04/06/2025
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Jubileu da Família: Missão na Praça de Espanha em Roma
No sábado, 31 de maio, festa da Visitação da Bem-Aventurada
Virgem Maria a Santa Isabel, a cidade de Roma foi cenário de um acontecimento
que, ainda que não tenha tido repercussão nos meios de comunicação, encheu a
Praça de Espanha, repleta como nunca de pessoas, de cantos e de testemunhos
realmente excepcionais.
No contexto dos acontecimentos das celebrações jubilares de 2025, por ocasião do Jubileu das Famílias, o Caminho Neocatecumenal convocou milhares delas, procedentes da cidade de Roma e do Lácio, em uma única praça para dar testemunho da beleza e do dom da família cristã para o mundo de hoje.
As comunidades do Caminho, durante o tempo pascal, costumam
anunciar, durante vários domingos nas praças de suas paróquias, a alegria da
ressurreição do Senhor: o tempo pascal é um tempo de anúncio desta boa notícia.
Chamamos isso de “as 100 praças”, que representam as aproximadamente 100
paróquias onde o Caminho está presente em Roma.
No dia 31 de maio, essas “100 praças” se concentraram em uma
das praças mais representativas de Roma, a Praça de Espanha, destino de
turistas do mundo inteiro, para transformá-la em um cenário alegre, cheio de
famílias e de crianças, de jovens e de anciãos, para um anúncio de esperança:
Cristo ressuscitou, venceu a morte e todos os medos. Cristo ainda hoje preenche
a vida de muitos matrimônios que generosamente se abrem à vida porque se sentem
amados e salvos pela Páscoa do Senhor.
E eram realmente milhares: creio que é difícil ver esta
praça, tão querida por Roma e pelo mundo, tão cheia de gente, de cantos, de
danças, de alegria, de esperança.
Foi preparado um pequeno palco, voltado para a praça e para
a coluna da Imaculada, erguida por Fernando II das Duas Sicílias, em frente à
Embaixada da Espanha, o país que mais trabalhou para definir o dogma da
Imaculada Conceição em 1854.
E foi a Virgem Maria quem presidiu o encontro, a mesma que
inspirou a Kiko Argüello o Caminho Neocatecumenal para responder aos desafios
do mundo moderno com uma modalidade de iniciação cristã, hoje difundida em 137
nações, com milhares de comunidades.
O encontro foi aberto com a alegria do canto, tomado do
profeta Isaías: «Eu venho reunir todas as nações», e presidido por presbíteros
revestidos de branco, começou com a celebração das Laudes, com o canto dos
salmos próprio da liturgia do dia, intercalados com três testemunhos de jovens
famílias que contaram brevemente a obra do Senhor em suas vidas: o anúncio
devastador de esperar uma filha sem crânio, com o pedido dos médicos para
abortá-la, e o bálsamo do amor do Senhor e dos irmãos da comunidade que permitiram
não ter medo, acolhê-la e tê-la nos braços, mesmo que por apenas vinte minutos,
minutos que reconciliam com o sofrimento da espera.
E depois de todas as provas necessárias do caso para estar
humanamente segura de que a causa não é genética, e após voltar a se abrir à
vida e, apesar de todas as garantias médicas, encontrar-se diante de outra
gravidez com os mesmos sintomas. E Deus que provê também desta vez diante do
desespero que se apodera de ti e parece sufocar-te, destruir-te, para depois
encontrar-te com a certeza de ter dado dois filhos a Deus, porque levas dentro
a garantia da vida eterna.
Depois, a experiência de uma jovem, quase sem relação com
seu pai, que aos 14 anos se perde nas drogas e em diversos vícios, longe de
casa, e que depois se sente encontrada por Cristo, perdoada, que reconstrói sua
história com uma verdadeira relação com um homem, o pai de seus filhos.
Por fim, uma terceira família: ele, nascido na Alemanha, com
uma excelente posição profissional, mas sem um verdadeiro sentido na vida, que
deixa tudo para voltar a buscar a Deus, até desafiá-lo, e quando tudo parece
perdido, eis que o Senhor se faz presente, o salva, o perdoa e enche sua vida
de esperança, com a alegria de poder testemunhá-lo hoje como um Deus que ama
verdadeiramente o homem, que caminha com ele a cada dia.
Depois dos salmos, dos cantos e dos testemunhos, é o momento
da leitura dos Atos dos Apóstolos, com a cura do paralítico na porta do templo,
pela força do nome de Jesus, esse nome que agora é anunciado por um irmão a
todos os que na praça se encontram na mesma situação: também eles paralíticos,
incapazes de caminhar ao encontro dos outros, de amar: «Em nome de Jesus de
Nazaré, levanta-te e anda», é uma palavra que tem poder sobre cada um de nós
hoje, se a acolhermos.
A proclamação do Evangelho do dia, a passagem de Lucas sobre
a Visitação de Maria a Santa Isabel, dá ao presbítero a ocasião de que todos
levantem os olhos para a estátua da Imaculada, anunciando a cada um dos
presentes que também eles são como Maria, diante das palavras do anjo:
«Alegra-te, o Senhor está contigo. De ti pode nascer uma vida nova. Acolhe esta
boa notícia hoje. Tu também podes, como a Virgem Maria, dizer: “Que se cumpra
em mim o que me foi anunciado”».
Durante todo o encontro, enquanto se realiza a oração, os
milhares de irmãos presentes na praça são convidados a entrar em diálogo com a
cidade, para levar a todos os presentes, a todos aqueles que até mesmo
casualmente se encontrem de passagem por ali, a possibilidade de que este dia
se transforme em um acontecimento: encontrar-se com o anúncio do amor de Deus,
do perdão dos pecados, da saída da solidão, da condenação, como foi dito antes,
de estar condenados a viver somente para si mesmos, incapazes de amar. O amor
se faz presente a ti, vem ao teu encontro hoje. Aqueles que demonstraram
interesse em receber este amor foram convidados a ir a qualquer paróquia onde
esteja presente o Caminho Neocatecumenal.
Eis que o Jubileu, o Jubileu da esperança, anunciado pelo Papa Francisco no início do ano 2025 e que agora continua em nome do Papa Leão XIV, ressoa pelas ruas da cidade de Roma, de modo simples, concreto e verdadeiro.
Ezechiele Pasotti
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