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quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Campanha para a Evangelização

CNBB

Campanha para a Evangelização teve início com a Solenidade de Cristo Rei

Vinculadas ao pilar da Caridade estão as diversas campanhas promovidas pela Igreja no Brasil, das quais se destacam a Campanha da Fraternidade e a Campanha para a Evangelização, promovidas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Um dos seus grandes objetivos é despertar os fiéis para o compromisso evangelizador e para a corresponsabilidade pelo sustento das atividades pastorais e evangelizadoras da Igreja no Brasil.

A Campanha para a Evangelização teve início com a Solenidade de Cristo Rei, no dia 21 de novembro de 2021, e se estende ao longo do tempo do Advento, momento em que se inicia o caminho de um novo ano litúrgico na vida da Igreja.

Em 2021, o tema da Campanha da Evangelização é: “Ide, sem medo, para servir”. Uma expressão do Papa Francisco em sua homilia de encerramento na Jornada Mundial da Juventude, em 2013, no Brasil.

Neste envio missionário, o Papa nos convida a ir além do medo, enraizados na fé, sem nos deixar esquecer que, quem evangeliza é também evangelizado. Quem transmite a fé recebe mais alegria. Quem assume a alegria de evangelizar como estilo de vida se compromete com a construção de uma nova realidade e, por meio do testemunho, dá visibilidade ao Reino de Deus.

            “Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo” (Papa Francisco, Rio de Janeiro, 28 de julho de 2013).

Participando da Campanha da Evangelização todos são enviados a serviço da Palavra, da Comunidade e da Caridade. O grande objetivo é que Jesus Cristo seja anunciado a todas as pessoas e, de um modo especial, fazer com que consigamos cumprir aquele mandato do Senhor: “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15).

A coleta da Campanha para a Evangelização

Uma colaboração que repercute em cada comunidade por meio de um gesto concreto, a coleta para a Evangelização, é realizada todos os anos no 3º Domingo do Advento que, em 2021, será no fim de semana dos dias 11 e 12 de dezembro.

Despertando o compromisso evangelizador em cada fiel e promovendo uma coleta em âmbito nacional, a Campanha para a Evangelização destina os seus recursos para a dinamização e manutenção dos 19 regionais da CNBB visando à execução das atividades evangelizadoras, programadas a partir das DGAE.

Do total arrecadado, 45% permanecem na própria Diocese, 20% são destinados aos Regionais da CNBB e 35% são destinados à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Os recursos da Coleta para a Evangelização garantem que a Igreja no Brasil dê continuidade ao anúncio e testemunho do Evangelho desde as áreas missionárias até às periferias das grandes cidades, passando pelas ações pastorais e pela articulação das comunidades eclesiais missionárias, além de contribuir para a manutenção da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Fonte: cnbb.org

https://arqbrasilia.com.br/

Enquanto a leitura melhora o cérebro, a internet nos deixa menos atentos

Alohaflaminggo | Shutterstock
Por Octavio Messias

A chamada leitura profunda favorece a formação de novas estruturas cerebrais, enquanto a leitura fragmentada das redes sociais debilita a chamada atenção executiva.

“Quem mal lê mal fala, mal ouve, mal vê.” A frase de Ênio Silveira, falecido editor da Civilização Brasileira, expõe como a leitura (ou a falta de) é determinante de nossa visão de mundo e daquilo que somos. Através da leitura ganhamos repertório de vida, conseguimos entender melhor a realidade, relativizar as questões do nosso tempo com as do passado e desenvolver senso crítico, pensamento analítico e abstrato, assim como a empatia pelo próximo. 

Mais do que isso, como falaremos a seguir, a leitura ajuda positivamente a moldar nosso cérebro. No entanto, com o surgimento da internet, a leitura de livros começou a cair em desuso e a maneira desatenta como navegamos pelas novas mídias está afetando nossa memória e nossa capacidade de atenção. E o resultado disso pode ser devastador para as próximas gerações.

Leitura profunda

Quando estamos imersos em um texto longo, estamos praticando o que se chama de leitura profunda, usamos 99% da nossa atenção, o que gera uma retenção muito maior daquele conteúdo em nossa memória do que quando passamos por várias informações sem o mesmo foco.

Ler é uma ação ativa, que requer um processamento do nosso cérebro para processar, dar significado e armazenar o que está sendo lido. Ao atingirmos tal estágio de leitura, o cérebro em estado meditativo, um processo que reduz os batimentos cardíacos assim como a ansiedade, nos deixando mais relaxados – por isso costuma-se ler livros antes de dormir. 

Mais do que isso, ler afeta a nossa estrutura cerebral, principalmente na segunda infância e na adolescência, quando acontece uma profusão de novas sinapses e nos tornamos uma esponja de conhecimento. O próprio ato de ler altera a física e a química do cérebro em formação, favorecendo o surgimento de novas conexões neuronais que se conectam com mais áreas do cérebro. Esta é a explicação neurológica de um fato incontestável: quanto mais se lê, mais inteligente se fica. 

Atenção executiva

Como ler livros requer uma atenção sustentada, repousada e um foco contínuo, com o hábito desenvolvemos uma habilidade chamada atenção executiva, a mesma que empregamos em um trabalho intelectual ou ao estudar. E neste estágio de atenção absorvemos muito mais o que é lido. 

Já a leitura na internet, ágil e fragmentada, não estimula a atenção e, em consequência, a formaçao de novas memórias. O que tem preocupado neurocientistas, uma vez que a leitura no meio digital não estimula da mesma maneira o pensamento abstrato, que envolve mais sinapses e regiões cerebrais. E como o cérebro é plástico e muda ao longo de toda a vida, o hábito da leitura favorece o pleno funcionamento de faculdades mentais como a memória e atenção. 

A importância da literatura

Quem quiser um incentivo a mais para cultivar o hábito da leitura, basta recordar algumas palavras do Papa João Paulo II em sua famosa Carta aos Artistas. Em seu texto, o Papa destaca a “grande importância” da literatura e das artes na vida das pessoas.

“Elas procuram dar expressão à natureza do homem, aos seus problemas e à experiência das suas tentativas para conhecer-se e aperfeiçoar-se a si mesmo e ao mundo; e tentam identificar a sua situação na história e no universo, dar a conhecer as suas misérias e alegrias, necessidades e energias, e desvendar um futuro melhor”, escreve o Papa, citando a Gaudium et spes.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Novos sacerdotes católicos são ordenados em diversas Dioceses da China

Guadium Press
A alegria e a esperança no crescimento da Igreja no país só cresceram diante destas novas vocações ao sacerdócio que foram concretizadas.

Redação (23/11/2021 16:59, Gaudium Press) A comunidade católica presente na China está em festa, e com muitos motivos, pois durante o mês de outubro deste ano foram realizadas diversas ordenações sacerdotais em várias Dioceses espalhadas pelo país.

Apesar das restrições impostas pela pandemia terem restringido o número de participantes nas celebrações religiosas e festas em todas as comunidades, a alegria e a esperança no crescimento da Igreja no país só cresceram diante destas novas vocações ao sacerdócio que foram concretizadas.

Não tenha medo de escolher e seguir a Jesus

No dia 28 de outubro, festa dos Santos Simão e Judas, Dom Paul Pei Junmin, ordinário da Diocese de Liaoning (Shenyang), realizou a ordenação sacerdotal de Paul Li Hongdong na catedral dedicada ao Sagrado Coração.

Em sua homilia, o prelado incentivou ao novo sacerdote para que desça do altar para se colocar a caminho para a missão, até o povo de Deus, para anunciar o Evangelho”. Além disso, exortou ainda para que ele “não tenha medo de escolher e seguir a Jesus. Porque o Senhor já nivelou o caminho”.

Mais sacerdotes ordenados na China

Já no dia 1º de outubro, festa da padroeira das missões, Santa Teresinha do Menino Jesus, Dom Joseph Shen Bin, Bispo da Diocese de Haimen, província de Jiangsu, ordenou Joseph Liu Xingfeng como novo sacerdote para a Diocese. Uma curiosidade, é que o neo-sacerdote possui duas irmãs religiosas em sua família.

A Diocese de Wanxian, localizada na província de Yunnan, também recebeu os frutos de sua colheita de vocações sacerdotais e religiosas. Na comunidade de Yunnan, especificamente, foram ordenados dois sacerdotes da etnia jingpo, um grupo étnico que vive no oeste da China continental. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

ESPIRITUALIDADE: Amor sem limites (Parte 2/19)

Capa: Fragmento de um ícone de meados de
século XVII atribuída a Emanuel lombardos

Um Monge da Igreja do Oriente

AMOR SEM LIMITES

Tradução para o português:
Pe. André Sperandio

Ecclesia

3. Mas, eu sei que te conheço

Meu filho, tu não sabes quem és. Tu não te conheces ainda.

Quero dizer: não te conheceste, verdadeiramente, como o objeto de meu amor que és. Por conseguuinte, não conheceste o que tu és em mim, e todas as possibilidades que há em ti.

Desperta-te deste sonho, deste pesadelo. Em certos momentos de sinceridade tú só enxergas em ti mesmo os fracassos e as faltas, as quedas e as manchas, quem sabe, os crimes. Mas, tu não és nada disso. Este não é o teu "eu" verdadeiro, o teu "eu" mais profundo.

Sob tudo isso, por detrás de tudo isso, sob o teu pecado, por detrás de todas as tuas transgressões e de todos os teus defeitos e faltas, eu vejo a ti, verdadeiramente.

Vejo-te e te amo. É a ti mesmo que eu amo. Não ao mal que tu fazes. Esse mal que não se pode ignorar nem negar ou atenuar. Pode ser branco ou negro?

Mas, por debaixo, há uma profundidade maior, vejo outra coisa que ainda vive.

As máscaras que usas, os disfarces que vestes, podem dissimular-te aos olhos de outros, inclusive aos teus próprios olhos, mas não podem esconder-te diante de mim. Sigo-te até mesmo lá onde jamais alguém ousou te seguir.

Esse olhar ... teu olhar que não é límpido, e essa tua avidez febril, cheia de desejos pelo que te parece intenso, e todas as tuas precárias convulsões, a dureza e a avareza do teu coração... tudo isso eu percebo como estando separado de ti... eu separo tudo isso de ti e lanço todas essas coisas para bem longe de ti.

Escuta bem... ninguém te compreeende verdadeiramente. Eu, porém, te compreeendo. Poderia dizer de ti coisas tão grandiosas e tão belas! poderia dize-las de ti: não desse "tu" que o poder das trevas frequentemente descarrilha, mas do "tu", tal como desejarias que fosses, do "tu" que permanece em meu pensamento e intenção de amor; do "tu" que pode ainda fazer-se visível.

Torna-te visível o que tu és em meu pensamento. Sê a última realidade de ti mesmo. Torna ativa toda a potência que depositei em ti.

Não há em nenhum homem, em nenhuma mulher, qualquer possibilidade de beleza interior e de bondade que não esteja também em ti. Não há nenhum dom divino ao que não possas aspirar. E tu os receberás todos juntos se amas comigo e em mim.

Seja o que for que tenhas feito em teu passado, sou eu o que rompe as ataduras. E se quebro os grilhões, o que ou quem pode te impedir de te levantar e andar?

4. Uma nova criação

Meu filho, não esperes por uma nova revelação. Não te falarei mais que das coisas que desde o princípio tem sido ditas. O que poderia ser novo é uma especial atenção a certos aspectos da verdade eterna.

Tempos virão em que a profundeza do amor fará um chamado que será irresistível à piedade de muitos. Descobrirão o amor, o Senhor-amor, o amor universal, sem limites. Não será uma mensagem nova, uma nova revelação. Mas aqueles que se abrirem a esta visão, colocando nela todo o seu coração, irão me ajudar a formar os novos céus e a nova terra pelos quais não me canso de trabalhar.

Assim, a descoberta do amor, a recepção em nós do amor infinito, vai ser uma nova criação. O amor, em cada instante, quer em vocês mais amor.

® NARCEA, S.A. EDIÇÕES
Dr. Federico Rubio e Galí, 9. 28039 - Madrid
® EDITIONS ET LIBRAIRIE DE CHEVETOGNE Bélgica
Título original: Amour sans limite
Tradução (para o espanhol): CARLOS CASTRO CUBELLS
Tradução para o português: Pe. André Sperandio
Capa: Fragmento de um ícone de meados de século XVII atribuída a Emanuel lombardos
ISBN: 84-277-0758-4
Depósito Legal: M-26455-1987
Impressão: Notigraf, S. A. San Dalmácio, 8. 28021 - Madrid

Fonte: https://www.ecclesia.org.br/

Papa Francisco apresenta as bem-aventuranças do bispo

Papa Francisco e imagem do Bom Pastor no folheto entregue
aos bispos / Crédito: Daniel Ibáñez (ACI Prensa)

Vaticano, 23 nov. 21 / 08:55 am (ACI).- Nesta segunda-feira, 22 de novembro, o papa Francisco distribuiu aos bispos italianos um folheto com a imagem de Jesus Bom Pastor e as "Bem-aventuranças do Bispo".

O diário Avvenire, da Conferência Episcopal Italiana (CEI), informou que o texto foi retirado de uma homilia do arcebispo de Nápoles, dom Domenico Battaglia.

O texto foi entregue pelo papa no início do diálogo com os bispos no Ergife Palace Hotel, em Roma, onde, até 25 de novembro, se realiza a 75ª assembleia geral extraordinária da CEI com o tema "Caminho sinodal da Igreja na Itália".

Ao chegar ao local, o papa foi recebido pelo cardeal Gualtiero Bassetti, presidente da CEI, e por outros membros da direção da entidade.

Vatican News em italiano falou brevemente com dom Stefano Russo, secretário-geral da CEI, que comentou que o encontro foi "muito belo e familiar".

“O folheto que ele nos deu é uma exortação para que o bispo seja sempre uma testemunha de misericórdia. O tema desta assembleia é o caminho sinodal das Igrejas na Itália”, disse o bispo.

“Vivemos o tempo da escuta e como sempre o papa, antes de mais ninguém, dá o testemunho. Hoje ele está entre nós, bispos, e se pôs a escutar”.

As "Bem-aventuranças do bispo", escritas em italiano e que o papa Francisco deu aos bispos presentes, são as seguintes:

Bem-aventurado o bispo que faz da pobreza e da partilha o seu estilo de vida, porque com o seu testemunho está construindo o Reino dos céus.

Bem-aventurado o bispo que não tem medo de molhar o rosto com lágrimas, para que nelas possam se refletir as dores do povo, o cansaço dos presbíteros, encontrando no abraço com quem sofre a consolação de Deus.

Bem-aventurado o bispo que considera o seu ministério um serviço e não um poder, fazendo da mansidão a sua força, dando a cada um o direito de cidadania no seu próprio coração, de habitar na terra prometida aos mansos.

Bem-aventurado o bispo que não se fecha nos palácios do governo, que não se torna um burocrata atento mais às estatísticas do que aos rostos, aos procedimentos do que às histórias, procurando lutar ao lado do homem pelo sonho de justiça de Deus, porque o Senhor, encontrado no silêncio da oração cotidiana, será seu alimento.

Bem-aventurado o bispo que tem coração para a miséria do mundo, que não tem medo de sujar as mãos com o esterco da alma humana para encontrar o ouro de Deus, que não se escandaliza com o pecado e a fragilidade, porque é ciente da própria miséria, porque o olhar do Crucifixo Ressuscitado será para ele um selo de perdão infinito.

Bem-aventurado o bispo que afasta o coração duplo, que evita toda dinâmica ambígua, que sonha com o bem também em meio ao mal, porque poderá alegrar-se com o rosto de Deus em cada pântano da cidade dos homens.

Bem-aventurado o bispo que trabalha para a paz, que acompanha os caminhos da reconciliação, que semeia no seio do presbitério a semente da comunhão, que acompanha uma sociedade dividida pelo caminho da reconciliação, que segura a mão de cada homem e de cada mulher de boa vontade para construir fraternidade. Deus o reconhecerá como seu filho.

Bem-aventurado o bispo que pelo Evangelho não tem medo de ir contra a corrente, endurecendo o seu rosto como o de Cristo a caminho de Jerusalém, sem se deixar deter por incompreensões e obstáculos, porque sabe que o Reino de Deus avança na contradição do mundo.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Simplesmente José

"Simplesmente José" do Irmão paulino brasileiro Darlei Zanon-
Vatican News

Já tentou imaginar o que São José nos contaria se um dia rompesse o silêncio que o caracteriza nas Escrituras e na Tradição? Foi exatamente esse exercício de criatividade e imaginação que fez o frei Darlei Zanon na obra “Simplesmente José”, publicada por ocasião do Ano de São José que estamos celebrando.

Nesta narrativa em forma de romance histórico, José é o protagonista que nos conduz pela sua vida e missão. O carpinteiro de Nazaré abre o seu coração e descreve cada uma das suas experiências, o que viu e sentiu em cada momento da sua vida: sua infância, o primeiro encontro com Maria, o florescer de uma paixão, os questionamentos ao descobrir que ela estava grávida, a alegria de acompanhar o parto do menino Jesus, as incertezas e descobertas ao receber a visita de pastores, magos e anjos, a dor e sofrimento ao longo do caminho para o Egito e durante os anos que ali passou, as surpresas e encantos do menino que crescia sob o seu olhar e proteção... Enfim, uma vida de escuta mais do que silêncio, plena de ação e doação, de revelações e delicadezas.

No período em que o Papa Francisco iniciou um novo ciclo de catequeses, exatamente dedicadas a São José, conversamos com o frei Darlei para conhecer as suas motivações e também um pouco mais sobre este livro editado em Portugal e no Brasil pela PAULUS Editora.

Como nasceu a ideia de escrever este romance?

Este livro é na verdade um projeto que iniciei há muito tempo, mas quando o Papa Francisco convocou o Ano de São José vi como um sinal de que ele deveria ser concluído. Comecei a pesquisar porque queria conhecer mais essa figura que o nosso Fundador nos propôs como “modelo” (São José é o patrono dos irmãos Paulinos). Neste sentido, posso dizer que o livro nasceu da minha ânsia por respostas. Todas as leituras que fiz traziam basicamente os mesmos elementos sobre São José, deixando muitas lacunas, muitas perguntas sem respostas sobre a sua vida e missão. A certo momento tentei buscar novas faces de José, lendo sobretudo os evangelhos apócrifos e diversos livros menos conhecidos de josefologia. Passei a identificar elementos que me iluminaram e descobri um José extremamente ativo, decidido, confiante, forte, dedicado, afetuoso, capaz de qualquer sacrifício... E assim nasceu a ideia de escrever sobre São José, para mostrar essas suas dimensões menos conhecidas ou menos valorizadas.

É pura ficção ou tem elementos de pesquisa histórica e teológica? Em que se baseou nessas partes?

Inicialmente pensei em escrever uma obra de hagiografia, mas vi que já existem muitos livros semelhantes no mercado. Daí nasceu a ideia de escrever um romance, ao estilo do livro do escritor polaco Jan Dobraczyńsk citado pelo próprio Papa no documento Patris corde, sobre o Ano de São José. Pensei que essa seria a forma mais leve e envolvente de apresentar o José que descobri depois de tantas leituras e reflexões. A novidade é a narrativa em primeira pessoa, espécie de autobiografia, a forma que imaginei ser a melhor para transportar o leitor no tempo e no espaço, fazer o leitor ver pelos olhos de José, acompanhando o pai adotivo de Jesus em diversos momentos da sua vida. Simplesmente José é uma ficção, um romance histórico, mas que respeita todos os textos bíblicos referentes a José e à infância de Jesus, assim como respeita a tradição da Igreja. A fantasia ou ficção surge para preencher as imensas lacunas existentes na tradição Josefina, como por exemplo a questão dos irmãos de José, a sua idade, porque a sua família se mudou de Belém para Nazaré, como e quando ele conheceu Maria, o que fez no tempo que passaram no Egito, o que ele ensinou a Jesus, o que sentiu ao acompanhar o nascimento do menino, ao ouvir a sua primeira palavra, acompanhar os seus primeiros passos e assim por diante. A inspiração vem sempre da própria Bíblia e de estudos bíblicos, dos livros apócrifos e de estudos clássico sobre São José, como a teoria da “sombra do Pai” que foi proposta já em 1680 pelo teólogo francês Louis-François d’Argentan. Também pesquisei livros de arqueologia, de história de Israel e de cultura hebraica de onde extraio muitos elementos que me pareceram fundamentais para compor um romance histórico.

Não apresenta apenas José nas fases da sua vida que aparecem nos Evangelhos relativas ao noivado com Maria e nascimento de Jesus. Por que decidiu ir à sua infância?

O objetivo dos Evangelhos é apresentar o Messias, o Filho de Deus, e por isso José aparece apenas brevemente na sua relação com Jesus. No meu livro quis ir além e apresentar um panorama completo que ajudasse o leitor a se aproximar mais do pai adotivo de Jesus, a se encantar com essa figura especial que foi escolhida para ser a imagem humana e visível de pai para o Filho de Deus. O ponto de partida do livro (capítulo 1) é um momento crucial na relação entre José e Jesus, um evento específico que faz José reler e reinterpretar toda a sua vida, desde a sua infância, passando sobretudo pela relação com a sua família e com Maria, por isso era importante apresentar todos esses momentos. Minha intenção foi escrever um livro não apenas sobre a biografia de José, mas um livro sobre as suas experiências, os seus sonhos de infância, os seus valores familiares, a sua fé hebraica, as suas dores, dúvidas, questionamentos. Queria que fosse um livro em que cada leitor pudesse se identificar e aprender com esta busca constante de José em compreender a própria vocação e o seu papel no projeto divino.

O que se pode descobrir neste livro? É um livro teológico sobre São José? Que olhar apresenta sobre São José?

Como romance, tentei construir uma narrativa muito leve e dinâmica, com uma trama envolvente. José abre o seu coração e descreve cada uma das suas experiências, o que viu e sentiu em cada momento da sua vida. Penso que seja para o leitor um belo caminho de descoberta, de imersão no tempo e no espaço de José, com toda a poesia de uma vida marcada pelo Mistério. Uma proposta para se emocionar, rir e chorar, questionar e acompanhar o nosso protagonista em cada viagem, cada experiência, cada inquietação que marcou a sua história: uma história caracterizada pela escuta, a entrega, a dedicação, mas sobretudo pelo amor. Ao mesmo tempo em cada capítulo procuro desenvolver algum elemento de espiritualidade e teologia, como por exemplo o valor da oração e da fé, a centralidade da família e da Escritura, a importância da acolhida e da comunhão, o sentido da revelação, da encarnação do Verbo, da salvação etc. Uma leitura que espero provoque e surpreenda com os seus imensos detalhes, descrições, diálogos, personagens paralelos. Simplesmente José propõe-se a responder algumas questões sobre a vida do santo carpinteiro de Nazaré, mas sobretudo provoca muitas outras interrogações que normalmente nos passam despercebidas na vida de um santo que é extremamente humano. Um homem que sente medo, angústias, dúvidas, mas que também se alegra, ama, encontra a realização como ser humano, como esposo e como pai. José rompe o silêncio e nos convida a acompanhá-lo nesse itinerário de descobertas.

A escrita deste livro e todo o processo mudaram a sua perspectiva e relação com São José? Gostaria que isso acontecesse com os leitores?

Escrever este livro me fez admirar ainda mais São José e é esta estima ao pai adotivo de Jesus que gostaria de semear em cada leitor. Simplesmente José nasceu com o objetivo de mostrar o rosto extremamente humano de José, próximo de cada um de nós, de cada pai de família, de cada esposo, de cada filho. Um santo com o qual podemos nos identificar e que pode nos inspirar. Um José que se diverte quando criança, se apaixona na adolescência, se preocupa e se emociona na vida adulta... Um José que se alegra e sofre. Que sente medo, mas confia. Que não entende, mas escuta e obedece. Um José humilde e simples, ao mesmo tempo profundo, corajoso, atento aos sinais divinos e humanos. Um José que ama e porque ama alimenta relações profundas: com os avós, pais, irmãos, amigos, com Maria e Jesus, com Deus. Talvez este seja o centro de toda a narrativa: as diversas formas de amar de José, a sua entrega total. E é isso que pode nos inspirar a viver melhor a nossa fé e as nossas relações.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Santos André Dung-Lac e Companheiros (mártires do Vietnã)

SS. André Dung-Lac e Companheiros | arquisp
24 de novembro

Santo André Dung-Lac e companheiros

A evangelização do Vietnã começou no século XVI, através de missionários europeus de diversas ordens e congregações religiosas. São quatro séculos de perseguições sangrentas que levaram ao martírio milhares de cristãos massacrados nas montanhas, florestas e em regiões insalubres. Enfim, em todos os lugares onde buscaram refúgio. Foram bispos, sacerdotes e leigos de diversas idades e condições sociais, na maioria pais e mães de família e alguns deles catequistas, seminaristas ou militares.

Hoje, homenageamos um grupo de cento e dezessete mártires vietnamitas, beatificados no ano jubilar de 1900 pelo papa Leão XIII. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870. Dentre eles muito se destacou o padre dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior dessas sementes da Igreja Católica vietnamita.

Filho de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista, ordenou-se sacerdote em 1823. Durante seu apostolado, foi cura e missionário em diversas partes do país. Também foi salvo da prisão diversas vezes, graças a resgates pagos pelos fiéis, mas nunca concordou com esse patrocínio.

Uma citação sua mostra claramente o que pensava destes resgates: "Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer". Finalmente, foi decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói, Vietnã.

Passada essa fase tenebrosa, veio um período de calma, que durou cerca de setenta anos. Os anos de paz permitiram à Igreja que se reorganizasse em numerosas dioceses que reuniam centenas de milhares de fiéis. Mas os martírios recomeçaram com a chegada do comunismo à região.

A partir de 1955, os chineses e os russos aniquilaram todas as instituições religiosas, dispersando os cristãos, prendendo, condenando e matando bispos, padres e fiéis, de maneira arrasadora. A única fuga possível era através de embarcações precárias, que sucumbiam nas águas que poderiam significar a liberdade, mas que levavam, invariavelmente, à morte.

Entretanto o evangelho de Cristo permaneceu no coração do povo vietnamita, pois quanto mais perseguido maior se tornou seu fervor cristão, sabendo que o resultado seria um elevadíssimo número de mártires. O papa João Paulo II, em 1988, inscreveu esses heróis de Cristo no livro dos santos da Igreja, para serem comemorados juntos e como companheiros de santo André Dung-Lac no dia de sua morte.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

terça-feira, 23 de novembro de 2021

COMODISMO E MEDIOCRIDADE

Foto: CONTI outra |

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)

O comodista é a pessoa que deseja ficar na mediocridade, sempre no meio do caminho e na espera de que outro realize o que deveria ser sua tarefa. É aquele que coloca peso nas costas dos outros e não luta para vencer os obstáculos da vida. É pessoa sem esperança e mergulhada no desânimo. Para quem age dessa forma, não existe remédio e fica desencantado com o progresso pessoal.

Na chegada do fim de mais um ano litúrgico e o início de um novo, as forças precisam ser recuperadas e renovadas para construir o bem e o otimismo sem comodismo. Um caminho para isto, no dizer do Papa Francisco, está no seguimento de Jesus Cristo, onde cada indivíduo vai encontrar forças e vigor para construir um mundo mais saudável, superando todo tipo de mediocridade infrutífera.

Celebrar o Advento é despertar a consciência para o sentido do existir e do comprometimento, que envolve a causa do bem. Jesus nasce historicamente no Natal como luz para iluminar o caminho das pessoas e motivá-las para que coloquem em ação os dons naturais e cristãos, na espera de uma vida melhor. Essa prática e motivação têm sustentação na escuta e reflexão da Palavra de Deus.

Mudar de ano mais uma vez significa transformar as antigas realidades do dia a dia e ceder lugar aos novos tempos com atitudes de dinamismo e confiança, principalmente com abertura do coração para Deus e seus ensinamentos. Não ficar refém dos pensamentos derrotistas, porque é a chegada de novos tempos, de vida nova, de cura das feridas para proporcionar paz e segurança.

O propósito primeiro do nascimento de Jesus Cristo foi a restauração da justiça na terra. As injustiças, que não importa por quem são praticadas, causam muito desânimo e contribuem para as atitudes do comodismo e da mediocridade, porque desmotivam as pessoas para a vivência da esperança. Nesta situação, aproximar-se de Cristo é a via mais indicada para superar a baixa autoestima.

A liturgia de fim do ano litúrgico fala de catástrofes no sol, na lua e nos astros. Na terra não está sendo diferente com o aquecimento global, quando vemos queimadas, enchentes, tornados, vento de areia e poeira, que podemos interpretar como naturais, mas frutos de desgaste da criação. São sinais de que alguma coisa precisa ser restaurada com urgência, com ânimo e determinação.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

ESPIRITUALIDADE: Amor sem limites (Parte 1/19)

Capa: Fragmento de um ícone de meados
de século XVII atribuída a Emanuel lombardos
Ecclesia

Um Monge da Igreja do Oriente

AMOR SEM LIMITES

Tradução para o português:
Pe. André Sperandio

Ecclesia
1. Apresentação

Como uma figura lendária antiga passou entre nós. Não quis revelar seu nome e, embora muitos soubessem quem era e conhecessem a sua história cheia de mistério e de Espírito, deixou em seus escritos tão somente esta assinatura: Um monge da Igreja do Oriente. Assim se auto definia e, ao mesmo tempo, do melhor modo, nos sugeria o que é e como é a Igreja do Oriente.

A Igreja Oriental é um mistério peculiar que, como todo mistério, não tem limites precisos ou fronteiras claras. Por isso, é universal, isto é, Católica. A origem deste "Monge da Igreja do Oriente" é, evidentemente, monacal. Dentro do monacato, isto é, daqueles que caracterizam suas vidas pela contemplação viva do culto, da adoração. Este culto que, cumprido como obra de Deus, nos conduz às nossas origens, ao deserto convertido em Paraíso Primevo, à contemplação do Mistério. O culto é ir às origens, e ir às origens é, de uma ou de outra forma, entrar em comunhão com Céu já aqui na terra, o que a Igreja Oriental, a Igreja Ortodoxa, torna presente no deserto de sua pobreza, de seus sofrimentos, de sua perseguição, porém, sobretudo, na riqueza, no esplendor e triunfo de sua Liturgia e de sua contemplação trinitária. Ali, onde mística é teologia e teologia é mística, um monge encontrou um abrigo áspero e doce, seco e florescente do que outro contemplativo tinha vivido. “Por aqui já não há caminho, porque, para o justo não há lei”.

Este lendário monge que foi alguém real, deixou-nos um legado: sua vida e suas contemplações.

Passada a vida e tendo alcançado a transfiguração, suas experiências contemplativas são ícones que iluminam e convertem. E, da pequenez e modéstia de quem se deixa comover diante de um ícone, quer prosseguir, como um copista aprendiz, as contemplações que são diálogo com os que encontraram nesse incógnito monge a ocasião para o despertar ao Amor Sem-limites.

As páginas que seguem esta breve apresentação [1] pretendem ser a expressão da vivência que produziu a um “outro monge” da Igreja Oriental o ato de contemplar o ícone que lhe chegou através de alguns escritos.

Carlos Castro

[1] Carlos Castro: Desierto y destierro. Col. Icono. Narcea. Madrid, 1987 (en preparación).

2. A ti, quem quer que sejas...

Quem quer que sejas, como quer que sejas, o Senhor-amor te diz: Minha mão descansa em tuas mãos.

Este gesto significa que eu te amo e que eu te chamo. Eu nunca deixei de te amar, de te falar e de te chamar. Às vezes, fazia no silêncio e na solidão. Às vezes, alí onde os outros se encontravam reunidos em meu nome. Este chamado, frequentemente não percebeste porque não estavas escutando. Outras vezes, percebias, mas de uma maneira vaga e confusa. Em certas ocasiões, estivestes muito próximo de me dar uma resposta aceitável. Em outras, sim, me respondeste, mas sem constância duradoura. Tu te apegavas à emoção de me ouvir. Porém, recuavas ante a decisão. Contudo, nunca te empenhaste definitivamente, de uma maneira total e exclusiva na escuta do amor.

Mais uma vez eu venho a ti. Eu quero falar novamente contigo. Eu te quero todo, inteiro. Repito: o amor te quer de maneira total e exclusiva. Vou te falar em segredo, em confidência, intimamente.

Minha boca está junto do teu ouvido. Ouça o que os meus lábios vão te dizer bem baixinho, ouça este susurro que é dirigido somente para ti. Eu sou o Amor, o teu Senhor. Queres entrar na vida do amor? Não se trata de uma atmosfera de um ternura apática, fria. Trata-se de entrar na incandescência do amor. Aqui está a verdadeira conversão, a conversão do amor incandescente. Queres te tornar um outro diferente do que tens sido? Queres te tornar um outro em relação ao que tens sido até agora? Queres ser o que é para os outros e, sobretudo, para este Outro e com este Outro no que cada ser tem a sua existência? Queres ser o irmão universal, o irmão do universo? Então escuta o que o meu amor quer te dizer.

® NARCEA, S.A. EDIÇÕES
Dr. Federico Rubio e Galí, 9. 28039 - Madrid
® EDITIONS ET LIBRAIRIE DE CHEVETOGNE Bélgica
Título original: Amour sans limite
Tradução (para o espanhol): CARLOS CASTRO CUBELLS
Tradução para o português: Pe. André Sperandio
Capa: Fragmento de um ícone de meados de século XVII atribuída a Emanuel lombardos
ISBN: 84-277-0758-4
Depósito Legal: M-26455-1987
Impressão: Notigraf, S. A. San Dalmácio, 8. 28021 - Madrid

Fonte: https://www.ecclesia.org.br/

Os efeitos do sacramento da Unção dos Enfermos

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Por Prof. Felipe Aquino

É bom recordar que a Igreja diz que a Unção dos Enfermos não é um Sacramento só daqueles que se encontram às portas da morte.

O Catecismo da Igreja, no número 1532, explica os efeitos importantes da Unção dos Enfermos para o enfermo que a recebe. Este sacramento traz uma graça especial.

1. União com a Paixão de Cristo

A união do doente com a paixão de Cristo, para o seu bem e o bem de toda a Igreja. O Sacramento dá ao doente a oportunidade de “sofrer na fé” e com méritos diante de Deus, unindo o seu sofrimento com o de Cristo que padeceu pela humanidade. Pela graça deste Sacramento, o enfermo recebe a força e o dom de unir-se mais intimamente à paixão de Cristo: de certa forma ele é consagrado para produzir fruto pela configuração à paixão redentora do Salvador. O sofrimento, sequela do pecado original, recebe um sentido novo: torna-se participação na obra salvífica de Jesus.

A Unção dos Enfermos é também uma graça para a Igreja, porque os enfermos que recebem este Sacramento, “associando-se livremente à paixão e à morte de Cristo”, “contribuem para o bem do povo de Deus” (LG 11). Ao celebrar este sacramento, a Igreja, na Comunhão dos Santos, intercede pelo bem do enfermo. E o enfermo, por sua vez, pela graça deste sacramento, contribui para a santificação da Igreja e para o bem de todos os homens pelos quais a Igreja sofre e se oferece, por Cristo, a Deus Pai.

2. Conforto, paz e coragem

O reconforto, a paz e a coragem para suportar de forma cristã os sofrimentos da doença ou da velhice; desta forma o doente, pela graça do Sacramento, sofre sem revolta e com esperança e paz. Isto é um dom particular do Espírito Santo ligado ao Sacramento, para ajudar o enfermo a vencer as dificuldades próprias ao estado de enfermidade grave ou à fragilidade da velhice.

Esta graça renova a confiança e a fé do enfermo em Deus e o fortalece contra as tentações do maligno, tentação de desânimo e de medo da morte (cf. Hb 2,15). Esta assistência do Senhor pela força de seu Espírito leva o enfermo à cura da alma, mas também à do corpo, se for esta a vontade de Deus, como ensinou o Concilio de Florença (DS 1325). Além disso, “se ele cometeu pecados, eles lhe serão perdoados” (Tg 5, 15; Conc. Trento, DS 1717).

3. Perdão dos pecados

O perdão dos pecados, se o doente não pode obtê-lo pelo Sacramento da Penitência. Portanto, é preciso que se ofereça ao doente grave, a Confissão, antes da Unção dos Enfermos.

4. Cura e salvação espiritual

O restabelecimento da saúde se isto convier à salvação espiritual do doente. O Sacramento visa acima de tudo a cura do doente se isto for o melhor para ele.

5. Preparação para a vida eterna

Preparação para a passagem para a vida eterna. Se for o desígnio de Deus que a pessoa morra, então o Sacramento o preparará para morrer em paz e na confiança em Deus. Se o sacramento dos Enfermos é concedido a todos que sofrem de doenças e enfermidades graves, com mais razão ainda cabe aos que estão às portas da morte (Conc. Trento, DS 1698).

Última das unções

A Unção dos Enfermos conforma nossa vontade com a Morte e Ressurreição de Cristo. É a última das unções e graças que acompanham toda vida cristã: a do Batismo, que nos deu a nova vida; a da Confirmação, que nos fortificou para o combate desta vida. Esta última Unção fortalece o fim de nossa vida terrestre para enfrentar as últimas lutas antes da entrada na casa do Pai.

A Igreja enfatiza que a Unção dos Enfermos “não é um Sacramento só daqueles que se encontram às portas da morte. Portanto, tempo oportuno para receber a Unção dos Enfermos é certamente o momento em que o fiel começa a correr perigo de morte por motivo de doença, debilitação física ou velhice” (SC 73; cf. CDC, cân. 1004; 1005;1007).

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF