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quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Violenta explosão destrói edifício paroquial no centro de Madri

Imagens da explosão. Foto: Captura Twitter ‘Emergencias Madrid'
MADRI, 20 jan. 21 / 12:05 pm (ACI).- Uma explosão destruiu quatro andares de um edifício pertencente à Paróquia ‘Virgem de la Paloma’, na rua Toledo, no centro de Madri. O prédio ficou parcialmente destruído.
ACI Digital
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A explosão se deu devido a um vazamento de gás e ocorreu por volta das 15h00 (hora local da Espanha). Afetou o lar de idosos ‘Los Nogales’, administrado pela paróquia, juntamente com o Colégio de La Salle, localizado na propriedade vizinha.

Segundo afirmaram fontes da Arquidiocese citadas por Telemadrid, a explosão ocorreu no momento em que a caldeira do prédio estava sendo reparada.

O edifício paroquial acolhia os salões e quartos dos sacerdotes da paróquia da ‘Virgem de la Paloma’.

Ao menos três pessoas faleceram, entre elas, o técnico, pai de 4 filhos, que estava consertando a caldeira. O edifício segue pegando fogo no momento porque a intervenção dos bombeiros não é possível devido ao risco de novas explosões.

‘Emergencias Madrid’ informou que há vários feridos. Um deles é um sacerdote da paróquia que foi encaminhado ao hospital. Também há um leigo desaparecido.

https://twitter.com/i/status/1351910332193759235

Não há feridos entre os funcionários ou residentes do lar de idosos, confirmou o diretor da instituição a Televisión Española. Também não há vítimas entre os alunos ou professores do Colégio de La Salle, cujo pátio estava fechado devido aos efeitos da tempestade que há dias atinge a capital da Espanha.

https://twitter.com/i/status/1351921991071244290

O Arcebispo de Madri, Cardeal Carlos Osoro, foi à região para consolar os fiéis da paróquia ‘de La Paloma’ e, segundo assinalou em uma mensagem divulgado em seu perfil oficial do Twitter, reza “pela comunidade cristã nesse momento de dificuldade e peço pelas vítimas”.

Diversos vizinhos, entre eles idosos do lar, estão refugiados em cafeterias do bairro. A explosão afetou outros edifícios próximos, quebrando vidros e com desprendimento de destroços. Várias unidades da polícia e do corpo de bombeiros se deslocaram para a região.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

ACI Digital

Do Tratado sobre as Virgens, de Santo Ambrósio, bispo

Sta. Inês | Canção Nova

(Lib. 1, cap. 2.5.7-9:PL 16, [edit. 1845], 189-191)            (Séc.IV)

Ainda não preparada para o sofrimento
e já madura para a vitória!

Celebramos o natalício de uma virgem: imitemos sua integridade; é o natalício de uma mártir: ofereçamos sacrifícios. É o aniversário de Santa Inês. Conta-se que sofreu o martírio com a idade de doze anos. Quanto mais detestável foi a crueldade que não poupou sequer tão tenra idade, tanto maior é a força da fé que até naquela idade encontrou testemunho.

Haveria naquele corpo tão pequeno lugar para uma ferida? Mas aquela que quase não tinha tamanho para receber o golpe da espada, teve força para vencer a espada. E isto numa idade em que as meninas não suportam sequer ver o rosto zangado dos pais e choram como se uma picada de alfinete fosse uma ferida!

Mas ela permaneceu impávida entre as mãos ensanguentadas dos carrascos, imóvel perante o arrastar estridente dos pesados grilhões. Oferece o corpo à espada do soldado enfurecido, sem saber o que é a morte, mas pronta para ela. Levada à força até os altares dos ídolos, estende as mãos para Cristo no meio do fogo, e nestas chamas sacrílegas mostra o troféu do Senhor vitorioso. Finalmente, tendo que introduzir o pescoço e ambas as mãos nas algemas de fero, nenhum elo era suficientemente apertado para segurar membros tão pequeninos.

Novo gênero de martírio? Ainda não preparada para o sofrimento e já madura para a vitória! Mal sabia lutar e facilmente triunfa! Dá uma lição de firmeza apesar de tão pouca idade! Uma recém-casada não se apresaria para o leito nupcial com aquela alegria com que esta virgem correu para o lugar do suplício, levando a cabeça enfeitada não de belas tranças mas de Cristo, e coroada não de flores mas de virtudes.

Todos choram, menos ela. Muitos se admiram de vê-la entregar tão generosamente a vida que ainda não começara a gozar, como se já tivesse vivido plenamente. Todos ficam espantados que já se levante como testemunha de Deus quem, por causa da idade, não podia ainda dar testemunho de si. Afinal, aquela que não mereceria crédito se testemunhasse a respeito de um homem, conseguiu que lhe dessem crédito ao testemunhar acerca de Deus. Pois o que está acima da natureza, pode fazê-lo o Autor da natureza.

Quantas ameaças não terá feito o carrasco para incutir-lhe terror! Quantas seduções para persuadi-la! Quantas propostas para casar com algum deles! Mas sua resposta foi esta: “É uma injúria ao Esposo esperar por outro que me agrade. Aquele que primeiro me escolheu para si, esse é que me receberá. Por que demoras, carrasco? Pereça este corpo que pode ser amado por quem não quero!” Ficou de pé, rezou, inclinou a cabeça.

Terias podido ver o carrasco perturbar-se, como se fosse ele o condenado, tremer a mão que desfecharia o golpe, e empalidecerem os rostos temerosos do perigo alheio, enquanto a menina não temia o próprio perigo. Tendes, pois, numa única vítima um duplo martírio: o da castidade e o da fé. Inês permaneceu virgem e alcançou o martírio.

https://liturgiadashoras.online/

S. INÊS, VIRGEM E MÁRTIR

S. Inês, Puccio Capanna  (© Musei Vaticani)

“Pura e casta”

O nome Inês, em grego, significa “pura e casta”. Para os historiadores, isto significa um sobrenome, que identifica Santa Inês, uma das mártires mais veneradas pela Igreja.

Transcorria o ano 304, ápice de ferocidade anticristã, por ordem o imperador Diocleciano. No entanto, alguns estudiosos situam este acontecimento durante a perseguição de Valeriano, 40 anos antes.

Sobre Inês não se sabe nada, exceto a paixão do seu martírio, cujas notícias, nem sempre unívocas, estão disseminadas em vários documentos posteriores à sua morte.

Ódio e graça

A tradição fala de um amor não correspondido do filho do Prefeito de Roma por Inês que, com apenas treze anos, não quis aceitar a proposta do nobre. Na verdade, a jovem havia feito o voto de castidade por Cristo.

Quando o Prefeito foi informado sobre a sua consagração, desencadeou sua vingança: Inês devia entrar no círculo das vestais, que ofereciam culto à deusa protetora de Roma. A jovem recusou-se e a vingança tornou-se mais cruel: passou do templo ao prostíbulo, sendo exposta, na Praça Navona, entre as demais prostitutas. As narrações hagiográficas dizem que Inês, em virtude de uma proteção especial, conseguiu, também naquela situação, manter a sua pureza.

Como um cordeiro

O ódio contra a jovem aumentou em uma espiral de violência crescente. Inês foi condenada à fogueira, mas as chamas nem chegaram a tocar. Então, com um golpe de espada na garganta, ela entregou sua vida.

A iconografia representa Inês com um cordeiro sempre ao lado, porque seu destino foi o mesmo reservado a estes pequenos ovinos.

Todos os anos, no dia 21 de janeiro, festa litúrgica de Santa Inês, são abençoados dois cordeirinhos, criados pelas Irmãs da Sagrada Família de Nazaré. Com a sua lã, as Irmãs confeccionam os sagrados Pálios, que o Papa impõe sobre os novos Arcebispos metropolitanos, em 29 de junho, dia de São Pedro e São Paulo.

Virtudes superiores à natureza

Os restos mortais de Santa Inês encontram-se em uma urna de prata, a pedido do Papa Paulo V, na Basílica a ela dedicada na Via Nomentana, em Roma. A Basílica foi construída, por desejo da princesa Constantina, filha do imperador Constantino I, sobre a Catacumba, na qual foi sepultado seu corpo.

Santo Ambrósio escreveu sobre Santa Inês: “A sua consagração superava a sua idade; suas virtudes superavam a própria natureza. Assim, seu nome parece não ter sido uma escolha humana, mas uma profecia do seu martírio, uma antecipação do que ela devia ser”.

Vatican News

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

PAIS DA IGREJA: Catequeses Mistagógicas (Parte 4/8)

São Cirilo de Jerusalém (313-350)

Catequeses Mistagógicas

II. Primeira Catequese Mistagógica

Os recém-iluminados e leitura da primeira epístola católica de São Pedro desde: «Estai alerta e vigia» até o final da epístola 1, do mesmo Cirilo e do bispo João.

II.1 Finalidade destas catequeses

1. Desde há muito tempo desejava falar-vos, filhos legítimos e muito amados da Igreja, sobre estes espirituais e celestes mistérios. Mas como sei bem que a vista é mais fiel que o ouvido2, esperei a ocasião presente, para encontrar-vos, depois desta grande noite, mais preparados para compreender o que se vos fala e levar-vos pelas mãos ao prado luminoso e fragrante deste paraíso. Além disso, já estais melhor preparados para apreender os mistérios todo divinos que se referem ao divino e vivificante batismo. Uma vez, pois, que vos proporemos uma mesa com doutrinas de iniciação perfeita, é necessário ensinar-vos com precisão, para penetrardes o sentido do que se passou convosco nesta noite batismal.

2. Entrastes primeiro no adro do batistério. Depois vos voltastes para o Ocidente e atentos escutastes. Recebestes então a ordem de estender a mão, e renunciastes a satanás como se estivesse ali presente. É preciso que saibais que na história antiga há uma figura deste gesto. Quando o faraó, o mais inumano e cruel tirano, oprimia o povo livre e nobre dos hebreus, Deus enviou Moisés a tirá-los desta penosa escravidão dos egípcios. Com sangue de cordeiro eram ungidas as ombreiras das portas, a fim de que o exterminador passasse pelas casas que ostentassem o sinal do sangue. Assim, o povo dos hebreus foi admiravelmente libertado. Quando, depois da libertação, faraó os perseguiu e viu o mar abrir-se maravilhosamente diante deles, avançou mesmo assim ao encalço deles e, submerso instantaneamente, foi engolido pelo Mar Vermelho.

3. Passai agora comigo das coisas antigas às novas, da figura à realidade. Lá Moisés foi enviado por Deus ao Egito; aqui Cristo, do seio do Pai, foi enviado ao mundo. Aquele para tirar o povo oprimido do Egito; Cristo para livrar os que no mundo são acabrunhados pelo pecado. Lá o sangue do cordeiro afastou o anjo exterminador; aqui o sangue do Cordeiro Imaculado, Jesus Cristo, constitui um refúgio contra os demônios. Aquele tirano perseguiu até o mar este povo antigo; e a ti, o demônio atrevido, impudente e príncipe do mal, te segue até as fontes mesmas da salvação. Aquele afogou-se no mar; este desaparece na água da salvação.

II.2 Renúncia a satanás

4. Entretanto, ouves, com a mão estendida, dizer como a um presente: «Eu renuncio a ti, satanás». Quero também falar-vos porque estais voltados para o Ocidente, pois é necessário. O Ocidente é o lugar das trevas visíveis e como aquele [satã] é trevas, tem o seu poder nas trevas. Por essa razão, simbolicamente olhais para o Ocidente e renunciais a este príncipe tenebroso e sombrio. O que então cada um de vós, de pé, dizia? Renuncio a ti, satanás, a ti mau e crudelíssimo tirano: já não temo, dizias, a tua força. Pois Cristo a destruiu, fazendo-me participe de seu sangue e de sua carne, a fim de abolir a morte pela morte e eu não estar eternamente sujeito à escravidão. Renuncio a ti, serpente astuta e capaz de todo mal. Renuncio a ti, que armas insídias e, simulando amizade, praticaste toda sorte de iniqüidade e sugeriste a nossos primeiros pais a apostasia. Renuncio a ti, satanás, artífice e cúmplice de todo mal.

5. Em seguida, numa segunda fórmula, és ensinado a dizer: «E a todas as tuas obras». Obras de satanás são todos os pecados, aos quais é necessário renunciar, assim como quem foge de um tirano atira para longe de si todas as armas dele. Todo o gênero de pecado está, pois, incluído nas obras do diabo. Aliás, sabes que tudo quanto dizes naquela hora tremente está inscrito nos livros invisíveis de Deus. Se, pois, fores surpreendido fazendo algo contrário a estes, serás julgado como transgressor. Renuncias, portanto, às obras de satanás, isto é, a todas as ações e pensamentos contrários à promessa.

6. Depois dizes: «E a toda a sua pompa». Pompa do diabo é a mania do teatro, das corridas de cavalo, da caça e de toda vaidade desta espécie. Dela pede o santo ser livrado, dizendo a Deus: «Não permitais que meus olhos vejam a vaidade». Não te entregues desenfreadamente à mania do teatro, onde se encontram os espetáculos obscenos dos atores, executados com insolências e com toda sorte de indecências, e com danças furiosas de homens efeminados. Nem tampouco sejas daqueles que na caça se expõem a si mesmos às feras, para contentar o infeliz ventre, os quais, querendo regalar o estômago com petiscos, se tornam alimentos dos animais selvagens. Exprimindo-me melhor, por causa deste seu deus, o ventre 14, arriscam sua vida em combate singular. Foge também das corridas de cavalos, espetáculo insano que leva as almas à perdição. Porque tudo isto é pompa do diabo.

7. Mas ainda tudo o que é exposto nos templos dos ídolos e nas suas festas, quer sejam carnes ou pães ou coisas semelhantes, inquinados pela invocação dos demônios infames, são contados como pompa do diabo. Pois, assim como o pão e o vinho da eucaristia, antes da santa epíclese da adorável Trindade, eram simplesmente pão e vinho, mas depois da epíclese o pão se torna corpo de Cristo e o vinho sangue de Cristo, da mesma maneira estes alimentos que pertencem à pompa de satanás, por sua própria natureza simples, tornam-se, pela invocação dos demônios, impuros.

8. Depois disto tu dizes: «E a teu culto». Culto do diabo é a prece feita nos templos dos ídolos, tudo que se faz em honra dos simulacros inanimados: acender luzes ou queimar incenso perto de fontes e rios, como fazem alguns que, enganados por sonhos e demônios, chegam a isso, crendo que encontram a cura de doenças corporais. Não vás atrás destas coisas. Augúrios, adivinhação, agouros, amuletos, inscrições em lâminas, magias ou outras artes más são culto do diabo. Foge, portanto, de tudo isto. Se a eles sucumbes, depois de teres renunciado a satanás e aderido a Cristo, experimentarás um tirano mais cruel. Aquele que antes te tratou talvez como familiar e te libertou da dura escravidão, agora está fortemente irritado contra ti. De Cristo serás privado e experimentarás àquele [satanás]. Não ouviste o que a antiga história nos conta de Lot e suas filhas? Não se salvou ele com as filhas, tendo alcançado a montanha, enquanto sua mulher se transformou em estátua de sal para sempre, constituindo uma recordação de sua má vontade e de seu olhar curioso para trás? Cuida, pois, de ti mesmo e não te voltes novamente para trás, depois de teres posto a mão no arado, para a prática amarga desta vida. Foge antes para a montanha para junto de Jesus Cristo, a pedra talhada não por mãos e que encheu a terra.

II.3 Profissão de fé

9. Quando, então, renuncias a satanás, rompendo todo pacto com ele, quebras as velhas alianças com o inferno. Abre-se para ti o paraíso de Deus, que ele plantou para o lado do oriente, donde por sua transgressão foi expulso nosso primeiro pai. Disto é símbolo o te voltares do Ocidente para o Oriente, lugar da luz. Então te foi ordenado que dissesses: «Creio no Pai e no Filho e no Espírito Santo e no único batismo de penitência». Disto vos falamos extensamente, nas catequeses anteriores, como no-lo permitiu a graça de Deus.

10. Fortalecido por estas palavras, vigia. Pois nosso adversário o diabo, como foi lido, anda ao redor, buscando a quem devorar. Deveras, nos tempos anteriores a este, a morte devorava, poderosa. Depois do batismo sagrado da regeneração, Deus enxugou toda lágrima de todas as faces. Com efeito, já não choras por teres te despido do velho homem, mas estás em festa porque te revestiste com a vestimenta da salvação, Jesus Cristo.

11. Tudo isto se realizou no edifício exterior. Se aprouver a Deus, quando nas Catequeses Mistagógicas seguintes entrarmos no Santo dos Santos, conheceremos, então, os símbolos das coisas que lá se realizam.

A Deus glória, poder e magnificência, com o Filho e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém.

ECCLESIA

Papa pede que se lute pela unidade porque o diabo sempre divide

Papa Francisco na biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano.
Foto: Vatican Media

Vaticano, 20 jan. 21 / 08:47 am (ACI).- Na audiência geral de 20 de janeiro, o Papa Francisco advertiu que “rezar significa lutar pela unidade” e advertiu que “o nosso inimigo, o diabo, sempre divide”.

“Rezar significa lutar pela unidade. Sim, lutar, porque o nosso inimigo, o diabo, como a própria palavra diz, é o divisor. Jesus pede a unidade no Espírito Santo, fazer unidade. O diabo divide sempre porque para ele é conveniente dividir”, advertiu o Papa.

Nesse sentido, o Santo Padre destacou que o demônio “insinua a divisão, em todo o lado e de todas as maneiras, enquanto o Espírito Santo faz convergir sempre em unidade”.

“O diabo, em geral, não nos tenta com a alta teologia, mas com as fraquezas dos irmãos. Ele é astuto: amplia os erros e defeitos dos outros, semeia a discórdia, provoca a crítica e cria divisão”, assinalou.

Em vez disso, o Papa recordou que “o caminho de Deus é outro: Ele aceita-nos como somos, ama-nos muito, mas ama-nos como somos e aceita-nos como somos; aceita-nos diferentes, aceita-nos pecadores, e impele-nos sempre para a unidade”.

Instrumentos para unidade

Nesse sentido, o Santo Padre disse que “podemos examinar-nos e perguntar-nos se, nos locais onde vivemos, estamos a fomentar conflitos ou a lutar para crescer em unidade com os instrumentos que Deus nos deu: a oração e o amor”.

Em seguida, o Papa condenou a fofoca, falar mal dos outros, porque aumenta a “conflitualidade” e advertiu que “o mexerico é a arma mais à mão que o diabo tem para dividir a comunidade cristã, para dividir a família, para dividir os amigos, para dividir sempre”. Por sua vez, “o Espírito Santo inspira-nos sempre a unidade”.

Por fim, o Santo Padre destacou que “Neste tempo de graves dificuldades, a oração é ainda mais necessária para que a unidade prevaleça sobre os conflitos. É urgente pôr de lado os particularismos a fim de promover o bem comum, e para isso o nosso bom exemplo é fundamental” e acrescentou que “é essencial que os cristãos continuem o caminho rumo à unidade plena e visível”.

ACI Digital

A vacina é uma vitória da ciência e da humanidade

A3pfamily | Shutterstock
por Octávio Messias

Aprovação da CoronaVac e da vacina de Oxford representa um alento e indica uma saída da pandemia.

A pandemia do coronavírus trouxe à tona um negacionismo e um desprezo pela vida de obscurantismo comparável à Idade Média. O que pode ser visto não só nas redes sociais como no comportamento da população, que promove aglomerações desprezando as recomendações da Organização Mundial de Saúde e dos principais órgão de epidemiologia, sem falar no uso de máscaras e na rotina de se higienizar as mãos, aos quais já deveríamos estar habituados. O resultado dessa negligência pode ser observado no colapso do sistema de saúde e na falta de oxigênio em Manaus, o que vem custando vidas inclusive de bebês recém-nascidos, uma vez que respiradores não servem somente para infectados com covid-19. E se continuarmos nessa toada, essa tragédia deve se repetir em outras regiões brasileiras. 

Esforço coletivo

Atualmente o país registra quase 210 mil mortes da doença (10% do número total de óbitos causados por covid-19 no mundo). Tratando-se de uma situação que exige um esforço coletivo para a erradicação da doença, estamos falhando, e muito. Como o vírus não só pode matar individualmente cada infectado, como ele pode se alastrar pelas pessoas que cruzarem seu caminho, uma mentalidade individualista não pode ter vez. Ou saímos dessa juntos, ou ninguém sai. E o surgimento de novas mutações do vírus, como as observadas no Reino Unido, na África do Sul e no Amazonas, apenas aumentam o caráter de urgência dessa crise.

Aprovação

De modo que a aprovação da CoronaVac e da vacina de Oxford, anunciada neste domingo pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), representa uma vitória da ciência contra a doença e da humanidade contra a morte e o obscurantismo. Vale salientar o mérito da CoronaVac, desenvolvida no Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, uma vez que o investimento em pesquisa e tratamentos de covid-19 no Brasil foi de US$ 8,4 milhões, um valor ínfimo se comparado ao que foi gasto para o mesmo fim nos Estados Unidos (US$ 10 bilhões), no Reino Unido (US$ 6 bilhões) e na União Europeia (US$ 613 milhões).

Responsabilidade

Depois de dez meses de angústia e ansiedade, finalmente encontramos um alento, um caminho para sair dessa situação e com sorte, em breve, voltarmos a viver dentro de uma normalidade. Mas, novamente, o vírus só será devidamente erradicado se nos unirmos em um esforço coletivo. Infectologistas apontam que as vacinas só cumprirão seu propósito no país se tomadas por pelo menos 60% da população. Portanto é importante se conscientizar que tomar a vacina é uma resposabilidade individual que afeta o coletivo. Ainda levará grande parte do ano para que o antídoto chegue a tanta gente, logo, no meio tempo, precisamos respeitar os protocolos e manter o distanciamento social. Para que, logo, todos possam retomar suas vidas como eram antes da pandemia, com o mínimo de fatalidades nesse meio-tempo. 

Aleteia

A oração do Papa pelas vítimas da pandemia em Manaus

Papa Francisco | Vatican News

https://youtu.be/qyOUmHeDWsg

Ao saudar os fiéis de língua portuguesa conectados para a Audiência Geral, o Papa Francisco dirigiu sua oração às vítimas do coronavírus.

Vatican News

“Nestes dias a minha oração é por quantos sofrem com a pandemia, de modo especial em Manaus, no norte do Brasil. Que o Pai das Misericórdias lhes sustente neste momento difícil. Lhes abençoo de coração!”

Esta foi a saudação que o Papa Francisco dirigiu aos fiéis de língua portuguesa na Audiência Geral desta quarta-feira.

Não é a primeira vez que o Pontífice manifesta sua preocupação com a capital do Amazonas. Na primeira onda da pandemia, Francisco ligou para o arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, para manifestar a sua solidariedade e proximidade às vítimas do novo coronavírus. Era o dia 25 de abril de 2020.

Agora, Manaus volta a viver uma tragédia, com a morte de pacientes nos hospitais por asfixia devido à falta de oxigênio.

Dom Leonardo gravou um vídeo fazendo um apelo por ajudas: “Coloquemos a serviço de todos a nossa humanidade melhor, e coloquemos também a serviço de todos as nossas forças espirituais”. 

O arcebispo fez um pedido para “deixar de lado as agressões, os negacionismos, deixar de lado a política que divide, que corrompe, deixar de lado os lucros acima da pandemia”.

Em entrevista ao Vatican News, o missionário espanhol Padre Luis Miguel Modino declarou se vive uma realidade de morte” no Estado, relatando também as ajudas oferecidas pela Igreja.

Dois dias atrás, a Covid-19 fez mais uma vítima entre o clero de Manaus, com a morte do sacerdote palotino Celestino Ceretta, aos 79 anos.

Vatican News

5 santos que te ajudarão contra a depressão

Imagem referencial. Crédito: Pixabay

REDAÇÃO CENTRAL, 19 jan. 21 / 12:00 pm (ACI).- Ontem foi reordada a “Blue Monday”, o dia mais triste do ano. Trata-se da terceira segunda-feira do ano e a escolha desta data remonta a 2005, quando o professor da escola de psicólogos da Universidade de Cardiff, Cliff Arnall, indicou que por uma fórmula matemática este dia é o mais triste.

Muitas organizações usam essa data, que se afirma que nasceu realmente de uma campanha publicitária, para recordar a importância da saúde mental, especialmente diante da doença da depressão, e oferecer apoio às pessoas que a padecem.

Esta enfermidade não é distante dos fiéis de Deus e, neste artigo, apresentamos cinco santos que podem ajudar na luta contra a depressão.

1. São Francisco de Sales

São Francisco de Sales foi conhecido como o santo da amabilidade. Quando era muito jovem, começou a ter o pensamento constante sobre sua própria condenação, estando certo de que iria para o inferno.

Este pensamento incessante o levou a perder o apetite e sofrer noites contínuas de insônia, repercutindo em sua saúde. São Francisco perdeu muito peso e temiam que enlouquecesse pela falta de sono.

Então, disse a Deus: “Não me interessa que me mandes todos os suplícios que queiras, contanto que me permitas seguir te amando sempre”. Na igreja de Santo Estêvão, em Paris, ajoelhado diante da imagem da Virgem, pronunciou a famosa oração de São Bernardo: “Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria...” e conseguiu milagrosamente recuperar a paz.

2. Santa Teresinha do Menino Jesus

Santa Teresinha do Menino Jesus relatou em seus escritos que, quando era criança, sofria de uma doença que, pelos sintomas, se assemelha ao que hoje se conhece como depressão, e como foi libertada graças a “Nossa Senhora do Sorriso”.

“Dia 13 de maio de 1883, festa de Pentecostes. Do leito, virei meu olhar para a imagem de Nossa Senhora, e, de repente, a Santíssima Virgem apareceu-me bonita, tão bonita que nunca vira algo semelhante. Seu rosto exalava uma bondade e uma ternura inefáveis, mas o que calou fundo em minha alma foi o ‘sorriso encantador da Santíssima Virgem’”, escreveu a santa carmelita.

“Todas as minhas penas se foram naquele momento, duas grossas lágrimas jorraram das minhas pálpebras e rolaram pelo meu rosto. Eram lágrimas de pura alegria… Ah! pensei, a Santíssima Virgem sorriu para mim, estou feliz… (…) Fora por causa dela, das suas intensas orações, que eu tivera a graça do sorriso da Rainha dos Céu…”, expressou.

3. São João de Deus

São João de Deus, fundador da ordem Hospitaleira, dirigiu um hospital para os pobres, onde trabalhou incansavelmente por dez anos. Estava em constantes jejuns e passava as noites cuidando dos doentes. Seus contínuos resfriados prejudicaram sua saúde.

É conhecido como padroeiro dos que trabalham nos hospitais e se pode recorrer a ele para pedir sua intercessão quando as pessoas sofrem de depressão.

4. Santa Flora de Beaulieu

Santa Flora de Beaulieu ingressou no convento das monjas “hospitaleiras” da ordem de São João de Jerusalém. Desde sua entrada, Flora teve que enfrentar todos os tipos de provações espirituais.

A santa começou a sofrer um período intenso e prolongado de depressão que afetava seu comportamento, a ponto de irritar suas companheiras, as quais insistiam em tratá-la como demente.

No entanto, com a ajuda de um confessor compreensivo que acreditou nela, fez um grande progresso na vida espiritual e Deus finalmente lhe concedeu as mais extraordinárias graças místicas.

5. Santa Hildegarda de Bingen

Santa Hildegarda de Bingen foi uma religiosa beneditina que viveu no século XII e a quem foram reveladas as causas de algumas doenças e seus tratamentos. Não tinha estudos, por isso sempre manifestou que toda sua sabedoria vinha de visões do Céu, que lhe ditava “uma voz viva” que lhe indicava que cada doença tinha um remédio oferecido pela natureza.

Com base nessas visões, Santa Hildegarda escreveu vários livros de medicina nos quais mostra que o homem não está condenado à doença, mas que pode evitá-la ou curá-la de maneira natural, levando um modo de vida coerente.

A santa alemã descobriu alguns tratamentos para lidar com doenças como a depressão.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

ACI Digital

São Sebastião, mártir

São Sebastião | Vatican News

São Sebastião era um soldado romano que foi martirizado por professar e não renegar a fé em Cristo Jesus. Sua história é conhecida somente pelas atas romanas de sua condenação e martírio. Nessas atas de martírio de cristãos, os escribas escreviam dando poucos detalhes sobre o martirizado e muitos detalhes sobre as torturas e sofrimentos causados a eles antes de morrerem. Essas atas eram expostas ao público nas cidades com o fim de desestimular a adesão ao cristianismo.

São Sebastião, soldado romano e cristão

São Sebastião nasceu na cidade de Narbona, na França, em 256 d.C. Seu nome de origem grega, Sebastós, significa divino, venerável. Ainda pequeno, sua família mudou-se para Milão, na Itália, onde ele cresceu e estudou. Sebastião optou por seguir a carreira militar de seu pai.

No exército romano, chegou a ser Capitão da 1ª da guarda pretoriana. Esse cargo só era ocupado por pessoas ilustres, dignas e corretas. Sebastião era muito dedicado à carreira, tendo o reconhecimento dos amigos e até mesmo do imperador romano, Maximiano. Na época, o império romano era governado por Diocleciano, no oriente, e por Maximiano, no ocidente. Maximiano não sabia que Sebastião era cristão. Não sabia também que Sebastião,  sem deixar de cumprir seus deveres militares, não participava dos martírios nem das manifestações de idolatria dos romanos.

Por isso, São Sebastião é conhecido por ter servido a dois exércitos: o de Roma e o de Cristo. Sempre que conseguia uma oportunidade, visitava os cristãos presos, levava uma ajuda aos que estavam doentes e aos que precisavam.

Missionário no exército romano

De acordo com Atos apócrifos atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião teria se alistado no exército romano já com a única intenção de afirmar e dar força ao coração dos cristãos, enfraquecidos diante das torturas.

Martírio de São Sebastião

Ao tomar conhecimento de cristãos infiltrados no exército romano, Maximiano realizou uma caça a esses cristãos, expulsando-os do exército. Só os filhos de soldados ficaram obrigados a servirem o exército. E este era o caso do Capitão Sebastião. Para os outros jovens a escolha era livre. Denunciado por um soldado, o imperador se sentiu traído e mandou que Sebastião renunciasse à sua fé em Jesus Cristo. Sebastião se negou a fazer esta renúncia. Por isso, Maximiano mandou que ele fosse morto para servir de exemplo e desestímulo a outros. Maximiano, porém, ordenou que Sebastião tivesse uma morte cruenta diante de todos. Assim, os arqueiros receberam ordens para matarem-no a flechadas. Eles tiraram suas roupas, o amarraram num poste no estádio de Palatino e lançaram suas flechas sobre ele. Ferido, deixaram que ele sangrasse até morrer.

Recuperação

Irene, uma cristã devota, e um grupo de amigos, foram ao local e, surpresos, viram que Sebastião continuava vivo. Levaram-no dali e o esconderam na casa de Irene que cuidou de seus ferimentos.

Segundo martírio de São Sebastião

Depois de curado, Sebastião continuou evangelizando e se apresentou ao imperador Maximiano, que não atendeu ao seu pedido. Sebastião insistia para que ele parasse de perseguir e matar os cristãos. Desta vez o imperador mandou que o açoitassem até morrer e depois fosse jogado numa fossa, para que nenhum cristão o encontrasse. Porém, após sua morte, São Sebastião apareceu a Lucina, uma cristã, e disse que ela encontraria o corpo dele pendurado num poço. Ele pediu para ser enterrado nas catacumbas junto dos apóstolos.

Sepultamento

Alguns autores acreditam que Sebastião foi enterrado no jardim da casa de Lucina, na Via Ápia, onde se encontra sua Basílica. Construíram, então, nas catacumbas, um templo, a Basílica de São Sebastião. O templo existe até hoje e recebe devotos e peregrinos do mundo todo.

Devoção a São Sebastião

Tal como São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. São Sebastião é celebrado no dia 20 de janeiro. Existe também uma capela em Palatino, com uma pintura que mostra Irene tratando das feridas de Sebastião. Irene também foi canonizada e sua festa é no dia 30 de março.

Oração a São Sebastião

São Sebastião glorioso mártir de Jesus Cristo e poderoso advogado contra a peste, defendei a mim, minha família e todo o país do terrível flagelo da peste e de todos os males para que servindo a Jesus Cristo alcancemos a graça de participar de vossa Glória no céu. Amém.

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São Fabiano, papa e mártir

São Fabiano | Vatican News

Papa São Fabiano ( ? – 250)

Papa (236-250) e santo da Igreja Cristã Romana nascido em Roma, que morreu mártir (250) durante a perseguição do Imperador Décio. Fazendeiro de origem, foi ao túmulo de São Pedro para orar e pessoas juraram que viram um sinal do Espírito Santo sobre sua cabeça. Foi eleito e ordenado diácono, presbítero, bispo e eleito papa no mesmo dia. O seu pontificado coincidiu, exceto no início e no final, com um período excepcional de paz, prosperidade e desenvolvimento da Igreja. Foi administrador enérgico e de grande visão e no censo que realizou na Igreja de Roma, contabilizou que na cidade, havia sete circunscrições eclesiásticas, com sete bispos, quarenta e seis presbíteros, sete diáconos, cinquenta e dois exorcistas, leitores e porteiros, mil e quinhentas viúvas sob a proteção da Igreja, e um total de quarenta mil cristãos. Pelo Liber Pontificalis, a coleção de biografias papais, mandou fazer muitos trabalhos nas catacumbas, inclusive a ampliação da de S. Calisto. O termo catacumba é a denominação dos primitivos cemitérios cristãos, constituídas por galerias, cubículos e outras cavidades. Admirado por São Cipriano, foi venerado no Oriente como grande santo milagreiro. Segundo o autor Eusébio, em sua História Eclesiástica, Orígenes endereçou-lhe um tratado em que se defendia da acusação de heresia.

O Imperador Décio desencadeou uma ferrenha perseguição contra a Igreja (246) e ele fugiu de Roma e deu início à vida eremita, com os anacoretas. Preso, no final de seu pontificado sustentou inflexível o processo na presença do imperador Décio, de quem se diz ter pronunciado no final do julgamento: Prefiro ter um rival no império do que um bispo em Roma. Martirizado em Roma, o pontificado ficou 14 meses sem ocupação, devido à violenta perseguição de Décio, inclusive porque seus possíveis sucessores estavam todos na prisão por ordem do imperador. Durante este período o principal interlocutor do clero de Roma foi um eclesiástico chamado Novaciano. Quando a situação permitiu a grande maioria escolheu o romano Cornélio, não por iniciativa própria, mas pela sua reconhecida humildade, prudência e bondade.

Fonte: www.dec.ufcg.edu.br

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF