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sábado, 7 de agosto de 2021

Estudo revela o impacto da Covid-19 sobre padres e outros religiosos

Pascal Deloche | Godong
Por J-P Mauro

A Associated Press sugere que a pandemia pode ter agravado ainda mais a escassez de padres católicos em alguns países.

Mais de um ano após o início da pandemia, a Associated Press (AP) examinou o efeito da Covid-19 sobre os religiosos católicos.

O relatório se concentra em dados de alguns dos países mais afetados pela pandemia, observando que nem todos os que sucumbiram à doença eram idosos, embora estes obviamente representem a maior porcentagem de vítimas.

Muitos dos falecidos adoeceram enquanto trabalhavam na linha de frente com profissionais de saúde. Além disso, a Associated Press sugere que a pandemia pode ter agravado ainda mais a escassez de padres católicos em alguns países.

Índia

Na primavera de 2021, houve um aumento drástico nos casos de Covid-19 e consequentes mortes na Índia. De acordo com a AP, no mês de abril morreram dois padres ou freiras por dia no país.

As taxas de mortalidade foram mais altas nas regiões que sofreram por causa do clima. No início da onda de infecções deste ano, as condições climáticas impediram a distribuição de vacinas. Estima-se que mais de 500 padres e freiras morreram de Covid desde meados de abril na Índia.

Itália e Brasil

A Itália foi um dos países mais afetados no início da pandemia. Estima-se que 292 padres diocesanos morreram entre março de 2020 e março de 2021 pela Covid-19. Este número é quase igual ao de novas ordens no mesmo período, 299.

Da mesma forma, o Brasil tem visto taxas muito altas de infecção entre padres católicos. A AP relata o contágio de cerca de 1.400 padres brasileiros, 65 dos quais morreram. Entre as vítimas fatais estão três bispos e o cardeal Eusébio Scheid, de 88 anos.


Estados Unidos

A pandemia de Covid-19 também impactou gravemente os Estados Unidos. Mas o relatório da AP indica que não há estatísticas disponíveis a esse respeito. Desde março de 2020, mais de 600.000 americanos morreram pela doença.

Embora o relatório não mencione números específicos, ele indica que centenas de freiras morreram. Essas mortes ocorreram em todo o país e, na maioria dos casos, aconteceram entre pessoas que vivem em comunidades.

Muitas das vítimas eram freiras aposentadas que trabalharam na área de educação ou medicina. Somente a ordem das Irmãs Felicianas, por exemplo, perdeu 21 religiosas em quatro conventos.

Fonte: Aleteia

Nova Zelândia renovará sua consagração a Nossa Senhora

Guadium Press
O anúncio foi feito no site da Conferência Episcopal da Nova Zelândia, que ressaltou que se invocará a proteção de Maria Santíssima à nação.

Redação (06/08/2021 09:15, Gaudium Press) Após inúmeros pedidos feitos ao episcopado neozelandês e por ocasião da Solenidade da Assunção de Maria aos céus, celebrada no dia 15 de agosto, a Igreja Católica presente na Nova Zelândia renovará a consagração do país a Nossa Senhora.

Guadium Press

Invocando a proteção de Maria Santíssima ao país

O anúncio foi feito no site da Conferência Episcopal da Nova Zelândia, que ressaltou que invocará a proteção de Maria Santíssima à nação, sobretudo em tempos tão preocupantes para a humanidade, que ainda vive os traumas e tristezas de uma pandemia que insiste em permanecer assombrando a sociedade.

Guadium Press

Lançamento de website inteiramente dedicado a Nossa Senhora

Uma das iniciativas previstas para a ocasião, é o lançamento de um site inteiramente dedicado a Nossa Senhora (www.tearaamaria.nz). Ali os internautas poderão consultar todas as informações sobre os eventos do ano, além de uma seção inteiramente dedicada aos acontecimentos históricos, dentro os quais se destaca a consagração da Nova Zelândia a Nossa Senhora Assunta aos Céus realizada por Dom Jean-Baptiste Pompallier em janeiro de 1838.

Guadium Press

Santuário Nacional de Maria Assunta ao Céu

A Missa na Solenidade da Assunção, será celebrada na Igreja Santa Maria dos Anjos, em Wellington, por todos os Bispos católicos da Nova Zelândia. A partir desta data, o templo se tornará o Santuário Nacional de Maria Assunta ao Céu. Na ocasião também será apresentada a obra de arte Maria com o Menino, no estilo Aotearoa. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

A esponsalidade de Cristo nos sinóticos - II parte

Praça de São Pedro | Vatican Media

"No Antigo Testamento, é muito rica para Israel a imagem da relação esponsal para exprimir o amor de Deus ao seu povo. Diante da imagem preparada pelos profetas, o Novo Testamento apresenta Jesus Cristo como Esposo para o povo de Deus".

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

A Constituição Dogmática Lumen Gentium tem oferecido ao padre Gerson Schmidt* a oportunidade para nos falar sobre as diferentes imagens da Igreja presentes nos textos sagrados. Em particular, o sacerdote gaúcho tem aprofundado a imagem da "Igreja como esposa de Cristo”. E visto a importância deste tema, na edição de hoje deste nosso espaço padre Gerson nos propõe uma segunda reflexão sobre a esponsalidade de Cristo nos Sinóticos, dando continuidade ao programa precedente:

"Estamos aprofundando o tema da esponsalidade de Cristo com a Igreja, tendo como base a imagem da Lumen Gentium da Igreja como “esposa de Cristo”, que mais do que simbólica, é teológica. Acreditamos não ser apenas um símbolo, uma imagem ou uma analogia qualquer. Cremos que, de um rico simbolismo bíblico, passa-se a compreensão da essência e identidade de Cristo e da Igreja. No Novo Testamento, distintos testemunhos nos dão a compreensão da Nova Aliança com característica nupcial, na qual Cristo é o Esposo e, aos poucos, aparecendo a Igreja como a Esposa. Jesus, usando parábolas, compara o Reino dos céus a um banquete organizado por um rei para o casamento do filho (cf. Mt 22, 2), ou então das virgens saindo ao encontro do noivo que chega (cf. Mt 25, 1-13), ou a servos que esperam seu senhor voltar das núpcias (cf. Lc 12, 36).

Nas parábolas dos evangelhos há um rico simbolismo nupcial. Já refletimos a parábola do banquete nupcial. Na parábola das dez virgens, descrita em Mt 25, 1-13, encontra-se a analogia esponsal usada por Jesus para fazer compreender o seu pensamento acerca do Reino de Deus e da Igreja, ou seja, naquilo em que ele se concretiza. Chama-se à prontidão, à vigilância, ao empenho fervoroso na expectativa do Esposo. Só cinco das dez virgens preocuparam-se para que suas lâmpadas se acendessem à chegada do esposo para a realização do cortejo nupcial. As outras são insensatas, improvidentes, não levando azeite consigo para manter a tocha acesa. O relato não se detém em descrever o cerimonial das núpcias. Nem menciona a noiva. A atenção centraliza-se no comportamento das dez virgens que esperam pelo noivo. Do início ao fim do escrito, conta-nos o comportamento e as atitudes das dez virgens. É em função do noivo que se define toda a dinâmica da parábola.

Jesus utilizou a descrição de um típico casamento judaico da época nessa parábola. Era costume que o noivo fosse acompanhado de seus amigos, tarde da noite, à casa da noiva. Lá, a noiva o esperava com suas damas de honra (as virgens), que, ao serem avisadas da aproximação do esposo, deviam sair com suas lâmpadas para iluminar o caminho do noivo até a casa, onde haveria a celebração das núpcias.  Ao longo dos anos, grandes teólogos aplicaram interpretações diferentes sobre essa Parábola das Dez Virgens. Todos concordam que o Noivo é Cristo.  A Igreja é a noiva e não as madrinhas. O fato de todas cochilarem, seria a nossa morte. Também os exegetas defendem que a voz que anuncia o Noivo é a voz dos profetas que proclamaram que o Messias viria.  Sob este aspecto as virgens insensatas são os judeus que acreditavam que sua religiosidade seria suficiente e não se prepararam para a chegado do Messias(noivo), enquanto as prudentes seriam os judeus que reconheceram que Jesus é o Cristo e, estes, pertencem então aos remanescentes que serão salvos e entrarão na festa nupcial.

“O ensinamento principal da parábola é a exortação à vigilância: na prática é ter a luz da fé, que se mantém viva com o azeite da caridade. Entre os Hebreus as bodas celebravam-se em casa do pai da desposada. As virgens são as jovens não-casadas, damas de honra da noiva, que esperam em casa desta a vinda do esposo. A atenção da parábola centra-se na atitude que se deve adotar até à chegada do esposo. Com efeito, não é suficiente saber-se dentro do Reino, a Igreja, mas é preciso estar vigilante e prevenir com boas obras a vinda de Cristo”.

Comentando essa Parábola das Virgens que esperam o noivo, o Papa Francisco dizia: “Ao contrário, se formos vigilantes e procurarmos praticar o bem com gestos de amor, partilha e serviço ao próximo em dificuldade, poderemos permanecer tranquilos enquanto esperamos a vinda do esposo: o Senhor poderá chegar a qualquer momento, e nem sequer o sono da morte nos apavora, porque dispomos de uma reserva de óleo, acumulada com as boas obras de todos os dias. A fé inspira a caridade, e a caridade preserva a fé” ¹. O óleo é para Hilário de Poitiers as boas obras, para São João Crisóstomo o amor ao próximo, esmolas e ajuda aos pobres e necessitados, e para Orígenes, a Palavra e o ensinamento de Deus, com quem a alma é enchida como um vaso".

*Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.

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¹Papa Francisco, Angelus, Praça São Pedro, Domingo, 12 de novembro de 2017. 

Fonte: Vatican News

As 365 audiências gerais de Francisco: a alegria de encontrar Jesus

Papa Francisco durante a audiência geral  (Vatican Media)

Após a pausa de julho, o Papa retoma seus encontros de quarta-feira com os fiéis. Neste ciclo de catequeses, comenta a Carta aos Gálatas na qual São Paulo indica o primado da graça sobre a lei, o caminho libertador e sempre novo de Jesus Crucificado e Ressuscitado.

Sergio Centofanti - Vatican News

Nesta quarta-feira, 4 de agosto, o Papa retomará as audiências gerais na Sala Paulo VI após a pausa de julho. Em quase oito anos e meio de seu pontificado, Francisco realizou 365 audiências, como relatado no site oficial do Vaticano, vatican.va, que também inclui as audiências jubilares de sábado por ocasião do Ano Santo da Misericórdia.

O centro do Evangelho é Jesus que morreu e ressuscitou por nós

Praticamente um ano inteiro de catequeses, simples e profundas, destinadas a propor, como lemos na Evangelii gaudium, aquele "frescor original do Evangelho" (EG 11) que enche de alegria o coração e a vida daqueles que encontram Jesus. No centro está "a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo que morreu e ressuscitou" para nossa salvação (EG 36): é da alegria de sentir-se amado, perdoado e salvo que nasce a evangelização.

As catequeses de Francisco

Dezessete ciclos temáticos foram realizados até o momento. O primeiro retomou as reflexões de Bento XVI sobre o Credo para o Ano da Fé (25 catequeses). Estes são os outros temas: os Sacramentos (9), os Dons do Espírito Santo (7), a Igreja (15), a Família (36), a Misericórdia, por ocasião do Jubileu (49), a Esperança Cristã (38), a Santa Missa (15), o Batismo (6), a Confirmação (3), os Mandamentos (17), a Oração do Pai Nosso (16), os Atos dos Apóstolos (20), as Bem-aventuranças (9), a Oração (38), o ciclo dedicado ao tema da pandemia, intitulado "Curar o mundo" (9) e o último ciclo iniciado em junho passado sobre a Carta aos Gálatas (2 catequeses até agora). Depois, há as audiências gerais focalizadas em temas específicos, como, por exemplo, os tempos litúrgicos fortes ou as viagens apostólicas.

Na Igreja há filhos de Deus, não batedores livres

Em sua catequese sobre o Credo, Francisco reitera que a Ressurreição de Jesus é o coração de nossa esperança: é esta fé que abre a vida ao futuro eterno de Deus, à plena felicidade, à certeza de que o mal e a morte serão derrotados. Com relação aos Sacramentos, ele recorda com força que não são ritos formais, mas sinais eficazes da graça que, acolhida, muda a vida, unindo-nos no amor a Deus e aos nossos irmãos. O Espírito Santo nos imerge neste amor com seus dons, tornando-nos Igreja: não "batedores livres" que usam o método "faça você mesmo", mas filhos de Deus que é Pai e quis formar um povo unido e abençoado por seu amor.

Deus gosta de perdoar

Em suas reflexões sobre a família, Francisco consegue entrar de forma viva e concreta nas realidades familiares da vida cotidiana, lembrando as verdades fundamentais sobre o matrimônio, mas permanecendo sempre atento às situações de fragilidade e às famílias feridas. O conteúdo essencial do Evangelho", afirma, "é Jesus, Misericórdia feita carne". Deus gosta de perdoar seus filhos, para que eles também possam, por sua vez, perdoar seus irmãos. É esta confiança na Divina Misericórdia a fonte da esperança cristã, que nos faz sentir que Deus nunca nos abandona. E na Eucaristia, Jesus derrama toda sua misericórdia sobre nós, para renovar nosso coração e colocá-lo em comunhão com os outros.

O poder da oração

Falando dos Mandamentos, afirma que a vida nova do cristão não é o esforço titânico para ser coerente com uma norma, mas é a abertura do coração ao Espírito Santo que nos doa uma dupla alegria: a de sermos amados por Deus e de amar o próximo. Tirar proveito deste amor é a tarefa da oração, na qual Francisco se detém muito: o primeiro passo para rezar - disse - é ser humilde e nos reconhecermos pecadores, é compreender que todos os dias devemos aprender a rezar, porque sem a força do Espírito não somos capazes de fazê-lo.

O estilo das Bem-aventuranças

No ciclo sobre os Atos dos Apóstolos, Francisco mostra quanto podem fazer os missionários que se abrem sem medo à ação do Espírito, dando razão à esperança cristã como amigos e irmãos, e não como inimigos que apontam o dedo e condenam. Trata-se de homens e mulheres que seguem Jesus com o estilo manso e humilde das Bem-aventuranças. Trata-se de curar um mundo ferido, disse o Papa em sua catequese sobre a pandemia.

A liberdade cristã

No último ciclo, que acaba de iniciar, dedicado à Carta de São Paulo aos Gálatas, o Papa aborda o tema da novidade trazida pelo Evangelho diante daqueles que ainda hoje, acreditando serem os verdadeiros "guardiões da verdade", são tentados a se fecharem em certezas adquiridas em tradições passadas. Os Gálatas propunham a observância da lei mosaica. São Paulo, por outro lado, indica o primado da graça sobre a lei, "o caminho libertador e sempre novo de Jesus Crucificado e Ressuscitado; é o caminho do anúncio, que se realiza através da humildade e da fraternidade", é um "caminho manso e obediente" que "vai adiante na certeza de que o Espírito Santo opera em cada época da Igreja" e "muda os corações, muda a vida, nos faz ver novos caminhos".

Fonte: Vatican News

Igreja no Brasil celebra a Semana Nacional da Família

Foto ilustrativa. Foto: Istock photo

REDAÇÃO CENTRAL, 07 ago. 21 / 08:00 am (ACI).- Tem início no próximo domingo, 8 de agosto, no Brasil, a Semana Nacional da Família, que neste ano estará em sintonia com o Ano Família Amoris Laetitia, convocado pelo papa Francisco. Segundo organizadores, a proposta é testemunhar a “A alegria do amor na família”, como afirma o tema da semana.

A Semana Nacional da Família é promovida pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) e Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Teve início em 1992 e é realizada sempre na segunda semana de agosto, mês vocacional, começando no Dia dos Pais e o domingo em que a Igreja no país celebra a vocação matrimonial.

Neste ano, além do tema “A alegria do amor na família”, tem como lema “Dá e recebe, e alegra a ti mesmo”. “Queremos falar de uma alegria que brota do coração de cada lar cristão, como fruto do fortalecimento dos vínculos conjugais que unem os filhos e vencem juntos obstáculos e as crises porque foram sustentados pela fé. Somente um verdadeiro amor pode trazer a alegria que vem de Deus”, disse ao Portal Vida e Família, da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, dom Ricardo Hoepers, presidente da entidade.

Segundo o assessor da Comissão Episcopal para a Vida e a Família e secretário executivo da CNPF, padre Crispim Guimarães dos Santos, “a cada ano, a temática procura evidenciar aquilo que a Igreja põe em relevo encorajando as famílias a aprofundarem as dimensões bíblica, doutrinal e social”.

Desse modo, afirmou que, “como a proposta do papa pretende chegar a todas as famílias do mundo, por meio de várias atividades de caráter espiritual, pastoral e cultural, a serem realizadas nas dioceses, paróquias, universidades, no contexto dos movimentos eclesiais e das associações familiares; no Brasil, a Semana Nacional da Família será um instrumento valioso e colaborativo para fazer as pessoas experimentarem ‘que o Evangelho da família é alegria que enche o coração e a vida inteira’”.

Para marcar a abertura da Semana Nacional da Família, a CNPF fará a live “Giro pelo Brasil” no sábado, 7 de agosto, às 20h. O evento destacará as atividades preparadas nos Regionais de todo o país. Durante a transmissão será divulgada a mensagem da presidência da CNBB para esta semana e também as motivações do presidente da Comissão Vida e Família da CNBB, dom Ricardo Hoepers, e do casal coordenador nacional da Pastoral Familiar, Luiz e Káthia Stolf. A live será concluída com um momento de adoração conduzido pelo bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e referencial da Pastoral Familiar no Regional Leste 1 da CNBB, dom Antônio Augusto Dias Duarte, e pelo casal coordenador do Setor Pós-Matrimonial, Ronaldo e Tatiana de Melo.

Durante a live, a CNPF também vai recordar os 25 anos do Hora da Família, subsídio com roteiros de reflexão e oração para a Semana Nacional da Família. Este material foi preparado pela primeira vez em 1996, quando o Brasil se preparava para receber o papa João Paulo II por ocasião do II Encontro Mundial das Famílias, marcado para o ano seguinte. Na época, o então bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), dom Rafael Llano Cifuentes preparou um material para ajudar as famílias na preparação para o encontro.

A transmissão do “Giro pelo Brasil” pode ser acompanhada pelo canal no Youtube da Comissão Nacional da Pastoral Familiar.

Fonte: ACI Digital

São Caetano de Thiene

S. Caetano | ArquiSP
07 de agosto

São Caetano de Thiene

Caetano nasceu em Vicência, na Itália, em outubro de 1480. Filho do conde Gaspar de Thiene e de Maria do Porto, desde muito jovem mostrava grande preocupação e zelo pelos pobres, abrindo asilos para os idosos e muitos hospitais para os doentes, especialmente para os incuráveis.

Estudou em Pádua, onde se diplomou nas matérias jurídicas, aos vinte e quatro anos de idade. Dedicava-se ao estado eclesiástico, mas sem ordenar-se, por considerar-se indigno. Nesse meio tempo, fundou, na propriedade da família, em Rampazzo, uma igreja dedicada a Santa Maria Madalena, que ainda hoje é a paróquia desta localidade.

Em 1506, estava em Roma, exercendo a função de secretário particular do papa Júlio II. Na qualidade de escritor das cartas apostólicas, fez contato e conviveu com cardeais famosos, aprendendo muito com todos eles. Mas a principal virtude que Caetano cultivava era a humildade para observar muito bem antes de reprovar o mal alheio. Para melhor compreender, basta lembrar que ele viveu no período do esplendor renascentista, no qual o próprio Vaticano não primava pelo exemplo de moralidade e nem brilhava pela santidade dos costumes.

Assim sendo, como homem inteligente e preparado, não se retirou para um ermo; ao contrário, encorajou-se para uma ação reformadora, começando por si mesmo. Costumava dizer que "Cristo espera e ninguém se mexe". Participou do movimento laical Oratório do Divino Amor, que procurava estudar e praticar as Sagradas Escrituras. Só então, depois de muita reflexão, decidiu-se pela ordenação sacerdotal, em 1516.

Tinha trinta e seis anos de idade quando celebrou sua primeira missa na basílica de Santa Maria Maior. Nesta ocasião, ele mesmo relatou depois, Nossa Senhora apareceu-lhe e colocou-lhe nos braços o Menino Jesus. Foi para Veneza em 1520, onde colaborou na fundação do hospital dos incuráveis. Três anos depois, incansável, voltou para Roma, onde, na companhia dos companheiros do Oratório - Bonifácio Colli, Paulo Consiglieri e João Pedro Carafa, bispo de Chiete -, fundou a Ordem dos Teatinos Regulares, que tinha como objetivo a renovação do clero.

Quando o papa Clemente VII aprovou a congregação, Caetano renunciou a todos os seus bens para dedicar-se única e exclusivamente à vida comum. O mesmo ocorreu com o bispo Carafa, que abdicou também da sua vida episcopal. Anos mais tarde, ele veio a tornar-se o papa Paulo IV, um dos grandes reformadores da Igreja.

A nova congregação começou somente com os quatro, depois passaram para doze e esse número aumentou bastante em pouco tempo. São os primeiros clérigos regulares. Não são monges, pois são de vida ativa, porém vivendo em obediência: sob uma regra de vida comum, como religiosos, cujos membros renunciam a todos os seus bens terrenos, devendo viver de seu trabalho apostólico e de ofertas espontâneas dadas pelos fiéis, contando, apenas, com a Providência divina. Carafa foi o primeiro superior geral, embora a idéia da fundação fosse de Caetano de Thiene, que, na sua humildade, sempre se manteve de lado.

Caetano morreu de fadiga, após uma vida de muito trabalho e sofrimento, aos sessenta e seis anos de idade, em Nápoles, no dia 7 de agosto de 1547. Foi canonizado em 1671. O seu corpo é venerado no dia de sua morte, na belíssima basílica de São Paulo Maior, mas que é chamada por todos os fieis e peregrinos de basílica de São Caetano, localizada na praça principal da cidade.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

A esponsalidade de Cristo nos sinóticos

Basílica de São Pedro | Vatican Media

"Comentando o Evangelho da viúva de Naim, o Papa Francisco também disse que a Igreja é, de fato, a “esposa” de Jesus, mas «o seu Senhor foi embora e o seu único tesouro é o seu Senhor ». A Igreja, portanto, é a «viúva que reza, intercede por seus filhos. Mas o coração da Igreja está sempre com seu Esposo, com Jesus».

Jackson Erpen – Cidade do Vaticano

A Constituição dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja tem guiado as reflexões do padre Gerson Schmidt* neste nosso espaço. O sacerdote gaúcho vem aprofundando as imagens da Igreja apresentadas neste importante documento do Concílio Vaticano II. No último programa, padre Gerson falou sobre os fundamentos onde “a esponsalidade de Cristo com a Igreja” se ancoram nas Sagradas Escrituras. No programa de hoje, ele aprofunda este tema, falando sobre “A esponsalidade da Igreja nos sinóticos¹”:

"Estamos aprofundando o tema da esponsalidade de Cristo com a Igreja, tendo como pano de fundo a imagem da Lumen Gentium da Igreja como “esposa de Cristo”. No Novo Testamento, distintos testemunhos nos dão a compreensão da Nova Aliança com característica nupcial, na qual Cristo é o Esposo da Igreja. Importa apresentar esse percurso do Novo Testamento, com o estudo dos principais textos para uma fundamentação da união esponsal entre Deus e a Igreja. Por isso, queremos ver nos evangelhos sinóticos (=que significa semelhantes - Mt, Mc e Lc) alguns textos sobre esse aspecto esponsal, buscando descobrir essa realidade do mistério nupcial de Cristo com sua Igreja-esposa.

Em Mateus 9, 15, Jesus responde aos discípulos de João, quando ao questionamento sobre o jejum de seus discípulos: “Por acaso podem os amigos do noivo estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão, quando o noivo lhes será tirado; então, sim, jejuarão”. O termo noivo ou esposo não é apenas uma comparação, senão uma autodesignação de Jesus² Jesus se dá a conhecer como o noivo, o Messias esperado para realizar a aliança esponsal de Deus com seu povo. Portanto, não é mera analogia, mas autorrevelação de sua identidade.

Também em Mc 2, 19-20, o próprio Jesus designa-se como o Esposo (cf. Lc 12, 35-36; Mt 25, 1-13; Jo 3, 29), cumprindo assim o que os profetas tinham dito anteriormente às relações de Deus com o seu povo (cf. Os 2, 18-22; Is 54, 5ss.). Os Apóstolos são os companheiros do Esposo nas núpcias e convidados a participar com Ele do banquete nupcial, na alegria do Reino dos Céus (cf. Mt 22, 1-14). Já no v. 20 de Marcos (2,20) Jesus Cristo anuncia que o Esposo será arrebatado do meio deles: “Dias virão em que o noivo lhes será tirado e então jejuarão naquele dia”.  É a primeira alusão que Ele faz de sua Paixão e Morte (cf. Mc 8, 31; Jo 2, 19; 3, 14). Noutras passagens, Jesus compara o Reino dos céus a um banquete organizado por um rei para o casamento do filho (cf. Mt 22, 2), ou então das virgens saindo ao encontro do esposo que chega (cf. Mt 25, 1-13), ou a servos que esperam seu senhor voltar das núpcias (cf. Lc 12, 36). Em todos esses textos, é interessante perceber a ausência da esposa. Diversamente do Antigo Testamento, que se fixava no comportamento da esposa, o olhar dado no Novo Testamento concentra-se em Jesus.

A parábola de Mt 22,2s, que fala do banquete nupcial, deixa compreender que Jesus fala de Si mesmo, pondo em relevo a verdade acerca do Reino de Deus, que Ele mesmo traz ao mundo.  Conforme comentário do Papa João Paulo II sobre essa parábola³, apresenta-se aqui, para todos os convidados do seu tempo e de todos os tempos, a necessidade de uma atitude digna da vocação recebida, simbolizada pela veste nupcial que devem vestir aqueles que entendem participar no banquete, a tal ponto que quem não a veste é afastado do rei, ou seja, de Deus Pai que chama para a festa de seu Filho na Igreja.

Comentando o Evangelho da viúva de Naim, o Papa Francisco também disse que a Igreja é, de fato, a “esposa” de Jesus, mas “o seu Senhor foi embora e o seu único tesouro é o seu Senhor”.  A Igreja, portanto, é a “viúva que reza, intercede por seus filhos. Mas o coração da Igreja está sempre com seu Esposo, com Jesus”"⁴.

*Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.

_____________________________________

¹ Cf. M. MAGNOLFI et alii, “A revelação do mistério da Igreja Esposa”, in: A Igreja no seu Ministério/I. São Paulo: Editora Cidade Nova, 1984, p. 136

² Cf. JOÃO PAULO II, “A Igreja delineada como Esposa pelos Evangelhos”, in: L’Osservatore Romano, ed. Portuguesa, n. 50, 15 dez. 1991, p. 20.

³ Papa Francisco, homilia em 23 de novembro de 2015. 

⁴ Papa Francisco, homilia em 23 de novembro de 2015. 

Fonte: Vatican News

Arcebispo de Nagasaki: "Da atômica ao fogo olímpico da paz"

O Papa em Nakasaki em novembro de 2019 | Vatican Media

O Japão e o mundo recordam esta sexta-feira o bombardeio nuclear estadunidense que devastou Hiroshima em 6 de agosto de 1945 e Nagasaki três dias depois. O aniversário cai dois dias antes do final dos Jogos Olímpicos "que, como enfatiza dom Joseph Mitsuaki Takami, são para cada nação um convite à verdadeira paz, que certamente não se constrói com a posse das armas nucleares".

Andrea De Angelis - Vatican News

Passaram-se 76 anos daqueles dias horríveis, quando o mundo descobriu o poder destrutivo devastador das armas mais perigosas jamais antes construídas na Terra. Os dois ataques nucleares, realizados pelos EUA no final da Segunda Guerra Mundial, ceifaram mais de 100 mil vidas em Hiroshima e Nagasaki, bombardeadas em 6 e 9 de agosto de 1945, respectivamente. De acordo com algumas estimativas, os mortos podem ter ficado perto de 200 mil. Este foi o primeiro e único ataque nuclear em guerra na história, mas o desenvolvimento dos armamentos e sua posse por parte de muitos Estados mostra como a paz está em risco. Esta é outra razão pela qual é importante lembrar aqueles três dias que marcaram a história de um país, o Japão, sobre o qual os holofotes do mundo têm estado concentrados há duas semanas devido ao Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, adiados por um ano devido à pandemia. As Olimpíadas terminarão no domingo 8 de agosto e, duas semanas depois, será a vez das Paraolímpicas.

O testemunho dos sobreviventes

Às 8h15, o sino tocou para marcar o início do minuto de silêncio, a hora exata em que os EUA lançaram a bomba atômica sobre Hiroshima, causando instantaneamente dezenas de milhares de mortes e reescrevendo tragicamente a história dos conflitos mundiais e tornando o mundo consciente - com o passar do tempo, na realidade - dos efeitos devastadores das armas nucleares. Mesmo décadas depois. A cidade japonesa celebra o aniversário no Parque Memorial da Paz. Devido à pandemia, o número de participantes foi reduzido a algumas centenas, representando 86 nações unidas em nome da paz. O prefeito de Hiroshima, Kazumi, instou o governo a assegurar que as negociações sobre a revisão do Tratado de Não-Proliferação Nuclear pudessem ser retomadas, apesar da pandemia. O Japão, apesar de ter sido o único país a sofrer um ataque atômico, não ratificou o tratado. Também presentes na cerimônia desta sexta-feira estavam os hibakusha, os sobreviventes do ataque nuclear. A idade média deles está em torno de 84 anos.

A paz só pode ser desarmada

O Japão, portanto, olha para trás para celebrar as vítimas, para gritar "nunca mais" ao mundo e para ouvir, novamente este ano, a voz dos sobreviventes dos bombardeios nucleares. Cada vez menos, com o passar do tempo. A mensagem deles atravessa fronteiras e gerações e pede aos indivíduos, aos cidadãos e aos governantes que trabalhem pela paz, pela não-proliferação nuclear, para diminua que o número de países no mundo que possuem armas cada vez mais devastadoras e perigosas. Em novembro de 2019, durante sua viagem apostólica ao Japão e à Tailândia, o Papa definiu o uso da energia atômica para fins guerra "crime não só contra o homem e sua dignidade", mas "contra qualquer possibilidade de futuro em nossa casa comum". "A verdadeira paz só pode ser uma paz desarmada", acrescentou Francisco, ressaltando como "do abismo de silêncio se continua a ouvir o grito daqueles que já não mais estão entre nós". Os discursos feitos por Francisco em Hiroshima e Nagasaki certamente devem ser considerados como pronunciamentos de teologia moral, são palavras proféticas. Resultado de uma análise cuidadosa e precisa do mundo contemporâneo, eles expressam, portanto, um forte realismo político: o mundo corre o risco de autodestruição.

A chama olímpica nos diz: "bombas, nunca mais"

Há dois anos, o Papa foi recebido em Nagasaki pelo arcebispo da cidade, dom Joseph Mitsuaki Takami, cuja arquidiocese é a maior do Japão. Na véspera do aniversário do bombardeio atômico e do fim dos Jogos Olímpicos, em entrevista à Rádio Vaticano - Vatican News, dom Takami reiterou a necessidade do desarmamento nuclear para que se possa construir uma paz real, verdadeira e concreta. As Olimpíadas também nos ensinam, e a feliz coincidência de datas pode ser uma advertência ulterior, a fim de que, em não esquecer, possamos realmente trabalhar por um presente e um futuro de harmonia entre as nações.

Dom Takami, graças aos Jogos Olímpicos, o mundo olha para o Japão. Os holofotes estarão voltados para o país também no aniversário dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Por um lado, portanto, a história que não deve ser esquecida e, por outro, a história do esporte que está sendo escrita. Quais são seus sentimentos a respeito desta coincidência?

Os Jogos Olímpicos são uma festa esportiva, mas também um incentivo para criar paz no mundo. Portanto, esta coincidência é muito significativa, mesmo que, infelizmente, devido à pandemia, as pessoas não possam presenciar as competições. Em todo caso, os Jogos são uma coisa boa, trazem uma bela atmosfera e muito entusiasmo.

Passados 76 anos, o que o senhor gostaria de dizer hoje à população de sua arquidiocese, particularmente aos jovens?

A cada ano as testemunhas diretas são cada vez menos, mas elas deixam uma experiência importante. Valiosa. Essa experiência deve ser transmitida às crianças, e esta passagem é muito importante, como reitera também o Papa. É um testemunho que é realizado inclusive através de outros canais como o cinema, a literatura e também a contribuição da mídia. Devemos continuar neste esforço para manter a memória viva.

Este ano também se recorda o décimo aniversário do acidente de Fukushima. Por que não devemos esquecer o que aconteceu no Japão em março de 2011?

O problema é comum, devemos abolir a energia atômica, que é muito perigosa. Não devemos fabricar armas, e mesmo a energia nuclear, se necessária em um sentido, hoje em dia deve ser superada, devemos produzir energia de outra forma, eliminando a energia nuclear, que é perigosa.

O Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares é importante, foi ratificado por muitos países, porém muitos, demasiados Estados continuam a ter armas nucleares. Então é a posse de armas que é o verdadeiro problema, o impedimento a uma mudança real?

Este problema é enorme e, seguindo as palavras do Papa, devemos absolutamente abolir as armas nucleares na Terra. Não podemos manter a paz real enquanto tivermos essas armas ao mesmo tempo. Não é a paz verdadeira, é falsa! O Tratado é eficaz, entrou em vigor no início deste ano, mas agora devemos todos promover a adesão dos países, mesmo aqueles que hoje possuem armas nucleares. No ano passado, em 7 de julho, o bispo de Hiroshima, dom Alexis Mitsuru Shirahama, criou um fundo para promover a adesão a este Tratado, dando também ajuda financeira para apoiar as atividades que dão sustentação à ratificação. É uma iniciativa pequena, mas importante para atingir o objetivo.

As Olimpíadas estão chegando ao fim, depois será a vez das Paraolímpicas. O que estes Jogos, que são esperados há cinco anos, nos ensinam?

Gostaria de começar com os Jogos Paraolímpicos, que tiveram início em Tóquio, em 1964. Hoje há muitos atletas participando e eles nos pedem respeito universal, sem preconceitos e discriminações. Eles têm uma força especial na promoção dos direitos humanos. Além disso, nesta edição há um grande equilíbrio numérico entre atletas masculinos e femininos, enquanto que no início havia poucas mulheres. Isto também significa respeito pelas pessoas. E isto também é muito importante. Uma representação simbólica, mas que nos faz lembrar quantos conflitos existem no mundo hoje. As Olimpíadas testemunham o desejo de criar um mundo onde haja paz entre as nações.

Quais são suas emoções quando pensa que 76 anos atrás uma bomba atômica marcou para sempre a história do Japão, e hoje, três quartos de século depois, a chama olímpica foi acesa no mesmo país?

Esta é uma bela imagem! A chama olímpica é também um símbolo de uma oração de amor, uma oração pela paz. A bomba atômica é absolutamente contrária a esta chama e hoje nos é pedido para aboli-la, para nunca mais usá-la. O único fogo é o da unidade, do amor e da paz.

Fonte: Vatican News

AMORIS LAETITIA = A ALEGRIA DO AMOR

Crédito: Canção Nova

Dom Aloísio Alberto Dilli
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)

Caros diocesanos. O mês de agosto sempre recebe um caráter vocacional em nossas comunidades eclesiais. Lembramos e refletimos os diversos estados de vida; rezamos por todos os vocacionados/as. Neste contexto, acontece também a Semana Nacional da Família. Em 2021 desejamos atender também o apelo do Papa Francisco para dar atenção maior para o documento Amoris Laetitia = A Alegria do Amor, que completou cinco anos de publicação, em 19/03/21.

No documento Amoris Laetitia, o Papa convida todos a cuidar com amor das famílias, porque “elas não são um problema, são, sobretudo, uma oportunidade” (n. 7). Elas são mais caminho dinâmico de crescimento e realização que fardo a carregar a vida inteira. Depois de comentar os principais textos bíblicos que falam da família, segundo o projeto de Deus, tendo a família de Nazaré como ícone, a exortação apresenta as luzes e sombras e os desafios da família atual, considerando-a decisiva para o mundo e a Igreja: “Sua força reside essencialmente na capacidade de amar e de ensinar a amar” (n. 53). Não podemos cair nas lamentações autodefensivas, de doutrina fria e sem vida, em vez de suscitar criatividade missionária. Assim o terceiro capítulo apresenta bela síntese da doutrina da Igreja sobre o matrimônio e a família, como dom de Deus. O Concílio Vaticano II “definiu o matrimônio como comunidade de vida e amor, colocando o amor no centro da família… Cristo Senhor vem ao encontro dos esposos cristãos com o Sacramento do Matrimônio e permanece com eles”, tornando-se ela uma Igreja doméstica (cf. n. 67 e 73), onde o modo de amar de Deus torna-se a medida do amor humano. E continua o Papa Francisco: “Toda rede de relações que hão de tecer entre si, com os seus filhos e com o mundo, estará impregnada e robustecida pela graça do sacramento… Os esposos nunca estarão sós, com as suas próprias forças, enfrentando os desafios que surgem” (n. 74). É neste contexto que a família se torna santuário da vida, lugar onde ela é gerada e cuidada em todas as suas fases.

O documento ainda apresenta rica reflexão sobre o amor (cf. 1Cor 13, 4-7): que se expressa na paciência, no serviço, na amabilidade, no desprendimento, no perdão, sem inveja, sem arrogância e orgulho, sem violência; que se alegra com os outros, que tudo desculpa, que confia, espera e tudo suporta. Em síntese, ressalta o documento: “As alegrias mais intensas da vida surgem, quando se pode provocar a felicidade dos outros” (n. 129). O amor consiste em transformar dois caminhos em um só; num compromisso público de amor, de forma exclusiva e definitiva, mesmo com riscos. É um amor que se manifesta, supera barreiras, cresce em rica intimidade e dura até a morte. A aparência física muda, mas a atração amorosa continua. Para tal o diálogo será decisivo. Há pessoas que não se casam, mas consagram sua vida por amor a Cristo e aos irmãos: “A virgindade e o matrimônio são – e devem ser – modalidades diferentes de amar, porque o homem não pode viver sem amor” (n. 161).

O verdadeiro amor não se esgota no próprio casal. Ele está aberto à vida, qual presente de Deus, único e sem igual, confiado ao pai e à mãe: “Cada criança está no coração de Deus desde sempre e, no momento em que é concebida, realiza-se o sonho eterno do Criador… Pai e mãe mostram aos seus filhos o rosto materno e o rosto paterno do Senhor” (cf. n. 166, 168, 172, 222). A família, em sentido amplo, torne-se escola de cuidados recíprocos, de sociabilidade: pais, filhos, avós, sociedade. Na semana que vem continuaremos a refletir o documento papal sobre a família.

Fonte: CNBB

4 campeãs olímpicas e suas devoções a Nossa Senhora

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Por Cerith Gardiner

Elas impressionaram o mundo com suas proezas esportivas e com a fé na Virgem Santíssima.

À medida que as Olimpíadas de Tóquio se aproximam do fim, vários atletas nos impressionaram por quebrar recordes, mostrar o velho e bom espírito esportivo e compartilhar sua fé para o mundo ver. De fato, muitos atletas católicos compartilharam que seu amor por Nossa Senhora lhes deu forças para competir.  

Se você clicar na galeria abaixo, você verá o lugar que a Mãe Santíssima ocupa no coração desses atletas olímpicos.

Fonte: Aleteia

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF