Que nós, neste Natal, saibamos ser como José, deixando tudo
nas mãos do Senhor, confiando em Sua divina ação. Também sejamos como Maria,
não pedindo explicações, mas sabendo que o Senhor é poder e Amor.
Vatican News
A primeira leitura da liturgia deste 4º domingo do Advento,
apresenta a aliança entre dois reis, com a finalidade de depor um terceiro,
Acaz, rei de Jerusalém. Com isso a dinastia davídica se esfacelaria e
outro rei, de outra família, ocuparia o trono de Jerusalém.
Mas Deus é fiel e manterá sua promessa de que um descendente
de Davi seria o rei de Judá. Contudo o rei Acaz não dá muito importância à
palavra de Deus, não confia em suas palavras, mas confia em sua aliança com um
4º rei.
O profeta Isaías fica preocupadíssimo com o modo de agir do
rei Acaz e percebe que tudo será um desastre para Israel.
O povo confia em Deus, mas fica estarrecido com menosprezo
que Acaz dá à situação e sua atitude em relação aos ídolos pagãos a ponto de
oferecer seu filho aos mesmos.
Por isso ele, de modo falso, diz que não irá incomodar Deus,
quando lhe é dito de pedir um sinal a Deus.
Nesse momento é dado, pelo profeta Isaías, um sinal: a
virgem dará á luz um filho que se chamará Emanuel.
Acaz se torna empedernido, perde a guerra, os assírios se
tornaram colonizadores de Israel, mas Deus se manteve fiel. Ezequias, o filho
da virgem, descendente de Davi, nasceu e se tornou rei, um bom rei. Ele foi
visto como a presença de Deus, de Deus que não abandona, de Deus que está com
seu povo, de Deus que se chama Emanuel – Deus conosco!
Essa leitura questiona nosso modo de pensar e de agir quando
não confiamos em Deus e não damos a Ele a primazia em nossas decisões, quando
confiamos mais no mundo, em nossos feitos e amizades, em nossas “orações” e
“novenas”, em nossas superstições e não na palavra dele de que nos ama, de que
se entregou por nós, na presença de Nossa Senhora ao nosso lado. Não somos
nossa providência, ninguém é nossa providência, só o Senhor é a Providência.
Deus conosco é o tema também do Evangelho de Mateus,
proclamado nesta liturgia, que nos fala da gravidez de Maria, após a realização
do contrato nupcial entre ela e José, mas ainda sem coabitarem.
O sinal que Isaías falava para o rei Acaz pedir a Deus, é
concretizado no nascimento de Jesus, o Deus Conosco, o Emanuel.
Maria é a virgem, que confiou absolutamente em Deus e se
entregou totalmente à missão que Ele lhe confiava. Também Jose, o justo, porque
entre situações muito embaraçosas, optou por não cometer injustiças, mas deixar
tudo nas mãos de Deus e confiar na divina Providência.
Que nós, neste Natal, saibamos ser como José, deixando tudo
nas mãos do Senhor, confiando em Sua divina ação. “Deixa aos cuidados do Senhor
o teu destino; confia nele, e com certeza ele agirá”, diz o salmo 36.
Também sejamos como Maria, não pedindo explicações, mas
sabendo que o Senhor é poder e Amor.
Entreguemo-nos, confiadamente, ao Senhor que vem a nós em
forma de uma criança, para habitar conosco, a cada dia de nossa vida, presente
em cada segundo de nosso existir, afinal Ele é o Amor, o Emanuel, o Deus
conosco!

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