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terça-feira, 22 de junho de 2021

Providentissimus Deus (Parte 2/5)

Papa Leão XIII | Veritatis Splendor

PROVIDENTISSIMUS DEUS, DO PAPA LEÃO XIII

SOBRE OS ESTUDOS BÍBLICOS

Veneráveis irmãos, saúde e benção apostólica

8. Mas novos e mais auspiciosos incrementos produziu a disciplina dos escolásticos. E, se bem que estes procuraram estabelecer a lição fiel da versão latina, como no-lo atestam as suas correções bíblicas, foi, todavia, seu principal cuidado interpretar e explanar o sagrado texto. Ninguém até então conseguiu expor com mais ordem e clareza os vários e distintos sentidos da palavra divina, a sua força probativa nas demonstrações teológicas, a divisão e o argumento dos Livros santos, o escopo dos seus autores, o nexo íntimo entre os diversos pensamentos bíblicos, e é evidente que tudo isto derrama abundante luz sobre os lugares obscuros da Escritura. Além de que, da doutrina dos escolásticos, tão seleta como copiosa, muito se aproveitaram os tratados de teologia e os comentários escriturísticos; e ainda nestes trabalhos a todos leva a palma S. Tomás de Aquino. Todavia, depois que Clemente V, nosso predecessor, dotou o Atheneu de Roma e algumas Universidades famosas de cátedras para o magistério das línguas orientais, prestes os escolásticos se dedicaram com novo fervor ao estudo do códice original e versão latina da Bíblia. O estudo dos monumentos da literatura grega e o feliz advento da imprensa rasgaram vastos horizontes ao culto da sagrada Escritura. Pasma-se de assombro ao ver como em tão breve espaço de tempo se difundiram por todo o orbe católico inumeráveis exemplares impressos da Bíblia, principalmente da Vulgata. Eram glorificados e amados os Livros divinos no mesmo tempo em que os inimigos da Igreja a perseguiam com calúnias.

9. Não devemos passar em silencio os momentosos serviços que, desde o Concilio de Vienna ao de Trento, prestaram aos estudos bíblicos muitos varões doutos, especialmente das diferentes famílias religiosas. Dotados de vasta erudição e agudo engenho e aproveitando-se de novos subsídios, não só aumentaram as riquezas acumuladas dos seus maiores, senão que também prepararam o esplendor do século XVII em que pareceu reviver a idade áurea dos Padres. Ninguém ignora, e é para nós sobremodo agradável recordá-lo, que aos Nossos predecessores, desde Pio IV a Clemente VIII, se devem as insignes edições das antigas versões Vulgata e Alexandrina, que ao depois se tornaram de uso comum em virtude do mandato de Sixto V e do mesmo Clemente VIII. É sabido ainda que pelo mesmo tempo foram dadas a estampa, escrupulosamente revistas, não só outras versões antigas da Bíblia, mas também as poliglotas de Anvers e Paris, de grande subsídio para a investigação do genuíno sentido; que não há livro do antigo e novo Testamento que não tivesse hábeis expositores, nem questão difícil da Bíblia sobre a qual se não exercesse o talento de muitos, entre os quais alcançaram brilhante renome não poucos, profundamente lidos nas obras dos santos Padres. Não esmoreceu, felizmente, a solicitude dos nossos exegetas. Em nome da filologia e ciências análogas, o racionalismo insurgiu-se contra as Escrituras; com armas da mesma tempera muitos homens distintos e beneméritos dos estudos bíblicos vingaram aqueles livros divinos dos sofismas com que eram impugnados. Quem ponderar estes factos à luz duma critica imparcial certamente confessará que a Igreja, sem ter necessidade de incitamentos estranhos, sempre se desvelou em providencias, a fim de que as Escrituras divinas fossem outras tantas fontes de salutar doutrina para seus filhos; que sempre conservou e ilustrou com preciosos estudos aquele baluarte para cuja defesa e gloria a mesma Igreja foi divinamente instituída.

10. Mas o desígnio que intentamos, veneráveis irmãos., exige que pratiquemos convosco sobre o que mais convém a boa orientação dos estudos bíblicos. O que primeiramente devemos averiguar é quais os adversários com quem temos de combater, quais as armas e ardis em que mais confiam. Assim como nos tempos idos a luta principal foi contra os sectários do livre exame que, rejeitando as tradições divinas e o magistério da Igreja, proclamaram a Escritura como única fonte da revelação e juiz supremo da fé, assim também hoje a momentosa pugna é contra os racionalistas, oriundos do protestantismo, os quais, baseando-se no seu próprio juízo, rejeitam completamente essas relíquias da fé cristã que os seus precursores ainda respeitaram. De feito, para os racionalistas a revelação, a inspiração, a própria Escritura não passam de invenções e artifícios humanos ; as narrações bíblicas não têm realidade objetiva, são fabulas ineptas ou historias puramente subjetivas; as profecias ou foram feitas depois de realizados os factos que anunciam, ou são previsões naturais; os milagres nem merecem tal nome, nem manifestam um poder divino, são factos em certo modo admiráveis, não excedem as forças da natureza e são puros mitos; os Evangelhos e demais escritos apostólicos não são dos autores a quem se atribuem, E tentam impor tão monstruosos erros, com que julgam destruir a verdade sacrossanta dos Livros divinos, invocando os decretos duma tal ciência livre/ mas que é tão incerta para os próprios racionalistas que os induz a flagrantes contradições ou a mudar de sentir sobre o mesmo ponto. Ao passo que tais homens sentem e escrevem tão impiamente de Deus, de Cristo, do Evangelho o demais livros da Escritura, muitos há dentre eles que se decoram com o título de teólogos cristãos e evangélicos, escondendo assim, com aquele nome de muita honra, a temeridade dum talento cheio de soberba. Colaboram com estes muitos cultores doutras ciências, igualmente adversários intolerantes da revelação, auxiliando-os na luta contra a Bíblia. Não podemos deplorar quanto merece ser deplorada esta guerra sem tréguas que de dia para dia se alastra com mais veemência. Investem os racionalistas contra os eruditos que facilmente podem aperceber-se contra os seus ataques, mas investem sobretudo contra a turba dos indoutos com as insidias e astúcias próprias de tão funestos inimigos. Nos seus livros, opúsculos e jornais propinam mortal veneno; insinuam-no nos seus congressos e discursos; invadem tudo, assenhoreiam-se de muitas escolas arrancadas a tutela da Igreja, onde inspiram às dóceis e tenras inteligências dos jovens o desprezo das Escrituras, expondo-as miseravelmente ao ridículo com facécias e chocarrices. Estes são os factos, veneráveis irmãos, que devem inflamar o zelo de todos os pastores, a fim de que não só a essa nova, mas falsa ciência se oponha aquela antiga e verdadeira ciência que a Igreja recebeu de Cristo por meio dos apóstolos, mas também surjam apologistas idôneos da sagrada Escritura, já que a luta é de tamanhas proporções.

11. Seja pois o nosso primeiro cuidado que nos Seminários e academias se professe o estudo das Letras divinas consoante o exigem assim a excelência daquela disciplina, como as necessidades dos tempos atuais. Para lograr este fim haja todo o escrúpulo na escolha dos mestres, como nem todos são dignos de tão árdua missão, mas só aqueles que amam fervorosamente a Bíblia, a estudam sem cessar e têm a conveniente preparação científica. Nem menor deve ser o cuidado e escrúpulo com que devem ser educados os que hão de suceder no magistério daqueles. É por isso conveniente que, dentre os alunos que concluíram com louvor o curso teológico, se escolham, onde for possível, os de mais decidida vocação para os estudos bíblicos e se lhes facultem os meios necessários a fim de que possam lograr um profundo conhecimento das Escrituras. Assim escolhidos e formados, podem confiadamente exercer o magistério; e, para que este seja o que deve ser e produza abundantes frutos, julgamos oportuno entrar em mais largas considerações.

12. Logo desde o princípio do seu magistério examinem os professores a aptidão intelectual dos alunos, cultivem-na esmeradamente e procedam de modo que os habilitem assim para defenderem os Livros divinos, como para extraírem deles o verdadeiro sentido. Este é o fim da chamada Introdução Bíblica que subministra ao aluno abundantes argumentos para demonstrar a integridade e autoridade dos Livros sagrados, para investigar e expor o seu genuíno sentido e para destruir pela raiz as cavilações com que os impugnam. É desnecessário ponderar que é de grande momento a discussão metódica e científica destes pontos, aos quais a teologia presta ótimos subsídios, como o tratado da Escritura se firma naqueles fundamentos e se esclarece com aquelas luzes.

13. Aplique-se depois o professor, e nisto empenhe todo o seu zelo, á exegese, que é a parte mais importante do seu magistério, ensinando aos seus discípulos como podem converter em proveito da religião e da piedade as riquezas da palavra divina. Bem sabemos que nem a vastidão da matéria, nem a estreiteza do tempo permitem que se estudem nas escolas todos os livros canônicos; todavia, atenta a necessidade de método para o estudo da exegese, fica a prudência do professor evitar os extremos daqueles que ou analisam certas pericopas em todos os livros da Escritura, ou dos que gastam todo o tempo na análise duma determinada passagem num só livro. Se, pois, na maioria das escolas não se pode fazer a análise detida dum ou doutro livro canônico, como se faz nas academias de ensino superior, ao menos empenhem-se os professores em dar uma instrução acabada das pericopas que escolheram para estudo exegético, a fim de que os alunos, assim doutrinados com tal tirocínio, possam ao depois fazer trabalho seu sobre os demais livros da Escritura, cuja lição devem sempre amar.

14. Fiel às antigas tradições, ao professor impende o dever de usar da versão Vulgata que, sobre ser recomendada pelo uso quotidiano da Igreja, deve ter-se, segundo o decreto tridentino, como autêntica, nas lições públicas, nas predicas, nas discussões e análises. Não queremos dizer com isto que se ponham de parte as outras versões, tão usadas e encarecidas pela antiguidade cristã, e muito principalmente os códices primitivos. Se o sentido é claro na Vulgata latina, não é necessário recorrer à versão donde foi imediatamente traduzido; se, porém, é ambíguo e obscuro, aconselha Santo Agostinho o recurso á versão hebraica ou grega, consoante o texto latino é vertido daquela ou desta língua. É manifesto que muito cuidada deve ser a circunspecção neste ponto, pois que — “é ofício do intérprete expor não o seu sentido, mas o do autor que interpreta”.

15. Ponderada atentamente, quando necessário, a genuína lição, está aberto o caminho para investigar e expor o sentido. Depois, a primeira indústria é observar as boas regras hermenêuticas, comumente usadas, e com tanto maior cuidado quanto mais viva e tenaz for a controvérsia com os adversários. Para tal efeito, é de necessidade ponderar o valor das palavras, o contexto, os lugares paralelos. . . revestindo todos estes meios hermenêuticos duma erudição a propósito, mas parcimoniosa; que não suceda malbaratar o tempo e o trabalho que se devia dedicar ao conhecimento dos livros divinos, ou que a acumulação de ideias sobre vários pontos vá prejudicar o aproveitamento dos alunos em vez de lhes ser auxílio.

Fonte: Portal Veritatis Splendor

LIVROS DO CAMINHO NEOCATECUMENAL

Caminho Neocatecumenal

LIVROS

O KERIGMA. NAS FAVELAS COM OS POBRES

neocatechumenaleiter

“Quis escrever este pequeno livro por sugestão do Cardeal Cañizares, que julgava ser importante que eu disesse algo sobre o que o Senhor fez conosco nas favelas, com os pobres, e que também publicasse um “kerigma” que pudesse ajudar, sobretudo pelos conteúdos e pela antropologia, ao Sínodo sobre a Nova Evangelização”. Kiko Argüello.

Cardenal Cañizares: “Este livro é um verdadeiro presente de Deus, que nos anima e alenta na fé, dissipa temores e medos e nos enche de coragem”.

Cardenal Schönborn: Nesta catequese está condensado, de maneira impressionante, o inteiro anúncio do Evangelho

ANOTAÇÕES 1988-2014

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“Há quase trinta anos, venho escrevendo em cadernos, de maneira esporádica e irregular e sem uma intenção determinada, alguns pensamentos, reflexões, máximas, recordações, considerações, apontamentos, monólogos, preces, etc., que foram em mim suscitados durante a missão de evangelização, e catequeses às quais o Senhor me chamou na Igreja, juntamente com Carmen Hernández e P. Mario Pezzi. Se estas anotações ajudam a alguém, bendito seja Deus”.

“O livro é composto de pequenas peças literárias que podem ser lidas sem uma conexão da anterior com a seguinte. São reflexões a partir de um acontecimento, de uma convivência ou de um encontro; admoestações espirituais de anúncio ou denúncia; interpelações ou apelos à esperança em que o leitor se identifica: às vezes são confidências ousadas que brotam da alma do autor; ocasionalmente são uma espécie de hinos ou salmos, de súplicas ardentes e de vibrante ação de graças a Deus. Pelos dados contidos nestes pequenos escritos pode-se, de alguma forma, seguir o fio histórico que vai do ano de 1988 até 2014. O que os une é mais uma história de fé do autor e do Caminho Neocatecumenal do que o desenvolvimento temático, embora apareçam dispersos em alguns trechos muitos conteúdos do carisma específico. É uma história cheia de alegrias e de sofrimentos, em que transparece a luta do autor para levar adiante, com fidelidade, o encargo recebido de Deus.” († Mons. Ricardo Blázquez Pérez, Cardeal Arcebispo de Valladolid).

DIÁRIOS 1979-1981

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“Chove, mas o dia amanhece sereno. Jesus, estou surpresa. Obrigada. O sofrimento pôs misericórdia em meu coração. Obrigada, Jesus. Paz, alegria…”

“Cinquenta anos sem parar um instante, de viagens, de escrutínios, de visitas a tantas comunidades em Madri, Zamora, Barcelona, Paris, Roma, Florença, Ivrea… Escutando e escutando cada irmão sobre sua vida, seus sofrimentos e sua história, iluminando-a à luz da fé, da cruz gloriosa de Nosso Senhor Jesus. Penso que vocês têm direito de conhecer o coração de Carmen, seu imenso amor a Jesus Cristo. Dizia ela constantemente: “Meu Jesus, eu te amo, eu te amo. Vem, vem, ajuda-me””.

Fonte: https://neocatechumenaleiter.org/

Como superar os medos da depressão

Lithiumphoto | Shutterstock
Por Orfa Astorga

Só naufraga quem perde a liberdade de responder às valiosas possibilidades que a realidade sempre oferece.

Lembro-me muito bem de uma das frases de Antonio em nossa primeira consulta: “Cheguei a pensar que morrer é o fácil e viver, o difícil”. Ele estava na escuridão mais profunda de sua depressão.

Ele acabara de falir em seu pequeno comércio e tentava se erguer financeiramente, sem um projeto definido, quando os velhos fantasmas de seus medos retornaram à sua vida. Medo de relacionar-se com outras pessoas, medo de eventos imprevisíveis, medo do azar. Medos que o levaram à raiva e ao sofrimento.

“Não é justo, não é justo”, dizia a si mesmo, sentindo-se dolorosamente fraco.

“Há quem fale da fome ou da sede sem conhecê-las de verdade”, disse ele, “e o mesmo acontece com quem fala que compreende o sofrimento.”

“É verdade”, respondi, “mas existem pacientes terminais que morreram com grande dignidade, dando pleno significado aos seus últimos dias; portanto, não posso deixar de admitir que as pessoas que enfrentam seu destino sempre têm a possibilidade de alcançar algo através do sofrimento.”

“Bem, não estou doente de morte, mas bem que eu poderia me encaixar na figura de um náufrago”, disse ele, pensativo.

“Não, eu não concordo”, disse-lhe, “porque você pode se ver como o capitão de seu navio no meio de uma forte tempestade, numa situação em que você pode usar todas as suas habilidades para avançar, mudar o curso, retornar ao porto ou se aproximar da costa em busca de proteção.”

Recomeço

Só naufraga quem perde a liberdade de responder às valiosas possibilidades que a realidade sempre oferece, ainda que interrompendo planos ou alcançando-os a longo prazo, mesmo que isso envolva dor, carências e mil contratempos.

Após várias sessões…

Antonio decidiu aceitar um emprego modesto, ajustar as despesas da família, vender a casa atual e comprar uma casa menor, entre outras mudanças. Sempre com o apoio incondicional de toda a sua família e a confiança em um futuro melhor.

Ele era novamente o capitão de seu navio e não um náufrago.

Era também a hora de enfrentar e superar seus medos.

Na infância, Antonio sofreu maus-tratos e deficiências afetivas, pelas quais se sentia emocionalmente à beira do abismo. Enquanto crescia, para evitar punições, ele mentiu, buscou fugas e tornou-se agressivo e desconfiado. Muitas vezes ele ouviu que seu destino era fracassar, pois era desajeitado e inseguro, sendo, portanto, objeto de críticas e ridicularização.

Mas, no presente, nada disso já correspondia à sua verdade como pessoa: ele era um bom marido, um bom pai, um bom trabalhador. Ele tinha as virtudes necessárias para alcançar a maturidade e ser feliz.

Desordem interior

Como em muitas pessoas, sua dimensão interior era cheia de desordens e complexos, devido às experiências traumáticas de seu passado, às quais ele acrescentara seus próprios erros pessoais.

Portanto, era particularmente necessário para ele identificar as emoções ligadas ao seu “eu infantil”, que ele inconscientemente projetava no seu “eu adulto”, com sentimentos e reações erradas, o que o fazia se sentir mal.

Era uma questão de conseguir, nesse caminho, modificações não apenas no modo de lidar com as emoções ou manifestações negativas de seu comportamento, mas profundas mudanças na maneira de se relacionar consigo mesmo, para consolidar seus relacionamentos com os outros a partir daí.

Um exemplo:

“Não procurarei desculpas ou justificativas falsas, mesmo quando eu cometer erros, pequenos ou grandes.”

Por quê?

“Porque se, como todo ser humano, eu erro, sempre terei a oportunidade de corrigir, pedir desculpas ou perdão.”

Para quê?

“Pois só assim serei autêntico e repousarei em mim mesmo sem sentir medo.”

Aqui estão alguns aspectos básicos de sua terapia sobre a abordagem que adotamos para os eventos difíceis de sua vida:

  • Ficar repetindo constantemente o que nos faz sofrer e ficar falando sobre isso toda hora não ajuda a resolver nada, e só gera dor crescente.
  • Antecipar a dor futura, que não sabemos se ocorrerá ou se será facilmente superada, leva-nos a viver na tristeza.
  • A mesma realidade pode ser representada de maneiras diferentes, dependendo de como olhamos para ela. É por isso que nossos piores sofrimentos são aqueles que tememos, por causa do nosso enfoque sobre eles.
  • Você pode ser otimista sem fechar os olhos para a realidade.
  • É importante viver com esperança, porque com o tempo, os fatos e as pessoas adquirem uma importância relativa.
  • Acima de tudo: a vida é maravilhosa.

Antonio entendeu que o sofrimento faz parte da vida e que a dor que causa mais dano é aquela que não é aceita. Portanto, é melhor aprender a nadar em sua realidade, antes que a água te cubra completamente.

Fonte: Aleteia

A história e o significado da medalha de São Bento

 

Guadium Press

Em tempos difíceis como em situações de epidemias, pandemias, doenças e infestações do demônio, a medalha de São Bento é um escudo eficaz.

Redação (Segunda-feira, 21-06-2021, Gaudium PressA Medalha de São Bento é sacramental e poderoso instrumento de proteção contra o demônio, o pecado e toda espécie de males. Ao longo dos séculos, numerosos foram os testemunhos dos que alcançaram graças através desta Medalha: socorro em casos de doenças, proteção contra calúnias, feitiços e acidentes em viagens; conversões e exorcismos de pessoas, além de conceder graças especiais na hora da morte; entre outros inúmeros efeitos.

História da Medalha de São Bento

Sua origem remonta o seguinte fato. Certa vez, um homem, invejoso e inescrupuloso, quis tomar as terras pertencentes à ordem de São Bento na cidade alemã de Metten, onde existia um grande mosteiro. Para isso, recorreu a um grupo de feiticeiras que pediram ao pai da mentira que os arrancasse dali. Durante muito tempo as bruxas pediram ao demônio aquele feito, mas nada conseguiram.

Ora, querendo saber o motivo de não conseguir alcançar seu objetivo, o homem então perguntou a uma das mulheres, que lhe disse: “Nada podemos fazer nos locais onde certa cruz está inscrita”. Assustado, o homem voltou para casa e pouco tempo depois caiu doente. Na hora da morte confessou seus pecados e contou aos que estavam ao seu redor o fato. A notícia correu rapidamente pela região e quando foram averiguar, encontraram em diversas partes do convento a imagem da cruz de São Bento. Esta Cruz que no século XVII afugentou o inimigo infernal e protegeu o convento de Metten é a que encontramos hoje gravada na medalha de São Bento. Mais tarde, a imagem da Santa Cruz foi inserida por uma concessão do Papa Bento XIV (1741).

Guadium Press

Oração da Medalha de São Bento em latim e português

Na face onde vemos a Cruz temos inscrito ao seu redor a palavra PAX (paz), ou seja, o lema da Ordem de São Bento (beneditinos). Às vezes, PAX é substituído pelo monograma de Cristo “IHS”. Assim, para entender a oração da Medalha de São Bento é necessário recorrer às inscrições da própria medalha. Entre os braços da Cruz há quatro iniciais (letras) “C.S.P.B.”, que significam “Crux Sancti Patris Benedicti” – “A Cruz do Santo Pai Bento”

Ao redor temos a oração de um exorcismo que está resumido nas letras:

“C.S.S.M.L”: “Crux Sacra Sit Mihi Lux” – “A Cruz sagrada seja minha luz”.

“N.D.S.M.D”: “Non Draco Sit Mihi Dux” – “Não seja o dragão meu guia”.

“V.R.S.N.S.M.V”: “Vade Retro Satana Nunquam Suade Mihi Vana” – “Retira-te Satanás, nunca me aconselhes coisas vãs!”

“S.M.Q.L.I.V.B” – “Sunt Mala Quae Libas Ipse Venena Bibas” – “É mau o que me ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos!”.

*   *   *   *   *

Não há registros de quando a medalha do Patriarca foi confeccionada por primeira vez; há apenas registros dessa confecção a partir do século XV. A versão final da medalha data do ano 1880, em comemoração dos 1400 do nascimento de São Bento. Por isso, é também chamada de “medalha do jubileu”. A inscrição “Vade retro Satana” indica suas propriedades exorcísticas. Tal medalha também é considerada por alguns como “medalha exorcística”.

Imagem e cruz da medalha de São Bento

No verso da medalha vemos a imagem de São Bento, segurando na mão esquerda o livro da Regra que ele escreveu para os monges e, na outra mão, sustenta uma Cruz; junto a ele vemos um cálice, do qual sai uma serpente, e um corvo. Estes dois símbolos relembram as duas tentativas de envenenamento do Santo.

Escritos ao redor da medalha de São Bento

Ao redor da Imagem de São Bento lê-se: “Eius In Obitu Nro Praesentia Muniamur” – “Sejamos confortados pela presença de São Bento na hora de nossa morte”. Um pedido que unido ao da Ave-Maria, “rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte”, nos enche de confiança no momento presente e na nossa hora derradeira, quando esperamos ouvir dos lábios do Divino Mestre: “Vinde, benditos de meu Pai”.

Guadium Press

Como usar a medalha de São Bento?

A medalha de São Bento pode ser utilizada de acordo com as necessidades do fiel: seja no pescoço, junto ao rosário, no carro, junto ao chaveiro ou em qualquer lugar da casa, por exemplo.

Tentativa de morte e bênção de São Bento

Dois fatos estão gravados na medalha de São Bento. O primeiro ocorreu em um mosteiro próximo à gruta onde São Bento se refugiara, que estava sem abade. Os monges pediram que o Santo assumisse o cargo de superior, mas ele não queria aceitar, explicando que os seus costumes não iriam se harmonizar com os dos monges que levavam uma vida já solta e sem observância da regra. Mas depois de muita insistências dos religiosos, ele acabou aceitando.

Pois bem, São Bento começou então a exigir a observância dos costumes e da regra do mosteiro. Arrependidos pela escolha de tal superior, decidiram matá-lo, colocando veneno na taça de vinho. Quando o servo de Deus sentou-se à mesa, apresentaram-lhe a bebida. Seguindo o costume da casa, estendeu a mão e pronunciou a bênção. No mesmo instante a taça se espatifou, reduzindo-se a cacos. Compreendendo o que havia se passado, levantou-se tranquilamente e reuniu a comunidade, dizendo: “Deus tenha compaixão de vós, irmãos. Por que me quisestes fazer isto? Não vos disse eu previamente que não se harmonizariam os vossos costumes com os meus? Ide, e procurai para vós um Pai consoante à vossa vida; depois disto já não me podereis reter”. Assim, São Bento retornou para sua gruta.

Guadium Press

A inveja de um sacerdote em relação a São Bento

O segundo fato gravado na medalha de São Bento é o de um sacerdote de uma igreja próxima ao mosteiro onde então morava São Bento, começou a invejar as virtudes do santo, e não conseguindo denegrir a pessoa do servo de Deus decidiu matá-lo enviando de presente um pão envenenado.

No momento das refeições, era costume aparecer um corvo que era alimentado diariamente com um pedaço de pão que recebia das mãos de São Bento. Naquele dia, no momento em que a ave apareceu, foi revelado ao santo o crime do presbítero invejoso. São Bento atirou para o corvo o pão inteiro e ordenou que o atirasse para longe, onde ninguém pudesse encontrá-lo. O pássaro tomou o pão no bico e voou para longe, voltando depois sem nada. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Núcleo de Reflexões Pluriétnicas em Manaus: presença de seminaristas indígenas

Núcleo de Reflexões Pluriétnicas em Manaus | Vatican News

Núcleo de Reflexões Pluriétnicas do Seminário São José de Manaus: “construir a nossa integralidade formativa tendo em conta a nossa cultura”.

Padre Modino - CELAM

O Sínodo para a Amazônia abriu novos caminhos na Igreja da Amazônia, também no campo da formação sacerdotal. O Documento Final faz um chamado a fazer realidade uma formação inculturada, “para oferecer aos futuros presbíteros das Igrejas da Amazônia uma formação de rosto amazônico, inserida e adaptada à realidade, contextualizada e capaz de responder aos numerosos desafios pastorais e missionários”.

Aos poucos, estão sendo dados passos nesse sentido, com iniciativas de formação “que responda aos desafios das Igrejas locais e a realidade amazônica”. No Seminário São José de Manaus, que acolhe os seminaristas das 9 dioceses e prelazias do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) uma quarta parte dos seminaristas são indígenas, de 9 povos diferentes.

Os seminaristas indígenas, junto com outros seminaristas não indígenas, têm formado o Núcleo de Reflexões Pluriétnicas, nascido no dia 19 de abril de 2021, dia em que é comemorado o Dia dos Povos Indígenas. Segundo os seminaristas, o objetivo é “valorizar as culturas indígenas dentro da cultura da Igreja e do Seminário”, tendo como fundamento a Querida Amazônia, no propósito de “sonhar junto com o Papa Francisco”.

Processo formativo do Seminário São José | Vatican News
Para refletir sobre a realidade indígena o grupo se reuniu no último sábado, 19 de junho, com a presença do arcebispo de Manaus, dom Leonardo Steiner, o reitor do Seminário São José, padre Zenildo Lima, e o padre Roberto Valicourt, da Pastoral Indigenista da Arquidiocese de Manaus. Segundo Eliomar Sarmento, do povo Tukano, o grupo pretende “construir a nossa integralidade formativa tendo em conta a nossa cultura”. Segundo o seminarista da diocese de São Gabriel da Cachoeira, “cada cultura tem sua cosmovisão, e isso enriquece”, insistindo em que pretendem desenvolver “uma vivência e não só uma reflexão teórica que não se encarna”.

Dentro do processo formativo do Seminário São José, como mergulhar no Evangelho sem deixar de lado as culturas milenares? A partir dessa pergunta surgem três eixos: memória, identidade e projeto. A memória é a origem da vida, algo que está presente na cultura bíblica e nas culturas indígenas. Isso deve levar a transformar a Teologia a partir do conhecimento memorial, sendo necessário uma ligação entre o mundo indígena e não indígena.

Para os indígenas é o passado que sustenta o presente, sem passado o individuo não tem presente. Isso se traduz numa visão da vida e numa educação circular, não linear. Durante muito tempo, na Igreja ninguém entendeu o comportamento do indígena, o que mostra a importância desta iniciativa. Não podemos esquecer que no universo indígena tudo tem a ver com a espiritualidade cósmica e religiosa.

O encontro foi momento para partilhar elementos que fazem parte da cultura e da vida de diferentes povos: macuxi, tikuna, maraguá, kokama, tukano. Foi explicitado o significado da terra e da água, como elementos que governam a vida e dão continuidade, que fazem presentes os antepassados, que dialogam com seu povo através da natureza. Na cultura macuxi, a terra representa a vida do povo e está ligada ao céu, o que os leva a descobrir Deus como força.

Processo formativo do Seminário São José | Vatican News
Na cultura indígena são importantes as festas rituais, os materiais espirituais, as danças rituais, as bebidas cerimoniais, elementos que não podem acabar, pois constituem a identidade dos povos, são um valor precioso para cada indígena, que mostram a interligação presente nas diferentes cosmovisões de cada povo. Tudo isso sem esquecer as dificuldades que muitos indígenas, diante da falta de compreensão, encontram quando eles saem do ambiente da própria cultura. Isso acontece em Manaus, onde muitos indígenas que vivem na cidade, têm vergonha de dizer que são indígenas, segundo o padre Roberto Valicourt. Segundo ele se faz necessário um resgate da cultura entre os indígenas que vivem na cidade, onde muitos jovens não falam mais a língua materna.

Dom Leonardo animou os seminaristas indígenas a recolher as riquezas identitárias, como modo de fazer memória. Segundo o arcebispo de Manaus, é importante “perceber que existem elementos de fundo, pensamentos originários que se juntam”. Nesse sentido, ele destacou que entre os povos originários se desenvolve uma visão desde a totalidade, e não desde o sujeito-objeto, próprio da cultura ocidental.

De um lado nos deparamos com um pensamento circular, relacional, enquanto do outro temos um pensamento informativo, segundo o arcebispo. Isso nos mostra a necessidade das culturas ancestrais, afirmou dom Leonardo Steiner, que agradeceu aos seminaristas pelo momento de encontro e reflexão, que ele considerou muito rico.

Fonte: Vatican News

Papa lamenta que muitos só lembram de Deus nas dificuldades

Papa Francisco durante a oração do Angelus. Foto: Vatican Media
Por Miguel Pérez Pichel

Vaticano, 20 jun. 21 / 11:15 am (ACI).- “Quantas vezes deixamos o Senhor em um canto, no fundo do barco da vida, para despertá-lo apenas no momento da necessidade!”. Com essas palavras, o papa Francisco lamentou que, em muitas ocasiões, os fiéis se esquecem do Senhor, e só recorrem a Ele quando enfrentam dificuldades.

Durante a oração do Angelus neste domingo, 20 de junho, no palácio apostólico do Vaticano, o Santo Padre afirmou que “o medo só nos faz ver as dificuldades, os problemas complicados, e não olhar para Jesus”. Ele comentou o texto do Evangelho no qual Jesus, com os discípulos no barco, acalmou a tempestade ao navegar pelo mar da Galiléia. “A barca na qual os discípulos atravessavam o lago foi assaltada pelo vento e pelas ondas e eles ficaram com medo de naufragar. Jesus estava com eles no barco, porém, ficou na popa, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos, cheios de medo, gritaram-lhe: ´Mestre, não te importa que pereçamos?´”.

O papa explicou que “muitas vezes nós também, assaltados pelas provações da vida, gritamos ao Senhor: ‘Por que ficas em silêncio e não fazes nada por mim?`. Sobretudo quando parece que afundamos”.

“São muitos os momentos nos quais nos sentimos em meio a uma tempestade, nos sentimos quase acabados. Nessas situações e em muitas outras, nos sentimos sufocados pelo medo e, como os discípulos, corremos o risco de perder de vista aquilo que é o mais importante”.

O Santo Padre afirmou que, “na barca, apesar de estar dormindo, Jesus está lá e compartilha com seus discípulos tudo o que está acontecendo. Seu sono, se por um lado nos surpreende, por outro nos põe à prova”. Porque “o Senhor está lá, atento. Ele espera que nós o chamemos para participar, que supliquemos a ele, que o coloquemos no centro das nossas vivências. Seu sono nos convida a acordar. Porque, para ser discípulos de Jesus, não basta acreditar que Deus está presente, que Ele existe, mas é preciso se relacionar com Ele, também é necessário levantar com Ele a nossa voz, gritar a Ele”.

Nesse sentido, Francisco disse que “a oração muitas vezes é um grito: ´Senhor, salva-me´. Hoje é o Dia do Refugiado. Muitos que vêm de barco, no momento que afundam, gritam: ´salvem-me´. Na nossa vida acontece a mesma coisa: ´Senhor, salva-me', e a oração torna-se um grito”.

“O Evangelho”, continuou o papa ao explicar as Escrituras, “nos diz que os discípulos se aproximaram de Jesus, o despertaram e falaram com ele. Este é o começo de nossa fé: reconhecer que sozinhos não somos capazes de permanecer à tona, que precisamos de Jesus, como os marinheiros precisam das estrelas para encontrar o caminho”.

“A fé começa com a crença de que não somos suficientes para nós mesmos, com o sentimento de necessidade de Deus. Quando superamos a tentação de nos fecharmos em nós mesmos, quando superamos a falsa religiosidade que não quer perturbar Deus, quando clamamos a Ele, Ele pode fazer maravilhas em nós. É o poder suave e extraordinário da oração, que faz milagres”, disse o pontífice.

Ao escutar as súplicas de seus discípulos, Jesus “acalma o vento e as ondas. E lhes propõe uma pergunta, que também repercute em nós: Por que tendes medo? Ainda não tendes fé?  Os discípulos tinham se deixado levar pelo medo, porque ficaram olhando para as ondas ao invés de olhar para Jesus”.

“E o medo só nos faz ver as dificuldades, os problemas complicados, e não olhar para Jesus, que muitas vezes dorme. Também é assim conosco: quantas vezes ficamos olhando para os problemas em vez de ir ao Senhor e encomendar nossas preocupações a Ele! Quantas vezes deixamos o Senhor em um canto, no fundo do barco da vida, para despertá-lo apenas no momento da necessidade!”, lamentou o Santo Padre.

Ao final, o papa Francisco encorajou os fiéis a pedir, “hoje, a graça de uma fé que não se canse de procurar o Senhor, de bater à porta do seu coração”.

Fonte: ACI Digital

Santos João Fischer e Tomás More, bispos e mártires

SS. João Fischer e Tomás More | Paulus
22 de junho
Santos João Fischer e Tomás More

Em 1935 Pio XI, canonizando no mesmo dia estes dois santos, que sofreram a decapitação pela coragem com que defenderam sua fé, os propôs como “dois exemplos de fidelidade aos cristãos da nossa época”. O machado do carrasco, que decepou as suas vidas em 1535, atingiu muitos outros católicos, réus por não haverem aderido ao assim chamado: “Atos de supremacia”, mediante o qual Henrique VIII tinha se proclamado chefe da Igreja nacional inglesa, porque o papa se negara a dar-lhe o divórcio de sua primeira mulher, Catarina, para ele poder desposar Ana Bolena. Os dois santos de hoje são as duas vítimas mais ilustres das pretensões do rei.

João Fisher nasceu em Beverley em 1469, e ordenado padre aos vinte e dois anos, foi, como o amigo Tomás More, homem de grande cultura. Mas à vasta erudição, que fez dele verdadeiro filho de sua época, uniu grande zelo e total abnegação no exercício de seus deveres de bispo da pequena diocese de Rochester, para cuja sede fora eleito em 1504, juntamente com o cargo de Chanceler da universidade de Cambridge. Aceitou serenamente a condenação à morte, que foi executada a 22 de junho de 1535, um mês após sua elevação à dignidade cardinalícia, com a qual Paulo III quis honrá-lo pela sua fidelidade e coragem.

Quinze dias após foi condenado Tomás More, também ele como réu de não ter reconhecido ao rei a pretensa supremacia espiritual. Nascido em Londres em 1477, quando jovem, Tomás queria consagrar-se totalmente a Deus, em mosteiro cartuxo; empreendeu, porém, a carreira legal, subindo ao ápice da notoriedade com a nomeação de chanceler da Inglaterra em 1529. Pai de quatro filhos teve sempre comportamento exemplar. Levantava-se às duas da madrugada para rezar e estudar até às sete, hora em que ia à missa. Nem mesmo uma intimação do rei podia interromper seus exercícios de piedade. Fechado na Torre de Londres, aguardando o processo que ocorreu a 1º de julho de 1535, escreveu O diálogo do conforto contra as tribulacões, uma obra-prima da língua inglesa. Corajoso e tranquilo, sobre o patíbulo, ainda encontrou força de brincar com seu carrasco: “Ajude-me a subir; para descer, deixe por minha conta”. Recitou o Salmo Miserere, pôs uma venda nos olhos e inclinou a cabeça sobre o cepo. Sua cabeça foi exposta sobre um poste, na ponte de Londres, durante um mês; depois a filha predileta, Margarida, evitou que fosse jogada no rio, pagando uma grande soma de resgate. Celebérrima é a sua Utopia. Célebre é também sua Oração para o bom humor.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

Fonte: https://www.paulus.com.br/

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Do Tratado sobre a verdadeira imagem do cristão, de São Gregório de Nissa, bispo

S. Gregório de Nissa | Instituto Hesed

Do Tratado sobre a verdadeira imagem do cristão, 

de São Gregório de Nissa, bispo

(PG46,254-255) (Séc.IV)

O cristão, outro Cristo

Paulo sabe quem é Cristo, mais acuradamente do que todos. Com efeito, por suas atitudes mostrou como deve ser quem recebe o nome do Senhor, porque o imitou tão exatamente que revelou em si mesmo o próprio Senhor. Por tal imitação cheia de amor, transferiu seu espírito para o Exemplo, de modo que não mais parecia ser Paulo e sim Cristo, como ele mesmo bem o diz, reconhecendo a graça em si: Quereis uma prova daquele que em mim fala, o Cristo. E mais: Vivo eu, já não eu, mas é Cristo quem vive em mim.

Manifestou então para nós que força possui este nome de Cristo, ao dizer que Cristo é a Virtude de Deus, a Sabedoria de Deus e deu-lhe os nomes de Paz, Luz inacessível onde Deus habita, Expiação, Redenção, máximo Sacerdote e Páscoa, Propiciação pelas almas, Esplendor da glória e Figura de sua substância, Criador dos séculos, Alimento e Bebida espirituais, Pedra e Água, Fundamento da fé e Pedra angular, Imagem do Deus invisível, grande Deus, Cabeça do Corpo da Igreja, Primogênito da nova criação, Primícias dos que adormeceram, Primogênito entre os mortos, Primogênito entre muitos irmãos, Mediador entre Deus e os homens, Filho unigênito coroado de glória e de honra, Senhor da glória, Princípio das coisas e Rei da justiça, e ainda de Rei da paz, Rei de tudo, Possuidor do domínio sobre o reino que não tem limites.

Com esses e outros nomes do mesmo gênero designou o Cristo, nomes tão numerosos que não se pode contá-los com facilidade. Se forem combinadas e enfeixadas as significações de cada um, eles nos mostrarão o admirável valor e majestade deste nome, Cristo, que é impossível de traduzir-se por palavras, mas pode ser demonstrado, na medida em que conseguimos entendê-lo com nosso espírito.

Por ter a bondade de nosso Senhor nos concedido o primeiro, o maior e o mais divino de todos os nomes, o nome de Cristo, nós somos chamados “cristãos”. É necessário, então, que se vejam expressos em nós todos os outros nomes que explicam o nome do Senhor, para não sermos falsamente ditos “cristãos”; mas o testemunhemos com nossa vida.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Providentissimus Deus (Parte 1/5)

Papa Leão XIII | Veritatis Splendor

PROVIDENTISSIMUS DEUSDO PAPA LEÃO XIII

SOBRE OS ESTUDOS BÍBLICOS

Veneráveis irmãos, saúde e benção apostólica

1. Deus providentíssimo, que por um admirável desígnio da sua caridade, elevou o gênero humano, desde a sua origem, a participante da natureza divina, e depois, regenerado da culpa e pena universal, o restituiu á pristina dignidade, dignou-se liberalizar-lhe uma graça singular revelando-lhe por meios sobrenaturais os arcanos da sua divindade, sabedoria e misericórdia. E, se bem que na revelação divina há verdades accessíveis a inteligência humana, foram, todavia, reveladas ao homem para que lograssem ser conhecidas por todos, dum modo expedito, com firme certeza, sem mescla de erro; não porque para tais verdades fosse de absoluta necessidade a revelação divina, mas porque Deus em sua infinita bondade ordenou o homem a um fim sobrenatural.

Ora, esta revelação sobrenatural está contida, consoante no-lo ensina a crença da Igreja universal, já nas tradições orais, já nos livros sagrados e canónicos, assim chamados, por isso que, escritos sob o influxo do Espírito Santo, têm a Deus por autor e como tais foram confiados â sua Igreja. Esta é a crença que, acerca dos livros de ambos os Testamentos, a Igreja sempre e em toda a parte publicamente professou; e são conhecidos os documentos tão antigos como autorizados, onde se diz que aquele Deus que falara primeiramente pelos profetas, depois por si e, finalmente, pelos apóstolos, esse mesmo é o autor da Escritura canónica, oráculo e palavra de Deus, uma como carta enviada pelo Pai celeste e transmitida pelos apóstolos ao género humano, peregrino longe da pátria. Sendo, pois, tão remontada a excelência e dignidade das Escrituras, oriundas do próprio Deus, e sendo altíssimos os mistérios, desígnios e maravilhas que encerra, é da mais subida excelência e utilidade aquela parte da sagrada teologia que tem por fim interpretar e defender a doutrina contida nos livros divinos. Por isso é que Nós, assim como diligenciamos, mediante repetidas cartas e exortações, promover, e não sem fruto, mercê de Deus, o esplendor de outras disciplinas de grande momento para a gloria de Deus e salvação das almas, assim também de ha muito assentamos excitar e recomendar o nobilíssimo estudo das sagradas Letras, imprimindo-lhe a direção que as circunstâncias dos tempos reclamam. A solicitude do nosso múnus apostólico move-nos e como que nos impele a que não só seja conhecida com segurança e fruto para a grei cristã aquela preclaríssima fonte da revelação católica, mas também a que não consintamos que seja nem ao de leve violada por aqueles que, ousada e impiamente, impugnam a sagrada Escritura ou com falazes e imprudentes inovações tramam contra ela. Bem sabemos, veneráveis irmãos, que muitos católicos, varões de grande engenho e doutrina, se dedicam de boa mente e animo inquebrantável a defesa dos Livros sagrados ou a tornar mais nítido e vasto o seu conhecimento e sentido. E se louvamos, como é de razão, tais e tão frutuosos trabalhos, não podemos deixar de exortar instantemente outros varões cujo talento, doutrina e piedade prometem grandes cousas, a que sigam o louvável propósito daqueles. É nosso veemente desejo que seja grande o número dos defensores das Letras divinas e que permaneçam constantes nesta missão, principalmente os que a graça divina chamou ao santuário, pois que a estes com toda a justiça impende a obrigação de as ler com mais diligência e indústria, de as meditar e explicar.

2. A razão principal que torna altamente recomendável este estudo, não falando já da sua excelência e do obsequio devido á palavra de Deus, está nos grandes bens que, segundo a promessa infalível do Espírito Santo, dele dimanam: —Toda a Escritura, divinamente inspirada, é útil para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e aparelhado para toda a obra boa. O exemplo de Cristo e dos apóstolos mostra-nos que com tal desígnio nos foram dadas as Escrituras. Jesus Cristo — que pelos seus milagres conquistou autoridade, pela autoridade mereceu fé, pela fé atraiu as multidões — costumava apelar para as sagradas Letras como testemunhas da sua missão divina. Com as Escrituras mostra que não só é legado de Deus, mas verdadeiro Deus; delias deduz argumento para ensinar os discípulos e confirmar a sua doutrina, para vingar a sua pregação das calúnias dos detratores, para arguir os fariseus e saduceus e confundir o próprio Satanás, quando impudentemente o tentava; às mesmas Escrituras recorreu, enfim, nos derradeiros momentos da sua vida mortal, e, depois de ressuscitado, as explicou aos seus discípulos até à sua ascensão à gloria do Pai. Fiéis à palavra e mandatos do Mestre, os apóstolos, ainda que em nome de Cristo operavam milagres, hauriram, todavia, dos Livros divinos aquela extraordinária eficácia com que difundiram entre os gentios a sabedoria cristã, reduziram a obstinação dos judeus e esmagaram as heresias nascentes. Assim no-lo dizem as pregações apostólicas e nomeadamente as do B. Pedro, onde brilha, deduzido de várias passagens do velho Testamento, firmíssimo argumento em prol da nova Lei. O mesmo facto achamos consignado nos Evangelhos de S. Matheus e S. João, nas Epistolas católicas, e, dum modo brilhantíssimo, no testemunho daquele que se gloria de ter aprendido aos pés de Gamaliel a lei de Moisés e os Profetas, a fim de que, munido de auxílios espirituais, pudesse confiadamente dizer: As armas da nossa milícia não são carnais, mas o poder de Deus. Pelo exemplo, pois, de Cristo e dos apóstolos intendam todos, e nomeadamente os alunos da milícia sagrada, quão grande seja o preço das Letras divinas e com que fervor e piedade devem recorrer a elas como a um bem provido arsenal, porque não há, para os que têm de ensinar a doutrina católica a doutos e indoutos, mais opulenta fonte de provas, nem mais persuasiva demonstração de Deus, bem sumo e perfeitíssimo e das obras que proclamam a sua glória e bondade. Acerca do Redentor do género humano, o magistério da Bíblia é, sobre abundante, duma clareza inexcedível; e com razão afirma S. Jeronimo que — ignorar as Escrituras, o mesmo é que ignorar a Cristo. Ha, com efeito, nas Escrituras uma como imagem viva e inspiradora de Cristo que nos alenta na adversidade, nos exorta a prática da virtude e nos incita ao amor divino. Relativamente à Igreja, as sagradas Páginas subministramos tantos e tão peremptórios argumentos da sua instituição, natureza, poderes e graças, que S. Jeronimo pode dizer com inteira verdade: — É um baluarte da Igreja aquele que está apercebido com o estudo das sagradas Escrituras —. Para a formação dos costumes e disciplina moral têm os varões apostólicos, na Bíblia, ótimos e abundantes subsídios preceitos da mais sublime santidade, exortações opulentas de doçura e eficácia, exemplos insignes de todas as virtudes, a promessa divina duma eternidade de prémios e a cominação de penas eternas também.

3. Esta virtude própria e peculiar das Escrituras, oriunda da inspiração do Espírito Santo, dá novo realce a autoridade do orador sagrado, robustece a liberdade apostólica com que deve falar e inspira-lhe uma eloquência por igual enérgica e vitoriosa. O orador que informa a sua pregação do espírito e da força do verbo divino, esse não prega só de palavra, mas com eficácia, com a virtude do Espírito Santo, logrando abundante fruto. Procedem mal e desatinadamente os oradores sagrados que, anunciando a palavra de Deus, põem quase completamente de parte os argumentos divinos, para que nos seus discursos mais avultem as palavras da ciência e da prudência humana. Os discursos de tais oradores, por mais brilhantes que sejam, tornam-se necessariamente áridos e frios, como não os inflama o fogo da palavra de Deus; estão muito longe daquela virtude que informa a palavra divina, viva e eficaz, mais penetrante que a espada de dois gumes, e que vae até ao íntimo da alma. Assentindo ao juízo de graves autoridades, tenhamos como certo que há nas sagradas Letras uma eloquência admiravelmente variada, opulenta e digna dos mais alevantados assumptos. Assim o afirma e largamente demonstra Santo Agostinho, assim o confirmam oradores sagrados excelentes e beneméritos que, rendendo graças a Deus, confessam dever o seu renome principalmente ao estudo assíduo e pia meditação da Bíblia.

4. Bem conhecidas foram e aproveitadas pelos Santos Padres todas estas riquezas das Letras divinas, por isso lhe tecem incessantes louvores e exaltam os seus frutos. Às Escrituras recorrem frequentemente, já como a tesouro opulentíssimo de celeste doutrina, já como a fonte perene de salvação, ora propondo-no-las como férteis e ameníssimos prados onde a grei cristã recebe admirável e delicioso pasto. Vem aqui muito a propósito aquelas palavras de S. Jeronimo ao clérigo Nepociano: — “Lê muitas vezes as divinas Escrituras, ou antes, nunca interrompas a lição sagrada, instrui-te para instruíres os outros. . . seja a linguagem do presbítero toda baseada na lição das Escrituras”. É também o sentir de S. Gregório Magno, o doutor que mais sabiamente descreveu os múnus dos pastores da Igreja: — “Para os que se dedicam ao ofício da pregação é de necessidade o estudo assíduo das sagradas Letras”. Apraz-nos recordar a admoestação de Santo Agostinho, o qual afirma que — “é vão pregador da palavra de Deus aquilo que a não tem gravada em sua alma”. O mesmo S. Gregório Magno ordena aos oradores sagrados que— “antes de recitarem os seus discursos, metam a mão na sua consciência, para que não suceda que, condenando as ações dos outros, a si próprios se condenem”, seguindo a palavra e o exemplo de Cristo que inaugurou a sua vida apostólica ensinando e praticando, o apostolo preceitua tal doutrina não só a Timóteo, senão também a toda a hierarquia clerical olha por ti e pela instrução dos outros, insta nestas cousas, porque, procedendo assim, lograrás a tua salvação e a dos próximos. Ha, na verdade, nas sagradas Letras excelentes subsídios, abundantíssimos nos Salmos, para a perfeição própria e alheia, mas que só aproveitam aos de animo dócil e atento, de vontade piedosa e rendida á palavra divina. Não é o mesmo nem de vulgar conhecimento o desígnio e a traça de todos os livros sagrados; mas, como foram escritos sob o influxo do Espírito Santo e contêm cousas gravíssimas, em muitos lugares recônditas e difíceis, havemos necessidade, para as intender e expor, do — advento — do mesmo Espírito, isto é, das suas luzes e graças que, como instantemente no-lo persuade a autoridade do salmista inspirado, devemos implorar com humilde prece e fielmente guardar mediante uma vida santa.

5. Daqui vem a providência sobre todo o encarecimento admirável com que a Igreja estabeleceu leis sabias e criou instituições, a fim de— conservar no devido acatamento aquele tesouro celeste dos livros sagrados que a suma liberalidade do Espírito Santo concedeu aos homens. Assim pois determinou a Igreja não só que uma grande parte das Escrituras fosse recitada e piedosamente meditada no ofício quotidiano da salmodia divina, senão também que varões idôneos as expusessem e interpretassem nas Igrejas catedrais, mosteiros e conventos de regulares, onde tais estudos pudessem comodamente estabelecer-se, impondo além disto aos pastores de almas o dever de subministrar aos fiéis, ao menos nos domingos e dias santificados, o pasto salutar do Evangelho. Deve-se ainda ao zelo e solicitude da Igreja aquele culto da Sagrada Escritura que atravessou sempre vivo todas as idades e sempre fecundo em opimos frutos.

6. E, para dar mais força ao nosso asserto e às nossas exortações, apraz-nos consignar que, desde o alvorecer do cristianismo, floresceram no estudo das sagradas Letras muitos varões insignes na ciência das cousas divinas e em santidade. S. Clemente Romano, Santo Ignácio de Antioquia, S. Policarpo, discípulos imediatos dos apóstolos, e, dentre os apologistas, S. Justino e Santo Irineu, hauriram principalmente das Escrituras aquela fé, energia e unção com que, nas suas epístolas e livros, ora defendiam ora recomendavam os dogmas católicos. Nas mesmas escolas catequéticas e teológicas instituídas em muitas Sés episcopais, nas celebérrimas cátedras de Alexandria e Antioquia, abertas ao ensino, o magistério quase todo se resumia na leitura, exposição e defesa da palavra de Deus escrita. De tais institutos [saiu uma legião de Padres e escritores cujo talento fecundo e obras de subido valor, durante o longo período de três séculos, mereceram que aquela época fosse dado, e com toda a justiça, o título de idade áurea da exegese bíblica. Entre os orientais ocupa um lugar primacial Orígenes, admirável pela perspicácia do seu talento e tenacidade no estudo. Aos seus muitos escritos, a sua momentosa obra das Héxaplas, recorreram quase todos que se lhe seguiram. Ha a acrescentar a estes uma numerosa plêiade de escritores que alargaram o âmbito da exegese, sobressaindo, entre os mais distintos, em Alexandria, Clemente e Cirilo; na Palestina, Eusébio e Cirilo de Jerusalém; na Capadócia, Basílio Magno e os dois Gregórios, Nazianzeno e Nisseno; em Antioquia, aquele João Chrysostomo em cuja pena de exegeta a excelência da doutrina disputa primazias com a sublimidade da eloquência. Não menor é o esplendor da exegese no Ocidente. Entre os muitos que tanto se avantajaram nesta disciplina fulgem os nomes de Hilário e Ambrósio, de Leão e Gregório Magno, e, com brilho especial, os de Agostinho e Jeronimo; o primeiro, de admirável agudeza de engenho na investigação do sentido da palavra de Deus e de não menos admirável fecundidade em deduzir da mesma palavra divina argumentos em prol da verdade católica; o segundo, notável pela sua rara erudição bíblica e momentosos trabalhos escriturísticos, bem mereceu que a Igreja o proclamasse Doutor máximo.

7. Desde então até ao século XI, ainda que os estudos bíblicos não tenham logrado aquele esplendor, nem produziram aqueles frutos que nos séculos idos, floresceram, todavia, principalmente nas obras de escritores eclesiásticos. Cuidaram estes com efeito em colecionar o que de mais importante escreveram os antigos, em dispô-lo ordenadamente, e enriqueço-o de novas investigações, e tais foram os trabalhos de Isidoro de Sevilha, de Beda e Alcuino principalmente; em ilustrar de glosas os sagrados códices, como fizeram Valafridio e Anselmo de Laon; em firmar com novos argumentos a integridade do texto sagrado e este foi o trabalho de S. Pedro Damião e Lanfranco. No século XII muitos teólogos houveram que cultivaram com merecido louvor a exposição alegórica da Sagrada Escritura; a todos, porém se avantajou S. Bernardo, cujos sermões são, na sua quase totalidade, extraídos das sagradas Letras.

Fonte: Portal Veritatis Splendor

4 motivos para você perdoar

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O perdão traz tranquilidade e autocontrole. Alimentar o rancor e o ressentimento só te fará mal.

1. Você se livra daquela sensação ruim

Todas as vezes que você lembra da pessoa que te feriu vem aquela sensação ruim. Naturalmente seu corpo reage às emoções negativas. No momento em que você para de relembrar a ofensa, abre espaço para colocar a atenção nas coisas boas da vida. E assim passa a aproveitar melhor o presente, deixando de reviver os sofrimentos que já fazem parte do passado.

2. Você deixa de dar poder à outra pessoa

Ficar remoendo um acontecimento ruim só vai dar à pessoa responsável pela ofensa o poder de te fazer sofrer. Será que é isso que você quer? E, quem sabe, não é exatamente isso que essa outra pessoa quer?

Proteja seus sentimentos. Quando uma pessoa tenta ofender alguém e não consegue, ela fracassa. Além de ter que conviver com seus próprios problemas e com sua infelicidade, não vai conseguir transmitir nada disso para você.

3. Você se afasta emocionalmente

Se a pessoa que te ofendeu é uma pessoa de poucas virtudes e de comportamentos questionáveis, isso é mais uma razão para você não alimentar pensamentos relacionados com essa pessoa. O melhor é se libertar da raiva que acaba te mantendo ligado a quem você não quer.

4. Você deixa de se concentrar nas suas mágoas

Ficar vivendo a mágoa e o ressentimento nos leva a desviar nossa atenção do que realmente vale a pena. Se você quer que aconteçam coisas boas na sua vida, precisa olhar com mais otimismo para o presente. Sinta alegria pelo seu dia de hoje e pelas pessoas que hoje convivem com você. Perdoe e esqueça quem te prejudicou no passado. A importância que você dá aos acontecimentos define o que será importante na sua vida. Não supervalorize as ofensas.

O perdão traz tranquilidade e autocontrole. Alimentar o rancor e o ressentimento só te fará mal.

Fonte: Aleteia

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF