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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Ao colocar o Menino Jesus no presépio, reze em família

Presépio / Foto: Pixabay. Domínio Público

REDAÇÃO CENTRAL, 22 dez. 20 / 05:00 am (ACI).- À meia-noite de 25 de dezembro, muitas famílias se reúnem para colocar a imagem do Menino Jesus no presépio. É um momento para rezar juntos, pedindo que o Senhor nasça também nos corações de cada um. Por isso, a ACI Digital selecionou estas duas orações para serem rezadas diante do presépio.

Oração da família diante do presépio

Menino Jesus, Deus que se fez pequeno por nós, diante da cena do teu nascimento, do presépio, estamos reunidos em família para rezar.

Mesmo que fisicamente falte alguém, em espírito somos uma só alma.

Olhando Maria, tua Mãe Santíssima, rezamos pelas mulheres da família, que cada uma delas acolha com amor a palavra de Deus, sem medo e sem reservas, que elas lutem pela harmonia e paz em nossa casa.

Vendo teu pai adotivo, São José, pedimos ó Menino Deus, pelos homens desta família, que eles transmitam segurança e proteção, estejam sempre atentos às necessidades mais urgentes, que saibam proteger nossos lares de tudo que não provém de ti.

Diante dos pastores e reis magos, pedimos por todos nós, para que saibamos render-te graças, louvar-te sempre em todas as circunstâncias, e que não nos cansemos de te procurar, mesmo por caminhos difíceis.

Menino Jesus, contemplando tua face serena, teu sorriso de criança, bendizemos tua ação em nossas vidas.

Que nesta noite santa, possamos esquecer as discórdias, os rancores, possamos nos perdoar.

Jesus querido, abençoa nossa família, cura os enfermos que houver, cura as feridas de relacionamentos.

Fazemos hoje o propósito de nos amar mais.

Que neste Natal a bênção divina recaia sobre nós.

Amém.

Natal Feliz é Natal com Cristo

Menino das palhas, Menino Jesus, Menino de Maria, aqui estamos diante de ti. Tu vieste de mansinho, na calada da noite, no silêncio das coisas que não fazem ruído.

Tu é o Menino amável e santíssimo, deitado nas palhas porque não havia lugar para ti nas casas dos homens tão ocupados e tão cheios de si.

Dá a nossos lábios a doçura do mel e à nossas vozes o brilho do cantar da cotovia, para dizer que vieste encher de sentido os dias de nossas vidas.

Não estamos mais sós: tu és o companheiro de nossas vidas. Tu choras as nossas lágrimas e te alegras com nossas alegrias, porque tu és nosso irmão.

Tu vieste te instalar feito um posseiro dentro de nós e não queremos que teu lugar seja ocupado pelo egoísmo que nos mata e nos aniquila, pelo orgulho que sobe à cabeça, pelo desespero.

Sei, Menino de Maria, que a partir de agora, não há mais razão para desesperar porque Deus grande, belo, Deus magnífico e altíssimo se tornou nosso irmão.

Santa Maria, Mãe do Senhor e Palácio de Deus, tu estás perto do Menino que envolves em paninhos quentes.

José, bom José, carpinteiro de mãos duras e guarda de nosso Menino, protege esse Deus que se tornou mendigo de nosso amor.

Menino Jesus, hoje é festa de claridade e dia de luz. Tu nasceste para os homens na terra de Belém.

ACI Digital

Papa: Não deixemos o consumismo sequestrar o Natal, Jesus é o centro do Presépio

Guadium Press

Cidade do Vaticano (21/12/2020, 9:50, Gaudium Press) Para que Jesus nasça em nós, reparemos o coração, rezemos, não nos deixamos levar pelo consumismo”, disse o Papa Francisco durante o Angelus deste IV Domingo do Advento, 20/12, acrescentando ainda: “preparemos o coração como o de Maria: livre do mal, acolhedor, pronto para receber Deus”.
O Papa desaconselhou a mentalidade de que “tenho que comprar presentes, tenho que fazer isto, isto…’ Aquele frenesi de fazer coisas, coisas, coisas… o importante é Jesus”, disse.
Francisco ainda acrescentou: “o consumismo, irmãos e irmãs, nos sequestrou o Natal. O consumismo não está na manjedoura de Belém: ali está a realidade, a pobreza, o amor”.

Convite de Nossa Senhora nas vésperas do Natal: não adiar, dizer “Sim”

“Hoje, às portas do Natal, Maria nos convida a não adiar, a dizer ‘sim’. Cada ‘sim’ custa, mas é sempre menos que o custo para ela daquele corajoso e pronto ‘sim’, aquele ‘faça-se em mim segundo a tua palavra’ que nos trouxe a salvação. ”

Foram palavras do Papa ao comentar o Evangelho do dia que, narrando a Anunciação, nos descreve o “sim” de Maria a Deus:

“Alegra-te”, diz o anjo a Maria, “conceberás um filho, o darás à luz e o chamarás Jesus” (Lc 1,28.31). “Parece ser um anúncio de pura alegria, destinado a fazer a Virgem feliz: quem entre as mulheres da época não sonhava em se tornar a mãe do Messias?”, ainda perguntou Francisco na alocução que precedeu a oração mariana.

Para o Papa Francisco, “Junto com a alegria, essas palavras predizem a Maria uma grande provação. Por quê? Porque naquele momento ela estava ‘prometida em casamento’ com José. Em tal situação –explicou o Pontífice– a Lei de Moisés estabelecia que não deveriam haver coabitação.

Papa: Não deixemos o consumismo sequestrar o Natal, Jesus é o centro do presépio
Guadium Press

Dizendo “sim” a Deus, Maria arriscou tudo

Tendo um filho, prosseguiu Francisco, a Virgem Maria teria transgredido a Lei, e as penalidades para as mulheres que transgredissem essa Lei eram terríveis: era previsto o apedrejamento.
Segundo o Papa, a mensagem divina encheu o coração de Maria de luz e força; contudo, ela se viu diante de uma escolha crucial: dizer “sim” a Deus, arriscando tudo, inclusive sua vida, ou recusar o convite e seguir seu caminho comum.

“O que ela fez?”, perguntou Francisco, “Ela responde assim: ‘Faça-se em mim segundo a tua palavra’ (Lc 1,38)”.  E o Papa ainda comentou que , “na língua em que o Evangelho é escrito, há mais que isso. A expressão verbal indica um forte desejo, a vontade firme de que algo se torne realidade.”

Em outras palavras, Maria não diz: “Se deve acontecer, que aconteça…, se não pode ser feito de outra forma…”. Não, recorda o Pontífice, “Ela não expressa uma aceitação fraca e remissiva, mas um desejo forte e vivo. Não é passiva, mas ativa. Não é subjugada por Deus, adere a Deus”.

Maria está “disposta a servir a seu Senhor em tudo e imediatamente. Poderia ter pedido um pouco de tempo para pensar sobre isso, ou maiores explicações sobre o que aconteceria; talvez estabelecer alguma condição… Ao invés, não toma tempo, não faz Deus esperar, não adia.” Ela aceita imediatamente.

Quando Deus nos pede, dizemos “sim” ou adiamos?

Francisco observou aos seus ouvintes: “Quantas vezes nossa vida é feita de adiamentos, inclusive na vida espiritual! “Sei que é bom para mim rezar, mas hoje não tenho tempo; sei que ajudar alguém é importante, mas hoje não posso. Amanhã o farei, isto é, nunca”.

Tendo ressaltado o “sim” incondicional de Maria que nos trouxe a salvação, o Santo Padre perguntou:
“E nós, quais ‘sim’ podemos dizer? Neste tempo difícil, em vez de nos lamentarmos do que a pandemia nos impede de fazer, façamos algo por aqueles que têm menos: não o enésimo presente para nós e para nossos amigos, mas para um necessitado em quem ninguém pensa! ”

A última frase da Virgem, o último conselho na véspera do Natal

Ainda antes da oração do Angelus, o Papa deu um último conselho:
“para que Jesus nasça em nós, preparemos o coração, rezemos, não nos deixemos levar pelo consumismo.
Preparemos o coração como o de Maria: livre do mal, acolhedor, pronto para receber Deus”.

“Faça-se em mim segundo a tua palavra”. É a última frase da Virgem neste último domingo do Advento, e é o convite para dar um passo concreto em direção ao Natal. “Porque se o nascimento de Jesus não toca a vida, passa em vão.”
No Angelus nós também diremos agora: “realize-se em mim a tua palavra”: que Nossa Senhora nos ajude a dizê-lo com a vida”, disse o Papa, concluindo, antes rezar com os fiéis a oração mariana do Angelus. (JSG)

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Sacerdote e microbiologista trabalha em vacina COVID de baixo custo

Padre Nicanor Austríaco. Crédito: Frades Dominicanos

Providence, 21 dez. 20 / 11:28 am (ACI).- O sacerdote dominicano e doutor em microbiologia, Pe. Nicanor Austriaco, está nos estágios iniciais de um projeto para desenvolver uma vacina contra a COVID19, que seja de baixo custo e, portanto, acessível para os mais pobres.

Pe. Austriaco é filipino e professor de Biologia e Teologia no Providence College, em Providence, Rhode Island (Estados Unidos). Sua iniciativa se chama "Projeto Pagasa" e decidiu lançá-la ao ver que "muitas das vacinas disponíveis já foram oferecidas a nações ricas com recursos".

Seu projeto "ainda está em estágios de desenvolvimento pré-clínico e deverá primeiro ser testado em animais antes de que se fale em voluntários humanos".

A vacina na qual está trabalhando é à base de levedura, não precisa de refrigeração e será administrada por via oral.

O sacerdote acredita ter fundos suficientes para realizar o processo e explica que só pedirá a aprovação do governo se os testes em animais derem certo, embora demore muitos meses para testar a eficácia da vacina.

Os experimentos serão realizados em laboratórios nos Estados Unidos, enquanto os testes em animais serão realizados nos laboratórios da Universidade de Santo Tomás, em Manila (Filipinas).

Pe. Austriaco se formou em bioengenharia pela Universidade da Pensilvânia, com o grau de suma cum laude, em 1989. Depois, estudou no prestigioso Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em 1996.

Entrou para a Ordem dos Pregadores (Dominicanos), em 1997, quando era estudante no Howard Hughes Medical Institute. Em seguida, fez estudos eclesiásticos e obteve o doutorado em liturgia na Universidade de Friburgo (Suíça), em 2005.

É autor do livro "Biomedicina e bem-aventuranças: uma introdução à bioética católica".

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

S. FRANCISCA XAVIER CABRINI, VIRGEM, FUNDADORA DO INSTITUTO DAS MISSIONÁRIAS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

S. Francisca Xavier Cabrini  (© Missionarie del Sacro Cuore di Gesù)

Francisca nasceu em Sant’Angelo Lodigiano, região da Lombardia, em 15 de julho de 1850. Ao ficar órfã de pai e mãe, quis retirar-se para um convento, mas seu pedido foi rejeitado por causa da sua saúde precária. Então, decidiu cuidar de um orfanato.

Tendo-se formado em magistério, criou, com algumas companheiras, o primeiro núcleo das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração, sob a proteção do santo missionário Francisco Xavier. Quando professou os primeiros votos religiosos, quis acrescentar ao seu nome o de Xavier.

Vocação missionária

“Francisca havia entendido que a era moderna seria marcada por enormes fluxos migratórios e por homens, mulheres e crianças em fuga por um futuro melhor e pacífico”. Este caráter profético de Santa Francisca Xavier destaca-se nas reflexões do Papa Francisco. Em uma Carta às Missionárias do Sagrado Coração de Jesus, o Pontífice afirma que Santa Francisca “recebeu de Deus uma vocação missionária particular: formar e enviar mulheres consagradas ao mundo inteiro, com um horizonte missionário sem confins; elas não seriam, simplesmente, auxiliares de Institutos Religiosos ou Missionários masculinos, mas tinham um carisma próprio de vida consagrada; estariam, plena e totalmente, disponíveis a colaborar com as Igrejas locais como também com as diversas Congregações que se dedicavam ao anúncio do Evangelho ad gentes”.

Obras no mundo e Canonização

Foi exatamente o seu carisma que levou Francisca aos Estados Unidos para dar assistência aos italianos, que ali buscavam mais sorte. Também ela, na primeira das suas tantas travessias oceânicas, passou por incômodos, problemas e incertezas de quem deixava tudo à busca de um futuro melhor. Ela também dedicou sua vida aos órfãos e enfermos, criando centros de assistência na Itália, Espanha, Grã-Bretanha e em várias regiões dos Estados Unidos, América Central, Argentina e Brasil.

Santa Francisca Xavier Cabrini morreu em 22 de dezembro de 1917 no hospital para Migrantes, que ela mesma havia construído em Chicago. Seu corpo foi trasladado para Nova Iorque à “Mother Cabrini High School”. Foi proclamada Santa por Pio XII em 7 de julho de 1946; graças ao seu trabalho, em 1950, tornou-se “Padroeira Celeste de todos os Migrantes”.

Vatican News

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Papa à Cúria: o conflito divide a Igreja, a crise a purifica

Papa em audiência à Cúria Romana

A crise provocada pela pandemia foi a ocasião para o Papa analisar os desafios que a Igreja enfrenta e o fez em audiência aos membros da Cúria Romana para os votos de Natal: "Amados irmãos e irmãs, conservemos uma grande paz e serenidade, plenamente conscientes de que todos nós, a começar por mim, somos apenas 'servos inúteis'".

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

Colaboração generosa e apaixonada: o Papa Francisco pediu um presente de Natal aos membros da Cúria Romana, ao recebê-los em audiência esta segunda-feira para as tradicionais felicitações natalinas.

O discurso do Pontífice foi dedicado a analisar a crise provocada pela pandemia e suas repercussões na sociedade, mas, sobretudo, na Igreja.

Francisco recordou o memorável 27 de março passado, quando a Praça estava aparentemente vazia, mas, na realidade, “estava cheia graças à pertença fraterna que nos acomuna nos vários cantos da terra”. Esta mesma fraternidade o levou a escrever a encíclica “Fratelli tutti”, para que este princípio se torne um anseio mundial.

A crise que estamos vivendo é um tempo de graça, afirma o Papa citando alguns episódios narrados na Bíblia: desde crise de Abraão até a “mais eloquente”, que é a de Jesus, e a “crise extrema na cruz”, que abre o caminho da ressurreição.

Ler a crise à luz do Evangelho

Francisco reconhece as muitas pessoas na Cúria que dão testemunho com o seu trabalho humilde, discreto, silencioso, leal, profissional, honesto.

Mas há também problemas, com a única diferença de que estes “vão parar imediatamente aos jornais, enquanto os sinais de esperança fazem notícia só depois de muito tempo e… nem sempre”.

Esta reflexão sobre a crise, prossegue, alerta para não julgarmos precipitadamente a Igreja com base nos escândalos de ontem e de hoje. Quem não olha a crise à luz do Evangelho, afirma o Papa, limita-se a fazer a autópsia de um cadáver.

“Estamos assustados com a crise não só porque nos esquecemos de a avaliar como o Evangelho nos convida a fazê-lo, mas também porque olvidamos que o Evangelho é o primeiro a colocar-nos em crise.”

É preciso reencontrar a coragem e a humildade de dizer em voz alta que o tempo da crise é um tempo do Espírito. E junto do Menino deitado numa manjedoura, bem como na presença do homem crucificado, “só encontramos o lugar certo se nos apresentarmos desarmados, humildes, essenciais”.

https://youtu.be/AoXcbeOILAQ

A crise é positiva, o conflito corrói

Francisco faz também uma distinção entre crise e conflito.

“A crise geralmente tem um desfecho positivo, enquanto o conflito cria sempre um contraste, uma competição, um antagonismo aparentemente sem solução, entre sujeitos que se dividem em amigos a amar e inimigos a combater, com a consequente vitória de uma das partes.”

A lógica do conflito sempre busca os “culpados” a estigmatizar e desprezar e os “justos” a justificar. Isso favorece o crescimento ou a afirmação de certas atitudes elitistas e de “grupos fechados” que promovem lógicas restritivas e parciais.

“Lida com as categorias de conflito – direita e esquerda, progressista e tradicionalista –, a Igreja divide-se, polariza-se, perverte-se e atraiçoa a sua verdadeira natureza: é um Corpo perenemente em crise.”

Um Corpo em conflito produz vencedores e vencidos, temor, rigidez, falta de sinodalidade. Já a novidade introduzida pela crise desejada pelo Espírito nunca é uma novidade em contraposição ao antigo, mas uma novidade que germina do antigo e o torna sempre fecundo.

O Papa exemplifica este conceito com uma frase de Jesus: "Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto". "Só morrendo para uma certa mentalidade é que conseguiremos também abrir espaço à novidade que o Espírito suscita constantemente no coração da Igreja."

Crise exige atualização

Francisco recorda que a "Igreja é sempre um vaso de barro, precioso pelo que contém e não pelo que às vezes mostra de si mesma".

"Temos de esforçar-nos por que a nossa fragilidade não se torne obstáculo ao anúncio do Evangelho, mas lugar onde se manifeste o grande amor de Deus."

A Tradição custodia a verdade e a graça, mas a Igreja tem que lidar com os vários aspectos da verdade que pouco a pouco vamos compreendendo.

“Nenhuma modalidade histórica de viver o Evangelho esgota a sua compreensão. Se nos deixarmos guiar pelo Espírito Santo, iremos dia após dia aproximando-nos cada vez mais da 'Verdade completa'.”  

Deixar o conflito de lado, abraçar a crise e colocar-se a caminho

Como comportar-nos na crise? Questiona-se por fim o Papa. Antes de mais nada, aceitá-la como um tempo de graça que nos foi dado para compreender a vontade de Deus sobre cada um de nós e a Igreja inteira. É preciso entrar na lógica, aparentemente contraditória, de que, "quando sou fraco, então é que sou forte".

Ponto fundamental é não interromper o diálogo com Deus, nunca se cansar de rezar. "Não conhecemos outra solução para os problemas que estamos a viver, senão a de rezar mais e, ao mesmo tempo, fazer tudo o que nos for possível com mais confiança."

Eis então a exortação final do Papa:

“Amados irmãos e irmãs, conservemos uma grande paz e serenidade, plenamente conscientes de que todos nós, a começar por mim, somos apenas «servos inúteis», com quem usou de misericórdia o Senhor.”

A crise é movimento, faz parte do caminho. Ao contrário, o conflito é permanecer no labirinto, perdidos em murmurações e maledicências.

Francisco pede que cada um de nós, independentemente do lugar que ocupa na Igreja, interrogue-se se quer seguir Jesus na crise ou defender-se Dele no conflito.

O Papa conclui pedindo um presente de Natal: a colaboração generosa e apaixonada da Cúria no anúncio da Boa Nova, sobretudo aos pobres. E citou Dom Hélder Câmara e sua famosa frase: "Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo. Quando pergunto por que eles são pobres, chamam-me de comunista”.


Vatican News

Uma coisa boa e agradável ao Senhor

Revista 30Dias
dezembro/2009
de Aloysius Jin Luxian

O prefácio da edição de Quem reza se salva em língua chinesa


“Quem reza não tem medo; quem reza nunca está sozinho; quem reza se salva.” Foi assim, em julho passado, durante a audiência geral da quarta-feira, que o papa Bento XVI repetiu aos fiéis presentes na praça de São Pedro e a toda a Igreja as palavras que intitulam também este pequeno livro, em que se reúnem as mais simples orações empregadas pelos cristãos ao longo dos séculos.
Já faz alguns anos que centenas de milhares de cristãos do mundo todo têm usado este livrete como instrumento simples e conciso com o qual caminhar na fé que receberam. Hoje, com a presente edição em língua chinesa, muitos católicos da China também poderão tirar proveito e conforto desta pequena dádiva, tão preciosa para sua vida cotidiana. Nela encontrarão orações simples, mediante as quais, com confiança e esperança, poderão depositar nas mãos de Jesus, de Maria, de São José e de todos os santos suas expectativas, seus pedidos de consolo nas aflições e de que sejam tomados nos braços no tempo da provação. No livro encontrarão também palavras com as quais dizer obrigado pelos grandes e pequenos dons recebidos, além de uma ajuda para confessar bem seus pecados e, assim, receber o perdão do Senhor.
A simples repetição dessas orações na trama do dia a dia será também sinal íntimo e sincero da comunhão com a Igreja de Roma, que se fundamenta no martírio dos apóstolos Pedro e Paulo. Beber da mesma fonte de graça, compartilhando os mesmos sacramentos e as mesmas orações, leva a florescer no mundo a comunhão de todos os filhos da Igreja, na mesma fé dos apóstolos. Nesse sentido, nos tempos antigos, a comunhão com a Igreja de Roma também se expressava e era confirmada pelo fato de serem compartilhadas as mesmas fórmulas de oração.
Estou certo de que muitos de meus compatriotas ficarão contentes e saberão aproveitar uma pequena dádiva, tão simples e bonita. Muitas vezes, ao longo da história, os católicos da China experimentaram a doce e desarmada potência dessas simples orações e devoções. Deu-se o mesmo com muitos adultos de hoje, a começar por nós, mais velhos: nas tribulações deste mundo, o Senhor os fez perseverar na promessa de Sua salvação graças ao tesouro de orações que aprenderam desde crianças, que qualquer um pode repetir sempre, seja qual for a circunstância em que se encontre.
Faço votos de que agora, em companhia deste pequeno livro, muitos jovens da China de hoje também tenham a sorte de saborear a vida de graça descrita por São Paulo na Primeira Carta a Timóteo, que o papa Bento XVI também desejou citar em sua Carta aos Católicos Chineses: “Antes de tudo, peço que se façam súplicas, orações, intercessões, ação de graças, por todas as pessoas, pelos reis e pelas autoridades em geral, para que possam levar uma vida calma e tranquila, com toda a piedade e dignidade. Isto é bom e agradável a Deus, nosso Salvador. Ele quer que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2, 1-4).

Revista 30 Dias

15 promessas, 10 bênçãos e 8 vantagens de se rezar o terço

Aleteia
https://pt.aleteia.org/author/pildoras-de-fe/

Esta linda oração, rezada com devoção e fé, tem um incrível poder de transformar sua vida espiritual.

A palavra “rosário” vem do latim e significa “grinalda de rosas”. A rosa é uma das flores mais comumente utilizadas para simbolizar a Virgem Maria. Se você perguntar qual é o sacramental (para entender o que é um sacramental, clique aqui) mais emblemático que os católicos possuem, certamente as pessoas responderão que é o santo rosário.

Nestes últimos anos, a prática do terço ressurgiu magistralmente, já são muitos os católicos que o rezam, e até os que sabiam pouco sobre ele aprenderam a rezá-lo em família. O terço é uma devoção em honra de Nossa Senhora, composto por um número determinado de orações específicas.

Promessas do santo rosário

1. Aqueles que rezarem com enorme fé o Rosário receberão graças especiais.
2. Prometo minha proteção e as maiores graças aos que rezarem o Rosário.
3. O Rosário é uma arma poderosa para não ir ao inferno: destrói os vícios, diminui os pecados e nos defende das heresias.
4. Receberá a virtude e as boas obras abundarão, receberá a piedade de Deus para as almas, resgatará os corações das pessoas de seu amor terreno e vaidades, e os elevará em seu desejo pelas coisas eternas. As almas se santificarão por meio do Rosário.
5. A alma que se encomendar a mim no Rosário não perecerá.
6. Quem rezar o Rosário devotamente, e tiver os mistérios como testemunho de vida, não conhecerá a desgraça. Deus não o castigará em sua justiça, não terá uma morte violenta, e se for justo, permanecerá na graça de Deus, e terá a recompensa da vida eterna.
7. Aquele que for verdadeiro devoto do Rosário não perecerá sem os Sagrados Sacramentos.
8. Aqueles que rezarem com muita fé o Santo Rosário em vida e na hora de sua morte encontrarão a luz de Deus e a plenitude de sua graça, na hora da morte participarão do paraíso pelos méritos dos Santos.
9. Livrarei do purgatório àqueles que rezarem o Rosário devotamente.
10. As crianças devotas ao Rosário merecerão um alto grau de Glória no céu.
11. Obterão tudo o que me pedirem mediante o Rosário.
12. Aqueles que propagarem meu Rosário serão assistidos por mim em suas necessidades.
13. Meu filho concedeu-me que todo aqueles que se encomendar a mim ao rezar o Rosário terá como intercessores toda a corte celestial em vida e na hora da morte.
14. São meus filhinhos aqueles que recitam o Rosário, e irmãos e irmãs de meu único filho, Jesus Cristo.
15. A devoção a meu Rosário é um grande sinal de profecia.

Bênçãos do terço (magistério dos papas)

1. Os pecadores obtêm o perdão.
2. As almas sedentas se saciam.
3. Os que estão presos se verão livres.
4. Os que choram encontraram alegria.
5. Os que são tentados encontram tranquilidade.
6. Os pobres são socorridos.
7. Os religiosos são reformados.
8. Os ignorantes são instruídos.
9. Os vivos triunfam sobre a vaidade.
10. Os mortos alcançam a misericórdia por via dos sufrágios.

Vantagens de se rezar o terço (São Luís Maria Grignion de Montfort)

1. Eleva-nos insensivelmente ao conhecimento perfeito de Jesus Cristo;
2. Purifica as nossas almas do pecado;
3. Faz-nos vitoriosos contra todos os nossos inimigos;
4. Torna-nos fácil a prática das virtudes;
5. Abrasa-nos no amor de Jesus Cristo;
6. Enriquece-nos de graças e de méritos;
7. Fornece-nos com o que pagar todas as nossas dívidas com Deus e com os homens;
8. Por fim, faz-nos obter de Deus toda espécie de graças.

Aleteia

O que darei ao Menino Jesus?

Guadium Press
Está chegando o dia do aniversário, é necessário preparar o presente!

Redação (19/12/2020 12:26Gaudium Press) Inicia-se o mês de dezembro, a natureza assume um novo colorido, o ambiente todo se modifica. Mesmo que as aparências exteriores não sejam tão intensas como em anos precedentes, a atmosfera é de Natal.

Porém, nem todos são capazes de sentir essa realidade, uma vez que têm o coração submerso em preocupações concretas, e o espírito, se ainda não se encontra afogado, já não se deixa encantar com essas alegrias inocentes.

“Isso é coisa de criança” – afirmam alguns. E, sem perceber, fecham suas almas para a divina influência do Senhor, que está por chegar no dia 25.

Outros há que veem no Natal uma festa meramente social, na qual se trocam presentes e se visitam os parentes (esse ano já não será assim…).

Ora, numa festa de aniversário, quem deve receber o presente não é o aniversariante? Onde está, então, o meu presente para o Menino Jesus?

A Santa Igreja, como Mãe misericordiosa que nunca esquece de seus filhos, mesmo que, por vezes, estes dela se esqueçam, oferece um tempo de penitência e de conversão que precede o nascimento do Salvador: o tempo do Advento.

São poucos dias, durante os quais o intuito não é flagelar-se ou macerar a alma com intensas penitências. É, isto sim, um tempo de reflexão, no qual a alma fervorosa deve fazer uma retrospectiva do ano que passou e encontrar dentro de si mesma o que maculou seu coração, aproveitando para limpar essa mancha e reparar as falhas. Pois o melhor presente de Natal é um coração puro, e é só com ele que se vê a Deus que nasce. Já dizia o Senhor, no sermão das Bem-aventuranças, que só os puros de coração é que verão a Deus. E ver a Deus aqui nessa terra, é estar livre do pecado que obscurece as vistas da alma.

Entretanto, estar livre da mescla de um corpo estranho é o primeiro degrau da pureza, há uma elevação maior, que é a de emitir seu melhor brilho. Assim como o ouro que está livre de gangas é, de fato, puro, só será puríssimo quando seu brilho atingir o máximo de sua capacidade. Dessa forma, para o homem obter a inteira pureza de coração, não basta estar livre do pecado, mas é preciso rumar sempre mais para a perfeição.

Tudo isso é excelente, mas nem todos os corações estão tão distantes assim do pecado, e por vezes até o procuram com avidez. O que fazer, então?

É impossível terminar o caminho, sem antes começar a caminhar. Quanto mais profunda é uma mancha da alma, mais tempo será necessário para retirá-la. Mas o importante, após reconhecer que há uma mácula, é dobrar os joelhos pedindo forças para purificar-se, e depois colocar-se nas mãos da Mãe do Menino-Deus, Maria Santíssima, para que Ela maternalmente termine o trabalho e apresente aquele coração da maneira que o seu Filho deseja. Porque só uma mãe é capaz de agradar um filho como ele realmente aprecia.

Aproveitemos esses últimos dias que antecedem o Natal para averiguar com honestidade quais são as mazelas que tornam impuro o nosso coração e corramos para prepará-lo à maneira que o aniversariante gostará de recebê-lo. Esse é o melhor presente que podemos dar ao Menino Jesus: um coração purificado.

Por Odair Ferreira

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Da Exposição sobre o Evangelho de São Lucas, de Santo Ambrósio, bispo

ward

(Lib. 2, 19. 22-23. 26-27: CCL 14, 39-42) (Séc. IV)

A visitação da Virgem Maria

O Anjo anunciara à Virgem Maria coisas misteriosas. Para fortalecer sua fé com um exemplo, anunciou-lhe a maternidade de uma mulher idosa e estéril, como prova de que é possível a Deus tudo que ele quer.

Logo ao ouvir a notícia, Maria dirigiu-se às montanhas, não por falta de fé na profecia ou falta de confiança na mensagem, nem por duvidar do exemplo dado, mas guiada pela felicidade de ver cumprida a promessa, levada pela vontade de prestar um serviço, movida pelo impulso interior de sua alegria.

Já plena de Deus, aonde ir depressa senão às alturas? A graça do Espírito Santo ignora a lentidão. Manifestam-se imediatamente os benefícios da chegada de Maria e da presença do Senhor, pois quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança exultou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo (Lc 1,41).

Notai como cada palavra está escolhida com perfeita precisão e propriedade: Isabel foi a primeira a ouvir a voz, mas João foi o primeiro a pressentir a graça; aquela ouviu segundo a ordem da natureza, este exultou em virtude do mistério. Ela percebeu a chegada de Maria, ele, a do Senhor; a mulher ouviu a voz da mulher, o menino sentiu a presença do Filho; elas proclamam a graça de Deus, eles realizam-na interiormente, iniciando no seio de suas mães o mistério de misericórdia; e, por um duplo milagre, as mães profetizam sob a inspiração de seus filhos.

A criança exultou, a mãe ficou cheia do Espírito Santo. A mãe não se antecipou ao filho; mas estando o filho cheio do Espírito Santo, comunicou-o a sua mãe. João exultou; o espírito de Maria também exultou. A alegria de João se comunica a Isabel; quanto a Maria, porém, não nos é dito que recebesse então o Espírito, mas que seu espírito exultou. – Aquele que é incompreensível agia em sua mãe de modo incompreensível – Isabel recebe o Espírito Santo depois de conceber; Maria recebeu antes. Por isso, Isabel diz a Maria: Feliz és tu que acreditaste (cf. Lc 1,45).

Felizes sois também vós, que ouvistes e acreditastes, pois toda alma que possui a fé concebe e dá à luz a Palavra de Deus e conhece suas obras.

Esteja em cada um de vós a alma de Maria para engrandecer o Senhor: em cada um esteja o espírito de Maria para exultar em Deus. Embora segundo a natureza haja uma só Mãe do Cristo, segundo a fé o Cristo é o fruto de todos; pois toda alma recebe o Verbo de Deus desde que, sem mancha e libertada do pecado, guarda a castidade com inteira pureza.

Toda alma que alcança esta perfeição, engrandece o Senhor como a alma de Maria o engrandeceu e seu espírito exultou em Deus, seu Salvador.

Na verdade, o Senhor é engrandecido, como lemos noutro lugar: Comigo engrandecei ao Senhor Deus (Sl 33,4). Não que a palavra humana possa acrescentar algo ao Senhor, mas porque ele é engrandecido em nós: a imagem de Deus é o Cristo e assim, quando alguém age com piedade e justiça, engrandece essa imagem de Deus, a cuja semelhança foi criado; e, engrandecendo-a, participa cada vez mais da grandeza divina.

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Vaticano publica 10 orientações para o Domingo da Palavra de Deus

Basílica de São Pedro no Vaticano.
Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa

Vaticano, 21 dez. 20 / 10:04 am (ACI).- A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, presidida pelo Cardeal Robert Sarah, publicou dez orientações para viver o Domingo da Palavra de Deus que se celebra todos os anos no terceiro domingo do tempo comum.

Em uma nota divulgada pela sala de imprensa, no dia 19 de dezembro, o Dicastério do Vaticano destaca que “o Domingo da Palavra de Deus, querido pelo Papa Francisco no III Domingo do Tempo Comum de cada ano, lembra a todos, pastores e fiéis, a importância e o valor da Sagrada Escritura para a vida cristã, bem como a relação entre a Palavra de Deus e a liturgia” e quer “contribuir para despertar a consciência sobre a importância da Sagrada Escritura para a vida dos fiéis, sobretudo na Liturgia, que leva ao diálogo vivo e permanente com Deus”.

“Como cristãos, somos um só povo que caminha na história, fortalecido pela presença no meio de nós do Senhor que nos fala e alimenta. O dia dedicado à Bíblia pretende ser, não ‘uma vez no ano’, mas uma vez por todo o ano, porque temos urgente necessidade de nos tornar familiares e íntimos da Sagrada Escritura e do Ressuscitado, que não cessa de partir a Palavra e o Pão na comunidade dos crentes. Para tal, precisamos de entrar em confidência assídua com a Sagrada Escritura; caso contrário, o coração fica frio e os olhos permanecem fechados, atingidos, como somos, por inumeráveis formas de cegueira”, advertia o Papa no Motu Proprio Aperuit Illis publicado em memória de São Jerônimo.

Neste sentido, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos recorda que “entre os numerosos santos, todos testemunhas do Evangelho de Jesus Cristo, São Jerônimo pode ser proposto como exemplo pelo grande amor que nutria pela Palavra de Deus”.

“Como o Papa Francisco recordou recentemente, ele foi um ‘incansável estudioso, tradutor, exegeta, profundo conhecedor e apaixonado divulgador da Sagrada Escritura. Ao meditá-la, encontrou a si mesmo, o rosto de Deus e dos seus irmãos, aprimorando sua predileção pela vida comunitária’”.

Aqui estão as dez orientações sugeridas pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos:

1. Por meio das leituras bíblicas, proclamadas na Liturgia, Deus fala a seu povo e o próprio Cristo anuncia o seu Evangelho; Cristo é o centro e a plenitude de todas as Escrituras: Antigo e Novo Testamento. A escuta do Evangelho, ponto culminante da Liturgia da Palavra, caracteriza-se por uma veneração particular, expressa não só em gestos e aclamações, mas também no livro dos Evangelhos. Uma das modalidades rituais próprias para este domingo (...) é a procissão de entrada com o Evangelho ou, na impossibilidade, a sua colocação sobre o altar.

2. A ordenação das leituras bíblicas disposta pela Igreja no Lecionário fornece o conhecimento de toda a Palavra de Deus. Portanto, é necessário respeitar as leituras indicadas, sem substituí-las ou suprimi-las, utilizando versões da Bíblia aprovadas para uso litúrgico. A proclamação dos textos do Lecionário constitui um vínculo de unidade entre todos os fiéis que os escutam. Compreender a estrutura e a finalidade da Liturgia da Palavra ajuda a assembleia dos fiéis a receber de Deus a palavra que salva.

3. Recomenda-se o canto do Salmo responsorial, resposta da Igreja orante; portanto, o serviço do salmista deve ser aumentado em cada comunidade.

4. Na homilia, ao longo do ano litúrgico e a partir das leituras bíblicas, são expostos os mistérios da fé e as normas da vida cristã. “Os pastores são os primeiros que têm a grande responsabilidade de explicar e permitir que todos compreendam a Sagrada Escritura. Por ser o livro do povo, quem tem vocação para ser ministro da Palavra deve sentir fortemente a necessidade de torná-lo acessível à própria comunidade. Bispos, sacerdotes e diáconos devem esforçar-se por cumprir este ministério com especial dedicação, aproveitando os meios propostos pela Igreja.

5. De particular importância é o silêncio que, “ao favorecer a meditação, permite que a Palavra de Deus seja acolhida interiormente por quem a escuta.

6. A Igreja sempre dedicou particular atenção àqueles que anunciam a Palavra de Deus na assembleia: sacerdotes, diáconos e leitores. Este ministério requer uma preparação interior e exterior específica, familiaridade com o texto a ser proclamado e prática necessária no modo de proclamá-lo, evitando qualquer improvisação. Existe a possibilidade de introduzir as leituras com instruções curtas e oportunas.

7. Pelo valor da Palavra de Deus, a Igreja convida-nos a cuidar do ambão de onde é proclamada; não se trata de um móvel funcional, mas sim do lugar adequado à dignidade da Palavra de Deus, em correspondência com o altar: falamos da mesa da Palavra de Deus e do Corpo de Cristo, em referência tanto ao ambão como, sobretudo, ao altar. O ambão é reservado para as leituras, o canto do Salmo responsorial e o pregão pascal; a partir dele podem ser pronunciadas a homilia e as intenções da oração universal, não sendo aconselhável utilizá-lo para comentários, anúncios, direção do canto.

8. Os livros que contêm as passagens da Sagrada Escritura suscitam em quem os escuta a veneração pelo mistério de Deus, que fala ao seu povo. Portanto, deve-se cuidar de seu aspecto material e de seu bom uso. É inadequado o uso de folhetos, fotocópias, subsídios para substituir os livros litúrgicos.

9. Nos dias anteriores ou posteriores ao Domingo da Palavra de Deus, é conveniente promover encontros formativos para mostrar o valor da Sagrada Escritura nas celebrações litúrgicas; pode ser uma ocasião para aprender mais sobre como a Igreja orante lê a Sagrada Escritura com leitura contínua, semicontínua e tipológica; quais são os critérios de distribuição litúrgica dos vários livros bíblicos, no decorrer do ano e em seus respectivos tempos, a estrutura dos ciclos dominicais e semanais das leituras da Missa.

10. O Domingo da Palavra de Deus é também uma ocasião propícia para aprofundar o nexo entre a Sagrada Escritura e a Liturgia das Horas, a oração dos Salmos e Cânticos do Ofício com as leituras bíblicas, promovendo a celebração comunitária das Laudes e Vésperas.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF