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domingo, 25 de maio de 2025

Jerusalém, a cidade que viu Jesus Cristo ressurgir!

Le Saint-Sépulcre de Jérusalem | Shutterstock I sashk0

Paulo Teixeira - publicado em 20/04/25

A Cidade Santa ouviu as últimas palavras de Jesus e também foi testemunha da alegria da ressurreição.

Jerusalém conta, atualmente, com um cemitério no lugar do chamado Monte das Oliveiras. O lugar é usado para sepultura há cerca de três mil anos e tem, aproximadamente, 150 mil túmulos.  

Outro lugar enigmático é o que recorda as vítimas do holocausto e os nomes das pessoas que buscaram salvar os judeus, conhecidos como justos entre as nações. Um desses justos é Oscar Schindler, imortalizado no filme A lista de Schindler. Ele está sepultado em um cemitério católico e sua sepultura recebe muitas homenagens.  

Mas há um túmulo que chama muita atenção em Jerusalém, recebe peregrinos o ano todo e está envolvido por uma grande basílica do século IV. É um sepulcro vazio, venerado justamente por não ter ninguém lá dentro. É o santo sepulcro de Jerusalém, onde Jesus foi sepultado antes de ressuscitar. 

Um discípulo de Jesus, que o seguia em segredo, pediu para que o corpo de Jesus fosse sepultado às pressas, na sexta-feira, antes do dia santo que era sábado. José de Arimatéia devia ser um homem influente para ter conseguido essa autorização em tão breve tempo, e sobretudo, por ter conseguido descaracterizar um dos sentidos da crucificação. 

Morte na cruz

Primeiro de tudo, a cruz era um instrumento de tortura. A pessoa pregada na cruz sofria muito e agonizava enquanto os passantes viam aquilo. Era uma maneira de impor o medo, por isso os romanos faziam certa “publicidade” da crucifixão. Quando os evangelhos contam que foram quebradas as pernas dos crucificados com jesus, era para aumentar a tortura e para que não podendo se apoiar nos pés ficassem sufocados com o peso do corpo; Era um instrumento de tortura que levava inevitavelmente à morte. E o morto na cruz ficava exposto como exemplo a não ser seguido. Era uma punição exemplar. 

Túmulo

Jesus foi sepultado às pressas por intermédio desse homem influente. O sepulcro era novo, escavado na rocha. As mulheres que seguiam Jesus não tiveram tempo de preparar o corpo como convinha, com perfumes e óleos. No sábado, dia santo, não fizeram esse trabalho, mas, logo cedo do primeiro dia da semana, Madalena estava lá para prestar suas homenagens.  

É interessante notar como a morte de Jesus foi real, isto é, não foi somente simbólica ou indolor como alguns afirmaram ao longo da história. A morte de Jesus foi muito sentida por Arimatéia e Madalena, e para eles era importante dar dignidade ao mestre, mesmo depois de morto. A desesperança não tomou conta deles, mas, sim, o amor a Jesus.

Santo Sepulcro

Acredita-se que no início do cristianismo havia peregrinações a este sepulcro vazio que atesta a ressurreição de Jesus. Esta crença se dá pelo fato de o imperador Adriano ter ordenado a  construção de uma nova cidade sobre Jerusalém, por volta do ano 130, e que o local onde estava o túmulo de Jesus foi aterrado para a construção de um templo dedicado a Vênus.  

No século IV, Constantino, com sua mãe Helena, redescobriram os lugares cristãos. Construíram um majestoso templo no Santo Sepulcro que resistiu a diversos ataques e à ocupação islâmica. No ano 1000 o Santo Sepulcro foi ocupado e iniciaram-se as Cruzadas.  

Retomadas as construções, os cristãos retomaram as peregrinações. Até hoje milhares de pessoas de diversas comunidades têm Jerusalém como um centro de referência para a fé. O Santo Sepulcro é gerido por comunidades católicas e ortodoxas e acolhe peregrinos de todo o mundo. 

Fonte: https://pt.aleteia.org/2025/04/20/jerusalem-a-cidade-que-viu-jesus-cristo-ressurgir

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF