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segunda-feira, 2 de junho de 2025

CONCERTO PARA O JUBILEU DAS FAMÍLIAS

Foto/crédito: neocatechumenaleiter

A OBRA SINFÔNICA DE KIKO ARGÜELLO COM A ORQUESTRA DO CAMINHO NEOCATECUMENAL DIRIGIDA POR TOMÁŠ HANUS

Jubileu 2025

No domingo, 1º de junho de 2025, às 19h, no Auditório “Parco della Musica Ennio Morricone”, Sala Santa Cecília, Kiko Argüello apresenta sua Obra Sinfônica. Um concerto por ocasião do Jubileu das Famílias, no qual a Orquestra do Caminho Neocatecumenal, sob a regência de Tomáš Hanus, maestro da Orquestra Sinfônica da Islândia, interpretará pela primeira vez, na mesma noite, as duas obras sinfônicas de Kiko: “O Sofrimento dos Inocentes” e “O Messias”.

https://www.youtube.com/watch?v=tuX0ZkfYlsk

Pintor espanhol, iniciador do Caminho Neocatecumenal junto com Carmen Hernández, autor de importantes obras pictóricas, arquitetônicas e escultóricas em todo o mundo, Kiko Argüello coloca a serviço da Igreja e da Liturgia sua vocação artística. Por meio da pintura expressa na arte sacra, como reflexo da luz de Deus, e por meio da música, linguagem espiritual poderosa e misteriosa, Kiko encontra um caminho para anunciar o Evangelho ao homem contemporâneo. A arte, portanto, concebida como expressão da beleza e como relação de amor com Deus a serviço da Nova Evangelização.

No Ano do Jubileu de 2025, este evento, sob o patrocínio do Dicastério para a Evangelização, será uma festa para a família. Em uma Europa marcada pelo processo de secularização, ameaçada pelo ateísmo, afligida pela crise da sociedade, da cultura, dos valores, dos princípios éticos e religiosos, em nossa era tão complexa pela humanidade ferida pelo sofrimento de tantos conflitos, “nesta geração — disse Kiko Argüello durante a audiência com o Papa Francisco em 2022 para o envio de 430 famílias em missão — Deus está chamando as famílias, à imagem da Sagrada Família de Nazaré, para levar a alegria do amor de Deus aos homens que ainda não a conhecem”. A família, obra de arte sublime de Deus, que mostra ao mundo a beleza de Cristo e de sua Igreja.

Suas obras artísticas, seus escritos, são a expressão de uma nova estética que tem como fim ajudar o homem a elevar seu espírito a Deus. E também sua música, de maneira singular, suscita profundas inspirações espirituais, emoções que conduzem à dimensão do mistério da beleza de Deus. A arte musical inspirada para infundir esperança no coração do homem afligido pelo sofrimento, mas marcado por um destino transcendente.

Kiko Argüello (neocatechumenaleiter)

“O Sofrimento dos Inocentes é a primeira obra que Kiko compôs, cinco movimentos centrados na dor da Virgem Maria que vê seu Filho ser morto. Uma meditação carregada de tensão dramática. A audaz orquestração que percorre a partitura e a sobriedade do canto ajudam a contemplar o mistério do sofrimento que atravessa a alma da Mãe de Cristo.

Interpretada pela primeira vez em 2011 na Terra Santa, na Domus Galilaeae, no Monte das Bem-Aventuranças (Korazín), a obra percorreu os principais teatros, salas de concerto, praças e catedrais de todo o mundo: Catedral de Madri, Metropolitan de Nova York, Chicago Symphony Hall, Berliner Philharmoniker Hall de Berlim, Gerard Behar Auditorium de Jerusalém, Suntory Hall de Tóquio, Hungarian State Opera House de Budapeste, Concerto Memorial em Auschwitz (transmitido pela emissora de televisão italiana Rai1), Aula Paulo VI no Vaticano, Piazza Unità d’Italia de Trieste…

Terminada a primeira sinfonia, Kiko começou a trabalhar em uma segunda partitura que será o cumprimento de uma ideia musical em continuidade com a primeira. Um itinerário artístico e da alma que o levará à versão definitiva de um poema sinfônico para piano, coro e orquestra, “O Messias”, um tríptico sobre a paixão e o sofrimento de Cristo dedicado aos mártires.

Três episódios da História da Salvação em música: Aquedá, Filhas de Jerusalém e O Messias, leão para vencer. O sacrifício de Isaac e o mistério da fé de Abraão, as palavras de Cristo às mulheres que o seguiam pela Via Dolorosa, as palavras poéticas de Victorino de Pettau, mártir cristão do século IV, que anuncia o Mistério de Cristo, “leão” para vencer, que se faz cordeiro para sofrer. Estreou em 19 de novembro de 2023 no Teatro Verdi de Trieste e foi transmitido pela Rai5, o canal de música e arte da Rai Cultura.

O concerto será transmitido ao vivo em 137 países e estará disponível nesta página web oficial do Caminho Neocatecumenal.

Orquestra Sinfônica do Caminho Neocatecumenal (neocatechumenaleiter)
Fonte: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br/concerto-para-o-jubileu-das-familias/

Arquidiocese de Brasília tem oito novos sacerdotes

Ordenação Presbiteral (arqbrasilia)

Arquidiocese de Brasília tem oito novos sacerdotes

01/06/2025

Estes são os novos presbíteros da Arquidiocese de Brasília: Alexis Ramon, Bruno Henrique, Francisco Randson, Isaac Nasar, Luiz Felipe, Mauro Angelino, Pablo Mendes e Vanderson Viana. Na manhã desse sábado, 31 de maio, oito novos sacerdotes receberam o sacramento da Ordem em solene celebração na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida. O tema da ordenação foi “Spes non confundit” (“A esperança não engana” – Rm 5, 5), que ressalta a confiança e a esperança essenciais para a missão sacerdotal.

A celebração foi presidida pelo Arcebispo de Brasília, Cardeal Paulo Cezar Costa, e reuniu o clero arquidiocesano, o Arcebispo emérito do Ordinariado Militar e Presidente do Tribunal Eclesiástico, Dom Fernando Guimarães, e os bispos auxiliares de Brasília, Dom Denilson Geraldo e Dom Antonio de Marcos.

Na homilia, Dom Paulo afirmou que aquele momento representava um marco para a Arquidiocese e para os jovens sacerdotes que escolheram deixar tudo para seguir Jesus Cristo por amor. Ele ressaltou que a vocação de cada ordenado nasceu de uma eleição amorosa de Deus que, segundo Dom Paulo, “nos tinha no coração” desde sempre.

O arcebispo destacou também que o presbítero participa da liberdade de Cristo, pois ama na mesma medida daquele que deu a vida por nós. A imagem de Cristo, o pastor bom e belo, revela essa liberdade profunda e total. “O presbítero é um homem que deu aquilo que há de mais profundo, de mais verdadeiro que há dentro dele para Deus. Ele deu tudo para Deus”, disse.

Dom Paulo concluiu sua mensagem com uma exortação aos ordinandos: “Mas este bem trazido por Jesus, ser pastor para as ovelhas, permanece presente no meio de nós, no meio de seu povo, por meio do ministério ordenado. Por isso, meus queridos ordinandos, vocês serão presença de Cristo bom pastor. Devem desgastar a vida sendo presença do amor do bom pastor.” Citou São João Crisóstomo para lembrar que o amor a Cristo se manifesta no cuidado às ovelhas: “Se me amas, dirige teus irmãos, evidencie agora essa ardente caridade, para sempre testemunhar-te. Dá pelas ovelhas esta vida que pretendias oferecer a mim. A vigilância pelas ovelhas é, sem dúvida, a melhor prova de caridade que se possa dar.” E finalizou: “Apascentar o rebanho do Senhor é a maior obra de caridade que o pastor pode fazer.”

Os novos padres vieram de duas realidades formativas: dois do Seminário Redemptoris Mater e seis do Seminário Maior de Brasília. Familiares, amigos, seminaristas e inúmeros fiéis lotaram a catedral para testemunhar essa graça e alegria para a Igreja de Brasília e para a vida desses sacerdotes.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

59° Dia Mundial das Comunicações Sociais

59º Dia Mundial das Comunicações Sociaus (Regional Leste 1)

59° DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS 

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ) 

“Partilhai com mansidão a esperançaque está nos vossos corações” (cf. 1 Pd 3,15-16) 

Dentro da celebração do Sétimo Domingo da Páscoa, no Brasil, solenidade transferida da Ascenção, comemora-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais, e, para essa data, o Santo Padre sempre prepara uma mensagem. Essa mensagem ainda foi preparada pelo saudoso Papa Francisco, que nos encoraja a sairmos em missão e anunciarmos a Palavra de Deus. Do mesmo modo que Jesus enviou os discípulos para a missão e para dar continuidade a tudo aquilo que Ele fez, Jesus nos envia hoje para sermos comunicadores da Palavra de Deus. 

Por isso é Dia Mundial das Comunicações Sociais, pois somos chamados a usar todas as formas de mídia para anunciar a Palavra de Deus. Na era digital em que vivemos, onde a internet está em alta, e a inteligência artificial, podemos usar desses meios para o bem e para falar de Deus. O Espírito Santo, que é nosso defensor, o Paráclito, nos dará palavras acertadas para evangelizar. Como nos dizia o Papa Francisco, temos que ser uma Igreja em saída, ou seja, ir ao encontro do outro e anunciar a Palavra. Dessa forma, faremos como os discípulos e levaremos essa Igreja adiante. 

O tema da mensagem deste ano vai ao encontro do Ano Jubilar da Esperança que estamos vivenciando — como não poderia deixar de ser. Para poder falar de Deus às outras pessoas, é preciso ter fé e esperança, para animar os desanimados e encorajar os que estão vacilantes na fé. A nossa esperança vem de Cristo Ressuscitado, e o Espírito Santo, que habita em nós desde o batismo, nos impulsiona a anunciar a Palavra de Deus às outras pessoas. 

Desde o nosso batismo nos tornamos discípulos e missionários de Jesus, e fomos imbuídos com os dons do Espírito Santo. Para sermos discípulos de Jesus, deve nos acompanhar o dom da mansidão, conforme nos fala o tema desta mensagem. A esperança do cristão é a vida eterna. Busquemos evangelizar enquanto estamos aqui, fazer o bem, praticar a caridade, para, ao final da nossa vida, sermos merecedores da vida eterna. 

O Papa Francisco alerta, nesta mensagem, que nem sempre a comunicação gera esperança, mas, algumas vezes, medo e desespero, preconceito e rancor, fanatismo e até ódio. Em certas ocasiões, distorcem a realidade dos fatos com o intuito de inflamar ainda mais os ânimos e gerar desconforto nos outros. O Papa nos diz que é preciso “desarmar” a comunicação e purificá-la de toda agressividade. Infelizmente, é o que vemos em alguns jornais que passam na televisão, cujo foco principal são crimes, tiroteios e violência. Não transmitem notícias, mas levam o telespectador a ter um sentimento de insegurança e medo. Alguns reality shows focam em provocações, discórdias e brigas, e não acrescentam em nada ao telespectador que os assiste. 

O Papa alerta ainda que devemos tomar cuidado com as redes sociais e não expor tanto a nossa vida e a de nossos familiares. Muitas vezes, por meio das redes sociais, fomenta-se o ódio, combinam-se ações erradas contra alguém. Enfim, para nós, cristãos, deve ser diferente: temos que usar as redes sociais para o bem e para falar de Deus. 

Outra preocupação do Santo Padre é a “dispersão programada da atenção”. Ou seja, algumas pessoas que estão nas redes sociais, por trás da tela do computador, apenas querem atenção e, algumas vezes, se aproveitar dos outros. É preciso tomar cuidado e conhecer bem quem está do outro lado da tela. Nas fotos pode parecer uma coisa; presencialmente, pode ser outra. Usemos menos as redes sociais e tomemos cuidado. Antes de tudo, porém, usemos esse tempo para evangelizar e falar de Deus. 

O Papa Francisco afirma que, de fato, é difícil ter esperança, principalmente no mundo de hoje, com tantas injustiças, violências e guerras. A esperança é uma virtude cristã, e todos devem nutri-la. Temos que ter esperança em dias melhores e acreditar que algo bom vai acontecer em nossa vida. Somos dirigidos por nossos pensamentos: se pensarmos coisas positivas, algo de bom acontecerá em nossa vida; agora, se só pensarmos negativamente e não nutrirmos em nós a esperança, as coisas boas não virão. 

O Papa afirma ainda que a comunicação deve ser feita com mansidão e respeito. A comunicação deve ser feita de maneira próxima. Até mesmo o sacerdote, ao proferir a homilia, deve se fazer próximo dos fiéis e fazer com que toda a comunidade compreenda aquilo que está dizendo. Uma comunicação próxima é uma comunicação clara e objetiva. Uma boa comunicação é aquela que não vende ilusões ou medo, mas que é capaz de transmitir a esperança e ajudar os outros a superar os medos e enfrentar as dificuldades. 

A esperança deve ser um projeto comunitário. A exemplo deste Ano Jubilar que estamos vivenciando, a Igreja inteira é chamada a nutrir a esperança no Senhor e em dias melhores para a humanidade. Por isso, ao longo deste ano, somos convidados a peregrinar até as Igrejas jubilares e vivenciar este Ano da Esperança. 

O Papa conclui essa mensagem dando algumas recomendações, como, por exemplo, cuidar do coração — ou seja, da vida interior. Ser mansos e nunca esquecer o rosto do outro. Por vezes, ficamos tanto tempo nas redes sociais que não nos encontramos com as pessoas e até esquecemos sua fisionomia. Semeemos sempre a esperança em nossa comunicação, construamos pontes e atravessemos os muros visíveis e invisíveis do nosso tempo. 

Estes são alguns tópicos da mensagem para este 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Não deixemos de nos comunicar e de nos encontrar com o outro. Deixemos um pouco de lado as redes sociais, usemos com sabedoria e para o bem a tecnologia, e anunciemos a esperança que vem de Cristo Ressuscitado. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Os três inimigos da alma

Os três inimigos da alma (YouTube)

Os três inimigos da alma 

19 de março de 2025

Existe uma tradição da espiritualidade cristã, provavelmente surgida com Santo Agostinho, de identificar três inimigos de nossa alma: “Eis que os homens já foram batizados, e seus pecados já foram perdoados… e, no entanto, resta a luta com a carne, resta a luta com o mundo, e resta a luta com o diabo” (Sermo 158,4). No monaquismo medieval, a figura dos inimigos da alma foi assumindo até mesmo tons militares: “Pois existem três tiranos que lideram seus exércitos em batalha contra nós. O diabo conduz suas tropas de sugestões perversas à alma fiel. O mundo dispõe as circunstâncias favoráveis e adversas para nos subjugar. E a carne levanta-se-nos em batalha, suscitando as hostes de desejos carnais” (Hugo de São Vitor, In Ecclesiasten 16). 

Por detrás dessa linguagem poética, no entanto, está a verdade espiritual de que “a vida do homem sobre a terra é uma luta” (Jó 7,1)! E não se trata, aqui, de uma luta meramente material, como quem busca melhores condições de vida. Não! Esta luta é parte de uma batalha espiritual contra os inimigos da alma. 

Os grandes estrategistas militares insistem em que o primeiro passo para a vitória é conhecer bem seu inimigo. Quais são, então, esses nossos três inimigos? 

Em primeiro lugar, a carne: ou seja, nossas paixões desordenadas, nossos impulsos egoístas de prazer a todo custo, que nos impelem tantas vezes a tratar o nosso corpo como uma criança mimada. Quando o médico lhe aponta o remédio amargo capaz de curá-la, a criança esperneia e prefere se empanturrar de guloseimas. Por isso mesmo, precisamos de vez em quando dizer “não” ao nosso corpo, em um verdadeiro exercício dos “músculos” da força de vontade. Como dizia São Paulo: “Todos os atletas se impõem a si muitas privações; e o fazem para alcançar uma coroa corruptível. Nós o fazemos por uma coroa incorruptível. Assim, (…) castigo o meu corpo e o mantenho em servidão, de medo de vir eu mesmo a ser excluído depois de ter pregado aos outros” (1Cor 9,25-27). 

O nosso segundo inimigo é o mundo – não aquele mundo que Deus criou e por cujo amor Ele entregou seu Filho único (cf. Gn 3,31; Jo 3,16), mas o mundo que rejeita a Deus e às coisas de Deus, o mundo que implicitamente nos diz para escolher entre sermos amigos dele ou amigos de Deus (cf. Tg 4,4). Hoje em dia, este mundo se expressa frequentemente na mentalidade materialista e aburguesada, que coloca sua segurança na conta bancária gorda, no plano de saúde e de previdência, no carro da moda e no celular do ano… Contra este mundo, Cristo nos adverte: “Guardai-vos escrupulosamente de toda a avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas”, pois “louco” é aquele que coloca a segurança de sua alma nos muitos bens, e não é rico para Deus (cf. Lc 12,13-21). Pelo contrário, o Bom Mestre nos assegura: nosso Pai celeste sabe que precisamos de comida, bebida e vestimentas – mas busquemos primeiro o Reino de Deus, e o resto nos será acrescentado (cf. Mt 6,24-34)! 

Por fim, o último inimigo da alma é o diabo. Ao contrário da imagem que poderíamos formar com base nos filmes de exorcismos e possessões, o diabo nunca vem nos tentar com aspecto medonho e terrível, com chifres e um tridente vermelho. Pelo contrário: em geral, ele se apresenta simpático, sedutor, não raro com elegância e finura. 

A “estratégia de marketing” do diabo é sempre a mesma, desde o Éden: com fala mansa e língua bifurcada, ele nos apresenta o pecado como saboroso agradável, e insinua que Deus é um sujeito que quer limitar a nossa liberdade e impedir a alegria (cf. Gn 3,4-6). 

Lutemos, então, contra os nossos três inimigos, e que nosso grito de batalha seja a Oração de São Bento: A Cruz Sagrada seja a minha luz, não seja o dragão o meu guia. Retira-te, satanás! Nunca me aconselhes coisas vãs. É mau o que tu me ofereces. Bebe tu mesmo os teus venenos! 

Fonte: https://osaopaulo.org.br/colunas/os-tres-inimigos-da-alma/

O Papa na Missa do Jubileu das Famílias: das famílias nasce o futuro dos povos

Papa Leão com um casal e seus filhos, durante a Missa do Jubileu das Famílias, das Crianças, dos Avós e dos Idosos (Vatican Media)

“Caríssimos, se nos amarmos assim, sobre o fundamento de Cristo, que é ‘o Alfa e o Ômega’, ‘o Princípio e o Fim’, seremos sinal de paz para todos na sociedade e no mundo. E não esqueçamos: das famílias nasce o futuro dos povos”. Foram palavras de Leão XIV na Santa Missa por ocasião do Jubileu das Famílias, das Crianças, dos Avós e dos Idosos, presidida pelo Pontífice na Praça São Pedro este domingo, 1º de junho, em que celebramos a Solenidade da Ascensão do Senhor.

Raimundo de Lima – Vatican News

“Na família, a fé é transmitida, de geração em geração, juntamente com a vida: é partilhada como o alimento da mesa e os afetos do coração. Isso torna-a um lugar privilegiado para encontrar Jesus, que nos ama e quer sempre o nosso bem”. Foi o que disse o Papa na Santa Missa por ocasião do Jubileu das Famílias, das Crianças, dos Avós e dos Idosos, presidida pelo Pontífice na Praça São Pedro este domingo, 1º de junho, em que celebramos a Solenidade da Ascensão do Senhor.

Partindo do Evangelho proposto na liturgia, que nos mostra Jesus rezando por nós na Última Ceia (cfr. Jo 17, 20), Leão XIV fez sua homilia, numa Praça São Pedro com 70 mil pessoas, concentrando-se na unidade - maior bem que possa ser desejado -, cujo dom devemos pedir ao Senhor:

Cristo pede, com efeito, que todos sejamos “um só”. Trata-se do maior bem que possa ser desejado, porque esta união universal realiza entre as criaturas a comunhão eterna de amor em que se identifica o próprio Deus, como Pai que dá a vida, Filho que a recebe e Espírito que a partilha.

Missa do Jubileu das Famílias, das Crianças, dos Avós e dos Idosos (Vatican Media)   (@VATICAN MEDIA)

Jesus nos revela que Deus nos ama como ama a si mesmo

A unidade pela qual Jesus reza é, portanto - prosseguiu o Papa - uma comunhão fundada no mesmo amor com que Deus ama, do qual provêm a vida e a salvação. E, como tal é, primeiramente, um dom que Jesus vem trazer. É, pois, a partir do seu coração de homem que o Filho de Deus se dirige ao Pai dizendo: “Eu neles e Tu em mim, para que eles cheguem à perfeição da unidade e assim o mundo reconheça que Tu me enviaste e que os amaste a eles como a mim”.

Ouçamos com admiração estas palavras: Jesus está a revelar-nos que Deus nos ama como ama a si mesmo. O Pai não nos ama menos do que ama o seu Filho Único, isto é, infinitamente. Deus não ama menos, porque ama antes, ama por primeiro! O próprio Cristo testemunha isso quando diz que o Pai o amou «antes da criação do mundo» (v. 24). E é exatamente assim: na sua misericórdia, Deus sempre quis atrair todos os homens para si, e é a sua vida, entregue por nós em Cristo, que nos faz um, que nos une uns aos outros.

Santa Missa presidida pelo Papa Leão XIV – 1º de junho de 2025:

https://youtu.be/7Ez3JCImZaM

Sermos “um”, como o Senhor nos quer “um”

Leão XIV afirmou que ouvir hoje esse Evangelho,  durante o Jubileu das Famílias, das Crianças, dos Avós e dos Idosos, enche-nos de alegria. Todos nós vivemos graças a uma relação, ou seja, a um vínculo livre e libertador de humanidade e de cuidado recíproco.

É verdade, continuou o Santo Padre, que às vezes essa humanidade é traída. Por exemplo, cada vez que se invoca a liberdade não para dar a vida, mas para tirá-la; não para socorrer, mas para ofender. No entanto, mesmo diante do mal, que cria discórdia e mata, Jesus continua a interceder por nós junto ao Pai, e a sua oração age como um bálsamo nas nossas feridas, tornando-se para todos um anúncio de perdão e reconciliação. Essa oração do Senhor dá sentido pleno aos momentos luminosos do nosso querer bem aos outros, como pais, avós, filhos e filhas. E é isso que queremos anunciar ao mundo: estamos aqui para sermos “um”, como o Senhor nos quer “um”, nas nossas famílias e onde quer que vivamos, trabalhemos e estudemos: diferentes, mas um; muitos, mas um; sempre, em todas as circunstâncias e em todas as etapas da vida. Caríssimos, se nos amarmos assim, sobre o fundamento de Cristo, que é “o Alfa e o Ômega”, “o Princípio e o Fim”, seremos sinal de paz para todos na sociedade e no mundo. E não esqueçamos: das famílias nasce o futuro dos povos.

Missa do Jubileu das Famílias, das Crianças, dos Avós e dos Idosos (Vatican Media)   (@Vatican Media)

Casamento, regra do verdadeiro amor entre homem e mulher

Nas últimas décadas, recebemos um sinal que nos enche de alegria e, ao mesmo tempo, nos faz refletir: refiro-me à Beatificação e Canonização de casais, não separadamente, mas juntos, enquanto casais. Penso em Luís e Zélia Martin, pais de Santa Teresinha do Menino Jesus; e gosto de recordar os Beatos Luís e Maria Beltrame Quattrocchi, cuja vida familiar transcorreu em Roma no século passado. E não nos esqueçamos da família polaca Ulma: pais e filhos unidos no amor e no martírio. Eu dizia que se trata de um sinal que faz pensar, pois a Igreja, apresentando-os como testemunhos exemplares dos cônjuges, diz-nos realmente que o mundo de hoje precisa da aliança conjugal para conhecer e acolher o amor de Deus e superar, com a sua força que une e reconcilia, as forças que desagregam as relações e as sociedades.

Antes de concluir, o Pontífice fez uma premente exortação: Digo a vós, esposos, com o coração cheio de gratidão e esperança: o casamento não é um ideal, mas a regra do verdadeiro amor entre o homem e a mulher; amor total, fiel, fecundo. Esse mesmo amor, ao transformar-vos numa só carne, torna-vos capazes de, à imagem de Deus, doar a vida. Portanto, encorajo-vos a ser exemplos de coerência para os vossos filhos, comportando-vos como quereis que eles se comportem, educando-os para a liberdade através da obediência, procurando sempre os meios para aumentar o bem que existe neles. E vós, filhos, sede gratos aos vossos pais: dizer “obrigado” pelo dom da vida e pelos dons que recebemos todos os dias é a primeira forma de honrar o pai e a mãe. Por fim, a vós, queridos avós e idosos, recomendo que cuideis daqueles que amais, com sabedoria e compaixão, com a humildade e a paciência que os anos ensinam.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

domingo, 1 de junho de 2025

POLÍTICA: Volta-se a falar de atômica

A Catedral católica de Urakami em Nagasaki, destruída pela explosão atômica de 9 de agosto de 1945 | 30Giorni

Arquivo 30Dias,  número 05 - 2008

PROLIFERAÇÃO NUCLEAR. Breve crônica a partir da Guerra Fria

Volta-se a falar de atômica

Controlar seriamente os armamentos atômicos, impedir a proliferação; não ignorar os alarmistas que nos meios de comunicação falam da ameaça dos arsenais ainda repletos de ogivas nucleares.

de Benedetto Cottone

No dia 17 de junho de 1945 Winston Churchill recebeu em sua casa a visita do conselheiro do presidente americano Truman, Henry Stimson, o qual lhe entregou uma folha na qual estava escrito: “Crianças nascidas de modo muito satisfatório” era a notícia codificada da positiva experiência do primeiro artefato atômico; Churchill conta que, no dia seguinte, o próprio Stimson explicou que a bomba tinha sido explodida, no deserto do Novo México, no alto de uma torre de trinta metros e que os cientistas, para observar o seu efeito, tinham-se acomodado à distância de quinze quilômetros, atrás de maciços escudos de cimento armado.

Durante a Segunda Guerra Mundial a mais poderosa arma utilizada tinha sido a americana arrasa-quarteirão (blockbuster), de dez toneladas de TNT, capaz de destruir uma quadra inteira. Depois da blockbuster os Estados Unidos realizaram a bomba atômica propriamente dita. Fortalecidos com a nova arma, eles pediram ao Japão a rendição incondicionada, mas o governo japonês recusou-se a aceitá-la, e assim no dia seis de agosto foi lançada a primeira bomba atômica sobre Hiroshima e, logo depois, a segunda sobre Nagasaki. Como consequência Japão rendeu-se imediatamente e a guerra teve seu fim.

Estas duas bombas, chamadas “quilotônicas”, tinham cada uma um potencial de 15 mil toneladas de TNT e os efeitos, como se sabe, foram terríveis.

O progresso tecnológico, depois de algum tempo, passou da bomba quilotônica à bomba tipo A (com um potencial de variava de 20 mil a 30 mil toneladas de TNT) e depois à monstruosa bomba “megatônica” de tipo H (ao Hidrogênio) que tinha um potencial mil vezes maior do que a A (de 2 milhões a 20 milhões de toneladas de TNT!).

Mas quais e quantos danos físicos poderia provocar um terrível conflito nuclear? Impossível avaliar! E este é o verdadeiro e angustioso temor universal.

A ciência, que também criou a energia nuclear – benéfica, de resto, quando aplicada a objetivos pacíficos – não dispõe, pelo menos até agora, de sistemas de análises e de previsões em condições de controlar a complexidade dos efeitos de uma bomba atômica. Alguns destes efeitos foram descobertos de modo casual. Mas quais e quantos outros restam ignorados?

Alguns exemplos: quando, em 1954, os Estados Unidos mandaram explodir um artefato nuclear com potência de 8 milhões de toneladas de TNT, na barreira coralina das Ilhas Marshall, foi previsto o fallout (a chuva radioativa) dentro de um limite de 18 mil quilômetros quadrados, mas na realidade, foi contaminada uma área muito mais vasta: um navio de pesca japonês, distante sessenta quilômetros do perímetro perigoso previsto, foi investido pela contaminação e a tripulação logo teve os terríveis sintomas das várias radiopatias. Na ocasião também foi atacado pelo fallout o atol de Rongelap, distante cento e cinquenta quilômetros, e embora a evacuação da população tivesse ocorrido apenas depois de dois dias, as crianças tiveram problemas de tireóide, com consequente atraso de crescimento, e alguns anos depois foi operado, por neoplasmas na tireóide, um jovem que durante o estouro estava no ventre de sua mãe. Em 1958 dois artefatos nucleares que explodiram na Ilha de Johnson, no Oceano Pacífico, provocaram, a mais de mil quilômetros de distância e por algumas horas, a interrupção, não prevista, das comunicações rádio, por causa da laceração da ionosfera (a região da atmosfera entre os sessenta e os mil quilômetros de altitude que reflete sobre a terra os sinais rádio). Um outro efeito da detonação nuclear, não previsto, foi acertado quando, por causa de impulsos eletromagnéticos desencadeados, foram destruídos os equipamentos eletrônicos dos computadores, com a consequente paralisação de qualquer atividade tecnológica.

Um número grande de explosões nucleares poderia provocar a destruição parcial ou total da camada atmosférica de ozônio que protege todos os seres vivos das radiações ultravioletas, e não se sabe qual poderia ser a intensidade de tal destruição e por quanto tempo esta poderia agir, o certo é que seria abalada a estrutura ecológica que consente a vida sobre o nosso planeta.

Hoje, infelizmente, há uma perigosa proliferação nuclear e várias nações já possuem a bomba atômica.

O fenômeno da chamada “globalização” surgido cerca de trinta anos atrás, até agora foi aplicado apenas na esfera econômica. A globalização ainda está bem longe de ter consentido a todas as nações do mundo a aceitação do princípio de pluralismo democrático, com o respeito das liberdades políticas e dos direitos humanos: diante de sociedades abertas e democráticas ainda há muitas fechadas e ideologizadas e ainda mais há o aparecimento do diabólico terrorismo internacional. Então é absolutamente necessário não apenas controlar seriamente os armamentos atômicos, mas também mostrar de maneira mais ampla possível quais seriam as apocalípticas consequências de um uso insano da arma nuclear.

Com o fim da guerra na Europa, já em junho de 1946, ou seja um ano depois do fim do conflito, o Ocidente tinha desmobilizado: os Estados Unidos tinham reduzido as próprias forças armadas de 8 milhões e 500 mil homens a 1 milhão e 730 mil, a Grã Bretanha de 5 milhões a 790 mil, e também os outros países tinham reduzido seus próprios exércitos.
Apenas a URSS mantinha intacta e em pé de guerra o seu potencial de forças: a URSS não se sentia segura depois da vitória, e desde aquele momento o temor de ser agredida não os teria mais abandonado.

Não se pode esquecer que quando o secretário norte-americano George Catlett Marshall lançou da Harvard University o Plano para a Reconstrução Européia (ERP), mais conhecido como Plano Marshall, oferecia a ajuda americana tanto para a Europa ocidental quanto para a Europa oriental; mas em 4 de julho de 1947 o ministro soviético Molotov recusou a oferta americana para a Europa oriental: evidentemente a URSS temia o assédio e a agressão.

Em 1948 a ONU aprovou o plano do financista americano Bernard Baruch para o desarmamento (naquela época apenas os EUA possuíam a bomba atômica).

Entre 1970 e 1972 a URSS – que já tinha instalado três tipos de mísseis balísticos intercontinentais e que inaugurava todos os anos oito submarinos com dezesseis mísseis cada um – chegou finalmente à paridade nuclear com os EUA e desde então, e por muitos anos, as duas superpotências se confrontavam na base do “equilíbrio do terror”. Ambas as potências possuíam a “second strike capability”, ou seja o deterrente em base ao qual cada uma das potências tinha condições de absorver o primeiro golpe de surpresa e de responder com um segundo golpe.

Depois da queda do Muro de Berlim e do desmantelamento da URSS, a tensão entre as duas superpotências cessou, mas ainda hoje não se pode dizer que entre Rússia e Estados Unidos esta tenha desaparecido completamente.

Todavia se pode fazer uma afirmação na qual acredito que exista mais verdade do que paradoxo: se não tivesse existido a bomba atômica, a guerra entre Estados Unidos e URSS teria estourado há muito tempo.

Perguntamo-nos: durante a segunda guerra fria as duas superpotências tinham entendido que a guerra atômica teria sido um holocausto para todos? Na minha opinião os Estados Unidos tinham compreendido desde o primeiro momento, tanto que o presidente Truman respondeu com um não absoluto quando, na guerra coreana de 1950-1953, alguns generais americanos pediam o bombardeio atômico sobre a Coréia do Norte; mas acredito que também a URSS tivesse entendido, e se poderia até mesmo indicar precisamente quando isso aconteceu: no dia em que Kruchev, ameaçado por Kennedy, levou de volta seus mísseis que estavam em Cuba.

Considerando que um efeito nuclear tornaria pelo menos mínimas as perspectivas de sobrevivência de animais e plantas no nosso planeta, pode-se ter certeza de que não haverá mais guerras mundiais?

Devemos recordar sempre do célebre epifonema de Voltaire: “A única coisa que pode dar uma pálida ideia do infinito é a estupidez humana”.

Fonte: https://www.30giorni.it/

“Vós mesmos, dai-lhes de comer.” (Lc 9,13)

Palavra de Vida Junho 2025 (Focolares)

“Vós mesmos, dai-lhes de comer.” (Lc 9,13) | Palavra de Vida Junho 2025

por Silvano Malini com a comissão da Palavra de Vida   publicado às 14:05 de 26/05/2025, modificado às 14:10 de 26/05/2025

Estamos em um lugar solitário nos arredores de Betsaida, na Galileia. Jesus está falando para uma grande multidão sobre o Reino de Deus. O Mestre veio com os apóstolos para que pudessem descansar, depois da longa missão que haviam realizado naquela região, durante a qual pregaram a conversão, “anunciando a Boa Nova e fazendo curas por toda parte1”. Cansados, mas felizes, eles contavam o que tinham vivenciado.

Mas o povo ficou sabendo disso e foi atrás deles. Jesus acolhe a todos: Ele escuta, fala, cura. A multidão aumenta. A tarde vai chegando e a fome começa a se fazer sentir. Diante disso, os apóstolos ficam preocupados e propõem ao Mestre uma solução lógica e realista: “Despede a multidão, para que possam ir aos povoados e campos vizinhos procurar hospedagem e comida”. Afinal de contas, Jesus já havia feito até demais… Mas Ele responde:

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“Vós mesmos, dai-lhes de comer.”

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Os apóstolos ficam perplexos. Isso é impraticável: eles só têm cinco pães e dois peixes, e as pessoas são alguns milhares; não é possível encontrar comida para todos na pequena Betsaida e nem teriam o dinheiro suficiente para comprá-la. 

Jesus quer lhes dar um ensinamento. Ele se preocupa com as necessidades e os problemas das pessoas e está se empenhando para encontrar uma solução. Faz isso partindo da realidade e valorizando o que eles têm. É verdade, o que têm é pouco, mas Jesus os chama para uma missão: serem instrumentos da misericórdia de Deus que cuida dos seus filhos. O Pai intervém, mas ainda assim “precisa” deles.

Assim também, o milagre “precisa” da nossa iniciativa e da nossa fé; depois, ele fará crescer essa fé ainda mais.

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“Vós mesmos, dai-lhes de comer.”

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Em seguida, Jesus responde à objeção dos apóstolos assumindo o problema, mas pede que eles façam a própria parte, mesmo que seja pequena. Ele não despreza nada. Não resolve o problema no lugar deles. O milagre acontece, mas requer a participação deles, com tudo o que têm e tudo o que conseguiram recolher, agora colocado à disposição de Jesus para todos. Isso implica algum sacrifício e a confiança Nele.

O Mestre procede de acordo com o que que acontece conosco, para nos ensinar a cuidarmos juntos uns dos outros. Diante das necessidades dos outros, não adianta apresentar desculpas (“não é nossa obrigação”; “não posso fazer nada a respeito”; “eles têm que se virar, como fazemos todos nós…”). Na sociedade que Deus imaginou, são bem-aventurados aqueles que alimentam os famintos, que vestem os pobres, que visitam os necessitados2.

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“Vós mesmos, dai-lhes de comer.”

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A narração desse episódio evoca a imagem do banquete, descrito no livro de Isaías, que o próprio Deus oferecerá a todos os povos, quando Ele “enxugará as lágrimas de todas as faces3”. 

Jesus manda que se sentem em grupos de cinquenta, como nas grandes ocasiões. Sendo Filho, Ele se comporta como o Pai. E isso evidencia sua divindade.

Ele mesmo dará tudo, até o ponto de se tornar alimento para nós na Eucaristia, o novo banquete da partilha.

Diante das muitas necessidades que surgiram durante a pandemia da covid-19, a comunidade dos Focolares de Barcelona, na Espanha, criou, por meio das redes sociais, um grupo que partilha as necessidades e coloca em comum bens e recursos. E é impressionante ver como circulam móveis, alimentos, remédios, eletrodomésticos… Porque “sozinhos podemos fazer pouco”, como eles dizem, “mas juntos podemos fazer muito”. Ainda hoje esse grupo, o Fent família, contribui para que, como nas primeiras comunidades cristãs, ninguém entre eles passe necessidade4.

Organizado por Silvano Malini com a comissão da Palavra de Vida 

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1) Lc 9,6.

2) Cf. Mt 25,35-40. 

3) Is 25,8.

4) Cf. At 4,34.

Fonte: https://www.cidadenova.org.br/editorial/inspira/4060-vos_mesmos_dai_lhes_de_comer_lc_9_13_pal

Conferência episcopal contesta lei que viola segredo de confissão nos EUA

Moça rezando. Imagem referencial. | asiandelight/Shutterstock

Conferência episcopal contesta lei que viola segredo de confissão nos EUA

Por Amira Abuzeid

30 de maio de 2025

A Conferência Católica do Estado de Washington, nos EUA, entrou com uma ação judicial ontem (29) contra uma nova lei que exige que padres denunciem abusos infantis descobertos no sacramento da confissão sob pena de prisão e multas.

A ação, movida pela arquidiocese de Seattle e pelas dioceses de Spokane e Yakima, diz que a lei infringe o sigilo sagrado da confissão e, assim, viola o livre exercício da religião, protegido pela primeira emenda da Constituição dos EUA. A ação diz também que a lei viola a cláusula de proteção igualitária da 14ª Emenda e a Constituição do Estado de Washington.

Promulgada pelo governador Bob Ferguson, do Partido Democrata, em 2 de maio, a lei entra em vigor em 27 de julho e adiciona o clero à lista de denunciantes obrigatórios de abuso infantil no Estado de Washington, e nega explicitamente a eles a isenção de "comunicação privilegiada" concedida a outros profissionais, como enfermeiros e terapeutas.

Padres que não denunciarem abusos ditos na confissão podem pegar até 364 dias de prisão e uma multa de US$ 5 mil (R$28,3 mil). Ferguson, que é católico, se disse "muito familiarizado" com a confissão, mas que considera a lei importante para proteger as crianças.

Na ação judicial, movida num tribunal distrital federal, a conferência episcopal de Washington enfatizou o compromisso da Igreja com a proteção das crianças, ao mesmo tempo em que defendem a inviolabilidade do segredo de confissão.

“Em consonância com os esforços da Igreja Católica Romana para erradicar o flagelo social do abuso infantil, a arquidiocese católica romana de Seattle e as dioceses de Yakima e Spokane adotaram e implementaram em suas respectivas dioceses políticas que vão além das atuais exigências da lei de Washington sobre denúncias de abuso e negligência infantil”, diz o processo.

Ele diz que essas políticas exigem a denúncia de suspeitas de abuso por parte de funcionários da Igreja, como clérigos, menos quando as informações são obtidas exclusivamente na confissão, que é protegida por “mais de 2 mil anos de doutrina da Igreja”.

O bispo de Spokane, Thomas Daly, disse no início do mês que o clero não quebraria o segredo de confissão, mesmo que isso significasse pena de prisão.

"Quero assegurar-lhes que seus pastores, bispos e padres estão comprometidos em manter o segredo de confissão — mesmo a ponto de irem para a prisão. O sacramento da penitência é sagrado e permanecerá assim na diocese de Spokane", disse Daly em mensagem aos fiéis.

O arcebispo de Seattle, Paul D. Etienne, teve a mesma atitude, citando o direito canônico, que proíbe padres de trair a confissão de um penitente sob pena de excomunhão. Etienne fez referência às palavras de são Pedro apóstolo em Atos 5:29 — “É preciso obedecer a Deus antes que aos homens” — para enfatizar a posição da Igreja.

A Conferência Católica do Estado de Washington falou sobre seu compromisso com a segurança infantil ao mesmo tempo em que defendeu a santidade da confissão, incentivando os católicos a confiar que “suas confissões permanecem sagradas, seguras, confidenciais e protegidas pela lei da Igreja”.

O Departamento de Justiça dos EUA iniciou uma investigação sobre a lei em 6 de maio, classificando-a como uma medida "anticatólica". Harmeet Dhillon, procurador-geral adjunto dos EUA, descreveu-a como um "ataque legislativo à Igreja Católica e ao seu sacramento da confissão", dizendo que ela discrimina o clero ao negar-lhe privilégios concedidos a outros profissionais.

O Fundo Becket para a Liberdade Religiosa, a organização sem fins lucrativos First Liberty Institute e o escritório de advocacia WilmerHale estão representando a Conferência Católica do Estado de Washington.

Até o momento da publicação desta matéria, o gabinete de Ferguson não havia respondido ao pedido de comentário da CNA.

*Amira Abuzeid é editora sênior da Catholic News Agency, agência em inglês da EWTN News.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/62979/conferencia-episcopal-contesta-lei-que-viola-segredo-de-confissao-nos-eua

Paróquia é elevada a Santuário Arquidiocesano do Imaculado Coração de Maria

Pascom do Santuário Arquidiocesano do Imaculado Coração de Maria | Mateus Péres

Paróquia é elevada a Santuário Arquidiocesano do Imaculado Coração de Maria

26/05/2025

No Park Way, a Paróquia Imaculado Coração de Maria foi solenemente elevada a Santuário Arquidiocesano do Imaculado Coração de Maria, em celebração presidida Arcebispo de Brasília, nesse domingo (25).

“Aqui deve ser um grande centro de radiação, de atração. Um lugar onde o Evangelho se irradie para além dos muros, onde o Espírito Santo continue agindo, guiando e ensinando o caminho de Jesus”, afirmou o cardeal na homilia.

Para Dom Paulo, o que torna possível esse novo tempo é a ação de Deus: “Se hoje essa paróquia se transforma em Santuário, é porque é uma paróquia viva. Não é obra só humana, é Deus quem vai fazendo. Ele age no hoje da comunidade, no hoje da vida de cada um.”

Sob a condução do novo reitor, Padre Áderson Miranda, o Santuário é chamado a ser casa de misericórdia, lugar de escuta, de amor e de vivência da Palavra, conforme pregou Dom Paulo: “Quem ama, guarda a palavra de Jesus. E quem guarda, vive.”

Elevação

Um santuário é um lugar sagrado reconhecido oficialmente pela Igreja, onde os fiéis vão em peregrinação para rezar, agradecer graças recebidas, pedir auxílio nas dificuldades e aprofundar sua fé.

Ao nos tornarmos santuário, nossa missão se amplia: não somos mais apenas uma comunidade local, mas também um lugar de referência espiritual para toda a Arquidiocese e para os fiéis que vêm de outros lugares movidos pela devoção ao Imaculado Coração de Maria.

Isso significa:

  • Uma acolhida ainda mais fraterna aos peregrinos;
  • Celebrações com maior solenidade, especialmente as festas marianas;
  • Possibilidade de se obter indulgências plenárias em determinadas datas, conforme orientação da Igreja;
  • Um chamado a viver com mais intensidade a fé, testemunhando o amor de Deus e o exemplo de Maria.

Com fotos de Mateus Péres e informações da Pascom do Santuário Arquidiocesano do Imaculado Coração de Maria:

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Reflexão para a Ascensão do Senhor (C)

Ascensão do Senhor (Vatican News)

No sétimo domingo da Páscoa, celebramos no Brasil e em muitos outros lugares, a solenidade da Ascensão do Senhor.

Vatican News

Quarenta dias após a Ressurreição, Jesus sobe ao céu por seu próprio poder; não é uma despedida, mas um gesto que marca um novo jeito de caminhar conosco em nossa jornada rumo à pátria definitiva.

Esta comemoração não tem um caráter cronológico, mas teológico-catequético.

Lucas, nos Atos dos Apóstolos, quis afirmar que Jesus, o crucificado, ressuscitou e foi acolhido por Deus. Os dois anjos com vestes brancas são os mesmos que apareceram no dia de Páscoa, relatado em seu Evangelho.

O mesmo Lucas, autor do Evangelho que leva seu nome, escreveu nesse seu outro livro uma cena muito mais simples – Jesus se elevou aos céus perante seus discípulos.

O céu, entendido a partir do Evangelho de Jesus, não é o além das estrelas e das nuvens. Isso seria um céu materializado, continuação do nosso mundo. Céu é a comunhão plena com o Pai, a sintonização absoluta com sua santíssima vontade e a vivência radical da caridade, do amor, a plenitude do amor fraterno, em total ágape e comunicação com a Trindade.

Jesus subiu ao céu no mesmo instante de sua morte, mas os discípulos só foram compreendendo isso aos poucos, a partir do terceiro dia.

O Senhor volta para o Pai e, ao mesmo tempo, está conosco, ao nosso lado. Isso é possível porque Deus é onipotente, está em toda parte, em todo lugar. Principalmente porque ele nos ama e quem ama deseja ficar ao lado do ser amado.

Jesus está presente no mundo, no meio dos homens quando o testemunhamos, quando somos fiéis aos seus ensinamentos e praticamos a justiça, o amor e o perdão.

Sua obra de redenção continua no mundo, através da ação da Igreja, através de nossa ação de batizados. Somos os continuadores de sua missão redentora. Ele investe todos nós nessa missão ao dizer: “Toda autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei!”.

Ascensão não é despedida, afastamento de Jesus, mas outro modo de Ele estar presente ao nosso lado através de sinais. Por isso ele acrescenta: “Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”.

E os sinais serão nossa prática de caridade fraterna, nossa ida aos marginalizados, aos sofredores, nossa vida alicerçada nos valores do Reino e não nos contravalores de uma sociedade materialista e consumista.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF