Na catequese desta quarta-feira, 4 de junho, o Papa dirigiu
uma mensagem especial aos jovens, exortando-os a responderem com entusiamo ao
chamado do Senhor, pois não ficarão desiludidos.
Bianca Fraccalvieri – Vatican News
Leão XIV se reuniu com cerca de 35 mil fiéis na Praça São
Pedro para a Audiência Geral desta quarta-feira, 4 de junho.
Dando sequência às catequeses sobre as parábolas de Jesus, o
Papa comentou hoje aquela narrada no capítulo 20 do Evangelho de Mateus, em que
operários aguardam na praça do mercado à espera que alguém os contrate por um
dia.
“A metáfora da praça do mercado é também muito adequada aos
nossos tempos, porque o mercado é o local dos negócios, onde, infelizmente, o
afeto e a dignidade também se compram e vendem, na tentativa de ganhar algo. E
quando não nos sentimos apreciados, reconhecidos, corremos o risco de nos
vendermos ao primeiro comprador. O Senhor recorda-nos, em vez disso, que a
nossa vida tem valor, e o seu desejo é ajudar-nos a descobri-lo”, comentou o
Santo Padre.
Deus ama a nossa vida
A atenção do Pontífice se concentrou sobre proprietário de
uma vinha, que sai pessoalmente à procura dos seus operários de três em três
horas, mesmo no final do expediente, aparentemente sem necessidade.
Essa parábola nos dá esperança, disse ainda o Papa, porque
mesmo quando parece que podemos fazer pouco na vida, vale sempre a pena. Há
sempre alguém que acredita em nós e nos valoriza: “Há sempre a possibilidade de
encontrar um sentido, porque Deus ama a nossa vida”.
A originalidade deste senhor se revela também no final do
dia, na hora do pagamento. Ele conhece a dignidade dos operários, e, com base
nela, quer pagá-los. E dá um denário a cada um, mesmo para aqueles que
trabalharam menos. Para o senhor da vinha, isto é, para Deus, é justo que todos
tenham o necessário para viver, explicou o Papa.
“Deus quer dar a todos o seu Reino, isto é, a vida plena,
eterna e feliz. E assim Jesus faz conosco: não faz classificações, àqueles que
lhe abrem o coração, entrega-se inteiramente.”
Uma mensagem aos jovens
À luz dessa parábola, o cristão de hoje poderia ser tentado
a pensar: “Por que começar a trabalhar cedo se a remuneração é a mesma?”
A esta dúvida, o Papa responde, especialmente aos jovens:
“Não esperem, mas respondam com entusiasmo ao Senhor, que nos chama a trabalhar
na sua vinha. Não demorem, arregacem as mangas, porque o Senhor é generoso e
não ficarão desiludidos! Trabalhando na sua vinha, encontrarão a resposta para
aquela pergunta profunda que trazem dentro de vocês: qual é o sentido da minha
vida?
Queridos irmãos e irmãs, não desanimemos! Mesmo nos momentos
sombrios da vida, quando o tempo passa sem nos dar as respostas que procuramos,
peçamos ao Senhor que saia novamente e nos alcance onde o estejamos esperando.
Ele é generoso e virá em breve!
Nenhum comentário:
Postar um comentário