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quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Quem mandou três balas de pistola para o Papa Francisco?

Antoine Mekary | ALETEIA
Por Francisco Vêneto

Um envelope contendo os três projéteis, endereçado ao pontífice, foi interceptado pela polícia.

Quem mandou três balas de pistola para o Papa Francisco? Esta é a pergunta desconcertante que o mundo se fez nesta segunda-feira, 9 de agosto, depois que o jornal italiano Corriere della Sera divulgou que a polícia de Milão, na Itália, interceptou um envelope suspeito endereçado ao pontífice.

O envelope continha três balas de calibre 9mm, usadas em pistolas do tipo Flobert. Junto com a munição, havia também uma confusa mensagem que mencionava as operações financeiras do Vaticano.

Segundo as autoridades policiais da metrópole do norte italiano, um funcionário dos correios avisou durante a noite de domingo que havia identificado uma “correspondência suspeita”: o envelope, com selo da França, não tinha remetente, mas a identificação do destinatário, escrita com caneta esferográfica, era chamativa na medida diametralmente oposta:

“Il Papa – Città del Vaticano – piazza S.Pietro in Roma”

O caso está sendo investigado. Segundo o mesmo Corriere della Sera, a polícia já teria identificado o homem que expediu o envelope com as inusitadas três balas de pistola para o Papa Francisco. A sua identidade, porém, ainda não foi revelada, assim como tampouco a sua motivação.

Em 13 de maio de 1981, o então pontífice São João Paulo II circulava de papamóvel pela Praça de São Pedro quando foi atingido por dois tiros que deixaram o mundo estarrecido e levaram o Papa à beira da morte.

Fonte: Aleteia

Comunismo chinês: sindicato dos professores de Hong Kong se autodissolve

Guadium Press
Contra quem serão agora dirigidos os ataques do comunismo em Hong Kong? Cedo ou tarde, a Igreja será atingida.

Redação (10/08/2021 14:26Gaudium Press) Avança a largos e cadenciados passos a “comunistização” de Hong Kong, desaparecendo, assim, o sentido do slogan: “um país, dois sistemas”. Sob pressão de Pequim, se autodissolve o Sindicato dos Professores de Hong Kong (PTU), que reunia 90% dos professores, com cerca de 95.000 adeptos.

Há uma semana, o jornal comunista chinês Cotidiano do Povo e a agência oficial de notícias Xinhua repetiram a sentença decretada por seus chefes: “Este sindicado é um tumor maligno que deve ser erradicado”. Esta sentença revela que a imprensa é, nas mãos comunistas, simplesmente mais um porta-voz daquele que maneja as rédeas do poder.

Depois disso, para os professores, não havia mais nada a fazer.

“Era inútil lutar”

Após “forte pressão” das autoridades, “o sindicato não teve escolha”, declarou Fung Wai-wah, seu presidente. “Diante do Partido Comunista Chinês e do governo local, era inútil lutar de frente”, explica Wai-wah, confirmando que o governo local de Hong Kong não goza de nenhuma independência.

“Tínhamos que evitar humilhações, prisões, demissões e julgamentos dos quais não teríamos escapado. É melhor dissolver e deixar de existir do que ser violentamente reprimido”, sublinha Wai-wah, lembrando certamente do destino de pessoas como vários dos jornalistas do crítico Apple Daily, que estão atrás das grades.

É claro que a perseguição não se limita a professores e jornalistas, mas também tem atingido parlamentares, assistentes sociais, advogados e juízes.

O sindicato foi acusado por comunistas e autoridades locais de “espalhar propaganda política” e desempenhar um papel crucial nas manifestações pró-democracia de 2019. As autoridades de Hong Kong também acusaram o sindicato de “imergir a escola na política” e de não saber “ensinar aos alunos a distinção entre o bem e o mal”.

Contra quem serão agora dirigidos os ataques do comunismo em Hong Kong? Cedo ou tarde, a Igreja será atingida.

É evidente que a dissolução do Sindicato dos Professores reforçará o êxodo que está havendo de Hong Kong.

Com informações de La Croix

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Círio de Nazaré 2021 não terá tradicional procissão em Belém

Círio de Nazaré / Foto: Facebook Círio de Nazaré

BELÉM, 10 ago. 21 / 01:42 pm (ACI).- O Círio de Nazaré de 2021 não terá procissão pelas ruas de Belém do Pará por causa do medo de contágio por coronavírus, informaram a arquidiocese de Belém (PA) e a diretoria do Círio de Nazaré no domingo, 8 de agosto. Como no ano passado, o evento será adaptado às medidas de combate à covid-19 determinadas pelas autoridades sanitárias.

O Círio de Nazaré acontece todos os anos no segundo domingo de outubro em honra a Nossa Senhora de Nazaré, padroeira do Pará e chamada também “Rainha da Amazônia”. Em 2019, última fez em que teve a procissão presencial, reuniu cerca de 2 milhões de pessoas e durou aproximadamente quatro horas e meia.  Além da procissão do segundo domingo de outubro, conta ainda com uma programação que se estende por vários dias, incluindo missas, momentos de adoração e procissões. Este ano, porém, esta programação será reduzida e restrita.

“Todos sabem o quanto esperamos a manifestação da Arquidiocese e da diretoria do Círio com relação ao Círio de 2021. É claro que a resposta é aquela que todos esperávamos, vamos fazer sim o Círio. A questão é como vamos fazer o Círio”, disse dom Taveira ao final da missa celebrada na Basílica Santuário de Nazaré.

“Vamos realizar o Círio neste ano de 2021, com as eventuais restrições, mas com a disposição de viver intensamente este Círio,” disse o bispo. “Mais uma vez, não poderemos sair com a corda pelas ruas. A corda será distribuída depois, como foi pensado no ano passado e se repetirá este ano, pelo número de paróquias que nós temos”.

Segundo dom Taveira, toda a programação “pode mudar amanhã para mais ou para menos”. “Nós não podemos assumir uma responsabilidade que venha a comprometer a saúde da população. É necessário ter o respaldo das autoridades do estado e do município, especialmente com relação à saúde pública”, afirmou.

O coordenador da diretoria do Círio, Albano Martins, contou que a programação do Círio de Nazaré 2021 “foi debatida num fórum composto pelos órgãos de segurança e saúde de estado do Pará e será novamente apreciada às proximidades do Círio, provavelmente na segunda quinzena de setembro”.

Martins afirmou que a programação “foi elaborada seguindo a realidade atual, em que a Secretaria de Saúde do Pará nos apontou queda de 90% no índice de contaminação, nas internações, em que o estado em todos os municípios está com bandeira verde”, que indica baixo risco de contaminação.

A seguir, a programação do Círio de Nazaré 2021:

Eventos prévios e paralelos:

10/09: Instalação de dois carros de promessas na Praça Santuário, onde permanecerão até o encerramento da festividade, em 24 de outubro.

01/10 a 26/10: Abertura do Arraial de Nazaré, no estacionamento da Basílica Santuário, nos mesmos moldes do arraial 2020, com cerca de 30 estandes e um palco para apresentação das bandas militares (18h).

11 a 23/10: Exposição da berlinda na Praça Santuário com a visitação da imagem peregrina, das 8h às 21h, e visitação da imagem peregrina aos bairros da RMB, das 21h às 22h30, em carro da berlinda.

24/10: Missa de encerramento na Basílica Santuário e espetáculo de encerramento com vídeo mapping na fachada da Basílica Santuário de Nazaré e fogos de artifício (18h).

25/10: Subida da imagem original ao glória e missa de encerramento (7h).

Semana do Círio:

05/10: Missa solene de abertura na Basílica Santuário, seguida de concerto musical na praça santuário (18h).

07/10: Missa solene na Basílica Santuário para apresentação do manto 2021 (18h).

08/10: Traslado da imagem peregrina para Ananindeua, em carro berlinda ou carro dos bombeiros, com trajeto limitado às grandes vias (Alm. Barroso, Rodovia BR-316, Rodovia Mario Covas, Avenida Dom Vicente Zico, Avenida Independência, etc) (8h).

9/10: Descida da imagem original do glória (12h), missa da transladação no colégio Gentil (18h), live da decoração da berlinda (19h30), traslado da imagem peregrina para a catedral em carro de bombeiros (horário a definir).

10/10: Missa solene na catedral da Sé (7h) e traslado da imagem peregrina da catedral até a Basílica em carro de bombeiros, com descida na esquina da Av. Generalíssimo Deodoro (horário a definir); entronização da imagem na berlinda oficial e trajeto até a Basílica Santuário para a missa solene do Círio.

Fonte: ACI Digital

esponsalidade de Cristo com a Igreja no Apocalise de São João

"Há uma íntima unidade entre a união humano-divina no
seio de Maria e as novas núpcias do Cordeiro com a Igreja"

"A participação decisiva de Maria na encarnação do Verbo se torna modelo para as núpcias de Cristo com a Igreja. É em seu seio que o Verbo se encarna, ou seja, ocorre pela primeira vez a união histórico-temporal entre o humano e o divino. "

Jackson Erpen – Cidade do Vaticano 

A Igreja, chamada «Jerusalém do alto» e «nossa mãe» (Gál. 4,26; cfr. Apoc. 12,17), é também descrita como esposa imaculada do Cordeiro imaculado (Apoc. 19,7; 21,2. 9; 22,17), a qual Cristo ‘amou e por quem Se entregou, para a santificar’ (Ef. 5, 25-26), uniu a Si por um indissolúvel vínculo, e sem cessar ‘alimenta e conserva’ (Ef. 5,29), a qual, purificada, quis unida a Si e submissa no amor e fidelidade (cfr. Ef. 5,24), (LG, 6).

Na edição de hoje deste nosso espaço, *Padre Gerson Schmidt dá continuidade à sua série de reflexões sobre a Igreja como esposa de Cristo. Nos programas anteriores, o sacerdote gaúcho falou sobre a Esponsalidade de Cristo nos Sinóticos e a Esponsalidade de Cristo no Evangelho de São João. Nesta quarta-feira, por outro lado, nos apresenta uma reflexão sobre a Esponsalidade de Cristo com a Igreja no Apocalipse de São João:

"Continuamos aprofundando o tema da esponsalidade de Cristo com a Igreja, tendo como pano de fundo a imagem da Lumen Gentium da Igreja como “esposa de Cristo”¹. Entendemos que essa imagem precisa ser mais aprofundada, pois reflete a essência do que é o mistério da Igreja-esposa e de Cristo-esposo. No Apocalipse, as imagens de esposo e esposa estão separadas para produzir uma cena de núpcias, que será narrada precisamente no capítulo 21. A importância escatológica do noivado já vem expressa em Efésios 5,31, que compara a união esponsal com a de cristo e sua Igreja. Também em 2Cor 11,2 diz: “Desposei-vos a um esposo único, a Cristo, a quem devo apresentar-vos como virgem pura”. Paulo, amigo do esposo, apresenta o noivo à sua noiva, que é a Igreja.

Mas, a imagem esponsal se torna evidente e mais clara no capítulo final do Apocalipse de São João: “Alegremo-nos e exaltemos, demos glória a Deus, porque estão para realizar-se as núpcias do cordeiro, e sua esposa já está pronta...” (Ap 19, 7). A maioria dos exegetas concorda ser esta uma imagem que ressalta a união do Esposo, que é Cristo, com a esposa que Ele escolheu, que é sua Igreja. As núpcias do Cordeiro simbolizam o estabelecimento do Reino celeste. É Cristo o Esposo da Igreja (cf. Ef 5, 23-32). As núpcias são a realização perfeita da Aliança, que são esperadas para o fim dos tempos (cf. Mt 22, 2; 25, 1-13).

Analisando o capítulo 21 do Apocalipse, vemos a primeira parte é a de Ap 21,1-8. Nesse trecho, o tema fundamental é o novo mundo, nova terra e novo céu, desaparecimento das coisas antigas, pois Deus renova todas as coisas. No meio da passagem surge um novo tema: a morada que Deus vai estabelecer entre os homens. Assim, nesta parte, o autor apresenta o mundo novo, o qual ele identifica com a Jerusalém celeste, que está revestida como uma esposa para agradar ao seu esposo. A segunda parte é Ap 21, 9-27. Esse trecho extenso é marcado pela descrição da Jerusalém celeste, a esposa do Cordeiro. É preciso, pois, identificar a mulher com a Igreja, ainda que se deva recordar imediatamente que, a Igreja fundamenta suas raízes na história de Israel. “... Vem! Vou mostrar-te a Esposa, a mulher do Cordeiro” (Ap 21, 9b). Esse versículo permite sublinhar a correspondência antitética entre a grande prostituta (Babilônia) e a esposa do Cordeiro (Jerusalém). Retoma-se o tema abordado em 19,7 e 21,2. Manifesta-se assim a presença escatológica de Deus em sua cidade santa. A cidade brilha pela presença direta de Deus na mesma, não precisando de sol ou de qualquer outra luz para ser iluminada (v.23): “Sua lâmpada é o Cordeiro”.

A participação decisiva de Maria na encarnação do Verbo se torna modelo para as núpcias de Cristo com a Igreja. É em seu seio que o Verbo se encarna, ou seja, ocorre pela primeira vez a união histórico-temporal entre o humano e o divino. Há uma íntima unidade entre a união humano-divina no seio de Maria e as novas núpcias do Cordeiro com a Igreja. Os dois encontros conjugais se relacionam como sendo um, o momento primeiro, e o outro, a sua realização plena². A Igreja é hoje essa mulher que foi gerada por Cristo, mas que também o gera diariamente, sobretudo na Eucaristia.

No epílogo, na conclusão do Apocalipse, usa-se novamente o termo “esposa”, no versículo 17 do capítulo 22: “O Espírito e a Esposa dizem: Vem! Que aquele que ouve diga também: Vem!” É o Espírito presente na Igreja, esposa de Cristo, que lhe inspira este apelo e convite para receber “gratuitamente a água da vida”." 

*Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.

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¹Tema embasado em artigo da Revista Teocomunicação, Porto Alegre, v. 38, n. 160, p. 235-251, maio/ago. 2008, de autoria de Edson Pereira e Manoel Augusto Santos.

²M. DEL PILAR RÍO. Teología nupcial del Misterio redentor de Cristo. Roma: Apollinari Studi, 2000, p. 171-174.

Fonte: Vatican News

Santa Clara de Assis

Sta. Clara de Assis | Vatican News
11 de agosto

Santa Clara de Assis

Santa Clara de Assis, (Chiara D’Offreducci), nasceu no ano de 1194, em Assis, Itália. De família rica, seu pai, Favarone Scifi, era conde. Sua mãe se chamava Hortolana Fiuni. Clara era neta e filha de fidalgos (pessoas da classe nobre). Sua família vivia em um palácio na cidade, tinha muitas propriedades e até um castelo.

Clara tinha dois irmãos e duas irmãs. Suas irmãs Catarina e Beatriz, mais tarde, iriam entrar para o convento junto com sua mãe, após esta ficar viúva. Quando Clara tinha por volta de doze anos, sua família vai morar em Corozano e depois vão para Perugia, refugiando-se de uma revolução.

Vida de Santa Clara

Clara desde jovem já tinha a fama de muito religiosa e recolhida. Aos 18 anos ela fugiu com uma amiga, Felipa de Guelfuccio, para encontrar São Francisco de Assis, na Porciúncula, (capelinha de Santa Maria dos Anjos, onde nasceu a ordem dos Franciscanos e a ordem de Santa Clara). Lá ela era esperada para fazer os primeiros votos e entrar no convento dos franciscanos.

Santa Clara de Assis, uma discípula de São Francisco de Assis.

O próprio São Francisco cortou os cabelos de Clara, sinal do voto de pobreza e exigência para que ela pudesse ser uma religiosa. Depois da cerimônia ela foi levada para o Mosteiro das Beneditinas. Santa Clara de Assis vendeu tudo, inclusive seu dote para o casamento e distribui aos pobres. Era uma exigência de São Francisco para poder entrar para a vida religiosa.

A família de Santa Clara de Assis tentou buscá-la, mas ela se recusou a voltar, mostrando para o seu tio Monaldo os cabelos cortados. Ele, então, desistiu de levá-la. Nisso, sua irmã Catarina, também foge para o convento aos 15 anos de idade. A família envia novamente o Tio Monaldo para busca-la à força. Monaldo amarra a moça e prepara-se para arrastá-la de volta para casa.

Clara não suporta ver o sofrimento da irmã e pede ao Pai Celeste que intervenha. Então a menina amarrada ficou tão pesada que ninguém conseguia movê-la. Monaldo, então, desistiu. Catarina entrou para o convento e recebeu o nome de Inês. Depois de ter passado pelo convento de Santo Ângelo de Panço, São Francisco leva Clara e suas seguidoras para o Santuário de São Damião, onde foram morar em definitivo.

Milagre de Santa Clara de Assis

Por causa da invasão muçulmana, a região de Assis passou necessidades. Tanto que, certa vez, as irmãs, que já eram mais de 50, não tinham o que comer. Então a irmã cozinheira chega desesperada e diz a Santa Clara de Assis que havia somente um pão na cozinha.

Santa Clara diz a ela: confie em Deus e divida o pão em 50 pedaços. A irmã cozinheira, mesmo sem entender, obedece. Então, de repente, dezenas de pães aparecem na cozinha e as irmãs conseguem se sustentar por vários dias.

Imagem de Santa Clara de Assis

Pela intercessão de Santa Clara muitos milagres se realizaram quando ela ainda era viva e também depois de seu falecimento. Um dos mais expressivos foi quando os sarracenos (muçulmanos) invadiram Assis e tentaram entrar no convento das Clarissas.

Santa Clara pegou o ostensório com o Santíssimo Sacramento e disse aos invasores que Cristo era mais forte que todos eles. Então, inexplicavelmente, todos, tomados de grande medo, fugiram sem saquear o convento. Por isso, Santa Clara é representada com suas vestes marrons segurando o ostensório.

A padroeira da Televisão

Um ano antes de Santa Clara de Assis falecer, em 11 de agosto de 1253, ela queria muito ir a uma missa na Igreja de São Francisco (já falecido). Não tendo condições de ir por estar doente, ela entrou em oração e conseguiu assistir toda a celebração de sua cama em seu quarto no convento.

Segundo seus relatos, a  Missa aparecia para ela como que projetada na parede de seu humilde quarto.  Santa Clara conseguiu ver e ouvir toda a celebração sem sair de sua cama. O fato foi confirmado quando Santa clara de Assis contou fatos acontecidos na missa, detalhando palavras do sermão do celebrante. Mais tarde, várias pessoas que estiveram na missa confirmaram que o que Santa Clara narrou, de fato aconteceram.

Assim, pelo fato de Santa clara ter assistido a uma celebração à distância, em 14 de fevereiro de 1958, o Papa Pio XII proclamou oficialmente Santa Clara de Assis como a padroeira da televisão.

O legado de Santa Clara de Assis

Santa Clara de Assis é a fundadora das Clarissas, (antes chamadas de senhoras pobres), com conventos espalhados por vários lugares da Europa e uma espiritualidade voltada para a pobreza, a oração e a ajuda aos mais necessitados.

Ela escreveu a Regra para as mulheres religiosas, (forma de vida), a regra de viver o mistério de Jesus Cristo de acordo com as propostas de São Francisco de Assis. Regra depois aprovada pela Papa. Ela foi o lado feminino dos franciscanos e as irmãs Clarissas permanecem até hoje.

Falecimento

Santa Clarade Assis morreu em Assis no dia 11 de agosto de 1253, aos 60 anos de idade. Um dia antes de sua morte ela recebeu a visita do Papa Inocencio lV, que lhe entregou a Regra escrita por ela aprovada e aplicada a todas as monjas.

Na hora de sua morte ela disse: Vá segura, minha alma, porque você tem uma boa escolha para o caminho. Vá, porque Aquele que a criou também a santificou. E, guardando-a sempre como uma mãe guarda o filho, amou-a com eterno amor. E Bendito sejais Vós, Senhor que me criastes.

O Papa mandou enterrá-la na Igreja de São Jorge, onde São Francisco estava enterrado. Em 1260 depois de construída a Basílica de Santa Clara, ao lado da Igreja de São Jorge seu corpo foi transladado com todas as honras para lá.

Canonização de Santa Clara de Assis

Sua canonização foi oficializada pelo Papa Alexandre lV, no ano de 1255, dois anos após sua morte. Santa Clara de Assis é representada com uma roupa marrom e touca branca, com uma custódia com o Santíssimo sacramento.

Oração a Santa Clara de Assis

Ó maravilhosa clareza e abençoada  Clara.

Em vida, ela brilhou para alguns, após a morte, ela brilha para todo mundo.

Na terra ela era uma luz clara. Agora está no céu como sol brilhante.

Ó quão grande a veemência do brilho dessa clareza.

Na terra a luz era realmente mantida dentro das paredes da clausura, ainda derramado de seus raios brilhantes. Amém.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Hoje é celebrado o Dia dos Diáconos Permanentes

ACI Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 10 ago. 21 / 06:00 am (ACI).- Por ocasião da festa de São Lourenço, diácono e mártir da Igreja, neste dia 10 de agosto também é celebrado o Dia dos Diáconos Permanentes.

No século III, São Lourenço era um dos 7 diáconos de Roma que ajudavam o papa Sisto II, o qual o nomeou administrador dos bens da Igreja e permitiu que distribuíssem esmolas aos pobres e necessitados.

Na história da Igreja, os diáconos sempre ajudavam os sacerdotes a desenvolver seu ministério. Embora o diácono tenha recebido o sacramento da ordem, este não é propriamente um sacerdote e, portanto, não tem suas potestades.

O sacramento da ordem tem três graus – episcopado, presbiterato e diaconato – que estão explicados entre os numerais 1554 e 1571 do Catecismo da Igreja Católica (CIC).

O diácono se ordena ao ministério da palavra, da liturgia e da caridade. Sua função principal é a assistência qualificada ao sacerdote nas celebrações e não é simplesmente um “ajudante”.

As outras funções dos diáconos estão explicadas na constituição dogmática Lumen Gentium e nos cânones 757, 835, 910, 943 e 1087 do Direito Canônico.

Algumas destas competências são: o batismo, conservar e distribuir a Eucaristia, ser ministros da exposição do Santíssimo e da bênção eucarística, ser ministro ordinário da sagrada comunhão, levar o viático aos doentes terminais, em nome da Igreja assistir e abençoar o matrimônio, ler a Sagrada Escritura aos fiéis, administrar os sacramentais como por exemplo a água benta, a bênção das casas, imagens e objetos, presidir o ritual fúnebre e o sepultamento.

O diaconato considerado em si mesmo como ministério permanente decaiu no ocidente depois do século V, e este primeiro grau do sacramento da ordem foi reduzida a uma simples etapa para chegar ao grau sucessivo, ou seja, ao sacerdócio.

Depois do Concílio Vaticano II, foi restabelecido o diaconato “como um grau particular dentro da hierarquia”.

A constituição Lumen Gentium especifica no numeral 29: “Com o consentimento do Romano Pontífice, poderá este diaconado ser conferido a homens de idade madura, mesmo casados, e a jovens idôneos; em relação a estes últimos, porém, permanece em vigor a lei do celibato” (EV, 1/360).

Estes deverão ter uma preparação durante 3 anos para receber as sagradas ordens, conforme está estabelecido no Código de Direito Canônico numeral 236.

O papa Paulo VI, em sua carta apostólica Sacrum diaconatus ordinem de 18 de junho de 1967, assinala que a ordem do diaconato “não deve ser considerada como simples grau para ascender ao sacerdócio, mas recebe tal riqueza pelo seu carácter indelével e pela sua graça particular que aqueles que a ele são chamados podem dedicar-se de modo estável aos ‘mistérios de Cristo e da Igreja’” (EV, 2/1369).

Fonte: ACI Digital

Bispo na Mongólia: como os apóstolos nos primeiros tempos do cristianismo

Dom Giorgio Marengo, Bispo na Mongólia  (@Agenzia Fides)

Dom Giorgio Marengo, bispo na Mongólia, em Ulaanbataar, afirma que a natureza do compromisso missionário pode ser resumida em “sussurar o Evangelho ao coração da Ásia”. O Bispo fala sobre a jovem Igreja mongol, pequena e periférica, onde cuida amorosamente de 1.300 fiéis de uma população total de três milhões e meio de pessoas.

Vatican News

"Acredito que ser bispo na Mongólia seja muito parecido com o ministério episcopal da Igreja primitiva: sabemos como os apóstolos nos primeiros tempos do cristianismo testemunhavam o Cristo ressuscitado em condições de absoluta minoria em comparação com os lugares e culturas onde se encontravam. Para mim, esta é uma grande responsabilidade que me aproxima do verdadeiro sentido da missão". São palavras de Dom Giorgio Marengo, Prefeito Apostólico de Ulaanbaatar, falando sobre sua experiência no país asiático e sobre a obra de evangelização da Igreja local.

Pastores com cheiro de ovelhas

Padre Giorgio Marengo, consagrado bispo em agosto do ano passado, chegou à Mongólia com seus coirmãos, os Missionários da Consolata, em 2003 para acompanhar e assistir pastoralmente a pequena comunidade de Arvaiheer, na região de Uvurkhangai, com iniciativas e atividades ligadas às necessidades e problemas do lugar: atividades pós-escolares para crianças, chuveiros públicos, um projeto de artesanatos para mulheres, a creche e um grupo para a recuperação de homens com problemas de alcoolismo. "É um trabalho complexo e às vezes difícil, mas não desencoraja estes verdadeiros 'Pastores com cheiro de ovelhas', os missionários que vivem e testemunham o Evangelho aqui", relata Dom Marengo. A Igreja mongol é jovem, pequena e periférica, e cuida amorosamente de 1.300 fiéis de uma população total de três milhões e meio.

Raízes cristãs do século X

O pequeno número é inversamente proporcional ao compromisso e dedicação, baseado na fraternidade e harmonia para revitalizar, guiados pelo Evangelho, as raízes cristãs de origem siríacas presentes na região desde o século X e depois congeladas pela epopeia do império mongol. "Por muitos séculos - explica Padre Giorgio à Fides - o cristianismo não tinha mais sido vivido, e é por isso que hoje, em nível popular, é considerado algo novo, chegado do exterior nos últimos anos, talvez não lembrando que havia uma página da história muito mais antiga. Hoje", continua o prelado, "há oito paróquias e cerca de sessenta missionários e missionárias de diferentes nacionalidades e Congregações que se reúnem regularmente para examinar problemas em conjunto, coordenar atividades e planejar novas iniciativas. Em 2022 celebraremos 30 anos da renovada presença da Igreja Católica neste grande país asiático".

Anunciar a Palavra com um sussuro

Quanto aos que receberam o batismo", explica o religioso, "é necessário continuar um trabalho de acompanhamento e formação para ajudar os fiéis a crescer na fé: a missão começa antes de tudo a partir de uma escuta profunda do Senhor que nos envia, do Espírito que nos habita e nos molda, e das pessoas para as quais somos enviados". Os missionários são homens e mulheres de profunda espiritualidade, que extraem da comunhão com Cristo a grande sabedoria usada para entrar em empatia com a comunidade: É importante, por exemplo, estudar a língua", diz o bispo, "ou aperfeiçoar as ferramentas que nos permitem estabelecer uma relação com o povo, tentando entender o que para eles são os pontos de referência, a história, as raízes culturais e religiosas". Há uma expressão", diz Dom Marengo, "que eu acho que resume bem a natureza de nosso compromisso missionário que ouvi de Dom Thomas Menamparampil, arcebispo emérito de Guwahati, na Índia: sussurrar o Evangelho ao coração da Ásia. Gosto de aplicar esta imagem à Mongólia: a proclamação da Palavra do Evangelho, com um sussurro, é um trabalho constante de evangelização que requer - conclui - um relacionamento profundo com as pessoas; e, em virtude desta autêntica relação de amizade, podemos compartilhar o que é mais precioso para nós: a fé em nosso Senhor Jesus Cristo".

 (Fonte: Agenzia Fides) / Vatican News

Como o pão dos anjos salvou a vida de Elias

Pieruschka | Shutterstock
Por Philip Kosloski

Quando Elias ficou abatido e deprimido, Deus enviou a ele o pão dos céus.

Elias estava exausto de ser o profeta de Deus e, em certo ponto de seu ministério, ele desmoronou.

Basta, Senhor, disse ele; tirai-me a vida, porque não sou melhor do que meus pais.

1 Reis 19, 4

Ele estava abatido e deprimido com as dificuldades de ser um profeta. A vida de Elias estava ameaçada e naquele momento ele era um fugitivo escondido. Ele queria que tudo passasse.

Entristecido por sua situação, Elias adormeceu.

Ele foi então repentinamente despertado por um anjo enviado por Deus.

Deitou-se por terra, e adormeceu debaixo do junípero. Mas eis que um anjo tocou-o, e disse: Levanta-te e come. Elias olhou e viu junto à sua cabeça um pão cozido debaixo da cinza, e um vaso de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir. Veio o anjo do Senhor uma segunda. vez, tocou-o e disse: Levanta-te e come, porque tens um longo caminho a percorrer. Elias levantou-se, comeu e bebeu e, com o vigor daquela comida, andou quarenta dias e quarenta noites, até Horeb, a montanha de Deus.

1 Reis 19, 5-8

Seu corpo e alma foram renovados pelo pão dos anjos, dando-lhe a força necessária para continuar.

Prenúncio da Eucaristia

Este episódio no Antigo Testamento tem sido visto por muitos santos como um prenúncio da Eucaristia.

João Paulo II reflete sobre este episódio bíblico em sua encíclica Ecclesia de Eucharistia, enfatizando como a Eucaristia nos dá força quando mais precisamos.

É um caminho longo, cheio de obstáculos que superam a capacidade humana; mas temos a Eucaristia e, na sua presença, podemos ouvir no fundo do coração, como que dirigidas a nós, as mesmas palavras que ouviu o profeta Elias: « Levanta-te e come, porque ainda tens um caminho longo a percorrer » (1 Re 19, 7).

(EE, 61)

A Eucaristia é o alimento da nossa longa caminhada, é o “pão de anjos” de que precisamos.

Nos sinais humildes do pão e do vinho transubstanciados no seu corpo e sangue, Cristo caminha connosco, como nossa força e nosso viático, e torna-nos testemunhas de esperança para todos.

(EE, 62)

O pão que Deus enviou a Elias salvou sua vida.

Da mesma forma, a Eucaristia, o verdadeiro Pão do Céu, pode nos salvar do desespero e dar forças ao nosso corpo e alma cansados.

Fonte: Aleteia

Nosso Senhor Jesus Cristo é o essencial para a nossa vida, assegura o Papa

Papa Francisco | Guadium Press
Francisco recorda que o verdadeiro pão da vida é o que nos faz viver, só Ele alimenta nossas almas.

Redação (09/08/2021 15:22, Gaudium Press) Durante o Angelus deste domingo, 8 de agosto, o Papa Francisco se aprofundou sobre o tema “Eu sou o pão da vida”. Dirigindo-se aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o Pontífice convidou para que refletissem sobre o que significa o pão da vida.

O Santo Padre destacou que quem tem fome não pede uma comida refinada e cara, mas pede pão, assim como os desempregados não pedem altos salários, mas apenas o ‘pão’ de um emprego. “Jesus se revela como o pão, ou seja, o essencial, o necessário para a vida de cada dia”, explicou.

Praça São Pedro | Guadium Press
Jesus é o verdadeiro pão que alimenta nossas almas

Segundo Francisco, o verdadeiro pão da vida é o que nos faz viver, “só Ele alimenta nossas almas, só Ele nos perdoa daquele mal que não podemos vencer por nós mesmos, só Ele nos faz sentir amados mesmo que todos nos decepcionem, só Ele nos dá a força para amar e perdoar nas dificuldades, só Ele dá ao coração a paz que busca, só Ele dá a vida para sempre quando a vida aqui termina”.

Em seguida, explica que Nosso Senhor Jesus Cristo fala por parábolas, portanto, ao usar a expressão ‘Eu sou o pão da vida’ ele resume todo o seu ser e toda a sua missão. “Isto será visto plenamente no final, na Última Ceia. Ao dar a própria vida, a própria carne, o próprio coração, para que possamos ter a vida Jesus faz com que desperte em nós a maravilha diante do dom da Eucaristia”, ensina.

“Ninguém neste mundo, não importa o quanto ame outra pessoa, pode fazer-se alimento para ela. Deus o fez, e o faz, por nós. Renovemos esta maravilha. Façamo-lo adorando o Pão da Vida, porque a adoração enche a vida de maravilha”, sublinha.

https://youtu.be/_Ott2CyBvgc

Eu sou o pão descido do céu

Francisco recordou que muitos se escandalizam quando Jesus afirmou ser o pão descido do céu. “Será que também nós estaríamos mais à vontade com um Deus que está no céu sem se intrometer?”, questionou.

Por fim, destacou que “Deus se tornou homem para entrar na concretude do mundo. E a ele interessa tudo de nossas vidas. Jesus deseja esta intimidade conosco”. Jesus não deseja ser relegado para segundo plano, ser negligenciado e posto de lado, ou colocado em questão apenas quando precisamos. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Monges beneditinos voltam à abadia pela primeira vez desde a Revolução Francesa

Abadia de Solignac na França. Crédito: Cortesia da
Diocese de Limoges à CNA, agência em inglês do Grupo ACI

REDAÇÃO CENTRAL, 09 ago. 21 / 04:30 pm (ACI).- Pela primeira vez desde a Revolução Francesa, os monges beneditinos voltaram a ocupar a abadia de Solignac, um mosteiro histórico fundado por Santo Eligio, no século VII. No dia 1º de agosto, os monges se mudaram para a emblemática abadia de Solignac, localizada em Alto Vienne, no centro-oeste da França, depois de 230 anos de ausência.

O acontecimento é considerado providencial pelos católicos locais e tem um significado simbólico, especialmente em um momento em que muitos edifícios religiosos na França estão condenados a desaparecer após serem demolidos, abandonados ou comprados com fins seculares.

Recentemente, a diocese de Limoges anunciou o retorno dos monges em um comunicado assinado conjuntamente pelo bispo local, dom Pierre-Antoine Bozo, e dom Jean-Bernard Marie Bories, padre abade de são José de Clairval, na região francesa de Borgonha, que comprou da diocese a abadia de Solignac para ali estabelecer um priorado. Os monges de Clairval aprovaram o projeto de fundação com uma maioria de dois terços.

Depois que os revolucionários franceses anticlericalistas expulsaram os beneditinos em 1790, a abadia de Solignac foi utilizada como prisão, internato para meninas e fábrica de porcelana, sucessivamente, até 1930.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a abadia serviu como refúgio para professores católicos e, a partir de 1945, acolheu os Missionários Oblatos de Maria Imaculada. A comunidade religiosa permaneceu lá até a década de 1990. Em 2011, a propriedade foi transferida para a diocese de Limoges e esteve desocupada nos últimos 17 anos.

Dom Bozo disse à CNA, agência em inglês do Grupo ACI, que o retorno dos beneditinos foi fruto de um longo período de discernimento, durante o qual se reuniu com o abade em várias ocasiões.

“Estou grato por essa incrível notícia, porque buscamos diferentes soluções para este lugar por muitos anos e, finalmente, o projeto que teve êxito é o que se ajusta mais ao propósito original desta abadia, construída por Santo Elígio, que era dar as boas-vindas às comunidades monásticas, especialmente aos monges beneditinos”, disse.

O padre Bories disse ao jornal diocesano local que, além de restaurar a regra beneditina, seu principal objetivo tornar a abadia um centro espiritual dedicado a oração e retiros, construído em torno do claustro e com capacidade para acolher mais pessoas do que na abadia de São José de Clairval. Disse ainda que há planos para oferecer retiros para os jovens que se preparam para o sacramento da confirmação e outros eventos.

“Por este lugar, passaram sucessivas gerações de pessoas orantes e foi criado um ambiente de cultura monástica, no qual crescerá um novo ressurgimento da antiga ordem beneditina: mais de 1150 anos de presença monástica nos ligam a uma grande tradição, renovando assim uma cadeia de oração”, disse dom Bories.

Estes planos exigirão vários anos de trabalho nos vários edifícios da abadia, que se estendem sobre uma grande área. Espera-se que o processo seja longo, difícil e caro.

Os monges que chegaram à abadia no início de agosto se prepararão para a retomada da vida monástica. Serão os encarregados de supervisionar o trabalho inicial para dar as boas-vindas ao resto da equipe fundadora, que não se mudará até o outono.

Dom Bozo celebrará uma missa inaugural no dia 28 de novembro, primeiro domingo do advento. A diocese de Limoges anunciou que, a partir dessa data, os monges celebrarão diariamente a Eucaristia na igreja da abadia, seguindo a forma ordinária do rito romano, com canto gregoriano em latim. As celebrações serão abertas ao público.

Os monges beneditinos também participarão da vida econômica local e apoiarão o sistema educativo católico. Além de abrir uma loja para vender seus produtos, a abadia também tem planejado receber em seus jardins os alunos do programa do ensino público que oferece um diploma técnico em agricultura, com duração de dois anos, contribuindo assim na sua formação acadêmica.

Segundo dom Bozo, a nova fundação promete ser uma verdadeira bênção para esta região rural muito descristianizada, onde não havia comunidades contemplativas masculinas desde a Revolução Francesa.

“Estou profundamente convencido da fecundidade da vida contemplativa, especialmente em nosso mundo acelerado, marcado pelo materialismo e pelo individualismo”, disse à CNA. Segundo ele, essa fecundidade será ainda mais valiosa porque permanece oculta e os bons frutos se verão “a longo prazo”, através das “raízes mais profundas que trará a presença [dos monges]” na comunidade, do apoio que eles darão aos missionários.

Afirmou que “este modo de vida original, que está contra a corrente no mundo de hoje, só pode fazer muito bem às pessoas, a quem será oferecido o que Bento XVI costumava chamar de um oásis, um lugar que todos os cristãos precisam para rejuvenescer”.

“Na sombra desta comunidade, será possível se refrescar, rezar, encontrar-se com o Senhor em silêncio, em paz, rodeado de gente acalentada por um ritmo lento e muito regular... É lindo”, afirmou.

“Esta sabedoria de vida, inerente à regra de São Bento, da forma como funciona, é algo muito reconfortante para estes tempos desorientados”, concluiu.

Fonte: ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF