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sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Dioceses nos EUA diminuem idade mínima do crisma para fortalecer fé de jovens

Missa de crisma na paróquia de St. Mary em Franklin, no Estado de Massachussets, EUA, em 21 de setembro de 2024. | Paróquia de St. Mary

Por Kate Quiñones*

19 de dez de 2024

A diocese de Baton Rouge, Louisiana, EUA, anunciou que vai diminuir a idade para crisma.

Tim Glemkowski, que lidera a Amazing Parish , ministério criado para apoiar sacerdotes católicos e ajudar paróquias a florescer, falou sobre os desafios que jovens adultos enfrentam na cultura atual para permanecerem católicos.

“As pressões da cultura estão longe, não em direção, à crença e prática religiosas. É justo dizer que nossa cultura, falando de modo geral, não se presta a pré-condições”, disse Glemkowski à CNA, agência em inglês da EWTN News.

Conforme a Igreja se esforça para abordar a maneira adequada de formar os jovens em tal cultura, nos últimos anos muitas dioceses nos EUA diminuíram a idade de crisma do ensino médio para o ensino fundamental ou até mesmo mais cedo, como a arquidiocese de Seattle, para o oitavo ano; a arquidiocese de Boston para o nono ano; e a arquidiocese de Denver para o segundo ano antes que os jovens recebam a comunhão.

O crisma antes da primeira comunhão é chamado de “a ordem restaurada”, uma celebração dos sacramentos de iniciação como a Igreja teria originalmente estabelecido: batismo, crisma e então primeira comunhão. A Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB, na sigla em inglês) permite a recepção do crisma para jovens entre sete e 17 anos.

Segundo um estudo feito pelo jornal católico americano St. Mary's Press e pelo Centro de Pesquisa Aplicada no Apostolado (CARA, na sigla em inglês), da Universidade de Georgetown, EUA, divulgado em 2018, a idade média dos que deixaram a Igreja era de 13 anos de idade. O estudo diz que muitos ex-católicos que dizem que saíram da Igreja, geralmente entre dez e 20 anos, disseram que tinham dúvidas sobre a fé quando crianças, mas nunca discutiram suas dúvidas ou perguntas com seus pais ou líderes da Igreja.

“Precisamos garantir que os jovens aprendam a rezar com o coração, tenham suas perguntas sobre a fé respondidas de maneira robusta e tenham muitas oportunidades de ouvir o Evangelho e responder a Deus entregando suas vidas a ele”, disse Glemkowski.

“Os jovens santos devem nos mostrar que a santidade e a missão heroica são possíveis para os jovens; não devemos subestimar do que as crianças são capazes”.

Lidando com uma cultura hostil

A diocese de Baton Rouge, Louisiana, diminuiu recentemente a idade de crisma para o oitavo ano, citando os desafios que os jovens enfrentam hoje.

“Nossos filhos estão vivenciando uma cultura que, às vezes, é hostil à nossa fé”, escreveu o bispo de Baton Rouge, dom Michael Duca, em carta publicada em 8 de dezembro.

“Por meio das mídias sociais de todas as formas, os jovens são confrontados, em uma idade surpreendentemente mais jovem, com desafios à sua fé e moral católicas”, disse dom Duca. “Dada essa nova realidade, acredito que é hora de diminuir a idade da confirmação para dar às nossas crianças a graça plena do Sacramento da Confirmação em uma idade mais precoce para enfrentar esses desafios.

O bispo anunciou que vai iniciar um plano de transição para diminuir gradualmente a idade do 10º ano (1º ano do ensino médio) para o 7º ano.

“Esse dom do Espírito é dado a todos nós de uma maneira especial no sacramento da confirmação, que nos inicia plenamente na Igreja e nos enche com esses dons e o entusiasmo para assumir a missão de Cristo de renovar o mundo”, escreveu dom Duca.

“Muitos católicos mais velhos lembram que a idade do crisma era menor quando fomos confirmados”, continuou o bispo. “Depois do concílio Vaticano II, em muitos lugares, a idade aumentou para o ensino médio, já que muitos líderes sentiram que o sacramento seria melhor compreendido em uma idade mais avançada. Essa prática funcionou bem, mas os tempos mudaram”. 

Fortalecendo a formação

A diocese de Salt Lake City também está desenvolvendo seu programa de catequese para jovens convertidos que são velhos demais para o batismo infantil, citando a necessidade de fortalecer a catequese dentro da diocese.

A diocese anunciou no mês passado que crianças acima de sete anos que se filiarem à Igreja não receberão os três sacramentos de iniciação na vigília pascal, depois da diocese suspender temporariamente a prática padrão.

Depois do batismo, as crianças que se juntam à Igreja na diocese devem frequentar uma aula de formação de fé em sua faixa etária, em vez de receber vários sacramentos de uma vez, segundo o anúncio da diocese. A pausa é temporária, pois a diocese está desenvolvendo seus planos de formação de fé.

A Igreja diz que crianças com mais de sete anos estão na “idade da razão” e são capazes de tomar algumas decisões de fé por si mesmas, então os jovens não batizados geralmente são matriculados na Ordem de Iniciação Cristã para Adultos (OCIA) adaptada para crianças, um programa de preparação de um ano para se tornarem católicos.

A Igreja  exige  amplamente que, para a iniciação sacramental depois da idade da razão, os destinatários devem receber os três sacramentos da iniciação ao mesmo tempo, exceto em caso de motivo grave.

No entanto, a diocese de Salt Lake City cita “muitos desafios e nossa capacidade limitada de superá-los em uma diocese missionária” como o motivo da pausa temporária do OCIA para crianças. 

Por meio da pausa, a diocese espera garantir que a catequese seja adequada e que as crianças entendam os sacramentos dos quais participam; a diocese também busca desenvolver seus programas para permitir que crianças não batizadas se assimilem totalmente à fé, segundo o anúncio.

Essa pausa vai terminar depois da diocese desenvolver um “plano abrangente de formação da fé”, segundo Lorena Needham, diretora do Escritório de Culto da diocese.

Needham disse que a OCIA geralmente traz muitos desafios entre as dioceses.

“Ainda existe uma mentalidade de ano letivo em sala de aula na qual tanto o catecúmeno quanto os diretores tentam trabalhar dentro de um cronograma de um ano ou menos, em vez de permitir que cada pessoa possa discernir sua jornada (junto com o discernimento do catequista de iniciação)”, disse Needham à CNA.

Tanto os pais quanto a criança devem consentir em se juntar à Igreja — mas as crianças “não podem dar [consentimento] adequadamente se não souberem e não entenderem o que são os sacramentos da iniciação”, disse ela em anúncio diocesano no jornal católico Intermountain Catholic.

“Há pouco treinamento nos seminários sobre o OCIA — muitas vezes é só uma aula opcional”, disse ela, ao acrescentar que outros grupos como LTP,  TeamInitiation e a  Association for Catechumenal Ministry  (Associação para o Ministério Catecumenal) dão treinamento contínuo.

Para resolver essa situação, a diocese de Salt Lake City espera dar maior ênfase ao treinamento para a iniciação cristã.

“Alguns bispos levaram a iniciação cristã a sério e fizeram dela um foco para o desenvolvimento profissional de seus padres e central para seus planos pastorais”, disse Needham. 

A maior mudança sob a pausa temporária determina que os jovens batizados depois dos sete anos de idade receberão os sacramentos um de cada vez, em vez de todos de uma vez. Isso implicará frequentar aulas de primeira comunhão e crisma dentro de suas faixas etárias.

Sob a pausa, os requisitos para obter o batismo para jovens com mais de sete anos não foram alterados. As atuais diretrizes pastorais da diocese exigem uma entrevista com os pais pelo menos 60 dias antes do batismo e o discernimento da prontidão dos pais para ajudar a criança a viver uma vida cristã. Os pais também devem ser registrados na paróquia ou morar dentro de seus limites, e a paróquia deve dar preparação batismal para a criança, pais e padrinhos.

“A esperança para nossos jovens, nossas famílias e, de fato, para todos nós nessa diocese, é que tenhamos as melhores oportunidades possíveis para aprender e viver nossa fé, independentemente de quando o Espírito Santo nos move ou aos nossos pais para dar o próximo passo de fé”, disse Needham no anúncio.

*Kate Quiñones é redatora da Catholic News Agency e membro do site de notícias The College Fix. Ela já escreveu para o Wall Street Journal, para o Denver Catholic Register e para o CatholicVote, e se formou pelo Hillsdale College. Ela mora com o marido no Colorado, nos EUA.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/60581/dioceses-nos-eua-diminuem-idade-minima-do-crisma-para-fortalecer-fe-de-jovens

O Papa aos peregrinos de Santiago: no caminho, cuidado com os necessitados

Audiência na Basílica de São Pedro aos peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela (Vatican Media)

Que a Sagrada Família de Nazaré, peregrina na terra da Palestina, nos seja um exemplo neste tempo de espera: com essas palavras, o Papa acolheu os peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela, recebidos por Francisco na manhã desta quinta-feira na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Raimundo de Lima – Vatican News

Encorajo-vos nesse apostolado de evangelização e cuidado. Os antigos peregrinos nos ensinam que das peregrinações cristãs se retorna como apóstolo! Foi a exortação com a qual o Santo Padre acolheu na manhã desta quinta-feira (19/12), na Basílica de São Pedro, no Vaticano, um expressivo grupo de peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela (cerca de 5 mil), cuja peregrinação é organizada pela Obra Padre Guanella.

Francisco expressou sua alegria em dar as boas-vindas, junto ao Túmulo de São Pedro, aos peregrinos do Caminho de Santiago, saudando, entre outros, o superior geral dos Padres Guanellianos e os membros da Família Guanelliana, que há quase quinze anos trabalham naquela Igreja da Galícia, tanto em Santiago como em Finisterra, para dar acolhida espiritual aos peregrinos. “E vós, peregrinos, sois a prova viva do compromisso apostólico deles”, ressaltou o Pontífice.

Audiência na Basílica de São Pedro aos peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela (Vatican Media)

O caminho vivido em silêncio permite escutar

Francisco observou ser interessante ver como cresceu o número dos peregrinos a Santiago nestes últimos trinta anos. “Esse crescimento numérico é muito positivo e, ao mesmo tempo, levanta uma séria questão: as pessoas que fazem o Caminho de Santiago estão fazendo uma verdadeira peregrinação? Essa é a pergunta, devemos responder. Ou se trata de outra coisa? Ou obviamente, há experiências diferentes, mas a pergunta nos faz refletir”, frisou o Papa.

“A peregrinação cristã aos Túmulos dos Apóstolos pode ser reconhecida por três sinais. O primeiro é o silêncio, o primeiro sinal. O caminho vivido em silêncio permite escutar, escutar com o coração e, assim, encontrar, enquanto se caminha, através do cansaço, as respostas que o coração procura, porque o coração faz perguntas.”

Francisco ressaltou que Deus fala no silêncio, como uma brisa suave, convidando a lembrarmos a história de Elias (cf. 1Rs 19,9-13).

Audiência na Basílica de São Pedro aos peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela (Vatican Media)

Ter sempre consigo um Evangelho de bolso

Em segundo lugar, o Evangelho - silêncio, Evangelho -: ter sempre no bolso o Evangelho, frisou o Santo Padre recomendando aos peregrinos ter sempre consigo um Evangelho pequeno, de bolso.

“A peregrinação é feita relendo o caminho que Jesus fez, até o extremo dom de Si mesmo. O caminho é tanto mais verdadeiro, tanto mais cristão, quanto mais leva a sair de si mesmo e a se doar livremente, a serviço do próximo. E é isso que o Espírito Santo faz quando lemos o Evangelho todos os dias.”

A esse ponto, Francisco explicou como se dá essa presença do Espírito Santo. “Podemos ler um romance, bonito, talvez nos faça bem, ler as notícias diárias, algumas nos fazem chorar, mas podemos ler; mas quando lemos o Evangelho, há alguém ao nosso lado. Quando lemos as notícias, não. Mas quando lemos o Evangelho, há alguém ao nosso lado. É o Espírito Santo. É Ele que nos faz entender bem isso que o Evangelho faz. E Ele faz isso, o Espírito Santo”.

Audiência na Basílica de São Pedro aos peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela (Vatican Media)

Ao longo do caminho, estar atentos aos outros

“O terceiro elemento, silêncio, Evangelho, e o terceiro, “protocolo de Mateus 25”: “O que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mt 25,40). Silêncio, Evangelho e fazer o bem, mesmo às pessoas mais pequeninas, às pessoas mais desfavorecidas. Fazer sempre o bem. Ao longo do caminho, estar atentos aos outros, especialmente àqueles que mais lutam, aos que caíram, aos necessitados... São Luís Guanella dizia que o objetivo da vida de um crente é fazer com que ninguém seja deixado para trás.”

Francisco concluiu desejando que a Sagrada Família de Nazaré, peregrina na Palestina, nos seja um exemplo neste tempo de espera.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Filogônio, Bispo de Antioquia

São Filogônio (A12)
20 de dezembro
Localização: Síria (Antioquia)
São Filogônio

São Filogônio foi um advogado e bispo da Igreja primitiva, nascido em Antioquia, Síria, no século III. Ele começou sua carreira defendendo os cristãos perseguidos e, com o tempo, tornou-se conhecido por sua integridade e justiça. Sua dedicação à defesa dos oprimidos o fez ser notado pelos líderes da Igreja.

Em meio às perseguições aos cristãos, Filogônio foi escolhido para ser bispo de Antioquia, assumindo uma das principais sedes da cristandade oriental. Ele serviu à Igreja com coragem, fortalecendo os fiéis em um tempo de grande oposição.

Durante seu episcopado, enfrentou desafios tanto internos quanto externos. Os cristãos eram perseguidos pelo Império Romano, e as heresias começavam a surgir. Filogônio dedicou-se a combater essas falsas doutrinas e a promover a fé verdadeira entre o povo.

Como bispo, ele se destacou pela defesa do cristianismo ortodoxo, especialmente na época em que o arianismo começava a ganhar força. Sua firmeza na doutrina inspirou muitos fiéis e reforçou a unidade da Igreja em um tempo de grandes dificuldades.

São Filogônio também era conhecido por seu coração misericordioso e pelo cuidado com os necessitados, tratando de questões espirituais e materiais do seu rebanho. Ele buscava sempre a justiça e a caridade, valores que estavam enraizados em sua fé cristã.

Após anos de serviço dedicado, São Filogônio faleceu em paz, por volta de 324 d.C. Ele foi lembrado como um exemplo de fidelidade à fé e ao chamado de Deus, sendo reverenciado como santo pela Igreja tanto no Oriente quanto no Ocidente.

Reflexão:

A espiritualidade de São Filogônio nos ensina a importância de uma fé sólida e de uma vida coerente com o Evangelho. Ele nos convida a defender a verdade com coragem, mesmo em meio às adversidades, e a cuidar dos que mais necessitam de auxílio. Que seu exemplo nos inspire a sermos defensores da fé e da justiça, confiantes na presença de Deus que nos fortalece em todas as situações.

Oração:

São Filogônio, intercede por nós para que possamos manter uma fé firme e uma vida dedicada ao serviço de Deus e do próximo. Amém. Que teu exemplo de justiça e coragem nos inspire a sermos fiéis ao Evangelho e a viver com compaixão para com os necessitados. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

O Advento segundo Guardini

Advento - tempo de espera e anseio (Opus Angelorum)

O ADVENTO SEGUNDO GUARDINI

Dom Leomar Antônio Brustolin
Arcebispo de Santa Maria (RS)

Nestes dias que nos preparam para o Natal li novamente um texto do grande teólogo ítalo-germânico Romano Guardini sobre o Advento. Entendo ser tão atual este texto que nem parece ter sido escrito há décadas. Reparto neste artigo a beleza dessa mensagem para este tempo. 

Ele inicia afirmando que as festas da Igreja recordam certamente acontecimentos passados, mas são também presentes, uma realização viva; visto que o que aconteceu uma vez na história deve ocorrer continuamente na vida daquele que crê. No caso do Advento e Natal, Guardini recorda que Jesus já veio para todos, mas Ele deve sempre voltar para cada um. Cada um de nós deve experimentar a espera, cada um de nós a chegada, para que a salvação surja. 

O escritor nos recorda que o Salvador veio da liberdade de Deus: num povo pequeno, que certamente nenhum conselho de nações teria escolhido; numa época que ninguém conseguia provar ser a certa. E o tempo de Advento nos faz rezar e  meditar sobre o milagre desta vinda. O Redentor não vem apenas à humanidade como um todo, mas também a cada ser humano em particular: nas suas alegrias e nas suas ansiedades, no seu conhecimento claro, nas suas perplexidades e nas suas tentações, em tudo o que constitui sua natureza e sua vida.  

O Advento é o tempo que nos adverte a perguntar-nos, no fundo da consciência: Ele veio até mim? Tenho notícias Dele? Existe confiança entre Ele e eu? Ele é médico e professor para mim? Mas então surge imediatamente a outra questão: a porta está aberta para Ele nas minhas profundezas? E a decisão: quero abrir bem. 

Guardini alerta, porém, que não basta apenas refletir sobre a vinda do Natal, pois é preciso rezar orar. Devemos orar para que o Espírito Santo, o único que tem conhecimento do Cristo vivo, trabalhe para que a figura sagrada do Senhor se torne luminosamente evidente para nós. Que aconteça conosco o que João quer dizer quando diz: “Vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1,14). 

Enfim, Romano Guardini alerta que não se pode conhecer Cristo como se conhece qualquer pessoa na história, mas apenas a partir daquela profundidade interior que se desperta no amor. São João diz: “Quem não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1Jo 4,20). Assim, é preciso exercer o amor, para que os nossos olhos se abram para ver Cristo. Queremos fazê-lo onde estamos, em relação às pessoas com quem convivemos: dar-lhes o direito de serem como são; acolhê-los continuamente e viver com eles em amizade. 

Com Guardini, precisamos compreender que o verdadeiro Advento surge de dentro. Da profundidade do coração humano crente e sobretudo da profundidade do amor de Deus. Mas devemos preparar o caminho para o seu amor. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

São santas as religiosas carmelitas descalças de Compiègne, guilhotinadas em 1794, em Paris

As religiosas carmelitas descalças de Compiègne guilhotinadas em Paris, em 1794 (Vatican News)

Com procedimento de canonização equipolente, o Papa Francisco decidiu estender à Igreja inteira o culto das 16 carmelitas descalças de Compiègne guilhotinadas durante a Revolução Francesa. Serão beatos dois mártires: um do comunismo, o arcebispo Eduardo Profittlich, e um do nazismo, o sacerdote Elia Comini. Tornam-se veneráveis os servos de Deus Áron Márton, bispo, Giuseppe Maria Leone, sacerdote, e Pietro Goursat, leigo francês.

Vatican News

Durante a audiência concedida, nesta quarta-feira (18/12), ao prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, o Papa Francisco aprovou os votos favoráveis da Sessão Ordinária dos Cardeais e Bispos, Membros do Dicastério, e decidiu estender a toda a Igreja o culto à Beata Teresa de Santo Agostinho, no século, Maria Madalena Claudia Lidoine, e 15 companheiras da Ordem das Carmelitas Descalças de Compiègne, mártires, mortas por ódio à fé durante a Revolução Francesa, em 17 de julho de 1794, em Paris, França, inscrevendo-as no catálogo dos Santos, Canonização Equipolente, uma prática iniciada por Bento XIV com a qual o Papa estende o culto de um servo de Deus ainda não canonizado a toda a Igreja por meio de um decreto. A Beata Teresa de Santo Agostinho e suas companheiras são agora santas.

A Comunidade de Compiègne foi a quinquagésima terceira fundação da ordem na França, que ocorreu após a chegada ao país da Beata Ana de Jesus, discípula de Santa Teresa de Ávila. Com a eclosão da Revolução, membros do Comitê de Saúde Pública local foram ao convento para induzir as religiosas a abandonar a vida religiosa. Elas se recusaram e, quando - entre junho e setembro de 1792 - os episódios de violência aumentaram, seguindo a inspiração da priora, irmã Teresa de Santo Agostinho, todas se ofereceram ao Senhor como um sacrifício para que a Igreja e o Estado pudessem encontrar a paz.

Expulsas do mosteiro, separadas e vestidas com roupas civis, elas continuaram sua vida de oração e penitência, embora divididas em quatro grupos em várias partes de Compiègne, mas unidas por correspondência, sob a direção da superiora. Descobertas e denunciadas, em 24 de junho de 1794, foram transferidas para Paris e encarceradas na prisão Conciergerie, onde também estavam detidos muitos sacerdotes, religiosos e religiosas condenados à morte.

As religiosas carmelitas também foram exemplares em sua prisão. Em 17 de julho, no dia seguinte à festa de Nossa Senhora do Carmo, que elas tinham celebrado na prisão entoando hinos de júbilo, as dezesseis foram condenadas à morte pelo tribunal revolucionário por, entre outros motivos, “fanatismo” relacionado à sua fervorosa devoção aos Sagrados Corações de Jesus e Maria.

Distribuídas em duas carroças, enquanto eram conduzidas para a execução, cantaram os Salmos e, quando chegaram ao pé da guilhotina, entoavam o Veni creator, renovando seus votos uma após a outra. Seus corpos foram enterrados numa vala comum, junto com os de outros condenados, no local que se tornou o atual cemitério de Picpus, onde uma placa recorda seu martírio. Elas foram beatificadas na Basílica de São Pedro por São Pio X em 27 de maio de 1906.

Beato Eduardo Profittlich, mártir durante o comunismo

Durante a mesma audiência, Francisco também autorizou o Dicastério a promulgar o decreto relativo ao martírio do servo de Deus Eduardo Profittlich, da Companhia de Jesus, arcebispo titular de Adrianópolis e administrador apostólico da Estônia. Nascido em 11 de setembro de 1890 em Birresdorf, Alemanha, faleceu em 22 de fevereiro de 1942 ex aerumnis ordinis (devido ao sofrimento sofrido na prisão) em Kirov (Rússia).

Criado no seio de uma numerosa família camponesa, depois de concluir os estudos clássicos, em 1912, ingressou no seminário de Trier, mas no ano seguinte, atraído pela espiritualidade dos jesuítas, foi aceito no noviciado em Heerenberg, na Holanda. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, ele foi chamado de volta ao exército alemão e designado para o serviço de saúde. Depois da guerra, retomou os estudos de Filosofia e Teologia, tornando-se sacerdote em 27 de agosto de 1922. Enviado para a Polônia, obteve o doutorado em filosofia e o doutorado em Teologia na Universidade Jaguelônica de Cracóvia; mais tarde foi enviado para a Estônia como parte da Missão Oriental da Companhia de Jesus e a paróquia dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo em Tallinn foi confiada aos seus cuidados pastorais. Em 11 de maio de 1931, Pio XI nomeou-o administrador apostólico da Estônia, onde Profittlich apoiou significativamente o desenvolvimento da comunidade cristã local com seu trabalho. Em novembro de 1936, foi nomeado arcebispo titular de Adrianópolis por Pio XI e recebeu a consagração em dezembro seguinte. Após a invasão soviética da Estônia, em 17 de junho de 1940, quase todos os sacerdotes foram presos: Profittlich poderia ter regressado a casa, mas optou por permanecer na Estônia, com os seus fiéis. Em 27 de junho de 1941 foi preso e deportado para Kirpov, na Rússia, onde foi submetido a várias torturas, às quais respondeu declarando que a sua única missão tinha sido destinada à educação religiosa dos fiéis que lhe foram confiados. Condenado à morte, faleceu antes da execução da pena devido ao sofrimento da prisão.

Beato Elia Comini, mártir do nazismo

Outro decreto relativo a um mártir é o do servo de Deus Elia Comini, sacerdote salesiano nascido em Calvenzano di Vergato (Itália) em 7 de maio de 1910 e assassinado in odium fidei, em 1º de outubro de 1944, em Pioppe di Salvaro (Itália).

Nascido numa família modesta, Comini frequentou a escola dos herdeiros de Dom Bosco em Finale Emilia, onde se amadureceu a sua vocação. Em 1926, depois do noviciado, fez a primeira profissão e foi enviado para completar os estudos em Turim Valsalice e na Universidade Estadual de Milão. Em 16 de março de 1935 foi ordenado sacerdote e dedicou-se à educação dos jovens nas escolas salesianas de Chiari e Treviglio, onde também se tornou diretor.

Todos os anos passava um período de férias com a sua mãe idosa e ajudava o pároco de Salvaro, onde vivia a sua família de origem, no serviço pastoral da aldeia. Mesmo no verão de 1944, o servo de Deus foi para lá, embora aquela área estivesse no centro dos combates envolvendo soldados alemães, aliados e grupos de guerrilheiros.

Naquele contexto de guerra, pe. Elia, juntamente com o pároco, organizou o acolhimento de várias famílias deslocadas que encontraram refúgio na paróquia de San Michele in Salvaro. Colaborou com eles um jovem sacerdote dehoniano, padre Martino Capelli, com quem pe. Elia estabeleceu um bom entendimento.

Quando os soldados nazistas se espalharam pela zona de Monte Sole, pe. Comini prestou ajuda à população, enterrando os mortos e escondendo cerca de setenta pessoas numa sala adjacente à sacristia. A pedido de um grupo de guerrilheiros, ele celebrou uma missa em memória de alguns de seus caídos em batalha. No dia 29 de setembro de 1944, depois do massacre perpetrado pelos nazistas na cidade vizinha chamada “Creda”, o servo de Deus, junto com o padre Cappelli, correu para levar conforto aos moribundos. Ao chegar, acusado por um informante de ser espião dos guerrilheiros, foi preso e obrigado a transportar munições. Foi levado com o padre Cappelli e mais cem presos, incluindo outros três sacerdotes, para um estábulo em Pioppe di Salvaro, onde testemunhou os numerosos atos de violência perpetrados pelos invasores, sempre pronto a confortar, ajudar e proporcionar o ministério da Confissão.

Fracassadas as tentativas de mediação com que várias partes tentaram salvá-lo, na noite de 1° de outubro de 1944 o servo de Deus foi assassinado junto com o padre Cappelli e um grupo de outras pessoas consideradas “inaptas para o trabalho”, apesar de gozarem de boa forma física. Durante a execução de cerca de quarenta pessoas metralhadas, o corpo do pe. Comini protegeu um dos três sobreviventes do que ficou conhecido como massacre de Pioppe di Salvaro. O sobrevivente, testemunha decisiva destes fatos, contribuiu para dar a conhecer o martírio do servo de Deus, cujo corpo, como o das outras vítimas, se tinha perdido nas águas do Rio Reno.

Os veneráveis ​​Áron Márton, Giuseppe Maria Leone e Pietro Goursat

Quanto aos servos de Deus que se tornam veneráveis, são Áron Márton, bispo de Alba Julia, nascido em 28 de agosto de 1896, em Csíkszentdomokos (atual Romênia) e falecido em 29 de setembro de 1980 em Alba Iulia (Romênia); Giuseppe Maria Leone, sacerdote professo da Congregação do Santíssimo Redentor, nascido em 23 de maio de 1829 em Casaltrinità (atual Trinitapoli, Itália) e falecido em Angri (Itália) em 9 de agosto de 1902; e Pietro Goursat, fiel leigo, nascido em 15 de agosto de 1914 em Paris (França) e ali falecido em 25 de março de 1991.

Áron Márton lutou na Primeira Guerra Mundial antes de se tornar sacerdote, dedicando-se também ao ensino. Como bispo de Alba Julia, dedicou-se a fortalecer os laços entre o clero, dividido pela guerra e pelo ódio racial. Durante os anos da Segunda Guerra Mundial, ele se posicionou abertamente contra as leis raciais nazistas e cuidou de refugiados, exilados e judeus. No pós-guerra, a sua ação pastoral visava salvaguardar a fé contra o ataque dos comunistas romenos que oprimiam a minoria húngara na Transilvânia. Preso em 1949, foi julgado e condenado a duras prisões e trabalhos forçados. Ele também sofreu muito fisicamente e, depois de deixar a liderança de sua diocese, em 2 de abril de 1980, por estar doente com câncer, morreu poucos meses depois.

Giuseppe Maria Leone estudou no seminário apesar da oposição do pai e, após o noviciado com os Redentoristas, fez a profissão religiosa em 1851. Depois de ter estado em Vallo della Lucania e Angri, quando, em 1860, as ordens religiosas foram suprimidas, regressou à sua cidade natal realizando um fecundo apostolado em colaboração com o clero local. Tornou-se pregador e confessor, mantendo-se próximo das famílias afetadas pela epidemia de cólera que se espalhou pela população em 1867. Em 1880, quando foi possível retomar a vida religiosa, regressou na comunidade redentorista de Angri e assumiu diversas funções, dedicando-se também à publicação e reedição de algumas das suas obras de caráter ascético e espiritual. Distinguiu-se como confessor, diretor espiritual e pregador de exercícios espirituais a sacerdotes, seminaristas e religiosas, contribuindo significativamente para a renovação da vida religiosa e também para o crescimento espiritual dos fiéis leigos. De saúde muito debilitada, seu estado piorou no início de 1902 e ele faleceu poucos meses depois.

Pietro Goursat viveu uma infância difícil devido a um pai com problemas mentais que abandonou a família. Leigo consagrado, desenvolveu intensa atividade no meio cultural francês e, ao se reaproximar do pai, desenvolveu um interesse crescente pelos pobres e pelas pessoas com dificuldades físicas e mentais, dedicando-se sobretudo aos jovens ameaçados pelas drogas e pela delinquência, tanto que acolheu alguns deles na casa-barco Péniche. Iniciou alguns grupos de oração que chamou de “Emanuel”, organizando sessões de formação para eles no Santuário do Sagrado Coração de Jesus em Paray-Le-Monial. O bispo local confiou o cuidado deste santuário à Comunidade Emanuel, que o tornou um importante centro de espiritualidade. Depois de sofrer um infarto, em 1985, decidiu retirar-se do governo da Comunidade, passando a última parte de sua vida escondido e em oração, numa atitude de confiante abandono a Deus.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Do Tratado contra as heresias, de Santo Irineu, bispo (IX)

Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro (cancaonova)

Do Tratado contra as heresias, de Santo Irineu, bispo
(Lib. 3,20, 2-3: SCh 34, 342-344)       (Sec. II)

A economia da Encarnação redentora

A glória do homem é Deus; mas quem se beneficia das obras de Deus e de toda a sua sabedoria e poder é o homem.

Semelhante ao médico que demonstra sua competência no doente, assim Deus se manifesta nos homens. Eis por que o Apóstolo Paulo diz: Deus encerrou todos os homens na desobediência, a fim de exercer misericórdia para com todos (Rm 11,32). Referia-se ao homem que, por ter desobedecido a Deus, perdeu a imortalidade, mas depois obteve misericórdia, recebendo a adoção por intermédio do Filho de Deus.

Se o homem acolhe, sem orgulho nem presunção, a verdadeira glória que procede das criaturas e do criador, isto é, de Deus todo-poderoso que dá a tudo a existência, e se permanece em seu amor, na obediência e na ação de graças, receberá dele uma glória ainda maior, progredindo sempre mais, até se tornar semelhante àquele que morreu por ele.

Com efeito, Cristo se revestiu de uma carne semelhante à do pecado (Rm 8,3) para condenar o pecado e, depois de o condenar, expulsá-lo da carne. Tudo isso para incentivar o homem a tornar-se semelhante a ele, destinando-o a ser imitador de Deus, colocando-o sob a obediência paterna, a fim de que visse a Deus e tivesse acesso ao Pai. O Verbo de Deus habitou no homem e se fez filho do homem, para acostumar o homem a compreender a Deus e Deus a habitar no homem, segundo a vontade do Pai.

Por esse motivo, o sinal de nossa salvação, o Emanuel nascido da Virgem (cf. Is 7,11.14), foi dado pelo próprio Senhor; pois seria ele quem salvaria os homens, já que não poderiam salvar-se por si mesmos. Por isso São Paulo proclama a fraqueza do homem, dizendo: Estou ciente de que o bem não habita em mim (Rm 7,18), indicando que o bem de nossa salvação não vem de nós, mas de Deus. E ainda: Infeliz que sou! Quem me libertará deste corpo de morte? (Rm 7,24). E logo mostra quem o liberta: A graça de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. Rm 7,25).

Também Isaías diz: Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados. Dizei às pessoas deprimidas: “Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem, é a recompensa de Deus; é ele que vem para nos salvar” (cf. Is 35,3-4). Na verdade, nossa salvação não poderia vir de nós mesmos, mas unicamente do socorro de Deus.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Santo Urbano V

Santo Urbano V (A12)
19 de dezembro
Localização: França
Santo Urbano V

Guilherme Grinoald, francês, de família nobre, formado em Direito, professor, estudioso renomado e monge e depois abade beneditino, desempenhava delicadas missões diplomáticas para o Papa Inocêncio IV, quando por sua morte foi eleito Papa em 1362, mesmo não fazendo parte do Colégio Cardinalício. Assumiu com o nome de Urbano V, numa época conturbada para a Igreja, cuja sede havia sido exilada de Roma para Avignon na França, por causa de intrigas e perseguições políticas.

Em apenas oito anos de papado, desenvolveu enorme atividade. Pastoralmente, reformou a disciplina eclesiástica, reorganizou a corte pontifícia acabando com abusos e reduzindo a burocracia; instituiu norma de residência para os pastores da Igreja, foi severo com os simoníacos, elegeu pessoas dignas e competentes para os cargos eclesiásticos; opôs-se com energia contra o poder temporal nas atividades da Igreja. Para o povo promoveu o desenvolvimento cultural, criando centros de estudo e valorizando a Ciência, ajudando pessoalmente estudantes necessitados. (Nas universidades, exigiu roupa igual para os estudantes, a fim de se poupar humilhação aos pobres). Preocupou-se com atividades missionárias em regiões carentes de evangelização, como a Bulgária, a Romênia e os mongóis na Ásia. E de novo levou a sede papal para Roma em 1367, embora três anos mais tarde voltasse desgostoso a Avignon, por conta de novas intrigas políticas. Aí faleceu em 19 de dezembro de 1370.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

A Igreja sempre valorizou e desenvolveu a Fé, a Ciência, a Cultura, ordenadas na honestidade e competência, e apoiando-se mutuamente, pois todas são dádivas do próprio Deus. Mesmo em tempos de crise, como prova o frutuoso pontificado de São Urbano V. As desordens deste mundo não são motivo para desespero ou inatividade, mas circunstâncias que o Pai permite para que os Seus filhos mais se empenhem e humildemente reconheçam a necessidade do Seu auxílio, em todas as atividades: “...sem Mim, nada podeis fazer”, afirmou Jesus (Jo 15,5).

Oração:

Deus Pai de infinita sabedoria, que desejais para os Vossos filhos não as trevas da ignorância, mas a luz do verdadeiro conhecimento, concedei-nos pela intercessão de São Urbano V, exemplo de estudo e caridade, a diligência na nossa formação espiritual e cultural, necessária para enfrentar os desafios do nosso tempo, e sobretudo na ciência plena da caridade, no amor à Igreja e ao próximo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Papa e o Ciclo de Catequeses "O Espírito e a Esposa"

Papa Francisco na Audiência Geral na Praça São Pedro. (Photo by AFP/Filippo MONTEFORTE)  (AFP or licensors)

De 29 de maio a 11 de dezembro de 2024, o Papa Francisco dedicou 17 reflexões ao Ciclo de Catequeses "O Espírito e a Esposa. O Espírito Santo conduz o povo de Deus ao encontro de Jesus, nossa esperança", tendo a primeira por tema "O Espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas" e a última "O Espírito e a Esposa dizem: "Vem!". O Espírito Santo e a esperança cristã".

https://youtu.be/jR5ZYpTwRxs

Vatican News

Após concluir em 22 de maio de 2024 o ciclo de catequeses dedicado aos “Vícios e às virtudes”, na Audiência Geral de 29 de maio o Papa Francisco deu início à série de catequeses sobre “O Espírito e a Esposa. O Espírito Santo conduz o povo de Deus ao encontro de Jesus, nossa esperança”:

1. O Espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas - https://shorturl.at/6TCJk

2. “O vento sopra onde quer”. Onde há o Espírito de Deus há liberdade - https://shorturl.at/tvtaJ

3. “Toda a Escritura é inspirada por Deus”. Conhecer o amor de Deus nas palavras de Deus - https://shorturl.at/dzbBI

4. O Espírito ensina a Noiva a orar. Os Salmos, sinfonia de oração na Bíblia - https://shorturl.at/2UtAk

5. “Encarnado por obra do Espírito Santo pela virgem Maria”. Como conceber e dar à luz Jesus - https://shorturl.at/ABo1t

6. “O Espírito do Senhor está sobre mim.” O Espírito Santo no Batismo de Jesus - https://t.ly/Iw3wo

7.  Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto. O Espírito Santo é o nosso aliado na luta contra o espírito do mal - https://t.ly/vOcf5

8. “Todos ficaram cheios do Espírito Santo”. O Espírito Santo nos Actos dos Apóstolos - https://t.ly/Yb1XP

9. "Eu acredito no Espírito Santo". O Espírito Santo na fé da Igreja https://t.ly/oXn1M

10. "O Espírito, dom de Deus". O Espírito Santo e o sacramento do matrimónio - https://t.ly/0qRnO

11. "Ele consagrou-nos e marcou-nos com o seu selo". O Crisma, sacramento do Espírito Santo - https://rb.gy/hb6ktl

12. "O Espírito intercede por nós". O Espírito Santo e a oração cristã - https://rb.gy/01z5gd

13. Uma carta escrita com o Espírito de Deus vivo: Maria e o Espírito Santo - https://rb.gy/vhsgvn

14. Os dons da Esposa. Os carismas, dons do Espírito para o bem comum - https://rb.gy/hv2vm0

15. Os frutos do Espírito Santo. A Alegria - https://shorturl.at/ef78a

16. Anunciar o Evangelho no Espírito Santo. O Espírito Santo e a evangelização - urly.it/313ja_

17. O Espírito e a Esposa dizem: "Vem!". O Espírito Santo e a esperança cristã - http://tiny.cc/t9w1001

 Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

3 coisas que as famílias católicas devem evitar nas festas de fim de ano

Rawpixel.com | Shutterstock

Daniel R. Esparza - publicado em 27/12/23 - atualizado em 11/12/24

Adotar uma perspectiva católica significa priorizar os valores espirituais sobre o materialismo, praticar a moderação e cultivar tradições significativas.

Natal é uma época alegre para muitos. Mas, para os católicos, o seu significado é único. E, já que muitos tiram folga durante esta época festiva, é importante relembrar alguns aspectos espirituais associados à celebração. Aqui estão três coisas que todos deveriam evitar durante as festas de fim ano.

1. MATERIALISMO EXCESSIVO

No Natal e no Ano Novo, muitos se entregam ao materialismo excessivo, concentrando-se mais na quantidade e no custo dos presentes do que no verdadeiro espírito de dar. O ideal é promover um ambiente onde os bens materiais ofusquem a essência espiritual desta época. Em vez disso, priorize momentos de conexão, reflexão e gratidão. Envolva-se em atos de caridade e enfatize a importância de contribuir com a comunidade.

2. EXAGERO E GULA

No meio de festividades e guloseimas generosas, devemos evitar sucumbir às armadilhas do excesso de indulgência e da gula. A fé católica incentiva a moderação e a autodisciplina, e isto também se aplica às celebrações de feriados. Incentivar as orações familiares antes das refeições também pode reforçar o aspecto espiritual da nutrição e da gratidão.

3. NEGLIGENCIAR TRADIÇÕES ESPIRITUAIS

Em meio à agitação das festas de fim de ano, é preciso tomar cuidado para não negligenciar as tradições espirituais que definem a época para os católicos. Assistir à missa com a família, participar nas reflexões sazonais e incorporar a oração nas rotinas diárias são componentes essenciais desta época. 

Ao evitar essas armadilhas, podemos garantir a alegria, o amor e o significado espiritual que esta época reserva para as famílias católicas.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2023/12/27/3-coisas-que-as-familias-catolicas-devem-evitar-nas-festas-de-fim-de-ano

CRISTANDADE: A oração, os milagres, a virgindade de Maria, a humanidade de Jesus (IV)

A Virgindade de Maria (Templário de Maria)

Arquivo 30Giorni nº. 12 - 2011

A oração, os milagres, a virgindade de Maria, a humanidade de Jesus

Bento XVI no Advento e no Natal

Angelus
Domingo, 18 de dezembro de 2011

A virgindade de Maria

Maria deseja que o Filho que dela nascerá seja inteiramente um dom de graça

Em particular, gostaria de focar brevemente a importância da virgindade de Maria, isto é, o fato de ela ter concebido Jesus permanecendo virgem.

No pano de fundo do acontecimento de Nazaré está a profecia de Isaías. «Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele lhe chamará Emanuel» ( Is 7, 14). Esta antiga promessa encontrou cumprimento superabundante na Encarnação do Filho de Deus. Com efeito, a Virgem Maria não só o concebeu, mas o fez por obra do Espírito Santo, isto é, do próprio Deus. O ser humano que começa a viver no seu ventre toma a sua carne de Maria, mas a sua existência deriva totalmente de Deus. Ele é totalmente homem, feito de terra – para usar o símbolo bíblico – mas vem do alto, do Céu. O fato de Maria ter concebido permanecendo virgem é, portanto, essencial para o conhecimento de Jesus e para a nossa fé, porque testemunha que a iniciativa foi de Deus e, sobretudo, revela quem é a pessoa concebida. Como diz o Evangelho: “Portanto, aquele que nascer será santo e será chamado Filho de Deus” ( Lc 1,35). Neste sentido, a virgindade de Maria e a divindade de Jesus garantem-se mutuamente.

Por isso é tão importante a única pergunta que Maria, “muito perturbada”, faz ao Anjo: “Como acontecerá isso, já que não conheço homem algum?” ( Lc 1, 34). Na sua simplicidade, Maria é muito sábia: não duvida do poder de Deus, mas quer compreender melhor a sua vontade, conformar-se completamente a esta vontade. Maria é infinitamente superada pelo Mistério, mas ocupa perfeitamente o lugar que lhe foi atribuído, no centro dele. O seu coração e a sua mente são plenamente humildes e, precisamente por causa da sua singular humildade, Deus espera o “sim” desta menina para realizar o seu desígnio. Respeita sua dignidade e liberdade. O “sim” de Maria implica a combinação da maternidade e da virgindade, e ela deseja que tudo nela vá para a glória de Deus, e que o Filho que dela nascerá possa ser inteiramente dom da graça.

Fonte: https://www.30giorni.it/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF