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domingo, 19 de janeiro de 2025

Fazei Tudo o que Ele vos Disser

Cardeal Dom Paulo Cezar Costa - Arcebispo de Brasília (arqbrasilia)

Fazei Tudo o que Ele vos Disser

19 de janeiro de 2025

Estamos vivendo o Ano Jubilar, no qual somos convidados, como discípulos de Jesus Cristo, a ouvir o que Maria nos manda: “Fazei tudo o que ele vos disser”. Isso deve ser o nosso programa de vida. Papa Francisco nos ajuda a entrar no mistério da festa de casamento. Diz ele: “No domingo passado, com a festa do Batismo do Senhor, demos início ao caminho do tempo litúrgico chamado ‘comum’: o tempo em que seguimos Jesus na sua vida pública, na missão para a qual o Pai o enviou ao mundo. No Evangelho de hoje (cf. Jo 2,1-11), encontramos a narração do primeiro milagre de Jesus. O primeiro destes sinais prodigiosos decorreu na aldeia de Caná, na Galileia, durante a festa de um matrimônio. Não é por acaso que, no início da vida pública de Jesus, haja uma cerimônia nupcial, porque n’Ele Deus se uniu à humanidade: é esta a boa nova, embora quantos o convidaram ainda não saibam que à sua mesa está sentado o Filho de Deus e que o verdadeiro esposo é Ele. Com efeito, todo o mistério do sinal de Caná se funda na presença deste esposo divino, Jesus, que começa a revelar-se. Jesus manifesta-se como o esposo do povo de Deus, anunciado pelos profetas, e revela-nos a profundidade da relação que nos une a Ele: é uma nova Aliança de amor.

No contexto da Aliança, compreende-se plenamente o sentido do símbolo do vinho, que está no centro deste milagre. Precisamente quando a festa chega ao ápice, acaba o vinho; Nossa Senhora dá-se conta disto e diz a Jesus: ‘Não têm vinho’ (v. 3). Porque teria sido desagradável continuar a festa com água! Uma má figura para aquelas pessoas. Nossa Senhora dá-se conta e, dado que é mãe, vai ter imediatamente com Jesus. As Escrituras, especialmente os Profetas, indicavam o vinho como elemento típico do banquete messiânico (cf. Am 9,13-14;Jl 2,24; Is 25,6). A água é necessária para viver, mas o vinho exprime a abundância do banquete e a alegria da festa. Uma festa sem vinho? Não sei… Transformando em vinho a água das ânforas utilizadas ‘para a purificação ritual dos judeus’ (cf. v. 6) — era o costume: antes de entrar em casa, purificar-se —, Jesus realiza um sinal eloquente: transforma a Lei de Moisés em Evangelho, portador de alegria.

E, agora, contemplemos Maria: as palavras que Maria dirige aos servos coroam o quadro esponsal de Caná: ‘Fazei o que Ele vos disser!’ (v. 5). Também hoje Nossa Senhora diz a todos nós: ‘Fazei o que Ele vos disser!’. Estas palavras são uma herança preciosa que a nossa Mãe nos deixou. E de fato em Caná os servos obedeceram. ‘Disse-lhes Jesus: ‘Enchei as vasilhas de água’. Eles encheram-nas até em cima. Então ordenou-lhes: ‘Tirai agora e levai ao chefe de mesa’. E eles assim fizeram’ (vv. 7-8). Nestas bodas, foi deveras estipulada uma Nova Aliança e, aos servos do Senhor, isto é, a toda a Igreja, foi confiada a nova missão: ‘Fazei o que Ele vos disser!’. Servir o Senhor significa ouvir e praticar a sua palavra. É a recomendação simples, essencial, da Mãe de Jesus, é o programa de vida do cristão”. […] (Papa Francisco, Angelus de 20 de janeiro de 2019).

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Pizzaballa, apelo para retomar as peregrinações à Terra Santa

Peregrinos na Terra Santa (Vatican News)

O cardeal patriarca de Jerusalém dos Latinos e o custódio padre Patton convidam os peregrinos a retornarem aos locais sagrados após quinze meses de ausência devido ao conflito em Gaza: é uma forma de fortalecer a fé e, ao mesmo tempo, ajudar os cristãos locais.

Roberto Cetera - Jerusalém

Na manhã deste sábado, 18 de janeiro, na pequena praça em frente ao Santo Sepulcro, o patriarca de Jerusalém dos Latinos, cardeal Pierbattista Pizzaballa, e o custódio da Terra Santa, padre Francesco Patton, fizeram um apelo à Igreja universal para que, diante da trégua que começará neste domingo, as peregrinações possam ser retomadas em breve.

Peregrinos no ano do Jubileu

“O sentido do nosso apelo”, disse Patton, “é convidar as pessoas a voltarem a esta terra e encontrar os cristãos que, nos últimos quinze meses, têm sofrido a falta de contato com a Igreja universal, mas também as consequências econômicas do conflito. Milhares de cristãos aqui vivem principalmente dos rendimentos da acolhida turística de peregrinos, especialmente na área de Belém. Além disso, há o Jubileu em andamento, para o qual três santuários na Terra Santa foram dedicados à visita jubilar, em Jerusalém, Nazaré e Belém. Fortalecendo nossa fé, portanto, por meio dos lugares que testemunharam a encarnação, a paixão e a ressurreição de Jesus. Nossos cristãos sentem a necessidade de participar com vocês, peregrinos, dessa reafirmação de sua fé.

A Igreja está pronta

Nossas instalações de acomodação estão prontas para reabrir já nas próximas semanas, para receber aqueles que desejam compartilhar conosco o tempo da Quaresma e da Páscoa, que este ano será particularmente importante não apenas por causa do Jubileu, mas também por causa da coincidência de datas com outras denominações cristãs”, observou o padre custódio. Já nestes dias, com a cooperação do Ministério do Turismo de Israel, um grupo de sacerdotes responsáveis pelas peregrinações em suas respectivas dioceses visitou a Terra Santa. “Nessa experiência, ouvimos o grito da Igreja Mãe de Jerusalém, que está novamente esperando por seus filhos peregrinos na terra de Jesus e de Maria, sua mãe”, disse o bispo de Mileto-Nicotera-Tropea, Attilio Nostro, que liderou o grupo de sacerdotes.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Nas férias seja um peregrino de si mesmo

Imagem de peregrino | Depositphotos

NAS FÉRIAS SEJA UM PEREGRINO DE SI MESMO

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz 
Bispo de Campos (RJ)

As férias para muitos é apenas não trabalhar ou o distanciamento das rotinas cotidianas em outros cenários, no entanto pensando dessa forma corremos o risco de levar toda a nossa agitação e barulho mental para este período e não conseguir descansar.  

Por isso as férias nos convidam em primeiro lugar a mergulhar na vida interior, a conversar espiritualmente conosco mesmo, a conhecer-nos melhor e escutar as nossas buscas e anseios. Também é o momento propício para reencontrar os amigos e mesmo com todas as pessoas estabelecer novas formas de relacionamento, mais espontâneas e gratuitas visando o convívio fraterno. Ter mais tempo para sentir a terra ou a areia debaixo da sola dos pés, respirar o ar lentamente sentindo-se vivo, contemplar o crepúsculo e molhar-se os pés na praia tendo um contato intenso com a água dos rios ou do mar.  

Mas sem dúvida as férias são um momento para apagar a saudade de Deus, a nostalgia de vivenciar a nossa filiação divina e corresponder com muita gratidão a ternura e misericórdia do Bom Pai para conosco. Se desprogramarmos e descondicionarmos nossa vida esquecendo brevemente as rotinas e agendas, nos libertaremos das pressões que não faltam e aprenderemos a deixarmos de lado tudo aquilo que não somos e fingimos ser, tudo que é apenas conveniência social mas secundariza e escanteia o essencial de nós mesmos. 

 Nas férias deixemos ser e acontecer nossa verdadeira vocação de ser filhos de Deus, irmãos(ãs), servos e guardiães da Criação e sobretudo atendamos o chamado a sermos inteiramente felizes no espírito das bem aventuranças. Simplifiquemos a vida, vivamos como convida o Papa Francisco a “sobriedade feliz” que nos ensina que muitas vezes o menos é mais. Deus seja louvado! 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Papa: diante dos medos e das forças perturbadoras do mal, o Senhor nos dá esperança

Angelus, 19 de janeiro de 2025 - Papa Francisco (Vatican News)

O Papa Francisco conduziu a oração mariana do Angelus neste 2º domingo Tempo Comum (19/01), rezada com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. Apesar do tempo nublado milhares de fiéis e peregrinos participaram do encontro semanal.

https://youtu.be/k01XfJmYPCY

Silvonei José – Vatican News

“No banquete de nossa vida às vezes descobrimos que o vinho está faltando, e que nos faltam as forças… tantas coisas. Isso acontece quando as preocupações que nos afligem, os medos que nos assaltam, ou as forças perturbadoras do mal nos tiram o gosto da vida, a embriaguez da alegria e o sabor da esperança”. Foi o que disse o Papa Francisco na sua alocução que precedeu a oração mariana do Angelus neste 2º Domingo Tempo Comum rezada com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. Apesar do tempo nublado milhares de fiéis e peregrinos participaram do encontro semanal na grande Praça.

O Evangelho da liturgia de hoje, iniciou o Papa, nos fala sobre o primeiro sinal que Jesus realizou, transformando água em vinho durante uma festa de casamento em Caná da Galileia. Trata-se de uma narração que antecipa e sintetiza toda a missão de Jesus: no dia da vinda do Messias - assim diziam os profetas - o Senhor preparará “um banquete de vinhos excelentes” (Is 25,6) e “os montes destilarão o vinho novo” (Am 9,13); Jesus, é o Esposo que veio trazer o “vinho novo”.

Praça São Pedro – Angelus (Vatican Media)

O Papa Francisco então sublinhou que nesse Evangelho, podemos encontrar duas coisas: a carência e a superabundância.

Por um lado, há falta de vinho e Maria diz ao Seu Filho: “Eles não têm mais vinho”; por outro lado, Jesus intervém mandando encher seis grandes ânforas e, no final, o vinho é tão abundante e requintado que o mestre do banquete pergunta ao noivo por que conservou até o fim.

Assim, “o sinal nosso é sempre a carência, mas o sinal de Deus é a superabundância”, e “a superabundância de Caná é o sinal. À carência do homem, como responde Deus? Com a superabundância, destacou o Papa.

Francisco chama então a atenção dos fiéis: “Deus não é avaro; Deus, quando dá, dá muito. Ele não lhe dá um pedacinho, ele dá muito. Às nossas carências, o Senhor responde com sua superabundância”.

Devemos estar atentos, continuou o Papa, é diante das carências, que o Senhor dá, dá a superabundância. Parece uma contradição: mais nossa carência, mais superabundância do Senhor, porque o Senhor quer fazer uma festa conosco, uma festa que não terá fim. 

O Papa conclui: “rezemos então à Virgem Maria. Para que ela, a “Mulher do vinho novo”, interceda por nós e, neste ano jubilar, nos ajude a redescobrir a alegria do encontro com Jesus”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

A democracia é uma planta que precisa de cuidados

Cuidar da democracia como uma planta frágil | PÚBLICO

A DEMOCRACIA É UMA PLANTA QUE PRECISA DE CUIDADOS

Dom Itacir Brassiani
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)

Vivi a adolescência e a primeira fase da juventude em Anchieta, uma pequena cidade do interior de Santa Catarina. Com minha geração, cantei emocionado as canções que falavam de um país que só ia para frente. Naqueles “verdes anos”, ignorava que gente da minha idade sofria perseguição política, era presa e torturada. Não sabia eu que vivíamos tempos nos quais a democracia havia sido pisoteada por uma ditadura militar. 

Somente no início da década de 1980, com o ingresso no mundo universitário, muito lentamente fui tomando consciência dos valores da democracia e da força corrosiva e destruidora dos regimes autoritários. Mas foi preciso avançar vários anos no calendário da vida para que eu chegasse a compreender que a democracia não está inscrita na nossa certidão de nascimento; ela é uma conquista sempre precária, e pode ser destruída. 

Embora seja tentador, não podemos deduzir das Sagradas Escrituras um sistema ou regime político, nem uma forma específica de governo (monarquia, aristocracia, democracia ou ditadura). Mas a Bíblia e a Tradição cristã viva deixam suficientemente claro que, aos olhos de Deus, o povo é sujeito de direitos, e deve ser respeitado. As escrituras atestam que o clamor dos pobres e oprimidos move a ação do próprio Deus. 

A Igreja católica ensina que “o sujeito da autoridade política é o povo, considerado na sua totalidade como detentor da soberania”. O povo transfere o exercício dessa autoridade soberana àqueles que elege livremente como seus representantes, mas mantém o direito e o dever do controle sobre eles. Por isso, graças aos seus mecanismos de controle, a democracia é o sistema que melhor garante a soberania de um povo. 

A Igreja aprecia a democracia, pois ela “assegura a participação dos cidadãos nas opções políticas e garante aos governados a possibilidade de escolher e controlar os próprios governantes” (João Paulo II). Ao mesmo tempo, sublinha que a democracia não pode ser refém de “grupos restritos que usurpam o poder do Estado a favor dos seus interesses particulares”.  A democracia deve servir ao bem comum. 

Mas a democracia pode ser limitada gravemente por vários fatores, inclusive pelas imposições do “mercado”. Por isso, o Estado precisa subordinar a economia à política e as empresas ao bem comum. “A globalização das finanças, da economia, do comércio e do trabalho, jamais devem violar a dignidade e a centralidade da pessoa humana, nem a liberdade e a democracia”, diz a Igreja (Compêndio de Doutrina Social, nº 322). 

Hoje estamos às voltas com um perigoso enfraquecimento da democracia. Sinais disso são as investidas do mercado financeiro sobre a soberania dos países, a manipulação da informação, a crescente polarização política e social, e a sedução que as soluções autoritárias e sectárias sobre a população. A democracia não sobrevive quando a lógica dos interesses parciais de alguns especuladores se antepõe à busca do bem comum.  

Cuidemos desse bem precioso conquistado a duras penas. Milton Nascimento canta, em outro contexto: “Já podaram seus momentos, desviaram seu destino, seu sorriso de menino, quantas vezes se escondeu… Mas renova-se a esperança, nova aurora a cada dia. E há que se cuidar do broto pra que a vida nos dê flor e fruto”. Ainda estamos aqui! 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Louis Armstrong: a lenda do jazz e do blues

Louis Armstrong | Vatican News

A emissão “África em Clave Cultural: personagens e eventos” desta semana, foi dedicada à lendária figura do jazz, dos Estados Unidos, Louis Armstrong. Para além disso, inclui informações sobre a participação de quatro cineastas dos PALOP, com filmes em competição, no FESPACO 2025; sobre a nomeação da primeira mulher africana como curadora da Bienal de Veneza 2026, na pessoa da camarunesa, Koyo Kouoh; e ainda sobre o Circo África que está a atuar em Roma até 2 de fevereiro de 2025.

Dulce Araújo - Vatican News

Para muitos, pode parecer supérfluo falar de Louis Armstrong, figura sobejamente conhecida no mundo da arte musical, particularmente do jazz. Mas, nunca é demais visitar o seu percurso e apreciar a sua voz singular e o seu talento de trompetista, sem deixar de lado o seu ativismo pelos direitos civis nos Estados Unidos do seu tempo. Foi o que fizemos juntamente com o Filinto Elísio, poeta, ensaísta, editor (Rosa de Porcelana Editora) que oferece esta crónica intitulada: 

Louis Armstrong: a lenda do jazz e do blues

O trompetista e cantor norte-americano Louis Armstrong confunde-se com a própria música jazz e também do blues! Não apenas por ter sido um dos pioneiros do jazz, mas sobretudo por ter estado presente em toda a evolução deste género, dos anos 20 aos anos 70, do século passado.

Para além da música, ele foi um ativista pelos direitos civis da população negra norte-americana, sendo emblemáticos o seu posicionamento em prol da integração de estudantes negros, no caso Little Rock Central High School e as suas doações para as causas do Reverendo Marting Luther King, Jr.

Nasceu em Nova Orleães, no estado de Louisiana, em 4 de agosto de 1901. Louis foi criado apenas pela mãe, Mayann, que enfrentava sérias dificuldades financeiras para manter a casa sozinha, tendo de trabalhar como prostituta. 

Em 1912, aos 11 anos de idade, foi preso por disparar uma arma durante as festas do Ano Novo. Encaminhado para uma Casa de Correção, Louis aprendeu a tocar corneta e teve a oportunidade de desenvolver seus dons musicais, logo tornando-se o líder da banda da escola. 

Com 14 anos, após sair do reformatório, passou a tocar nas bandas de jazz e nas grandes barcas do rio Mississipi. Durante o dia trabalhava vendendo papéis velhos, carregando peso nas docas e vendendo carvão.

A vivência musical de Louis nesta época, fez com que ele decidisse seguir a carreira de músico profissional, tendo como mentor Joe King Oliver, que era considerado um dos melhores cornetistas da cidade e o convidou para tocar em sua banda em Chicago. 

Nos primeiros anos da década de 20, Louis gravou alguns álbuns com Oliver, em um dueto de cornetas. Depois disso, mudou-se para Nova York e se juntou à orquestra do pianista Fletcher Henderson, mas a parceria não durou muito tempo e Louis retornou para Chicago, passando a integrar o grupo Dreamland Syncopators, que marca sua troca de instrumento, deixando a corneta e assumindo o trompete.

Os anos seguintes foram de grande destaque na carreira de Armstrong. Ele coordenou diversas gravações em estúdio, com os grupos Hot Five e Hot Sevens, e os discos gravados nessa época são considerados até hoje os mais influentes de Louis para o jazz. Com solos improvisados no trompete e vocais expressivos com a inovação do scat, Armstrong atingiu grande popularidade, levando o músico a muitos tours internacionais. Seguindo nesta crescente, na década de 30 e com a popularização do rádio, Armstrong chegou para todos os ouvintes e fez diversas aparições nos cinemas em filmes musicais. 

No final dos anos 40 e com o fim da era das big bands, Louis passou a liderar um grupo pequeno chamado Louis Armstrong and His All Stars, com quem gravou sucessos da música pop e se lançou num tour pela Europa. O Louis Armstrong and His All Stars teve diversas formações, mas foi o principal grupo de Louis até o fim de sua vida.

Aos 63 anos Armstrong recebeu seu primeiro Grammy na categoria de Melhor Desempenho Vocal Masculino, pela música Hello, Dolly!, que atingiu o primeiro lugar nas paradas de sucesso. Poucos anos depois, lançou a canção What a Wonderful World, com sua interpretação, tornou-se um grande sucesso mundial. Em 1972, ganhou mais um Grammy pelo conjunto da obra.

Entre os clássicos de Louis Armstrong destacam-se as músicas La Vie Em Rose, Moon River, A Kiss to Build a Dream On, Saint Louis Blues, entre outras. Colaborou com vários artistas do jazz e de outros géneros, como os duetos sublimes com Ella Fitzgerald e Mahalia Jackson.

Faleceu em Nova Iorque, no dia 6 de julho de 1971. Marcou, como ninguém, com o seu virtuosismo no trompete e a sua voz de barítono, o panorama discográfico e o espetáculo da música contemporânea.

FESPACO 2025 | Vatican News

Cineastas dos PALOP na 29ª edição do FESPACO 2025

O cineasta guineense, Sana Na N’hada, é um dos quatro cineastas de países africanos de expressão oficial portuguesa (PALOP), selecionados para o FESPACO deste ano. Ele vai apresentar o filme “Nome”. Os outros três cineastas são Denise Fernandes, com a longa-metragem Hanami; Welket Bungué com o documentário, “Latitude Fénix”; e Inadelso Cossa, com o documentário As Noites Ainda Cheiram a Pólvora.

Os quatro filmes fazem parte dos 235 filmes selecionados em diversas categorias, de um total de 1.351 candidaturas, oriundas de 48 nacionalidades, desde a África ao Caribe. A 29ª edição do FESPACO, o maior Festival de Cinema e Televisão da África, vai ter lugar de 22 de fevereiro a 1 de março de 2025, em Ouagadougou, capital do Burkina Faso.

Segundo o jornal on line, Bantuman, Alex Moussa Sawadogo, Delegado Geral do FESPACO, descreveu, em conferência de imprensa, esta edição como uma colheita cinematográfica desafiadora, e destacou que há várias estreias de produções africanas. “Esta é uma das raras ocasiões em que tantos filmes foram selecionados em todo o continente africano. Estamos muito orgulhosos desta seleção com muitas estreias mundiais. São filmes que refletem a dinâmica da produção africana, o espírito de criatividade dos nossos realizadores. Isto mostra a importância do FESPACO no leque de festivais” - afirmou.

Bantuman faz ainda saber que o documento oficial do FESPACO detalha todos os filmes selecionados. O filme “Nome”, de Sana Na N'hada (Guiné-Bissau), e Hanami, de Denise Fernandes (Cabo Verde), estão na disputa pelo Yennenga Gold Standard (o principal prémio) na categoria de longas-metragens de ficção com mais 15 filmes de países diferentes. As Noites Ainda Cheiram a Pólvora, de Inadelso Cossa (Moçambique) concorre na categoria de Documentário de Longa-Metragem com mais 14 filmes, e Latitude Fénix, de Welket Bungué (Guiné-Bissau), na categoria Diversidades.

O Festival Pan-Africano de Cinema e Televisão de Ouagadougou, FESPACO, é uma das principais celebrações de cinema do continente africano. Criado em 1969, o evento bienal é organizado pela Delegação Geral do FESPACO, destacando-se como um dos poucos festivais de cinema patrocinados pelo Estado que ainda subsistem a nível global - sublinha Bantuman. É uma aposta do Burkina-Faso na cultura da África como perno de desenvolvimento assente nas identidades culturais do continente. Aliás, o lema deste ano é “Cinemas da África e identidades culturais”. 

Koyo Kouoh - Curadora da Bienal de Veneza 2026 | Vatican News

Koyo Kouoh, nomeada Curadora da Bienal das Artes de Veneza 2026

A camaronesa Koyo Kouoh vai ser a curadora artística da Bienal Internacional de Artes de Veneza 2026. Foi nomeada a 5 de novembro passado pelo Conselho da Direção do Festival sob proposta do Presidente Pietrangelo Buttafuoco.

De 57 anos de idade, Koyo Kouoh é, desde 2019, Diretora Executiva e Curadora Chefe do Museu Zeitz de Arte Contemporânea Africana, o maior deste género em África, com sede na Cidade do Cabo (África do Sul). Já foi, entre diversas outras funções e iniciativas de relevo, Diretora artística fundadora da Raw Material Company, um centro para a arte, o conhecimento e a sociedade, em Dakar; e em 2020 recebeu o Grande Prémio Meret Oppenheim, prestigioso galardão suíço que reconhece sucessos no campo das artes, arquitetura, crítica e exposições. Ela vive e trabalha entre a África do Sul, o Senegal e a Suíça.

Ao comentar a nomeação de Koyo Kuoh para Curadora artística do sector das Artes visivas com o encargo de curar a 61ª Exposição Internacional de Arte de 2026, o Presidente da Bienal de Veneza, Pietrangelo Buttafuoco, sublinhou que isto é a confirmação da vocação dessa bienal: ser a casa do futuro, a casa que sabe acolher os olhares novos.

Por seu lado, comentando a sua nomeação, Koyo Kuoh disse que a Exposição Internacional de Arte da Bienal de Veneza é, há mais de um século, o centro de gravidade da arte. É, por conseguinte, uma honra e um privilégio - afirmou - seguir as pegadas dos seus predecessores nesta função e criar uma mostra - espera - que possa ter significado para o mundo em que vivemos e que queremos construir. Os artistas - continuou - são visionários e cientistas sociais que nos permitem refletir e projetar de forma única.

Ela manifestou também a sua gratidão ao Presidente Buttafuoco por lhe ter confiado esta missão tão importante e diz não ver a hora de trabalhar com toda a equipa - lê-se no site da Bienal.

Esta é a primeira vez, na história da Bienal de Arte de Veneza que uma mulher africana é escolhida como Diretora do Sector Artes Visivas da Bienal, com o prestigioso encargo da curadoria da 61ª (sexagésima primeira) Exposição Internacional de Arte para 2026. Trata-se, por conseguinte, duma nomeação importante e histórica - sublinham várias fontes de informação.

A história pessoal desta curadora - escreve a revista italiana “África”, está relacionada com os Camarões, onde nasceu, e a Suíça, onde cresceu e estudou Economia empresarial, antes de se especializar em Gestão Cultural, na França. Ela fala francês, alemão, inglês e italiano. Não resta que acompanhar a Bienal de Veneza para ver o toque pessoal que ela dará à sua curadoria. 

Circo Africano atua em Roma | Vatican News

Circo Africano em Roma até 2 de fevereiro de 2025 

Em Roma, está a decorrer, desde 19 de dezembro de 2024, exibições do mágico mundo do Circo Africano que se prolongará até 2 de fevereiro 2025. É no ex-Velodromo de Eur (Via Oceano Pacifico 162) e é a primeira vez que se exibe em Itália. Trata-se dos melhores talentos provenientes de diversos países africanos. Um espetáculo com a curadoria de Zoppis Show Productions, que disse querer encantar o público com cores, músicas e espetáculos contagiantes. Uma imersão nas artes performativas africanas em todas as suas vertentes.

São, segundo a revista África, mais de cinquenta artistas formados em escolas circenses e provenientes Etiópia, Tanzânia, Tunísia, Marrocos, Quénia, Egipto, Senegal, África do Sul, celebrando a diversidade artístico-cultural do continente.  Número e performances que já foram exibidos em prestigiosos festivais em várias partes do mundo e que não envolvem animais. Acrobacia, malabarismos, contorções e danças se entrelaçam com melodias entusiasmantes de lendas da música africana Fela Kuti, Miriam Makeba, Youssou N’Dour, abrilhantadas com a participação de ícones internacionais da música como Gloria Gaynor, Bob Marley, Shakira, Stevie Wonder e Le Chi. A música ao vivo dá o ritmo aos acrobatas, saltadores e malabaristas extraordinários. A não perder, segundo a revista “África”, os saltadores etíopes e os atletas de basquete acrobáticos quenianos.

Non faltarão emoções, exibições aéreas e performance de dança que vão da tradição à modernidade, tudo enriquecido com uma incrível fusão de luzes, cenografias 3D e um jogo visível de tirar o fôlego - nota ainda a revista “África”. 

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Hoje é dia de São Paulo, o Eremita

São Paulo, o Eremita | ACI Digital.

Hoje é dia de São Paulo, o Eremita, que encontrou Cristo no deserto e na solidão.

Por Redação central

15 de janeiro de 2025

Hoje (15) é dia de são Paulo, o Eremita, também chamado de 'Paulo de Tebas' ou 'Paulo o Egípcio'.

O apelido de "eremita" tem origem em seu estilo de vida: Paulo se entregou a Deus, retirando-se do mundo para viver em uma ermida, um pequeno lugar isolado, como uma cova ou uma cabana muito precária, que ele arrumou como um quarto. Lá ele se dedicou à meditação e à oração em solidão. “Eremita”, assim como “ermida”, vem de éremos “deserto” em grego.

Seu modo de vida inspirou muitos outros, que buscaram a Deus longe do barulho ou da frivolidade das cidades. A partir desse momento, toda pessoa que adotasse os modos espirituais de Paulo de Tebas.

São Jerônimo, no século V, registrou o ano 228 como o nascimento do santo e o Egito como sua pátria. Paulo ficou órfão muito jovem, aos 14 anos.

O deserto

Em 250 estourou uma grande perseguição contra os cristãos e ele teve que se esconder. Seu cunhado inicialmente ofereceu-lhe proteção, mas depois denunciou-o às autoridades para ficar com os seus bens. Paulo então fugiu para o deserto. A princípio a solidão o atormentava, mas depois ele começou a perceber que a solidão poderia ser usada como meio para se encontrar com Deus. O deserto tornou-se o “lugar” onde Deus podia falar com ele e onde ele podia ouvir a sua voz e experimentar o seu amor.

Ele se propôs a usar essas circunstâncias para ajudar as pessoas que permaneciam no mundo: ele o faria com penitências e orações pela conversão dos pecadores. Não foi uma "fuga" precipitada por algum medo, mas uma forma de redimir tudo o que estava distante de Deus.

Há muitas histórias sobre Paulo, o Eremita. São Jerônimo diz que o eremita se alimentava apenas dos frutos de uma palmeira, e que quando não tinha tâmaras, um corvo o alimentava trazendo-lhe meio pão.

Amigo de santo Antônio abade, pai do monaquismo

Santo Antônio abade, pai do monaquismo, ouviu em sonho que havia outro eremita mais velho que ele e empreendeu uma viagem para encontrá-lo. Ao chegar à gruta onde estava são Paulo, ele fechou a entrada com uma pedra, pensando que fosse uma fera.

Santo Antônio teve que implorar para que ele removesse a pedra para que pudesse cumprimentá-lo. São Paulo finalmente saiu e os dois santos, sem terem se conhecido antes, cumprimentaram-se pelo nome. Então eles se ajoelharam e agradeceram a Deus. Naquele dia, um corvo trouxe para eles um pão inteiro e cada um pegou a metade.

A morte junto com Cristo é uma vitória

No dia seguinte, são Paulo profetizou sua própria morte. Ele disse a santo Antônio que via o momento de sua morte se aproximando e pediu-lhe que voltasse ao seu mosteiro para trazer-lhe o manto que o bispo santo Atanásio lhe dera, porque ele queria ser envolto naquela roupa.

Santo Antônio, surpreso com o prognóstico, foi trazer o manto. Ao retornar, percebeu que Paulo já havia morrido, porém, conseguiu ver como a alma do santo subiu ao céu, cercada de anjos e à vista dos apóstolos. Na caverna jazia o cadáver do eremita, de joelhos, com os olhos voltados para o céu e os braços estendidos. Paulo havia morrido em oração. A tradição diz que dois leões chegaram do deserto e cavaram um buraco no qual santo Antônio colocou o corpo do santo.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/54220/hoje-e-dia-de-sao-paulo-o-eremita-que-encontrou-cristo-no-deserto-e-na-solidao

Semana pela unidade dos cristãos 2025

Vaticano (Foto/Crédito: Opus Dei)

Semana pela unidade dos cristãos 2025

A semana de oração pela unidade dos cristãos começa no dia 18 e culmina com a festa da conversão de São Paulo. Além das meditações diárias, oferecemos diversos artigos, entrevistas e histórias relacionadas à Oitava para a unidade dos cristãos.

14/01/2025

A Oitava da Unidade dos Cristãos, também conhecida como Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, é uma prática cristã ecumênica que se celebra entre 18 e 25 de janeiro. Este ano celebra-se com o lema Fazer o bem; buscar a justiça (cf. Isaías 1,17).


Recursos para a Semana de oração pela unidade dos cristãos

1. Meditações sobre o oitavário pela unidade dos cristãos

Coleção de textos para meditar sobre o oitavário (ou semana) de oração pela unidade dos cristãos, que a Igreja celebra de 18 a 25 de janeiro.

2. Homilia do Papa Francisco. Basílica de São Paulo fora dos Muros (25 de janeiro de 2022)

3. Que posso fazer? Rezar com São Josemaria durante o Oitavário pela unidade dos cristãos.

4. Rezar com Dom Álvaro pela união dos cristãos.


Artigos sobre o ecumenismo

1. Ecumenismo, D. Pedro Rodríguez, teólogo e membro da Academia de Doutores da Espanha.

2. Evangelização, proselitismo e ecumenismo, Artigo de Mons. Fernando Ocáriz, professor da Faculdade de Teologia da Universidade Pontifícia da Santa Cruz.


Entrevistas

1. "Na Finlândia, as relações ecumênicas com luteranos e ortodoxos são maravilhosas." Entrevista com o Vigário Geral da diocese de Helsínquia, o sacerdote espanhol Raimo Goyarrola.

2. "Os ensinamentos de São Josemaria Escrivá são ecumênicos". Evgeni Pazukhin, filósofo e escritor ortodoxo.


Algumas viagens do Papa Francisco, relacionados com a unidade dos cristãos

∙ Viagem Apostólica ao Cazaquistão (13-15 de setembro de 2022)

∙ O Papa Francisco no Bahrein (novembro de 2022)

∙ Viagem do Papa a Romênia (maio-junho 2019)

∙ O Papa Francisco no Egito (abril de 2017)

Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/semana-pela-unidade-dos-cristaos-2023-meditacoes-diarias-e-recursos/

Santo Amaro e a política

Santo Amaro (Liceo Santo Amaro)
15 de janeiro

SANTO AMARO E A POLÍTICA

Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney (RJ)

A grande devoção em nossa região a Santo Amaro, cuja festa celebramos hoje, é explicada pela presença dos monges beneditinos que foram os valorosos missionários da zona rural de Campos dos Goytacazes, em cujo município se situa o célebre Mosteiro de São Bento, em Mussurepe. Vale a pena recordar um pouco a sua vida, por muitos desconhecida.

Santo Amaro, ou São Mauro, foi monge e abade beneditino, ou seja, da Ordem de São Bento. Nascido em Roma, de família senatorial, Amaro, quando tinha apenas doze anos, foi entregue no mosteiro por seu pai, Egrico, homem ilustre pela virtude e pela nobreza do nascimento, confiando-o aos cuidados de São Bento, em 522.

Correspondeu tão bem à afeição e à solicitude do mestre, que foi em breve proposto como modelo aos outros religiosos. São Gregório exaltou-o por se ter distinguido no amor da oração e do silêncio. Sempre se lhe notou profunda humildade e admirável simplicidade de coração. Mas nele sobressaia a virtude da obediência, sendo por isso recompensado por Deus, com o milagre semelhante ao de São Pedro no lago de Tiberíades, caminhando sobre as águas.

São Bento, mestre de Santo Amaro, escreveu a sua regra, parâmetro de vida para todos, até para os governantes e políticos. Consta que o grande imperador Carlos Magno pautava o seu governo pela regra de São Bento. Podemos resumir a sua regra pela sua frase lapidar: “Nada antepor a Cristo”, ou seja, Deus em primeiro lugar. A consciência reta, voz de Deus em nosso interior, deve ser a nossa regra de vida, e não os conchavos, os compromissos espúrios, a corrupção, a venda do dever pelo dinheiro, etc.

Estou em Portugal, Sintra, a convite, onde participo, como todos os anos, de um Congresso internacional para Bispos, com Cardeais e Bispos de vários continentes, promovido pelo Acton Institute, instituição universitária voltada para estudos de economia, política e sociologia à luz da Doutrina social da Igreja.

“Entre as muitas questões que hoje a todos preocupam, importa revelar particularmente as seguintes:… a vida econômico-social e a política” (Gaudium et Spes 46).

“A passagem da economia ao campo político se afigura necessária. Sob o termo ‘político’, naturalmente, são possíveis muitas confusões e devem ser esclarecidas; entretanto, todos têm mais ou menos a sensação de que domínios sociais e econômicos, tanto nacionais como internacionais, a decisão última é do poder político. Tomar a sério a política, nos seus diversos níveis… é afirmar o dever do homem, de todos os homens de reconhecerem a realidade concreta e o valor da liberdade de escolha que lhes é proporcionada para procurarem juntos o bem da cidade, da nação e da humanidade. A política é uma maneira exigente – se bem que não seja a única – de viver o compromisso cristão ao serviço dos outros… Reconhecendo muito embora a autonomia da realidade política, esforçar-se-ão os cristãos solicitados a entrarem na ação política por encontrar uma coerência entre as suas ações e o Evangelho” (Octog Adv 46).

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

EDITORIAL: Assim se concretiza a esperança do Jubileu

Após abrir a Porta Santa na Prisão de Rebbibia, Papa celebrou para população carcerária e agentes penitenciários  (ANSA)

Das penas de morte comutadas para penas de prisão perpétua nos Estados Unidos à abolição da pena de morte no Zimbabué e ao anúncio de libertações em Cuba.

Andréa Tornielli

A abertura da Porta Santa do Jubileu, no último dia 24 de dezembro, foi precedida poucas horas antes pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de comutar as condenações à morte de 37 presos em prisões federais em prisão perpétua. No início de janeiro, outras duas boas notícias: na Carolina do Norte, o governador concluiu seu mandato transformando as 15 sentenças de morte pendentes em seu Estado em prisão perpétua, enquanto na África o presidente do Zimbábue aboliu a pena de morte no país. Agora, no início deste Ano Santo, chega o anúncio da libertação de 553 prisioneiros em Cuba.

Temos grande necessidade de sinais de esperança que nos ajudem a elevar o olhar do triste panorama das guerras e da violência: não poderia ter havido melhor início para este ano de graça, porque se trata de notícias que ligam o Jubileu cristão à sua origem bíblica, como recordou o Papa Francisco na Bula de Proclamação “Spes non confundit”: «Proponho aos Governos que, no Ano Jubilar, tomem iniciativas que lhes restituam esperança: formas de amnistia ou de perdão da pena, que ajudem as pessoas a recuperar a confiança em si mesmas e na sociedade; percursos de reinserção na comunidade, aos quais corresponda um compromisso concreto de cumprir as leis». É um apelo antigo, explicou o Bispo de Roma, citando o Levítico, que "provindo da Palavra de Deus, permanece com todo o seu valor sapiencial ao invocar atos de clemência e libertação que permitam recomeçar: «Santificareis o quinquagésimo ano, proclamando na vossa terra a libertação de todos os que a habitam»".

Anistia, remissão da pena, clemência, são acompanhadas pelas duas palavras-chave de cada Jubileu, que são misericórdia e perdão. Mais do que nunca nosso mundo tem necessidade disso. 

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF