Assim como fazia Francisco, Leão XIV também presidiu a santa
missa por ocasião da festa de Nossa Senhora de Guadalupe. Celebrada toda em
espanhol, o Pontífice proferiu uma homilia em forma de oração, pedindo à Virgem
que não permita que o ódio marque a história da humanidade nem que a mentira
escreva sua memória.
Vatican News
Na Basílica Vaticana, o Papa Leão presidiu à Santa Missa por
ocasião da festa de Nossa Senhora de Guadalupe na presença de milhares de
fiéis, sendo alguns deles vestidos com trajes típicos mexicanos. Em sua
homilia, comentou as leituras do dia, de modo especial a alegria de Maria ao
visitar sua prima Isabel, como relatado no Evangelho.
Durante toda a sua existência, explicou o Santo Padre, Maria
leva essa alegria onde a alegria humana não basta, onde o vinho se esgotou.
Assim aconteceu em Guadalupe. No monte Tepeyac, "ela desperta nos
habitantes da América a alegria de saber-se amados por Deus". Em meio a
conflitos incessantes, injustiças e dores que buscam alívio, Nossa Senhora
proclama o núcleo de sua mensagem: "Não estou eu aqui, que sou tua
mãe?". "É a voz que faz ressoar a promessa da fidelidade divina, a
presença que sustenta quando a vida se torna insuportável", comentou o
Pontífice, que celebrou toda a missa em espanhol.
Uma oração a Nossa Senhora de Guadalupe
A maternidade que Ela declara nos faz descobrir-nos filhos.
E a partir deste ponto, a homilia de Leão XIV prosseguiu em forma de oração,
com os nossos anseios dirigidos a Ela:
“Mãe, ensina às nações que
querem ser seus filhos a não dividir o mundo em bandos irreconciliáveis, a não
permitir que o ódio marque sua história nem que a mentira escreva sua memória.
Mostra-lhes que a autoridade deve ser exercida como serviço, não como domínio.
Instrui seus governantes em seu dever de custodiar a dignidade de cada pessoa
em todas as fases da vida. Faze desses povos, teus filhos, lugares onde cada
pessoa possa sentir-se acolhida.”
O Santo Padre pediu também pelos mais jovens,
"para que obtenham de Cristo a força de escolher o bem e a coragem de
permanecer firmes na fé, ainda que o mundo os empurre em outra direção",
afastando deles as ameaças do crime, das dependências e do perigo de uma vida
sem sentido.
Aos que se afastaram da Igreja, Leão suplica a
Maria que derrube os muros que nos separam e traga de volta para casa,
transformando o coração daqueles que semeiam discórdia ao desejo de Jesus de
que «todos sejam um», já que não deve haver espaço para a divisão dentro da
comunidade eclesial.
A oração do Pontífice foi ainda para que Maria fortifique
as famílias, que os pais eduquem com ternura e firmeza, de modo que
cada lar seja escola da fé. Que os educadores formem mentes e
corações para que transmitam a verdade; que Nossa Senhora sustente o clero e
a vida consagrada na fidelidade cotidiana, renovando seu
primeiro amor, protegendo-os da tentação, animando-os no cansaço e socorrendo
os abatidos.
"Virgem Santa, ajuda-nos a compreender que, embora
destinatários, não somos donos dessa mensagem, mas, como são Juan Diego, somos
seus simples servidores. Que vivamos convencidos de que onde chega a Boa-Nova
tudo se torna belo, tudo recupera a saúde, tudo se renova. Ajuda-nos para não
manchar com nosso pecado e miséria a santidade da Igreja que, como tu, é
mãe."
O Pontífice concluiu pedindo auxílio a si mesmo, Sucessor
de Pedro, "para que confirme no único caminho que conduz ao Fruto
bendito de teu ventre todos os que me foram confiados". "E faze que,
confiando em tua proteção, avancemos cada vez mais unidos, com Jesus e entre
nós, rumo à morada eterna que Ele nos preparou e na qual tu nos esperas.
Amém."

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