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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Santa Rosa de Lima, a primeira santa da América

REDAÇÃO CENTRAL, 23 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 23 de agosto Santa Rosa de Lima, primeira santa das Américas, virgem e padroeira do Peru, do continente americano e das Filipinas, que viveu dedicada à oração, à mortificação e à ajuda aos mais necessitados. Em seu país natal, é celebrada no dia 30 de agosto.

Entre as principais virtudes da primeira santa da América, sobressai a solidariedade e amor aos doentes pobres, aos quais atendia em sua própria casa.
Nasceu em Lima (Peru) em 30 de abril de 1586, sendo batizada com o nome Isabel Flores de Oliva. Todos a chamavam Rosa porque, segundo a tradição, quando era apenas uma bebê seu rosto era muito rosado. Posteriormente, ela mesma quis se chamar Rosa de Santa Maria.
Rosa tinha como modelo Santa Catarina de Sena. Dedicou-se a atacar o amor próprio mediante a humildade, a obediência e a abnegação da vontade própria.
Ingressou na Ordem Terceira de São Domingos (Terciárias Dominicanas) e, a partir de então, encerrou-se em uma cabana que tinha construído na horta de sua casa.
Levava sobre a cabeça um estreito cinto de prata, cujo interior estava cheio de pontas, era uma espécie de coroa de espinhos.
Seu amor pelo Senhor era tanto que, quando falava Dele, mudava o tom de sua voz e seu rosto se acendia como um reflexo do sentimento que embargava sua alma.
Santa Rosa morreu em 24 de agosto de 1617, festa de São Bartolomeu, aos 31 anos de idade como ela mesma profetizou. O Papa Clemente X a canonizou em 1671. Hoje, seus restos mortais são venerados na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Lima (São Domingos) com uma grande devoção do povo peruano e da América. Em Lima, foi erguido um Santuário em sua honra.
ACI Digital

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Nossa Senhora Rainha

REDAÇÃO CENTRAL, 22 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- “Maria é a rainha do Céu e da terra, por graça, como Cristo é Rei por natureza e por conquista”. Assim afirma Luís Maria Grignion de Montfort, no Tratado da Verdadeira Devoção, número 38.

Neste dia 22 de agosto, a Igreja celebra a festa desse Reinado de Maria, a semelhança e em perfeita coincidência com o reino de Jesus Cristo, que não é temporal nem terreno, mas eterno e universal.
Esta festa litúrgica de Nossa Senhora Rainha foi instituída pelo Papa Pio XII em 1954, ao coroar a Virgem na Basílica de Santa Maria Maior, Roma (Itália), no dia 11 de outubro, quando o Pontífice também promulgou o documento principal do Magistério da Igreja que fala sobre a dignidade e realeza de Maria, a Encíclica “Ad Caeli Reginam”.
Inicialmente, a celebração se estabeleceu em 31 de maio, mês de Maria. Agora, celebra-se na oitava da Assunção, para manifestar a conexão entre a realeza de Maria e a sua assunção aos céus.
Na Encíclica “Ad Caeli Reginam”, lê-se que “os Teólogos da Igreja, extraindo sua doutrina” ao consultar as reflexões de vários santos e testemunhos da antiga tradição, “chamaram à Santíssima Mãe Virgem Rainha de todas as coisas criadas, Rainha do mundo, Senhora do universo”.
O Papa emérito Bento XVI, na celebração desta festa em 2012, disse que esta realeza da Mãe de Deus se faz concreta no amor e no serviço a seus filhos, em seu constante velar pelas pessoas e suas necessidades.
Ao referir-se à Virgem como Rainha do Universo, São João Paulo II ressaltou: “É uma Rainha que dá tudo o que possui compartilhando, sobretudo, a vida e o amor de Cristo”.
O Beato Paulo VI, na Exortação Apostólica “Marialis Cultus”, escreveu que na Virgem Maria tudo é referido a Cristo e tudo depende Dele: “Em vistas a Ele, Deus Pai a escolheu desde toda a eternidade como Mãe toda Santa e a adornou com dons do Espírito Santo que não foram concedidos a nenhum outro”.
O número 59 da Constituição Dogmática sobre a Igreja, “Lumen Gentium”, assinala que “a Virgem Imaculada (…) foi elevada ao céu em corpo e alma e exaltada por Deus como rainha, para assim se conformar mais plenamente com seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte”.
Em Apocalipse, 12, 1, lê-se: “Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas”.
Oração a Nossa Senhora Rainha
Deus todo-poderoso, que nos deste como Mãe e como Rainha a Mãe do seu Unigênito, nos conceda que, protegidos pela sua intercessão, alcancemos a glória de seus filhos no reino dos céus. Rainha digníssima do mundo, Maria Virgem perpétua, interceda por nossa paz e saúde, vós que gerastes Cristo Senhor, Salvador de todos. Por nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.
ACI Digital

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

São Pio X, o “Papa da Eucaristia”

REDAÇÃO CENTRAL, 21 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 21 de agosto São Pio X, que decretou a permissão para que as crianças possam comungar desde que compreendam quem está na Hóstia Consagrada e animou os fiéis a recebê-la todos os dias.

Seu nome era Giuseppe Sarto e nasceu em Riese, povoado de Veneza, Itália, em 1835. Ainda menino sofreu a perda de seu pai e quis deixar os estudos para ajudar sua mãe. Ela, porém, o impediu. Então, continuou estudando no seminário graças a uma bolsa.
Após ser ordenado, foi nomeado vigário, pároco, cônego, Bispo de Mantua e Cardeal de Veneza, estando nove anos em cada cargo. Brincando, dizia que só lhe faltavam nove anos de Papa.
Em 1903, quando o Papa Leão XIII morreu, os Cardeais se reuniram no Conclave e tinham como favorito o Cardeal Rampolla de Tíndaro, mas declinou ante o veto formal do imperador Francisco José, da Áustria. Foi assim que a balança se inclinou para Sarto, que tomou o nome de Pio X.
Um de seus primeiros atos como Pontífice foi recorrer à constituição “Commissum nobis”, a fim de terminar com o suposto direito de qualquer poder civil para interferir em uma eleição papal.
Mais adiante, em 1905, o governo francês denunciou a “Concordata” de 1801 e decretou a separação entre Igreja e Estado, o que favoreceu a que a Santa Sé pudesse nomear diretamente os Bispos franceses, sem a nomeação prévia dos poderes civis.
Redigiu e aprovou decretos sobre o Sacramento da Eucaristia, nos quais recomendava e elogiava a comunhão diária, com a possibilidade de que as crianças se aproximassem para recebê-la a partir do momento que entendessem quem está na Santa Hóstia Consagrada. Isto foi o suficiente para que passasse a ser chamado o “Papa da Eucaristia”.
Sempre defendeu os fracos e oprimidos como fez ao denunciar os maus entendimentos aos quais eram submetidos os indígenas nas plantações de borracha do Peru. Visitava cada domingo os pátios, esquinas ou praças do Vaticano para pregar e explicar o Evangelho do dia.
Durante uma audiência pública, um participante lhe mostrou seu braço paralisado e lhe pediu que o curasse. O Papa se aproximou sorridente, tocou o braço e disse: “Sim, sim”. E o homem ficou curado. Entretanto, sempre foi modesto e singelo.
Quando alguém o chamava de “padre santo”, ele corrigia sorrindo: “Não se diz santo, mas Sarto”, em alusão ao seu sobrenome de família.
Depois de tê-la profetizado, em 1914 eclodiu a Primeira Guerra Mundial. “Esta será a última aflição que me manda o Senhor. Com gosto daria minha vidapara salvar meus pobres filhos desta terrível calamidade”, disse. Poucos dias mais tarde, sofreu uma bronquite e morreu em 20 de agosto.
“Nasci pobre, vivi na pobreza e quero morrer pobre”, deixou escrito em seu testamento.
Foi canonizado em 1954 pelo Papa Pio XII e foi o primeiro Papa a ser elevado os altares depois de Pio V em 1672.
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terça-feira, 20 de agosto de 2019

São Bernardo de Claraval, o “caçador de almas e vocações”

REDAÇÃO CENTRAL, 20 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- Seu nome significa “batalhador e valente”. Tinha uma incrível capacidade de persuasão com a qual levou centenas de homens aos pés de Cristo, incluindo toda a sua família. Foi conselheiro de reis e Papas, escreveu vários livros e uma das orações mais formosas à Virgem. Era conhecido como “o caçador de almas e vocações” e “o oráculo da cristandade”.

São Bernardo de Claraval nasceu no castelo de Fontaine-les-Dijon, localizado na Borgonha (França), em 1090. Sua família pertencia à nobreza francesa, pois seu pai Tescelino era um dos cavaleiros do Duque de Borgonha e sua mãe Alice era filha de um poderoso senhor feudal chamado Bernardo de Montbard. Foi o terceiro de sete filhos.
Desde a infância, teve uma relação estreita com sua mãe, que durante sua gravidez teve uma visão sobre a vida do santo. Bernardo era muito sensível e reservado. Junto com seus irmãos, recebeu uma esmerada educação em história, literatura e latim.
Quando sua mãe morreu, o jovem voltou seus olhos para a Virgem Maria, por quem tinha uma forte devoção durante toda a sua vida. Compôs o “Lembrai-vos”, uma de suas mais belas orações marianas.
Durante sua juventude, desenvolveu uma personalidade alegre, inteligente, bondosa e carismática. Seu temperamento vigoroso o levou a se inclinar por atrações e amizades mundanas, mas no fundo sentia-se vazio e cansado.
Uma noite de Natal no ano de 1111, Bernardo adormeceu. Em seu sonho apareceu a Virgem levando o Menino Jesus em seus braços e o oferecia para que o amasse e o fizesse ser amado pelos demais. Desde então, decidiu se dedicar a Deus e alcançar a santidade.
Para combater as tentações carnais, revolvia-se em gelo. Em 1112, ingressou no mosteiro cisterciense de Citeaux, fundado por São Roberto, Santo Alberico e Santo Estêvão Harding, e era o primeiro lugar onde se praticava rigorosamente a regra de São Bento. Santo Estêvão, que era o prior, aceitou Bernardo com alegria, porque não recebiam vocações há 15 anos.
Com apenas 25 anos, foi enviado como superior para fundar, com outros doze monges, um novo mosteiro em Champagne, ao qual chamou Clairvaux (Claraval – que significa vale claro).
São Bernardo era dotado de uma incrível capacidade de persuasão e de fascinação. Levou muitas almas para a vida religiosa e, por isso, ganhou o apelido de “o caçador de almas e vocações”. As jovens tinham medo de que seus noivos falassem com o santo, porque Bernardo ia às universidades, aos povoados e aos campos para falar sobre as maravilhas e os benefícios da vida religiosa e acabava convencendo muitos.
Fundou cerca de 300 conventos e conseguiu que 900 homens professassem os votos. Um de seus discípulos, Bernardo de Pisa, chegou a se tornar Papa sob o nome Eugênio III.
A família que alcançou Cristo
Além de pertencer a uma família nobre, Bernardo pertenceu a uma família santa.
Sua mãe, a Beata Alice Montbard, foi uma mulher caritativa e entregue à vontade de Deus. Formou na fé cristã seus sete filhos e morreu rezando o terço. Seu pai, o Venerável Tescelino, perdoou um cavalheiro que o desafiou para um duelo e o feriu com sua lança. Ensinou a seus dois filhos mais velhos, o Beato Gerardo e o Beato Guy, a importância da misericórdia.
Quando São Bernardo manifestou diante de sua família sua decisão de se tornar religioso, a princípio se opuseram, mas o santo conseguiu convencê-los e levou consigo seus quatro irmãos mais velhos, o Beato Gerardo, o Beato Guy, o Beato Andrés e o Beato Bartolomeu, seu tio e 31 companheiros. Quando saiam, o Beato Nirvardo, o irmão mais novo, disse: “Ah! Como vocês vão ganhar o céu e me deixam aqui na terra? Não posso aceitar isso”. Anos mais tarde, o caçula da família se tornou um religioso.
Antes de ingressar no mosteiro, Bernardo conduziu seus familiares e amigos a uma fazenda para prepará-los espiritualmente. Tempos depois, seu pai Tescelino entrou no mosteiro de Citeaux.
A esposa do Beato Guy, Isabel, também se tornou monja com suas duas filhas. A irmã do santo, a Beata Humbelina, que ansiava pela vida religiosa graças aos conselhos de seu irmão, chegou a um acordo mútuo com seu marido, Guy de Marcy, de que ambos se consagrariam a Deus. Guy se foi com demais familiares. Humbelina fundou vários conventos e seu lema foi “Amar é servir”.
A fama de suas qualidades intelectuais e espirituais era tão grande que os príncipes e bispos o consultavam para os assuntos mais importantes e respeitavam suas opiniões e decisões. Chamavam-no “o oráculo da cristandade”.
Bernardo morreu no dia 21 de agosto de 1153, aos 73 anos, e tinha sido abade por 38. Foi canonizado em 1174 e proclamado Doutor da Igreja em 1830.
ACI Digital

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

São João Eudes, promotor da devoção ao Sagrado Coração de Jesus

REDAÇÃO CENTRAL, 19 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- “Autor, pai, doutor, apóstolo, promotor e propagandista da devoção litúrgica aos sagrados Corações de Jesus e Maria”. Foi assim que São Pio X definiu São João Eudes, cuja memória litúrgica a Igreja celebra neste dia 19 de agosto.

O sacerdote francês é o fundador da Congregação de Jesus e Maria e da Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor. Também foi ele quem, pela primeira vez,introduziu a festa pública do Sagrado Coração.
João Eudes nasceu em 14 de novembro de 1601, na Normandia, França. Era o primogênito dos seis filhos do casal Isaac e Marta. Desde menino, deu sinais de grande inclinação ao amor de Deus.
Aos 14 anos, João ingressou no colégio dos jesuítas de Caen. Seus pais desejavam que se casasse e seguisse trabalhando na granja da família. Mas João, que tinha feito voto de virgindade, recebeu as ordens menores em 1621 e estudou Teologia em Caen com a intenção de consagrar-se aos ministérios paroquiais.
Pouco depois ingressou na congregação do oratório, que tinha sido fundado em 1611. Depois de solicitar com grande dificuldade a permissão paterna, foi recebido em Paris pelo superior geral em 1623. A finalidade da congregação do oratório consistia em promover a perfeição sacerdotal. Dois anos depois, recebeu sua ordenação, dedicando-se integralmente à pregação entre o povo.
Em 1627, ocorreu na Normandia uma violenta epidemia de peste e João se ofereceu para assistir a seus compatriotas. O Pe. Eudes passou dois meses na assistência espiritual e material aos doentes. Depois, foi enviado ao oratório do Caen, onde permaneceu até que uma nova epidemia se desatou nessa cidade, em 1631. Para evitar o perigo de contagiar seus irmãos, João se separou deles e viveu no campo, onde recebia a comida do convento.
Passou os dez anos seguintes em missões evangelizadoras. São João Eudes se distinguiu entre todos os missionários. Assim que acabava de pregar, sentava-se para ouvir confissões, já que, segundo ele, “o pregador agita os ramos, mas o confessor é o que caça os pássaros”.
Uma das experiências que adquiriu durante seus anos de missionário, foi que as mulheres que tinham estado na prostituição e que tentavam se converter encontravam-se em uma situação particularmente difícil. Durante algum tempo, buscou resolver a dificuldade alojando-as provisoriamente nas casas das famílias piedosas, mas se deu conta de que esse remédio não era de todo adequado.
Assim, em 1671, São João Eudes alugou uma casa para as mulheres arrependidas, na qual podiam albergar-se, desde que encontrassem um emprego. Mais tarde, as religiosas que atendiam as mulheres arrependidas formaram a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, ordem que deu origem, no século XIX, à Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, conhecida como as Irmãs do Bom Pastor.
Em 1643, depois de muito rezar, refletir e consultar, São João Eudes abandonou a congregação do oratório. A experiência lhe ensinou que o clero precisava se reformar dos fiéis e que a congregação só poderia conseguir seu fim mediante a fundação de seminários.
Decidiu formar uma associação de sacerdotes diocesanos, cujo objetivo principal seria a criação de seminários para a formação de um clero paroquial zeloso. A nova associação foi fundada no dia da Anunciação de 1643, em Caen, com o nome de “Congregação de Jesus e Maria”.
São João Eudes e seus cinco primeiros companheiros se consagraram à “Santíssima Trindade, que é o primeiro princípio e o último fim da santidade do sacerdócio”. O distintivo da congregação era o Coração de Jesus, no que estava incluído misticamente o de Maria; como símbolo do amor eterno de Jesus pelos homens.
Em 1671, publicou um livro intitulado “A Devoção ao Adorável Coração de Jesus”. Já antes, o santo tinha instituído em sua congregação uma festa do Santíssimo Coração da Maria. Em seu livro incluiu uma Missa e um ofício do Sagrado Coração de Jesus.
Em 31 de agosto de 1670, celebrou-se pela primeira vez a dita festa na capela do seminário de Rennes e logo se estendeu a outras Dioceses. Assim, embora São João Eudes não tenha sido o primeiro apóstolo da devoção ao Sagrado Coração em sua forma atual, foi ele “quem introduziu o culto do Sagrado Coração de Jesus e do Santo Coração da Maria”, como o disse Leão XIII em 1903. O decreto de beatificação acrescentava: “Foi o primeiro que, por divina inspiração lhes tributou um culto litúrgico”.
Clemente X publicou seis bulas nas que concedia indulgências às confrarias dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, instituídas nos seminários de São João Eudes.
Durante os últimos anos de sua vida, o santo escreveu seu tratado sobre “O Admirável Coração da Santíssima Mãe de Deus”; trabalhou na obra muito tempo e a terminou um mês antes de morrer, no dia 19 de agosto de 1680.
Foi canonizado em 1925 e sua festa foi incluída no calendário da Igreja do ocidente em 1928.
ACI Digital

domingo, 18 de agosto de 2019

Solenidade da Assunção: ELEVOU OS HUMILDES

+ Dom Sergio da RochaCardeal Arcebispo de Brasília
Para celebrar bem esta solenidade, é importante considerar atentamente a Palavra de Deus proclamada e o ensinamento da Igreja sobre a Assunção de Nossa Senhora. O Catecismo da Igreja Católica nos recorda que “a Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos” (n. 966).  Na Primeira Carta aos Coríntios, São Paulo proclama que “Cristo Ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram” (1Cor 15,20), mencionando, a seguir, aqueles que “pertencem a Cristo”, como Maria, destinados a participar da sua vitória sobre a morte. A solenidade que celebramos decorre da nossa fé na ressurreição do Senhor e fortalece a nossa esperança de participar da vitória de Cristo, da qual Maria assunta ao céu participa de modo singular.      Além disso, a Assunção de Nossa Senhora está relacionada essencialmente à sua Imaculada Conceição, como afirmou o Pio XII, em 1950, ao proclamar o dogma da Assunção: “A Imaculada Virgem Maria, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória celeste”.
 Ao celebrar esta solenidade, nós somos convidados a imitar Nossa Senhora, modelo de oração e de caridade, conforme o Evangelho (Lc 1,39-56). S. Lucas ressalta a disponibilidade e a generosidade de Maria em servir, ao mencionar que ela se dirigiu “apressadamente” à casa de Isabel e com ela permaneceu “três meses”. Para participar da glória de Cristo é preciso percorrer o caminho da doação generosa e do serviço humilde, sustentados pelo amor misericordioso de Deus.
 Nos lábios de Isabel, encontramos parte da oração da Ave-Maria: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” (Lc 1,42). Dos lábios de Maria brota a belíssima oração de louvor conhecida como “Magnificat”, exaltando a misericórdia de Deus, que “se estende de geração em geração”, na sua vida e na vida de “todos os que o respeitam” (Lc 1, 50). A Assunção de Maria expressa o cumprimento daquilo que ela mesma afirma: “o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor”; ele “derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes”. A humildade é condição para o serviço ao próximo e para a vivência da caridade em seus múltiplos aspectos.
 Neste domingo do Mês Vocacional, concluímos a Semana da Família e nos recordamos, especialmente, da vocação à vida consagrada. Aos irmãos e irmãs na vida consagrada, a nossa profunda gratidão e as nossas preces, para que a exemplo de Maria Assunta ao céu, sejam testemunhas da esperança e da caridade de Cristo, especialmente entre os que mais sofrem.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Santo Alberto Hurtado, fundador do “Lar de Cristo”

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Ago. 19 / 06:00 am (ACI).- Santo Alberto Hurtado quis imitar Jesus nas coisas simples de cada dia, como Cristo se dedicou aos pobres e órfãos e se preocupou em dar-lhes uma vida digna. Caracterizou-se pela sua fortaleza, generosidade e entrega incondicional a Deus.

Alberto Hurtado Cruchaga nasceu no da 22 de janeiro de 1901, em Vinha del Mar (Chile), no seio de uma família cristã. Seus pais, Alberto Hurtado e Ana Cruchaga viviam em um campo próximo à localidade de Casablanca. Na fazenda As Pereiras do Tapihue, Alberto passou seus primeiros anos de vida.
Quando tinha quatro anos de idade, seu pai faleceu deixando a sua mãe responsável por ele e seu irmão Miguel. Ana não tinha condições econômicas para criar seus dois filhos, então teve que vender a fazenda e mudar-se para Santiago onde foram acolhidos pelos seus familiares.
Em 1909, ingressou no Colégio Santo Inácio, onde se destacou por ser um bom companheiro, entusiasta e alegre. Foi neste lugar que começou a manifestar sua vocação ao sacerdócio.
Entretanto, a difícil situação econômica da sua mãe o impedia de realizar o seu sonho de entrar na Companhia de Jesus. Quando terminou o colégio, estudou direito na Pontifícia Universidade Católica do Chile. Para ajudar a sua família, trabalhava à tarde e colaborava na paróquia Virgem de Andacollo nas suas horas livres.
Nesses anos, Alberto nunca perdeu a esperança e rezava com confiança a Deus para que lhe permitisse ser sacerdote. Em 1923, suas orações foram ouvidas e conseguiu ingressar no seminário. Em 1933, foi ordenado sacerdote na Bélgica.
O santo regressou ao Chile em 1936. Imediatamente começou a trabalhar como professor no Colégio Santo Inácio. Dedicou-se a orientar os meninos e jovens que procuravam sua companhia e seus conselhos. Seu carisma com os jovens era tão grande que ultrapassou os limites do colégio e foi nomeado assessor da Ação Católica Juvenil.
Junto com seus colaboradores percorreu a pátria inflamando os corações juvenis com o desejo de lutar pela glória de Cristo.
O Lar de Cristo
Em uma noite, encontrou um pobre doente abandonado nas ruas e, em outra noite, viu um grupo de crianças que dormiam perto do rio Mapocho. Comoveu-se e reconhecia o rosto de Cristo em cada um deles. Por isso, decidiu ajudá-los. Pediu aos seus paroquianos que o apoiassem com todas as esmolas que fossem possíveis. Assim, reuniu dinheiro, joias e terrenos. Graças a estas doações fundou sua grande obra: o Lar de Cristo.
Com seu incansável amor, percorria as ruas em sua caminhonete para recolher os pobres e crianças e levá-los ao “Lar de Cristo”, onde lhes dava um leite quente e para que pudessem dormir em uma cama confortável.
Sempre tinha um novo projeto em suas mãos, uma nova casa de acolhida para as crianças, oficinas de formação, mais camas para as hospedarias. Também fundou várias oficinas para educar os jovens e capacitá-los para que conseguissem um trabalho digno. Apesar da incompreensão de muitos, sempre encontrava força para continuar servindo a Cristo.
Também publicou livros e deu conferências sobre o sacerdócio, os problemas da adolescência, a educação, a ordem social e o catolicismo. Fundou a revista Mensagem e várias para a Ação Sindical Chilena.
Apesar da quantidade de tarefas impostas, nunca deixou de oferecer Direção Espiritual. Com seu melhor sorriso, recebia e escutava seus “patrõezinhos”.
Tinha 51 anos quando foi diagnosticado com câncer. Apesar das fortes dores de sua doença, continuou trabalhando por Cristo na cama do Hospital Clínico da Universidade Católica. Até o final da sua vida, manteve-se alegre e contente, sempre dando uma palavra de esperança e apoio àqueles que o visitavam. Sempre repetia: “Contente, Senhor, contente”.
Partiu para a Casa do Pai no dia 18 de agosto de 1952. Em 16 de outubro de 1994, São João Paulo II beatificou o Pe. Alberto Hurtado. Foi canonizado no dia 23 de outubro de 2005 pelo Papa Bento XVI.
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Santa Helena, que resgatou a Santa Cruz de Cristo

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- Seu nome significa “tocha resplandecente”. Esta grande santa foi a mãe do imperador que concedeu a liberdade aos cristãos, depois de três séculos de perseguição, e conseguiu encontrar o Santa Cruz de Cristo em Jerusalém.

Helena nasceu por volta do ano 250, em Bitínia (no norte da Turquia e junto ao Mar Negro). Era filha de um hoteleiro e em sua juventude era muito formosa.
Um dia, passou por essas terras um general muito famoso do exército romano, chamado Constâncio Cloro. Eles se apaixonaram e se casaram. O casal teve um filho chamado Constantino.
Anos mais tarde, o imperador de Roma, Maximiliano, ofereceu a Constâncio Cloro um cargo como seu colaborador mais próximo, mas com a condição de que repudiasse sua esposa Helena e se casasse com sua filha. Deixando-se levar por sua ambição de poder, Constâncio repudiou Helena.
A santa sofreu um abandono humilhante durante 14 anos. Entretanto, em meio à solidão, conheceu Deus e se converteu ao cristianismo.
Quando Constâncio morreu, Constantino foi proclamado imperador pelo exército.
Antes da batalha de Saxa Rubra contra seus inimigos na ponte Milvio, em Roma, Constantino teve um sonho em que Cristo lhe mostrava a cruz e dizia: “Com este sinal vencerás”. No dia seguinte, o imperador levou a Cruz no combate e venceu.
Após a vitória no ano 313, Constantino decretou a livre profissão da religião católica e expandiu o cristianismo por todo o império.
Constantino amava imensamente sua mãe Helena e a nomeou Augusta ou imperatriz. Mandou fazer moedas com a figura dela e lhe deu plenos poderes para empregar o dinheiro do governo nas obras de caridade que ela quisesse.
Helena foi a Jerusalém para buscar a Santa Cruz, levando consigo um grupo de trabalhadores que realizaram escavações no Monte Calvário e a encontraram.
No ano 326, a santa mandou trazer a Escada Santa do palácio de Pôncio Pilatos de Jerusalém. Segundo a tradição, Cristo subiu por ela na Sexta-feira Santa ao palácio para ser julgado e derramou sobre ela suas gotas de sangue. Está localizada em frente à Basílica de São João de Latrão, em Roma. Em 1723, foi forrada com madeira de nogueira para preservá-la dos desgastes, já que milhares de peregrinos sobem continuamente por ela de joelhos.
Santo Ambrósio narra que, apesar de ser a mãe do imperador, Santa Helena se vestia com simplicidade, ficava em meio aos pobres e utilizava o dinheiro que seu filho lhe dava para distribuir esmolas. Também era muito piedosa e passava muitas horas rezando no templo.
Na Terra Santa, construiu três templos: um no Calvário, outro sobre o Monte das Oliveiras e o terceiro em Belém.
Fonte: ACI Digital

sábado, 17 de agosto de 2019

10 frases do Papa Francisco para refletir nesta Semana Nacional da Família

Imagem referencial / Foto: Unsplash (Domínio Público)
REDAÇÃO CENTRAL, 11 Ago. 19 / 09:00 am (ACI).- Em diversas oportunidades, o Papa Francisco dedicou algumas palavras para destacar a importância da família, tendo inclusive convocado um Sínodo Extraordinário e um Sínodo Ordinário para abordar este tema, resultando na exortação apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia.
Por ocasião da Semana Nacional da Família, que tem início neste domingo no Brasil, apresentamos a seguir 10 frases do Pontífice sobre a família, sua importância e missão na Igreja e na sociedade:
1. “A aliança de amor e fidelidade, vivida pela Sagrada Família de Nazaré, ilumina o princípio que dá forma a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da história. Sobre este fundamento, cada família, mesmo na sua fragilidade, pode tornar-se uma luz na escuridão do mundo”. (Amoris Laetitia, numeral 66, capítulo 3).
2. “Uma família e uma casa são duas realidades que se reclamam mutuamente. Este exemplo mostra que devemos insistir nos direitos da família, e não apenas nos direitos individuais. A família é um bem de que a sociedade não pode prescindir, mas precisa ser protegida”. (Amoris Laetitia, numeral 44, capítulo 2).
3. “O que é a família? Para além de seus prementes problemas e de suas necessidades urgentes, a família é um ‘centro de amor’, onde reina a lei do respeito e da comunhão, capaz de resistir aos ataques da manipulação e da dominação dos ‘centros de poder’ mundanos” (Mensagem ao 1º Congresso Latino-americano de Pastoral Familiar, ocorrido em agosto de 2014)
4. “Esta é a grande missão da família: deixar lugar a Jesus que vem, acolher Jesus na família, na pessoa dos filhos, do marido, da esposa, dos avós... Jesus está aí. É preciso acolhê-lo ali, para que cresça espiritualmente naquela família” (Catequese da Audiência Geral de 17 de dezembro de 2014). 
5. “As famílias constituem o primeiro lugar onde nos formamos como pessoas e, ao mesmo tempo, são os ‘tijolos’ para a construção da sociedade” (Homilia na celebração do matrimônio de 20 casais na Basílica de São Pedro, em 14 de setembro de 2014).
6. “Discute-se muito hoje sobre o futuro, sobre o tipo de mundo que queremos deixar aos nossos filhos, que sociedade queremos para eles. Creio que uma das respostas possíveis se encontra pondo o olhar em vós, nesta família que falou, em cada um de vós: deixemos um mundo com famílias. É o melhor legado” (discurso no encontro com as famílias em Cuba, em 22 de setembro de 2015).
7. “O convívio é um termômetro garantido para medir a saúde das relações: se em família tem algum problema, ou uma ferida escondida, à mesa compreende-se imediatamente. Uma família que raramente faz as refeições unida, ou na qual à mesa não se fala mas assiste-se à televisão, ou se olha para o smartphone, é uma família ‘pouco família’” (Catequese da Audiência Geral de 11 de novembro de 2015).
8. “O dom mais valioso para os filhos não são as coisas, e sim o amor dos pais. E não me refiro só ao amor dos pais para os filhos, mas o amor dos pais entre eles, quer dizer, a relação conjugal. Isto faz muito bem a vocês e também a seus filhos! Não descuidem a família!” (Discurso durante audiência aos funcionários da Santa Sé, em 21 de dezembro de 2015).
9. “As famílias não são peças de museu, mas é através delas que se concretiza o dom, no compromisso recíproco e na abertura generosa aos filhos, assim como no serviço à sociedade” (Discurso em audiência aos participantes de encontro promovido pela Federação Europeia das Associações Familiares Católicas, em 1º de junho de 2017).
10. “Vocês são um ícone de Deus: a família é um ícone de Deus. O homem e a mulher: precisamente a imagem de Deus. Ele disse, não sou eu que digo. E isso é grande, é sagrado” (discurso durante audiência com delegação do Fórum das Associações Familiares, em 16 de junho de 2018).
ACI Digital

Santa Beatriz da Silva, difusora da Imaculada Conceição

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Ago. 19 / 05:00 am (ACI).- Santa Beatriz da Silva foi uma religiosa católica portuguesa que fundou a Ordem da Imaculada Conceição (Concepcionistas Franciscanas), dedicada à oração contemplativa.

A santa nasceu em 1426 em Ceuta, cidade do norte da África, que naquela época estava sob o domínio da coroa de Portugal.
A mãe de Beatriz, seguindo a tradição familiar, era muito devota da Ordem de São Francisco e, por isso, encomendou a educação religiosa de seus onze filhos aos padres franciscanos, que semearam em suas almas um amor especial pela Imaculada Conceição.
O quinto dos irmãos de Beatriz, chamado João – mais tarde Beato Amadeu da Silva –, tomou o hábito de São Francisco e fundou a associação chamada “amadeístas”.
Beatriz chegou a Castela em 1447, acompanhando como donzela de Isabel de Portugal, que partia de seu reino para contrair matrimônio com o rei de Castela, João II.
Entretanto, passado certo tempo, como sua beleza provocava a admiração dos nobres ou, talvez, porque a própria rainha temia ver nela uma perigosa rival, Beatriz abandonou a corte real que estava em Tordesilhas (Valladolid) e ingressou no mosteiro cisterciense de Santo Domingo de Silos, em Toledo, no qual duramente 30 anos dedicou-se unicamente a Deus.
Depois desses quase trinta anos de dedicação a Deus, decidiu fundar um novo mosteiro que foi a primeira sede da Ordem da Imaculada Conceição.
Em 1489, a pedido de Beatriz e da rainha Isabel a católica, o Papa Inocêncio VIII autorizou a fundação do novo mosteiro e aprovou as principais regras. Entretanto, antes que começasse a vida regular no novo mosteiro, Beatriz faleceu em 1492.
A nova família religiosa se difundiu rapidamente por diversas nações europeias e depois também na América. Atualmente, é formada por cerca de 3 mil religiosas que vivem em 150 mosteiros espalhados por todo o mundo.
O culto a Santa Beatriz foi confirmado por Pio XI em 28 de julho de 1926, com o título de Beata. Foi canonizada em 3 de outubro de 1976 pelo Papa Paulo VI e seus restos mortais se conservam para veneração pública na Casa Mãe de Toledo, na Espanha.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF