Translate

domingo, 1 de julho de 2018

Solenidade de São Pedro e São Paulo

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
 Celebramos neste domingo, no Brasil, a solenidade dos apóstolos São Pedro e São Paulo, transferida do dia 29 de junho para que todos possam participar da missa. Nós louvamos a Deus pela vida e a missão de São Pedro e São Paulo, especialmente, pelo martírio de ambos, testemunhando a fé em Jesus Cristo. A cor litúrgica vermelha, utilizada nesta celebração, expressa justamente o sangue derramado por estes dois grandes apóstolos por sua fidelidade a Cristo. As leituras da Bíblia nos falam a respeito deles. 
A primeira leitura ressalta a figura de Pedro, que se encontrava na prisão, por anunciar o Evangelho, mas foi libertado pelo Senhor.  Deus sustenta com a sua graça os que são perseguidos por serem discípulos fiéis de Jesus Cristo e testemunhas do Evangelho. Conforme rezamos, hoje, com o Salmo 33, “o anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem e os salva” e, por isso, “é feliz o homem que tem nele o seu refúgio”.  Na segunda leitura, a 2ª Carta de São Paulo a Timóteo nos apresenta o testemunho de S. Paulo, também perseguido e preso por causa da pregação do Evangelho, destacando a sua fidelidade e confiança em Deus naquela situação tão difícil. No fim de sua vida, Paulo pode dizer que “combateu o bom combate e conservou a fé” (2Tm 4,7).
A fé testemunhada por eles através do martírio foi proclamada por Pedro em resposta à pergunta de Jesus sobre o que os apóstolos diziam dele. “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo” (Mt 16,16), respondeu Pedro. Diante dessa confissão de fé, Jesus lhe confia o serviço de governar a sua Igreja, representado pelas “chaves” e pelo poder de ligar e desligar (Mt 16,19). É importante recordar o antigo gesto de entregar as chaves das portas da cidade ao seu administrador. O nome “Pedro”, dado por Jesus a Simão, expressa solidez e proteção à Igreja, que recebe a promessa de que as portas do inferno não prevalecerão contra ela. A missão de Pedro continua na Igreja, através dos seus sucessores, conservando-a unida na fé professada pelo Apóstolo.
Por isso, nesta solenidade, celebramos o Dia do Papa. Rezemos pelo Papa Francisco, a exemplo dos primeiros cristãos que estavam unidos a Pedro, em oração: “A Igreja rezava continuamente a Deus por ele” (At 12,5). Hoje, nós somos convidados a permanecer unidos ao Santo Padre, acolhendo os seus ensinamentos e rezando por ele. É preciso estar atentos a notícias falsas e a pronunciamentos erroneamente atribuídos ao Papa Francisco. Como sinal de comunhão e de partilha, nesta ocasião, nós oferecemos o Óbolo de São Pedro, oferta a ser enviada ao Papa para atender às necessidades da Igreja.

O Povo de Deus/Arquidiocese de Brasília

Ordenação Presbiteral: Seis novos padres somarão com a Igreja de Brasília

"Sejam de fato pastores que sentem compaixão das multidões cansadas e abatidas"

Segundo o dicionário, a palavra vocação significa “inclinação que se sente para alguma coisa”. Apesar de seu significado amplo, para nós cristãos, a palavra vocação remete ao divino, faz pensar no propósito de nossa vida e na busca da vontade de Deus para cada um de nós. Para muitos a vocação não é mais uma dúvida. É uma certeza.
Foi por amor a Deus e movidos pela arrebatadora vocação ao sacerdócio, que na manhã deste sábado, 30 de junho, seis diáconos temporários se tornaram os mais novos membros admitidos à Ordem dos presbíteros, se tornaram sacerdotes sob os olhares atentos e emocionados de milhares de fiéis.
A cerimônia de Ordenação Sacerdotal foi realizada na Catedral Metropolitana de Brasília e presidida pelo arcebispo de Brasília, cardeal Sergio da Rocha e concelebrada pelos bispos auxiliares, dom Valdir Mamede, dom Marcony Ferreira, dom Leonardo Ulrich e dom José Aparecido, pelo bispo Diocesano de Assis (SP), dom Argemiro de Azevedo e por dom Valter Carrijo, bispo emérito de Brejo (MA). A Celebração contou também com a presença do clero da Arquidiocese.
Os novos sacerdotes são:
- Diácono Rafael da Silva Costa
- Diácono André Murilo Alves
- Diácono Daniel Isac da Costa
- Diácono Elizier Robuelto Salitamos
- Diácono Everton Vieira da Silva
- Diácono José Joaquim
Na Homilia, dom Sergio falou aos presentes sobre a verdadeira missão e a Igreja em saída, ressaltando os seguintes pontos:
Igreja em saída
“Não se escuta de longe o grito de quem pede socorro. Quem se aproxima, pode ver, pode escutar, pode se fazer ser solidário. Por isso, como tem insistido tantas vezes nosso querido Papa Francisco, é preciso sair ao encontro dos irmãos mais sofredores e acolher com caridade quem vem até nós. É preciso tomar a iniciativa e ir ao encontro dos que estão esperando o anúncio da Boa Nova do Evangelho. Para conhecer o campo da missão e a messe do Senhor não basta dados estatísticos ou redes sociais. É preciso sair do conforto da casa para entrar nas casas. É preciso visitar os doentes, conviver com os pobres, aconselhar os aflitos. Que os novos padres sejam de fato pastores que sentem compaixão das multidões cansadas e abatidas. ”
A oração
“A compaixão de quem sofre se expressa primeiramente através da oração. Diante da messe que é grande seguindo Jesus, é preciso rezar. Rezar assumindo com generosidade a própria condição de operário da messe do Senhor. O primeiro serviço sacerdotal é a intercessão pelo povo que acontece de modo especial na eucaristia, mas deve ser percebida e acompanhada na oração cultiva pela Igreja, principalmente pela oração cultiva pelo povo que é confiado a cada um de nós. ”
Simplicidade
“Os trabalhadores da messe são servidores do povo de Deus. Mas para assumir a condição de operário da messe não pode faltar essa atitude de serviço e de simplicidade. O sacerdote que se apresenta como servidor do povo de Deus vive na simplicidade. Padre não precisa e nem deve acumular coisas. Não necessita consumir tantos bens materiais para dar sentido a vida, para ter alegria. Por isso, seja simples no estilo de vida, estilo de quem se apresenta como trabalhadores da messe do Senhor. Disponibilidade para servir é o grande desafio no mundo em que vivemos marcado muitas vezes pela busca dos interesses próprios, das vaidades e da vida fácil. ”
Sacerdócio e missão
“A Igreja precisa de presbíteros dispostos a trabalhar em locais onde há multidões abatidas e cansada e ovelhas sem pastor. Por isso nem uma quadra, nem uma área residencial deve ficar sem a presença da Igreja, sem o pastoreio de nossos presbíteros. Por mais importantes e necessárias que sejam essas atitudes mencionadas, de compaixão de oração, de simplicidade, de disponibilidade para servir, nenhum trabalhador pode esquecer se que a messe é do Senhor. E ter presente que a messe é do Senhor traz esperança e confiança aos trabalhadores, não só os que assumem o ministério presbiteral, mas todo aquele que se coloca ao serviço de Deus. Por isso caminhem sempre com os olhos e corações voltados para o Senhor da Messe, pastor do rebanho. “Não tenhas medo Eu estou contigo para te defender”, diz o Senhor em Jeremias. “Eis que ponho as minhas palavras em sua boca”, por isso quem confia no Senhor não desanima perante as dificuldades nem desiste na missão quando se apresenta mais difícil, mas segue em frente sabendo que também é conduzido pelos braços do bom pastor. ”
Confiança
“Recordar que somos trabalhadores e não donos da messe, nos leva a conservar sempre a confiança em Deus, mas também nos leva a assumir nosso compromisso pastoral com redobrada responsabilidade. “Não descuides do dom da graça que tu tens”, afirma Paulo a Timóteo. Não se pode descuidar do dom recebido no Batismo, na Crisma, na Eucaristia, não se pode descuidar dos dons recebidos pela imposição das mãos no presbitério, conforme explícita São Paulo e como acontece hoje aqui. Coragem. ”

Texto e fotos: Kamila Aleixo
Arquidiocese de Brasília

sábado, 30 de junho de 2018

Santos Protomártires de Roma, vítimas da mentira de Nero

REDAÇÃO CENTRAL, 30 Jun. 18 / 05:00 am (ACI).- “A esses homens que levaram uma vida santa, veio juntar-se uma grande multidão de eleitos que, por causa dos ciúmes, sofreram todo o tipo de maus tratos e suplícios e deram um magnífico exemplo entre nós”, assinalava em uma carta aos Coríntios o Papa São Clemente I.

Com o anúncio da Boa Nova dos Apóstolos, o número de fiéis foi crescendo cada vez mais. No entanto, o Senado romano rejeitou esta nova religião, que era contrária às tradições de Roma, e a declarou ilegal até o ano 35 d.C.
Mais tarde, para escapar da acusação de ter incendiado Roma, Nero culpou os cristãos, acusando-os de ser uma religião maléfica, que praticava o canibalismo, ao não entender o sentido da Eucaristia, e difamando-os como incestuosos, pelo costume que tinham de chamar-se irmãos e dar o beijo da paz.
Foi assim que desencadeou uma série de perseguições na qual milhares de cristãos deram suas vidas para proclamar e crer no verdadeiro amor de Deus que Jesus Cristo ensinou.
O Martirológio Jeronimiano é o primeiro a comemorar o martírio de mais de 900 pessoas nos tempos de Nero, com data de 29 de junho, o mesmo dia de São Pedro e São Paulo.
Atribui-se a São Pio V a primeira menção no Martirológio Romano desses protomártires com data de 24 de junho. Atualmente, a Igreja os celebra em 30 de junho.
ACI Digital

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Bispo alerta: Tentam implantar o aborto no Brasil através do Judiciário contra vontade do povo

Foto referencial Pixabay (domínio público)
REDAÇÃO CENTRAL, 22 Jun. 18 / 06:00 am (ACI).- O Bispo da Diocese de Rubiataba Mozarlândia (GO), Dom Adair José Guimarães, lançou um alerta sobre o ativismo judicial que busca descriminalizar o aborto no Brasil por meio de iminente julgamento de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) e convocou todos os católicos para que façam ouvir suas vozes em defesa da vida.
Em uma ‘Nota pública sobre a legalização do aborto no Brasil’, o Prelado recordou que “está em vias de ser julgada no Supremo Tribunal Federal a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 442 que, em suma, poderá abrir nosso país à prática do aborto”.
A ADPF 442 foi proposta pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) a fim de permitir a realização do aborto no Sistema Único de Saúde (SUS) até 12 semanas de gestação, bastando apenas o consentimento da gestante .
A relatora do caso, a ministra Rosa Weber, convocou para o dia 6 de agosto uma audiência pública que vai discutir essa questão.
“Nesse momento delicado, entendemos por bem vir a público expressar nossa preocupação com o julgamento mencionado”, manifestou Dom Adair.
O Bispo recordou que há muito tempo se observa no Brasil as investidas de “poderosos organismos internacionais que tentam legalizar o aborto” no país. Porém, assinalou, “fracassaram dada a heroica resistência de nosso povo, cuja maioria esmagadora é contrária à prática desse ato”.
Nesse contexto, indicou, o Congresso Nacional vem rejeitando “qualquer alteração legislativa que vise a legalizar a prática do aborto ou mesmo a ampliar as possibilidades de que ele venha a ser praticado sem punição na esfera criminal”.
Vale recordar que, no Brasil, a prática do aborto é despenalizada em três casos. Quando a gravidez é resultante de estupro, o aborto deve contar com a autorização da gestante ou de um responsável e deve acontecer até a 20ª semana. Quando há risco à vida da mãe e se não houver outro meio de salvá-la, o aborto pode ser feito em qualquer ponto da gravidez. E, o último caso foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2012 e diz respeito aos fetos com anencefalia.
Com a nova investida que busca implantar o aborto no Brasil por meio da ADPF 442, Dom Adair alerta que o “que está em curso no Supremo Tribunal Federal nada mais é do que uma tentativa espúria de dobrar o Poder Legislativo (cujos membros são eleitos pelo povo) ao Poder Judiciário (cuja cúpula representada pelo Supremo Tribunal Federal foi toda ela indicada pelos últimos presidentes da República)”.
“De fato – pontuou –, em países nos quais a consciência cristã já foi enfraquecida pelo laicismo e pelo individualismo, a tática destes grupos de pressão tem sido a de recorrer a plebiscitos e fazer o aborto triunfar pela manifestação direta da população (como recentemente aconteceu com a Irlanda)”.
Entretanto, “no Brasil, onde a fé cristã em suas vertentes católica e protestante ainda é parte importante da vida da quase totalidade da população, o que se tenta é conseguir, via Poder Judiciário, aquilo que jamais se conseguiria pela votação direita ou mesmo por meio de leis democraticamente aprovadas”.
“Devemos lembrar que o Supremo Tribunal Federal é apenas o guardião máximo das leis e da Constituição Federal”. Por isso, “caso julgue procedente a ADPF nº 442, os onze Ministros de nossa corte maior estarão atribuindo a si mesmos um papel que não lhes cabe: o de senhores das instituições, funcionando como agentes de crises e fomentadores de uma ruptura institucional que parece cada vez mais inevitável”.
Ao concluir, Dom Adair Guimarães convidou a rogar “a Deus, por intermédio da Virgem de Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, para que ilumine os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dando-lhes a consciência da gravidade da situação atual, encorajando-os a que se limitem ao seu papel institucional”.
“E rogamos a todos os católicos sob nosso cuidado pastoral a que se ergam em defesa da vida, seja privadamente com orações, seja fazendo ouvir suas vozes publicamente de modo a evitar que o mal do aborto venha a ser permitido em terras brasileiras”, finalizou.
ACI Digital

domingo, 24 de junho de 2018

Natividade de São João Batista

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A Igreja celebra, neste domingo, o nascimento de São João Batista, pela sua especial importância na história do Povo de Deus. Além do nascimento de Jesus e de Maria, o calendário litúrgico da Igreja celebra apenas o nascimento de São João Batista. Por isso, a Liturgia da Palavra, própria desta solenidade, nos apresenta o seu nascimento e a sua missão profética.
O profeta Isaías se refere à figura do “servo” do Senhor, comumente denominada, “servo de Javé”. Sua missão profética vem de Deus, sendo por ele chamado “desde o ventre materno” (Is 49,1), “preparado desde o nascimento para ser seu servo” (Is 49,5). A atuação do “Servo” vai além de Israel. Isaías destaca a universalidade de sua missão profética, enquanto “luz das nações”, a fim de que a “salvação chegue aos confins da terra”.  A profecia de Isaías a respeito do “Servo” se cumpre plenamente em Jesus Cristo, mas se aplica, ao menos em parte, a todo verdadeiro profeta. Por isso, esse trecho é escolhido para a natividade de S. João Batista.
S. Paulo se dirige aos judeus de Antioquia da Psídia, na sinagoga da cidade, num sábado, anunciando que Jesus Cristo é o Salvador (At 13,23). Para tanto, ele se refere a Davi e a João Batista, pondo em relevo a missão de preparar o povo para acolher Jesus, realizada por João. Paulo esclarece que João Batista não é o Messias esperado, ao contrário do que alguns acreditavam. Apesar da sua importância, João Batista não ocupa o lugar de Jesus; ao contrário, veio conduzir o povo a Jesus. Por isso, a celebração do seu nascimento, hoje, deve também nos levar a sermos discípulos de Cristo.
O Evangelho segundo Lucas relata o fato que motiva a solenidade litúrgica de hoje, o nascimento de João Batista, motivo de alegria e de admiração para os vizinhos. Sua mãe, Isabel, era estéril e, assim como o marido Zacarias, estava em idade avançada. O menino recebe de seus pais um nome que não era comum e, por isso, questionado pelas pessoas. Zacarias, o pai do menino, se põe “a louvar a Deus” (Lc 1,64). O povo admirado se perguntava: “o que virá a ser deste menino?” (Lc 1,66). E o texto proclamado se conclui com a afirmação de que “a mão do Senhor estava com ele”, como ocorreu com os grandes profetas.
Perante o nascimento de S. João Batista e o nascimento de cada criança, reconhecemos que a vida é dom de Deus a ser acolhido com alegria e responsabilidade e, por isso, rezamos, com o Salmo 138: “Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes!”. É preciso hoje, valorizar e defender a vida, desde a concepção até o seu fim natural. Bendito seja Deus pelo dom da vida!
O Povo de Deus/Arquidiocese de Brasília

Ordenação Presbiteral: Seis novos padres somarão com a Igreja de Brasília

Com imensa alegria, a Arquidiocese de Brasília convida toda a comunidade a participar da Missa de Ordenação Presbiteral que acontecerá no dia 30 de junho, sábado, na Catedral Metropolitana de Brasília, às 8:30 hs.
Durante a Cerimônia, 6 diáconos temporários serão admitidos à Ordem dos presbíteros, também conhecida como Ordem dos sacerdotes; ou seja, ele serão ordenados padres, tornando-se representantes da Igreja Católica, para anunciarem aos fiéis a Boa Nova e tornarem-se presença de Cristo no meio da comunidade.
Os candidatos ao Sacerdócio são:
Seminário Maior Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima
- Diácono Rafael da Silva Costa
Seminário Missionário Arquidiocesano Redemptoris Mater
- Diácono André Murilo Alves
- Diácono Daniel Isac da Costa
- Diácono Elizier Robuelto Salitamos
- Diácono Everton Vieira da Silva
- Diácono José Joaquim
O bispo ordenante da cerimônia será o cardeal Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
De acordo com o Pontifical Romano, (Pontificale Romanum), livro que contém todas as orações e orientações para a celebração dos sacramentos e sacramentais que são celebradas apenas pelo bispo, a ordenação presbiteral é constituída por seis partes. São elas: eleição do candidato; homilia; propósito do eleito; ladainha; imposição das mãos e prece de ordenação; unção das mãos e entrega da patena e do cálice.
Iniciada após a Liturgia da Palavra, a sagrada Ordenação é conferida pela imposição das mãos do arcebispo e a Oração Consagratória, através da qual dom Sergio, no caso, bendirá o Pai e invocará o dom do Espírito Santo para a realização do ministério.
Após a ordenação, cada neo-padre estará apto a atuar nas paróquias e comunidades da Arquidiocese de Brasília, em comunhão com o arcebispo Sergio da Rocha.
O presbiterado é o segundo grau do sacramento da Ordem Sagrada ou Ministério Sacerdotal. O primeiro é o episcopado e o terceiro é o diaconato.
Arquidiocese de Brasília deseja a todos os religiosos uma santa ordenação e que Deus lhes dê a santa perseverança em Cristo.
Venha e prestigie este momento.
Aguardamos por você!

Informações:
Seminário Maior Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima
Endereço: SHIS QI 17 – AE – Lago Sul - 71645-200 – Lago Sul Fone: 3366-9900

Seminário Missionário Arquidiocesano Redemptoris Mater
Endereço: SEDB AE 01 – Lago Sul - 71675-200 Fone: 3251-1818 / 3367-4759 (Fax)

Por Gislene Ribeiro / Arquidiocese de Brasília

quarta-feira, 20 de junho de 2018

A história do católico que fundou a Copa do Mundo da FIFA

Jules Rimet - Copa do Mundo / Foto: Wikipédia (Domínio Público) -
Flickr Presidência da República Mexicana (CC BY 2.0)
REDAÇÃO CENTRAL, 20 Jun. 18 / 06:00 am (ACI).- A Copa do Mundo da FIFA é um dos eventos esportivos internacionais mais esperados e estima-se que dezenas de milhões de telespectadores assistam a edição de 2018. O que poucos sabem é que um católico francês fundou este campeonato.
Trata-se de Jules Rimet, nascido em 14 de outubro de 1873 na aldeia francesa de Theuley. Quando era criança, serviu como coroinha na igreja local e, aos dez anos, mudou-se a Paris, pois a sua família estava procurando uma oportunidade de ter uma melhor qualidade de vida em meio à crise econômica.
Segundo informou o ‘Catholic Herald’, quando em 1891 o Papa Leão XIII lançou a sua encíclica “Rerum Novarum”, o jovem Rimet e seus amigos se sentiram questionados pela preocupação do Pontífice ante a miséria na qual viviam as classes trabalhadoras e pela falta de reformas trabalhistas.
Inspirados pelo texto, o rapaz e seus companheiros fundaram uma organização para oferecer assistência social e médica aos mais pobres. Mesmo já tendo se tornado um exitoso advogado, Rimet continuou fazendo obras de caridade.
O jovem francês também adorava os esportes e tinha a firme convicção de que eles uniam as pessoas, independente da raça e da classe social. Aos 24 anos, fundou um clube esportivo chamado “Red Star”, aberto a qualquer pessoa, independentemente da sua situação econômica.
“Os homens poderão se reunir com confiança, sem ódio em seus corações e sem insultos em seus lábios”, costumava dizer quando compartilhava a sua visão dos esportes.
Naquela época, o futebol ainda era desprezado, pois era considerado um esporte da classe baixa e dos ingleses. Entretanto, Rimet decidiu incluí-lo no seu clube.
Em 1904, o advogado francês ajudou a fundar a Fédération Internationale de Football Association (Federação Internacional de Futebol ou FIFA). Quis organizar um campeonato internacional, mas o início da Primeira Guerra Mundial atrasou os seus planos.
Rimet participou da frente de batalha durante quatro anos e foi premiado com a Cruz de Guerra, uma condecoração militar francesa concedida àqueles que se destacaram por seus atos de heroísmo.
Após o fim da guerra, Rimet se tornou presidente da FIFA em 1921 e permaneceu durante 33 anos no cargo, o período de mandato mais longo na história da federação.
Seus ideais sobre o esporte o motivaram a criar em 1928 a Copa do Mundo, que foi disputada dois anos depois pela primeira vez no Uruguai. Jules Rimet levou à América do Sul o troféu que recebeu o seu nome até 1970, quando o desenho da taça foi modificado pelo que é entregue atualmente.
O advogado católico liderou a FIFA até 1954 e, em 1956, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz, por ter fundado a Copa do Mundo.
Rimet faleceu na França em 1956, aos 83 anos.
No livro “Uma História do Futebol em 100 Objetos”, Yves Rimet, seu neto, recordava-o como um “humanista e idealista, que acreditava que o esporte podia unir o mundo. Comparado com as pessoas da sua época, ele percebeu que para ser realmente democrático e envolver as massas, o esporte internacional deveria ser profissional”.
Em entrevista ao jornal ‘The Independent’ em 2006, Yves afirmou que o seu avô “ficaria decepcionado ao ver que, atualmente, o futebol se converteu em um negócio dominado pelo dinheiro. Essa não era a sua visão”.
ACI Digital

domingo, 17 de junho de 2018

11º Domingo do Tempo Comum A semente pequenina do Reino

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
O trecho do Evangelho segundo Marcos, proclamado nas missas de hoje, nos apresenta duas breves parábolas do Reino. Jesus compara o Reino de Deus à semente que “vai germinando e crescendo” até produzir frutos, sem que o semeador saiba como isso acontece (Mc 4,27). Deste modo, ressalta a força e o dinamismo da própria semente, independente da ação humana.  O Reino se expande pela força de Deus. Jesus também compara o Reino de Deus ao “grão de mostarda”, planta que não se confunde com a verdura que conhecemos. A sua semente era considerada pelo povo a menor de todas, mas que depois se tornava uma das maiores árvores daquela região. O acento sobre a pequenez da semente contrasta com as ideias de grandeza e glória terrenas, atribuídas ao Reino de Deus por muitos, naquele tempo, e ainda hoje. Na atual cultura, em que se valoriza o que é grandioso e espetacular, é preciso redescobrir a presença amorosa de Deus na simplicidade da vida cotidiana. Ao contrário, deixamos de discernir e acolher os sinais do Reino presente entre nós. Apenas os “pequeninos” foram capazes de compreender e aceitar a boa nova do Reino, e não os que se achavam sábios e poderosos (cf Lc 10,21). Além disso, a referência aos grandes ramos estendidos, capazes de abrigar os pássaros do céu nos faz pensar na universalidade do Reino de Deus, aberto a todos e não restrito a alguns.
Ao rezar o “Pai Nosso”, nós sempre pedimos “venha a nós o vosso Reino”.  Assim fazemos, porque sabemos que o Reino é dom, deve ser entendido na perspectiva da graça. Ao mesmo tempo, a acolhida desse dom se expressa através do louvor e da atuação responsável dos cristãos na história. São Paulo nos recorda que “somos peregrinos” (2Cor 5,6) que caminham na fé, rumo à morada eterna,  junto do Senhor. Ao mesmo tempo, nos motiva a viver com responsabilidade a nossa vida neste mundo, pois deveremos prestar contas a Deus da nossa peregrinação.
Nos dias 17 a 24 de junho, realiza-se a Semana Nacional do Migrante, neste ano, com o tema “A vida é feita de encontros. Braços abertos sem medo para acolher”. O Papa Francisco tem ressaltado, frequentemente, a necessidade da acolhida fraterna aos migrantes, principalmente aos refugiados. Brasília foi edificada por migrantes, que continuam a formar a maior parte da sua população. Somos convidados a rezar e a refletir sobre a realidade dos nossos migrantes, assim como dos imigrantes dos diversos países, desenvolvendo ações pessoais e comunitárias de acolhida fraterna, respeito e solidariedade. O Pai ama a todos como seus filhos e nos quer amando a todos como irmãos. O dom do Reino de Deus é oferecido a todos!
O Povo de Deus/Arquidiocese de Brasília

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Bem-Aventurada Nhá Chica, a “Santinha de Baependi”

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Jun. 18 / 05:00 am (ACI).- “É porque eu rezo com fé”, costumava dizer a Bem-Aventurada Francisca de Paula de Jesus àqueles que recorriam a ela. Negra, analfabeta e filha de escravos, Nhá Chica, como ficou conhecida, dedicou sua vida humilde à caridade e é celebrada neste dia 14 de junho.

Francisca de Paula de Jesus nasceu em 1808 em São João del-Rei (MG) e mudou-se com a mãe e o irmão para Baependi, no mesmo estado. Ficou órfão aos dez anos, seu irmão tinha 12 anos, e os dois ficaram sob os cuidados de Nossa Senhora, a quem Francisca logo passou a chamar de “Minha Sinhá”.
Foi de sua mãe que ela recebeu uma grande devoção a Nossa Senhora da Conceição, que carregou ao longo de toda a sua vida. Soube administrar bem tal herança espiritual e ficou conhecida como “mãe dos pobres”.
Nunca se casou, porque decidiu dedicar-se totalmente ao Senhor. Sendo analfabeta, gostava quando alguém lia para ela as Sagradas Escrituras. Não pertenceu a uma organização religiosa e era respeitada por todos que a conheciam, desde o mais humilde dos homens aos mais poderosos de seu tempo.
Sempre atendeu com especial atenção cada pessoa que a procurava, muitos em busca de conselhos, palavras de conforto e oração.
Uma das coisas que se destaca em sua vida é a novena que compôs à Nossa Senhora da Conceição. Do mesmo modo, em honra a Ela, construiu ao lado de sua casa uma pequena igreja, onde venerava uma imagem desta devoção mariana e diante da qual rezava piedosamente por todas as pessoas que se recomendavam a ela.
Em 1954, esta igreja foi confiada à Congregação das Irmãs Franciscanas do Senhor e, atualmente, é o Santuário de Nossa Senhora da Conceição. Ao lado do templo é realizado um trabalho de assistência a crianças carentes que é mantido por devotos de Nhá Chica.
Finalmente, depois de uma vida dedicada à oração e ao serviço aos necessitados, a Santinha de Baependi morreu em 14 de junho de 1895.
Em maio de 2013, em uma histórica cerimônia para a Igreja no Brasil, foi beatificada, após o reconhecido da cura milagrosa de um problema de nascença no coração da professora Ana Lucia Meirelles Leite, o qual, no momento em que ela ia ser operada, foi constatado pelos médicos que havia desaparecido.
ACI Digital

domingo, 10 de junho de 2018

Início da Carta aos Romanos, de Santo Inácio de Antioquia, bispo e mártir

(Inscriptio,1,1-2,2: Funk 1,213-215)            (Séc. I)

Não quero agradar aos homens, mas a Deus
            De Inácio, dito Teóforo, à Igreja que alcançou a misericórdia, na magnificência do Pai Altíssimo e de Jesus Cristo, seu Filho único; à dileta Igreja, iluminada pela vontade daquele que tudo quer, segundo a caridade de Jesus Cristo, nosso Deus; à Igreja que preside na região dos romanos, digna de Deus, digna de honra, digna de receber felicitações, digna de louvor, digna de ver cumpridos seus votos; à Igreja que preside à universal assembleia da caridade, possuidora da lei de Cristo, assinalada com o nome do Pai. A ela saúdo em nome de Jesus Cristo, Filho do Pai. A todos os que, de corpo e alma, estão unidos pelos preceitos dele, inexaurivelmente repletos pela graça de Deus e limpos de todo matiz estranho, desejo abundante e incontaminada salvação em Jesus Cristo, nosso Deus.
            Em minhas preces junto do Senhor, pedia a graça de contemplar vossos rostos dignos de Deus. Agora, acorrentado em Cristo Jesus continuarei pedindo a mesma graça, e espero ir saudar-vos e, se for a vontade de Deus, fazer-me digno de chegar ao fim. Já é, aliás, princípio estabelecido: se conseguir a graça, receberei, seguramente, o meu quinhão. Tenho medo de que vossa caridade me venha a prejudicá-lo. Para vós é fácil fazer o que quereis; para mim é difícil alcançar a Deus, se me não poupardes.
            Não quero que agradeis aos homens, mas a Deus, como já o fazeis. Quanto a mim, jamais encontrarei outro tempo mais oportuno de entrar de posse de Deus; quanto a vós, seria o silêncio vossa ação mais meritória. Porque se calardes meu nome, tornar-me-ei palavra de Deus. Se, ao contrário, amardes minha vida carnal, de novo serei apenas som. Não me concedais mais do que ser imolado a Deus, enquanto o altar está preparado. Então, em coro na caridade, cantareis ao Pai em Cristo Jesus, ao Deus que se dignou encontrar o bispo da Síria, chamando-o do nascente ao poente. É bom passar do mundo para Deus, para nele nascer.
www.liturgiadashoras.org

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF