Paulo
Teixeira - publicado em 28/05/25
A nova série animada da Disney ganhou destaque na mídia
por incluir um personagem abertamente cristão.
A série conta a história de um time de softball. A
filha do treinador, chamada Laurie, tem dificuldades em relação à insegurança.
Em um episódio ela é retratada dirigindo uma oração a Deus, pedindo ao “Pai
celestial” ajuda para “pegar uma bola ou dar uma rebatida”.
Esse episódio chamou a atenção para a inserção de um
personagem cristão nas animações. As referências religiosas e multiculturais
são sempre bem discretas no universo de Disney Pixar.
Em O Corcunda de Notre-Dame (1996), por exemplo, o cenário é
uma catedral e uma das canções é religiosa. Mas em outras animações, como
Frozen em que um bispo aparece oficiando a coroação de Elsa, os elementos
religiosos são discretos.
Influência
Disney e suas animações influenciam gerações que se afeiçoam
a seus personagens. Isso é importante para as famílias, pois, pais e filhos
podem assistir aos filmes novos e antigos e debater sobre os valores que
transmitem.
Dois eixos em que giram as tramas de Disney são a
individualidade e a espiritualidade. Em geral os personagens centrais embarcam
em jornadas épicas para descobrir a si mesmos e dar um sentido à vida (veja o
caso de Moana, Red crescer é uma fera, e Rei Leão, por exemplo).
Essa busca da individualidade tem algo de espiritual no
sentido que tem um chamado externo, algo de transcendente, alguma “magia”; ao
mesmo tempo, leva a questões pessoais complexas e tratam a questão do
individualismo, sempre falam de “seguir o caminho do coração”.
Contradições
A família pode conversar sobre o sentido da vida de um
personagem, sobre o protagonismo dele na narrativa; e pode também falar sobre a
“energia”, sobre as questões transcendentes que aparecem nas animações.
Contudo, aparecem elementos não cristãos, como comunicação entre vivos e mortos
como no Rei leão, ou a conversa com espíritos de Pochahontas.
Discernimento
Não precisa proibir as crianças de assistir animações com
temas discordantes. É importante esclarecer para a criança que a fé cristã não
é baseada em narrativas e que, embora seja importante contar histórias, a
Bíblia não é um livrinho de contos. A Bíblia é a narrativa da fé cristã, nela
está a verdade.
É importante ajudar a criança a discernir. Mostrar para ela
que o exemplo da Laurie que reza e confiança a Deus sua preocupação é
importante; e que “magia”, conversas com espíritos e até mesmo soluções mágicas
de problemas não são elementos da fé cristã.
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