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quinta-feira, 16 de março de 2023

Como os Magos para escrutar os sinais dos tempos: o caminho da Igreja na Ásia

Representação dos três Magos em visita ao Menino Jesus (Vatican Media)

O Documento final, intitulado "Caminhar juntos como povo da Ásia" consiste de 40 páginas e compreende 5 partes, de acordo com cinco passos: caminhar juntos; olhar para as realidades emergentes da Ásia; discernir o que o Espírito está dizendo à Igreja na Ásia; oferecer nossos dons, que são a cultura e a espiritualidade asiáticas; abrir novos caminhos. Na elaboração do texto, "também aprendemos com o CELAM da América Latina", ressalta o arcebispo de Bombaim, na Índia, o cardeal Oswad Gracias.

Vatican News

O Documento final da Conferência Geral da Federação das Conferências Episcopais Asiáticas (FABC) - realizada em Bangcoc de 12 a 30 de outubro de 2022 - publicado esta terça-feira, 14 de março, cita missionários como Alessandro Valignano, Roberto de Nobili, Matteo Ricci e João de Brito que seguiram uma abordagem peculiar à missão na Ásia.

Logo da Assenbleia das Igrejas da Ásia (Vatican Media)

"Caminhar juntos como povo da Ásia"

O Documento final, intitulado "Caminhar juntos como povo da Ásia" consiste de 40 páginas e compreende 5 partes, de acordo com cinco passos: caminhar juntos; olhar para as realidades emergentes da Ásia; discernir o que o Espírito está dizendo à Igreja na Ásia; oferecer nossos dons, que são a cultura e a espiritualidade asiáticas; abrir novos caminhos. O cardeal Oswad Gracias, arcebispo de Bombaim (atual Mumbai), ressaltou que, na elaboração do texto, "também aprendemos com o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM)".

Em pleno espírito sinodal, os Bispos da Ásia reafirmam que querem "caminhar juntos", compartilhando os três elementos essenciais de uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão.

Passar "do diálogo à sinodalidade

A segunda parte do texto dá uma visão geral das realidades emergentes da Ásia, relacionando-as em seguida com a missão da Igreja. As identificadas são: migrantes, refugiados e indígenas, muitas vezes deslocados de suas terras de origem; a família, o fundamento da sociedade; questões de gênero, presentes na sociedade; o papel da mulher nas sociedades asiáticas; os jovens; o impacto da tecnologia digital; a promoção de uma economia equitativa diante da urbanização e da globalização; a crise climática; o diálogo inter-religioso.

Lançando a luz do Evangelho nestas macroáreas, para serem sempre "construtoras de pontes, instrumentos de diálogo e reconciliação na Ásia", as Igrejas na Ásia propõem "novos caminhos" rumo a uma "evangelização mais inculturada", passando "do diálogo à sinodalidade", abrangendo povos e culturas não-cristãs.

Ser tudo para os povos da Ásia

A inspiração vem do caminho dos Magos que foram capazes de escrutar os sinais dos tempos, e da obra de Matteo Ricci que "quis encarnar a fé em um contexto e cultura especificamente asiáticos".

Os bispos asiáticos concluem e expressam seus desejos para o futuro - "ser tudo para os povos da Ásia" - citando as palavras de São Paulo: "Para os fracos, fiz-me fraco, a fim de ganhar os fracos. Tornei-me tudo para todos, a fim de salvar alguns a todo custo. E isto tuto eu faço por causa do evangelho, para dele me tornar participante" (1 Cor 9,22-23).

(com Fides)

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF