
Postar um comentário