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sábado, 23 de agosto de 2025

Do sonho dos fiéis ao Santuário: a verdade sobre o Cristo Redentor (Parte 3/3)

Cristo Redentor - Rio de Janeiro | santuariocristoredentor

História do Cristo Redentor – Uma história de fé que virou símbolo do Brasil.

Vatican News

Perguntas simples e respostas diretas (FAQ)

P: O Cristo Redentor foi um presente da França para o Brasil?

R: Não. Essa é uma crença popular equivocada. O Cristo Redentor não foi presente do governo francês, e sim resultado de um projeto concebido pela Arquidiocese do Rio de Janeiro e financiado por brasileiros, com doações de fiéis de todo o país. A França contribuiu apenas indiretamente por meio do escultor Paul Landowski (que desenhou o monumento), mas a construção e os custos foram assumidos integralmente pelos brasileiros, sob liderança da Igreja Católica. Portanto, o monumento é uma criação brasileira, uma homenagem da nação à fé e a Jesus Cristo, no alto do Morro do Corcovado.

P: Precisa comprar ingresso para entrar no Santuário Cristo Redentor?

R: Não há cobrança de ingresso por parte do Santuário. A entrada na área do Cristo Redentor em si é gratuita – não existe bilheteria da Igreja no local. O que existe é a cobrança pelos meios de transporte até lá, operados por concessionárias (Trem do Corcovado e vans oficiais Paineiras Corcovado). Ao comprar estes bilhetes de transporte, o visitante garante acesso turístico ao monumento.

P: O Cristo Redentor fica dentro de um parque nacional?

R: Sim. O monumento está localizado dentro do Parque Nacional da Tijuca, uma unidade de conservação federal gerida pelo ICMBio. O Morro do Corcovado e toda a floresta ao redor são áreas de proteção ambiental. Isso significa que há regras específicas de preservação e infraestrutura controladas pelo parque. A presença do Santuário ali é singular – trata-se provavelmente do único grande santuário do mundo situado dentro de um parque nacional. Essa situação exige colaboração entre a Igreja Católica e a administração do parque para conciliar o fluxo turístico, a proteção da natureza e as atividades religiosas.

P: Por que há conflito entre a Igreja e o ICMBio na gestão do Cristo Redentor?

R: Porque existem visões e responsabilidades diferentes sobre o mesmo local. A Arquidiocese do Rio de Janeiro (Igreja) administra o Cristo Redentor como Santuário religioso, promovendo Missas, celebrações e manutenção do monumento, enquanto o ICMBio administra o Parque Nacional, visando preservar o meio ambiente e organizar a visitação turística. Esses objetivos às vezes entram em choque. Por exemplo, a Igreja deseja liberdade para realizar celebrações (como Missas campais, Vigílias etc.) e melhorias na infraestrutura do Santuário, ao passo que o ICMBio impõe limites burocráticos (autorizações do patrimônio, controle de uso do solo). Segundo relato dos senadores do RJ, os conflitos vão desde o acesso de pessoas ao Cristo Redentor até a manutenção da infraestrutura. Houve casos de interdição de atividades pelo órgão ambiental e, em resposta, ações da Igreja na Justiça reivindicando seus direitos. Em resumo, há visões distintas sobre a gestão do local: o ICMBio tem a missão de proteger o meio ambiente e organizar a visitação; a Arquidiocese cuida da vida religiosa do Santuário e da conservação do monumento. Por vezes, as responsabilidades se sobrepõem e geram tensões. Atualmente são buscadas soluções legislativas e institucionais para definir claramente as competências e conciliar a proteção ambiental com a liberdade de culto.

P: Quem é responsável pela manutenção do Cristo Redentor?

R: A manutenção direta do monumento (limpeza, restaurações, pintura, sistema elétrico etc.) é realizada pelo Santuário Cristo Redentor, sob coordenação da Arquidiocese do Rio de Janeiro. A Igreja periodicamente capta recursos (com empresas parceiras e doações) para projetos de restauração – por exemplo, na preparação dos 90 anos do Cristo Redentor, houve um restauro completo das pastilhas de pedra-sabão que revestem a imagem. Já a manutenção das áreas comuns e acesso (escadarias, elevador panorâmico, trilha, centro de visitantes) é de responsabilidade do ICMBio e das concessionárias que operam no parque. Importante dizer que, apesar de sua altura e exposição às intempéries, o Cristo Redentor sempre foi bem cuidado – nunca houve acidente envolvendo o monumento, e mesmo os danos causados por raios ao longo dos anos (como pequenas fissuras nos dedos) foram rapidamente reparados. A Igreja Católica, que “subiu” o Cristo Redentor lá em 1931, sente-se na obrigação de zelar por ele continuamente, e assim o faz com dedicação.

P: É possível casar-se ou batizar no Santuário Cristo Redentor? Como funciona?

R: Sim! O Cristo Redentor é um Santuário onde são celebrados todos os Sacramentos da Igreja, então é possível realizar Casamentos, Batizados, Crismas e até Primeira Eucaristia. Para isso, é preciso agendar com antecedência junto à Secretaria do Santuário, pois existe uma agenda específica e algumas exigências. No caso de casamentos, por exemplo, normalmente realiza-se aos sábados, em horários de menor movimento turístico, e os noivos devem cumprir a preparação matrimonial na paróquia de origem. Há uma taxa relativa à estrutura (decoração básica, som) e limite de convidados devido ao espaço da capela ser pequeno (até 30 pessoas dentro da capela; cerimônias maiores podem ser no platô aos pés do monumento). Para batizados, também é necessário agendar data e horário. Missas em Ação de Graças e renovações de votos matrimoniais também podem ser solicitadas. Em todos os casos, o primeiro cadastro deve ser feito pelo site do Santuário (www.santuariocristoredentor.com.br), e a equipe dará as orientações. É uma experiência única celebrar um Sacramento “nas alturas”, diante do Cristo Redentor – por isso muitos fiéis buscam realizar esses ritos de passagem lá, tornando o momento ainda mais especial.

P: O que significa o Cristo Redentor ser uma “Igreja Jubilar” em 2025?

R: Significa que, durante o Ano Santo de 2025, o Santuário Cristo Redentor foi escolhido como uma das igrejas onde os fiéis podem peregrinar para obter a Indulgência Plenária Jubilar (o perdão completo das penas espirituais, concedido em jubileus sob certas condições). A Arquidiocese do Rio designou o Cristo Redentor como uma das Igrejas Jubilares do Ano da Esperança. Na prática, isso traz programações especiais ao longo de 2025: os peregrinos que subirem ao Santuário Cristo Redentor, participarem de uma celebração (Missa) ou rezarem lá, confessarem-se, comungarem e rezarem nas intenções do Papa podem lucrar a Indulgência Plenária do Jubileu (cumprindo as condições tradicionais da Igreja). Além disso, o Santuário organizou um ritual diário de acolhida jubilar antes da abertura ao público, com orações e bênçãos multilíngues, para marcar esse tempo de graça. Em resumo, ser Igreja Jubilar destaca ainda mais o Cristo Redentor como destino de peregrinação espiritual em 2025, oferecendo aos fiéis uma oportunidade especial de renovação da fé e perdão, dentro do espírito jubilar de alegria e esperança.

P: Quanto o Cristo Redentor movimenta na economia do Rio?

R: Pelo estudo da FGV (base 2019), a visita ao Cristo movimenta cerca de R$ 1,46 bilhão/ano (R$ 861 mi diretos + R$ 601 mi indiretos/induzidos), sustenta ~21 mil empregos e gera ~R$ 193 mi em tributos por ano.

Atualizando para 2025 — com ~3 milhões de visitantes/ano e preços corrigidos —, uma projeção conservadora aponta ~R$3 bilhões/ano movimentados, mais de 30 mil empregos sustentados e ~R$ 400 milhões/ano em tributos (mesma metodologia do estudo). Em síntese: cuidar do acesso e da governança do Santuário é também política de desenvolvimento local.

P: Quantos visitantes o Cristo Redentor recebe por ano?

R: Em média, cerca de 2,5 a 3 milhões de visitantes por ano visitam o Cristo Redentor, oriundos do Brasil e de todas as partes do mundo. Esse número impressionante coloca o Cristo entre os monumentos mais visitados da América Latina. Em dias normais, o fluxo gira em torno de 5 a 10 mil visitantes, mas em feriados prolongados e alta temporada (verão, Carnaval) pode chegar a 15 mil pessoas num único dia, exigindo controle de acesso e gerando filas para o trem e vans. Apesar desse movimento intenso, a estrutura consegue atender os turistas, e o Santuário se orgulha de também atingir muitas dessas pessoas com sua mensagem – frequentemente turistas saem de lá não só com fotos, mas tocados pela experiência espiritual de estar “aos pés do Redentor”. O grande volume anual de visitas reforça a importância de investimentos constantes em segurança, manutenção e qualidade do atendimento, para que todos tenham uma experiência agradável e segura ao conhecer esse ícone brasileiro.

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Fonte: Santuário do Cristo Redentor

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF