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sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Que tipo de batizado é você? Faça o teste!

Sébastien Désarmaux / Godong

Sacerdote, profeta ou rei… Responda algumas perguntas e descubra facilmente o seu perfil de batizado.

Ainda que todos sejamos chamados a ser “sacerdotes, profetas e reis”, a nossa natureza e a nossa história muitas vezes nos orientam para determinados desafios. Para cada pergunta, escolha a opção que representa o que você diria ou faria primeiro, de forma mais espontânea. É um teste para te conhecer melhor e progredir!

1. Diante de um projeto de lei que ameaça a vida, você:

A) Reza o rosário em intercessão pelos políticos.

B) Organiza uma petição na Internet.

C) Presta uma atenção extra à sua família e aos seus entes queridos, de forma a aumentar a caridade no mundo.

2. Seu colega de escritório é muçulmano:

A) Você busca conhecer a fé dele.

B) Fala com ele sobre Jesus.

C) Certifica-se de que ele não é discriminado na empresa.

3. Para você, um bom pai é:

A) Aquele que perdoa seus filhos.

B) Aquele que lhes dá exemplo de uma certa simplicidade de vida.

C) Aquele que sabe se fazer presente.

4. Sua figura de santidade:

A) São Francisco de Assis ao rasgar as suas vestes.

B) Santa Teresa do Menino Jesus rezando pelos pecadores.

C) São Vicente de Paula trabalhando pelos pobres.

5. Você é reconhecido pelo dom de:

A) Conciliar.

B) Comunicar.

C) Tomar decisão.

6. Você admira uma nova comunidade:

A) Comunidade de Sant’Egidio.

B) As irmãs do Cordeiro.

C) Opus Dei.

7. A passagem do Evangelho que toca você:

A) A Cura do cego de nascença.

B) Jesus e os mercadores do Templo.

C) O lava-pés.

8. Seu envolvimento na paróquia:

A) Lidera um grupo de adoração.

B) Realiza jornadas de evangelização porta a porta.

C) Participa da equipe pastoral.

9. Em um jantar em que se fala de forma dura sobre alguém, você:

A) Expressa fortemente sua discordância.

B) Ora pelos convidados e pela pessoa.

C) Modera a discussão com uma apreciação positiva sobre a pessoa.

10. Sua oração:

A) “Perdoai-nos as nossas ofensas”.

B) “Venha a nós o teu Reino”.

C) “Dá-nos o pão de cada dia”.

Resultados:

Se você obteve a maioria de A:

Você é como um padre. Calmo e magnânimo, gosta de defender os pequeninos. Mas para não se tornar doce demais, não se esqueça de desenvolver outras características importantes, pois a misericórdia anda junto à verdade e à justiça.

Se você obteve a maioria de B:

Você é um profeta. Corajoso e inteiro, você afirma suas convicções e está pronto para sofrer pela verdade. Mas para não ficar “frágil”, não se esqueça de desenvolver outras características importantes: saiba perceber aquilo que corre bem e tenha cuidado com as suas palavras.

Se você obteve maioria de C:

Você é como um rei. Você é responsável e prestativo, e pode-se confiar em sua retidão. Mas para não se tornar mandão ou metódico demais, não se esqueça de desenvolver outras características importantes: busque a conciliação em suas decisões e aprenda a pensar fora da caixa.

Aleteia

Pároco explica detalhes sobre como aconteceu explosão em edifício paroquial em Madri

A paróquia de La Paloma após a explosão. Foto: Twitter @ Jnxx251

MADRI, 22 jan. 21 / 09:30 am (ACI).- O pároco da Virgen de la Paloma, paróquia de Madri que na quarta-feira passada, 20 de janeiro, sofreu uma explosão de gás que causou a morte de 4 pessoas, explicou como ocorreram os acontecimentos e negou que a caldeira tivesse sido manipulada no momento do acontecimento.

Os falecidos na explosão de uma das caldeiras do edifício paroquial são o Pe. Rubén Pérez Ayala, de 36 anos e membro do Caminho Neocatecumenal; o leigo David Santos, de 35 anos, amigo pessoal do Pe. Rubén, também pertencente ao Caminho Neocatecumenal e pai de quatro filhos; e dois pedestres.

O pároco, Pe. Gabriel Benedicto, explicou em carta divulgada no site da paróquia Virgen de la Paloma que “tudo o que aconteceu foi em um período tão curto que nem sequer tivemos tempo de ser conscientes do que estava acontecendo".

“Fomos seis pessoas as que percebemos, em poucos minutos, um cheiro estranho de gás em quatro pontos diferentes: pátio, térreo, quinto andar e sexto andar. Mas não deu tempo de mais nada além de perceber aquele cheiro”.

Pe. Benedicto assinala que “agora devemos ser pacientes e esperar que a polícia científica nos informe sobre o andamento de suas investigações. Isso é o que eu posso transmitir para vocês: David, o Padre Rubén e os outros dois falecidos e os outros feridos foram vítimas. Alguns foram atingidos dentro, outros fora”.

Com dor, o pároco assegurou que “só tenho gratidão por ter testemunhado a vida destes dois grandes amigos. Estavam sempre juntos e assim os encontrei na morte”.

Depois, falou do Pe. Rubén, “meu grande companheiro e amigo, com quem vivi o confinamento da pandemia em família, celebrando a Eucaristia diariamente. Conheci a sua força na fraqueza, sua paciência em obedecer, seu senso de humor, sua astúcia. Sentíamos como se fosse um irmão”.

Sobre o pai de família, David, destacou que era “um catequista de adolescentes, um pai exemplar, sempre disposto a entregar o seu tempo dia e noite. A gratuidade e a alegria eram as suas notas características. Nunca o vi deixar de se entusiasmar por tudo: muito apaixonado por Sara, um devoto da Virgem, fanático de Atleti”.

“Eles estavam lá como poderiam ser outros. Nem David, nem Rubén, nem nenhum de nós teve tempo de intervir de forma alguma. Somente, como qualquer pessoa preocupada com o cheiro do gás, procuraram descobrir a causa, seguir o rasto, sem manipular nenhuma das caldeiras em momento algum”.

Por último, assegurou que se mantêm “em permanente contato com as autoridades judiciais, bombeiros, policiais e demais funcionários da prefeitura e da Comunidade de Madri, proporcionando a todo o momento a colaboração necessária para esclarecer o quanto antes a verdade e a sequência dos acontecimentos".

“Pedimos ao Senhor que conforte profundamente todos os familiares das vítimas e continuamos confiando em que a tribulação dará lugar à esperança”, concluiu a carta do Pe. Benedicto.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.                     

ACI Digital

Apelo da Companhia de Jesus no Haiti: “Unidos para salvar o país

Protestos contra a grave crise no Haiti, janeiro de 2021 
(AFP or licensors)

Grande crise no Haiti. Um apelo da Companhia de Jesus em um documento. "O Haiti é um país com grande riqueza natural e começa a formar movimentos para a construção da democracia e do Estado de direito. Atualmente conta com líderes sem coragem e sem capacidade de planejamento. O atual governo governa através de decretos, muitas vezes desafiando a Constituição".

Vatican News

A atual crise que o Haiti está atravessando está minando as bases da sociedade porque as instituições públicas estão em colapso. É a declaração em um documento da Companhia de Jesus, que convida todas as forças religiosas a se unirem no caminho do renascimento do Haiti. No docuemtno pede-se para superar as divisões entre católicos, protestantes, seguidores do voduísmo, na esfera social, para o bem da nação. Exorta também os protagonistas nacionais e internacionais, as forças vivas do país, ativistas sociais e políticos, a diáspora haitiana e "o corajoso povo do Haiti" a se unirem para salvar o Haiti.

É uma crise política

No documento divulgado no portal, os jesuítas destacam em particular o crescimento da insegurança no país por causa da impunidade desfrutada pelos grupos armados. Para os religiosos, a crise do Haiti "é uma crise política porque a classe política está totalmente desacreditada". "Os líderes não demonstram coragem: são preguiçosos, sem criatividade, sem capacidade de planejamento". Assim o Estado está gradualmente perdendo o controle das bases de uma sociedade organizada", lê-se no portal da Companhia de Jesus.

Perigo da ditadura

Isto também deixa espaço para a possibilidade de um retorno à ditadura, como a conhecida na época de François Duvalier, porque o atual governo governa através de decretos, muitas vezes desafiando a Constituição". Para os jesuítas, portanto, há também uma crise constitucional e uma crise econômica, com queda na produção, queda do PIB, falta de acesso à educação e aos serviços sociais de uma sociedade moderna e com o consequente êxodo das zonas rurais e o agravamento da pobreza nas cidades.

Desigualdades e carestias

A Companhia de Jesus acredita que as causas desta situação se encontram nas desigualdades sociais, na ausência de políticas públicas para a integração dos cidadãos, na falta de empatia e consciência cívica, no acúmulo de injustiças sociais e no desrespeito a valores fundamentais como a solidariedade, o respeito à vida e ao meio ambiente, a promoção do bem comum e a superação de si mesmo.

Recursos naturais

No entanto, para os jesuítas, tudo isso corre o risco de esconder muitas riquezas que podem ajudar a superar a crise e relançar o país, que entre outras coisas tem um imenso potencial natural e cultural. O Haiti tem um rico subsolo, 1.700 km de costa, numerosos locais históricos e naturais, uma diáspora de mais de 2 milhões de pessoas com muitos recursos e está começando a se formar um movimento de cidadãos esperançosos para a construção da democracia e do Estado de direito.

Vatican News Service - TC

São Vicente de Zaragoza, Mártir

S. Vicente de Zaragoso | Vatican News

São Vicente é um dos três grandes diáconos que deram sua vida por Cristo. Junto com Lourenço e Estevão Corona, Laurel e Vitória forma o mais insigne triunvirato. Este mártir celebrado por toda a Cristandade, encontrou sua panegirista em Santo Agostinho, São Leão Magno e Santo Ambrósio.

Vicente descendia de uma família consular de Huesca, e sua mãe, segundo alguns, era irmã do mártir São Lourenço. Estudou a carreira eclesiástica em Zaragoza, ao lado do bispo Valero, quem por sua falta de facilidade de expressão, o nomeou primeiro diácono para supri-lo na sagrada cátedra.

Paralelamente, o imperador Diocleciano havia decretado uma das mais cruéis perseguições contra a Igreja, e que foi aplicado por Daciano na Espanha. Os cárceres, que estavam reservados antes para os delinqüentes comuns, logo se encheram de bispos, presbíteros e diáconos. Ao passar Daciano por Barcelona, sacrifica São Cucufate e a menina Santa Eulália. Quando chega a Zaragoza, manda deter o bispo e seu diácono, Valero e Vicente, e transferidos a Valência. Ali ocorreu o primeiro interrogatório. Vicente responde pelos dois, intrépido e com palavra ardorosa.

Daciano se irrita, manda Valero ao desterro, e Vicente é submetido à tortura do potro. Seu corpo é desgarrado com unhas metálicas. Enquanto o torturavam, o juiz intimava o mártir à abjuração.

Vicente rejeitava,indignado, tais oferecimentos. Daciano, desconcertado e humilhado perante aquela atitude, oferece-lhe o perdão se lhe entregasse os livros sagrados. Mas a valentia do mártir é inexpugnável Exasperado novamente o Prefeito, mandou aplicar-lhe o supremo tormento, colocá-lo sobre um leito de ferro incandescente. Nada pode abater a fortaleza do mártir que, recordando a seu amigo São Lourenço, sofre o tormento sem se queixar e gracejando entre as chamas. O atiraram então a um calabouço sinistro, escuro e fétido "um lugar mais negro que as próprias trevas", diz Prudêncio. Em seguida apresenta o poeta um coro de anjos que vem consolar o mártir. Iluminam o antro horrível, cobrem o chão de flores, e alegram as trevas com suas harmonias. Até o carcereiro, comovido, converte-se e confessa a Cristo. Daciano manda curar o mártir para submetê-lo novamente aos tormentos. Os cristãos se apressam para curá-lo. Mas apenas colocado em um leito, deixa o tirado frustrado, pois o espírito vencedor de Vicente voa ao paraíso. Era o mês de janeiro de 304.

Daciano ordena mutilar o corpo e atirá-lo ao mar. Mas as ondas piedosas o devolvem à terra para proclamar perante o mundo o Vicente o Invicto. Seu culto estendeu-se muito por toda a cristandade.

ACI Digital

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Índia: em encontro, cardeais pedem que Modi convide Francisco para visitar o país

Menina deixa flores em cemitério católico no Dia de Finados
em Hyderabad  (AFP or licensors)

No encontro realizado na terça-feira, três cardeais apresentaram aos primeiro-ministro indiano diversas questões que dizem respeito aos cristãos e à vida da Igreja no país.

Lisa Zengarini – Vatican News

O pedido de formalização de um convite ao Papa Francisco para visitar a Índia; o trabalho da Igreja Católica no país; questões relativas à comunidade cristã indiana; a distribuição de bens e serviços federais entre as minorias. Estes foram os tópicos que estiveram no centro do encontro realizado na terça-feira em Nova Delhi entre o primeiro-ministro indiano Narendra Modi e os cardeais Oswald Gracias, George Alencherry, arcebispo-mor da Igreja siro-malabar e o cardeal Baselios Cleemis, arcebispo-mor da Igreja sírio malankarese.

Durante o encontro que durou menos de uma hora - relatou um comunicado da Conferência Episcopal Indiana (CBCI) - os três cardeais ilustraram ao primeiro-ministro o trabalho realizado pela Igreja na Índia nos campos educacional, da saúde e social, além do front da pandemia, assegurando que continuará seu compromisso com os mais pobres e vulneráveis, especialmente durante esta emergência de saúde. Modi, por sua vez, agradeceu a contribuição da Igreja.

Os purpurados também aproveitaram a oportunidade para renovar o pedido de Modi de apresentar um convite oficial ao Papa Francisco para uma visita ao país. O pedido já havia sido apresentado em 2017, tendo em vista a viagem pastoral aos vizinhos Bangladesh e Mianmar em 2018, mas não teve continuidade. Desta vez, o premier abriu uma maior possibilidade de que isso ocorra.

Em relação à situação das minorias religiosas, os três líderes religiosos católicos destacaram a necessidade de uma distribuição mais equitativa dos fundos de previdência federal. Atualmente os muçulmanos, que representam 14% da população indiana, recebem 80% desses recursos em consideração a sua maior consistência numérica do que os cristãos, que são 2,3%. No entanto - foi evidenciado - o governo deveria ser mais generoso com os cristãos nos Estados onde eles são decididamente mais numerosos, como Kerala e Jharkhand. Modi está empenhado em aprofundar a questão.

Também se falou da Foreign Contribution Regulation Act (FCRA) (Lei de Regulação de Contribuições Estrangeiras), a nova lei que regulamenta o financiamento estrangeiro a entidades e organizações indianas, e que acabou penalizando também aquelas católicas. Sobre este ponto, o primeiro-ministro justificou a medida com a necessidade de um maior controle sobre a gestão contábil das entidades que operam na Índia, que nem sempre é transparente.

Outro assunto abordado durante o encontro foi a libertação do padre Stan Swamy, o idoso sacedordote jesuíta, ativista pelos direitos dos indígenas, preso em outubro pela agência antiterrorismo sob a acusação de sedição. Modi disse ter conhecimento do caso, mas não quis interferir porque está a cargo de uma agência independente. Durante a reunião também se falou sobre os protestos dos camponeses contra a contestada reforma agrária. Os três cardeais expressaram a esperança de que uma solução justa para a disputa possa ser encontrada.

Por fim, os cardeais levantaram a questão dos direitos dos dalits (os excluídos do sistema de castas indiano, ndr), com referência particular aos cristãos dalit que, junto com os muçulmanos, continuam a ser discriminados no acesso aos benefícios do Estado para sua promoção social. A este respeito, eles pediram novamente ao premier que os critérios para ter acesso a esses benefícios sejam econômicos e não religiosos.

Na entrevista coletiva, o cardeal Gracias precisou que havia deixado claro a Modi que "a Igreja não faz política", não apoia nenhum partido e que seu único objetivo é a boa governança, o cuidado com os pobres, o crescimento econômico e o desenvolvimento, ajustiça e o progresso do país. Já o cardeal Alencherry, reiterou que a Igreja está sempre em diálogo com o governo para melhorar as condições dos pobres no país.

Vatican News Service - LZ

PAIS DA IGREJA: Catequeses Mistagógicas (Parte 5/8)

São Cirilo de Jerusalém (313-350)

Catequeses Mistagógicas

III. Segunda Catequese Mistagógica

Sobre o Batismo e leitura da epistola aos romanos: «Ou ignorais que todos nós que fomos batizados para Cristo Jesus fomos batizados para [participar da] sua morte?»1 até: «Pois que não estais sob a lei, mas sim sob a graça».

1. Úteis vos são as cotidianas mistagogias e os novos ensinamentos que vos anunciam novas realidades, e isto tanto mais a vós que fostes renovados da vetustez para a novidade. Por isso é necessário que vos proponha o que se segue à instrução mistagógica de ontem, a fim de que compreendais a significação simbólica do que foi realizado por vós no interior do edifício.

III.1 Despojamento dos vestidos

2. Logo que entrastes, despistes a túnica. E isto era imagem do despojamento do velho homem com suas obras.3 Despidos, estáveis nus, imitando também nisso a Cristo nu sobre a cruz. Por sua nudez despojou os principados e as potestades e no lenho triunfou corajosamente sobre eles. As forças inimigas habitavam em vossos membros. Agora já não vos é permitido trazer aquela velha túnica, digo, não esta túnica visível, mas o homem velho corrompido pelas concupiscências falazes. Oxalá a alma, uma vez despojada dele, jamais torne a vesti-la, mas possa dizer com a esposa de Cristo, no Cântico dos Cânticos: «Tirei minha túnica, como irei revesti-la?». Ó maravilha, estáveis nus à vista de todos e não vos envergonhastes. Em verdade éreis imagem do primeiro homem Adão, que no paraíso andava nu e não se envergonhava.

III.2 Unção

3. Depois de despidos, fostes ungidos com óleo exorcizado desde o alto da cabeça até os pés. Assim, vos tornastes participantes da oliveira cultivada, Jesus Cristo. Cortados da oliveira bravia, fostes enxertados na oliveira cultivada e vos tornastes participantes da abundância da verdadeira oliveira. O óleo exorcizado era símbolo, pois, da participação da riqueza de Cristo. Afugenta toda presença das forças adversas. Como a insuflação dos santos e a invocação do nome de Deus, qual chama impetuosa, queima e expele os demônios, assim este óleo exorcizado recebe, pela invocação de Deus e pela prece, uma tal força que, queimando, não só apaga os vestígios dos pecados, mas ainda põe em fuga as forças invisíveis do maligno.

III.3 Imersão batismal

4. Depois disto fostes conduzidos pela mão à santa piscina do divino batismo, como Cristo da cruz ao sepulcro que está à vossa frente. E cada qual foi perguntado se cria no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. E fizestes a profissão salutar, e fostes imersos três vezes na água e em seguida emergistes, significando também com isto, simbolicamente, o sepultamento de três dias de Cristo. E assim como nosso Salvador passou três dias e três noites no coração da terra , do mesmo modo vós, com a primeira imersão, imitastes o primeiro dia de Cristo na terra, e com a imersão, a noite. Como aquele que está na noite nada enxerga e ao contrário o que está no dia tudo enxerga na luz, assim vós na imersão, como na noite, nada enxergastes; mas na emersão, de novo vos encontrastes no dia. E no mesmo momento morrestes e nascestes. Esta água salutar tanto foi vosso sepulcro como vossa mãe. E o que Salomão disse em outras circunstâncias, sem dúvida, pode ser adaptado a vós: «Há tempo para nascer, e tempo para morrer». Mas para vós foi o inverso: tempo para morrer, e tempo para nascer. Um só tempo produziu ambos os efeitos e o vosso nascimento ocorre com vossa morte.

III.4 Efeitos místicos

5. Oh! fato estranho e paradoxal! Não morremos em verdade, não fomos sepultados em verdade, não fomos crucificados e ressuscitados em verdade. A imitação é uma imagem; a salvação, uma verdade. Cristo foi crucificado, sepultado e verdadeiramente ressuscitou. Todas estas coisas nos foram agraciadas a fim de que, participando, por imitação, de seus sofrimentos, em verdade logremos a salvação. Oh! amor sem medida! Cristo recebeu em suas mãos imaculadas os pregos e padeceu, e a mim, sem sofrimento e sem pena, concede graciosamente por esta participação a salvação.

6. Ninguém, pois, creia que o batismo só obtém a remissão dos pecados, como o batismo de João só conferia o perdão dos pecados. Também nos concede a graça da adoção de filhos. Mas nós sabemos, com precisão, que como é purificação dos pecados e prodigalizador do dom do Espírito Santo, é também figura da Paixão de Cristo. Por isso clama a propósito Paulo, dizendo: «Ou ignorais que todos nós, que fomos batizados para Cristo Jesus, fomos batizados para [participar da] sua morte? Com ele fomos sepultados pelo batismo». Talvez dissesse estas coisas por causa de alguns, dispostos a ver o batismo como prodigaizador da remissão dos pecados e da adoção, mas não como participação, por imitação, dos verdadeiros sofrimentos de Cristo.

7. Para que aprendêssemos que tudo o que Cristo tomou sobre si foi por nós e pela nossa salvação, tudo sofrendo em verdade e não em aparência e para que nos tornássemos participantes dos seus sofrimentos, exclamava veementemente Paulo: «Se fomos plantados com [Ele] pela semelhança de sua morte, também o seremos pela semelhança de sua ressurreição». Boa é a ex-pressão «plantados com Ele». Logo que foi plantada a verdadeira vide, nós também pela participação do batismo da sua morte «fomos plantados». Fixa a mente com toda a atenção nas palavras do Apóstolo. Não disse: Fomos plantados com Ele pela morte, mas, pela semelhança da morte. Deveras, houve em Cristo uma morte real, pois a alma se separou do corpo. Houve verdadeiramente sepultamento, pois seu corpo sagrado foi envolvido em lençol limpo e foi verdadeiro tudo o que nele ocorreu. Para nós há a semelhança da morte e dos sofrimentos. Quando se trata da salvação, porém, não é semelhança e sim realidade.

8. Todas estas coisas foram ensinadas suficientemente: retende tudo em vossa memória, rogo-vos, para que eu, ainda que indigno, possa dizer-vos: «Amo-vos porque sempre vos lembrais de mim e conservais as tradições que vos transmiti». Ademais, poderoso é Deus que de mortos vos fez vivos, para conceder-vos que andeis em novidade de vida. A Ele a glória e o poder, agora e pelos séculos. Amém.

ECCLESIA

PRECISAMOS FALAR DELA

Imagem: Revista Bula
por Dom Pedro Carlos Cipollini
Bispo de Santo André (SP)

O ano que terminou não será esquecido, foi o “ano da Covid-19”. Nele nos despedimos de muitas vidas, ceifadas pela pandemia. Dizia um filósofo que qualquer adeus tem sabor de morte (A. Schopenhauer). Nossa existência neste tempo, mais que nunca, está marcada pelas despedidas e pela morte.

Morte é assunto “tabu” em nossa cultura, desfaz qualquer roda de conversa. Precisamos, porém, falar do morrer e do luto, este último, durante a pandemia, não está sendo possível realizar como se deveria, mas que, assim como a própria morte, faz parte da vida. Como indicava o escritor G. Lapouge, “desde a infância da humanidade, os funerais são um dos sinais que separam os animais dos homens”.

Nossa sociedade censura a morte silenciando sobre ela. Para o homem moderno com a tecnologia avançada, inteligência artificial, a morte deve ser a grande ausente. É permitido somente ao homem pré-moderno falar da morte como um evento pessoal. Contudo, os meios de comunicação de massa somente falam da morte como espetáculo, algo que atinge os outros, os estranhos e não a mim.

A morte é censurada por estragar o projeto hedonista de prazer ilimitado e a necessidade de felicidade absoluta. O silêncio sobre a morte se faz porque ela, agora, está dessacralizada, não acontece na presença das outras pessoas. Não tem papel social, é algo pessoal que deve se passar na esfera privada. Enfim, a negação da morte é fruto da euforia da técnica na sociedade atual, técnica que resolve todos os problemas… menos este.

A tentativa, porém, de negar e esconder a morte não obtém sucesso. A pandemia trouxe à tona sua dura realidade. Para qualquer pessoa individualmente, ela continua sendo ameaça, mesmo quando inconfessável. A crise sanitária atual nos coloca diante da morte. Vamos compreendendo nossa finitude, coletiva e pessoal. É dramático, desagradável, mas necessário falar da morte e do morrer, do humano sofrer e do sepultamento dos mortos, com a dignidade que merecem.

Os ritos profanos e religiosos do corpo presente, que duravam em média 24 horas e que se inserem no dever de honrar os mortos e sepultá-los, já não estão podendo ser celebrados. Nos velórios ocorrem momentos decisivos para os familiares processarem o luto. Enterrar os mortos com dignidade é agradecer a vida que tiveram entre nós. É um dever e uma honra.

A falta de celebrar o luto é prejudicial às pessoas. Ver o corpo do falecido é de fundamental importância para o trabalho psicológico do luto. Assim, se incorpora a imagem do morto à memória dele vivo, integrando nos que ficam, a completude daquela vida. A lembrança do defunto quando vivo sem a lembrança dele morto, faz tudo parecer absurdo, irreal. Fica um vazio, como de algo inacabado. A energia afetiva de cada um se revolta contra esta realidade absurda. Para a realização do trabalho interior do luto é fundamental que o inconsciente e o consciente possam contar com a imagem do morto.

Para muitos o velório e as exéquias não servem para nada. É tempo perdido de jogar conversa fora e atrasar o enterro. Atrapalha o ritmo normal das coisas. Se o tempo perdido, excepcionalmente por alguns, na celebração das exéquias já parece absurdo, o que diriam do tempo consagrado a este serviço pelos sacerdotes e ministros das exéquias? Neste tempo de pandemia os padres e ministros da Igreja Católica tem prestado um grande conforto às famílias, muitos se arriscando para orar e “encomendar” os mortos, um derradeiro conforto dado pela fé, diante da perda irreparável.

Se numa sociedade do “descartável”, como a chama o papa Francisco, os idosos e doentes devem ser descartáveis, que se dirá dos mortos? Do modo como caminhamos, Deus nos livre, mas se chegará à cremação para os corpos dos ricos e o aterro sanitário para os pobres. É preciso respeitar os mortos! Os cemitérios às vezes mal cuidados, assaltados, parecem rodoviárias com bares, lanchonetes, circulação intensa e salas inadequadas com acústica imprópria para celebrações.

Na fé cristã sabe-se que a vida não é tirada, mas transformada, pois, não morremos, entramos na vida definitiva. Somente saberemos viver bem se soubermos encarar a morte de frente, como Jesus Cristo o fez. Morrendo na cruz ele destruiu a morte e deu-nos a vida que dura para sempre. Ele mesmo disse: “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só. Mas se morrer, produz muito fruto” (Jo 12, 24).

CNBB

São Lucas era realmente médico?

Vladimir Borovikovsky | Public Domain
por Philip Kosloski

São Lucas usou muitos termos da medicina em seus Evangelhos, razão pela qual os estudiosos acreditam que ele era, de fato, médico.

Conhecido como o autor de um dos quatro Evangelhos, São Lucas é frequentemente descrito como o santo padroeiro dos médicos.

Tradicionalmente, acredita-se que São Lucas tenha sido um médico de profissão, de acordo com a prática da medicina grega da época.

A Enciclopédia Católica oferece um breve resumo dessa crença.:

“Ele era um médico de profissão, e São Paulo o chamava de ‘caríssimo médico’ (Colossenses 4,14). Essa ocupação implicava uma educação liberal, e seu treinamento médico é evidenciado por sua escolha de linguagem médica. Plummer sugere que ele pode ter estudado medicina na famosa escola de Tarso, rival de Alexandria e Atenas, e possivelmente conhecido São Paulo lá. Com base em seu conhecimento íntimo do Mediterrâneo oriental, conjeturou-se que ele tinha uma longa experiência como médico a bordo de um navio.”

Além disso, um livro do início do século 20 intitulado Luke the Physician (“Lucas, o Médico”) explica melhor esse raciocínio:

“Os termos do diagnóstico em [Atos 28, 8] πυρετούς και δυσεντερία συνεχόμενος, (ataques de febre gástrica) são clinicamente exatos e podem ser comprovados pela literatura médica. Além disso, pode-se concluir com grande probabilidade [Atos 28, 9] que o próprio autor atuou em Malta como médico.”

São Lucas e a terminologia médica

Ademais, existem outros exemplos que mostram um conhecimento incomum da terminologia médica na época. Por essa razão, muitos estudiosos da Bíblia concluem que São Lucas provavelmente era um médico.

De acordo com um artigo sobre as práticas de saúde na Grécia antiga, a assistência médica no antigo mundo greco-romano teria “focado a prática médica na abordagem natural e no tratamento de doenças, destacando a importância de compreender a saúde do paciente, independência de espírito, e a necessidade de harmonia entre o ambiente individual, social e natural, conforme refletido no Juramento de Hipócrates.”

Acima de tudo, isso coloca São Lucas como um grande modelo para todos os profissionais da medicina e um poderoso intercessor no céu.

U.S. Air Force Photo/Tech | Sgt. Jason W. Edwards

Oração a São Lucas para quem vai passar por uma cirurgia

O padroeiro dos médicos é conhecido por sua poderosa intercessão.

Qualquer procedimento cirúrgico causa pavor, né? Isso porque não sabemos o que vai acontecer ou se a operação será bem sucedida. Aconteça o que acontecer, Deus estará conosco. Nestes momentos de medo e insegurança por causa de um problema de saúde, podemos invocar Jesus através da intercessão de São Lucas, que, segundo a tradição, era médico.

A devoção ao santo é comum entre os profissionais da Medicina e por aqueles que são submetidos a tratamentos e cirurgias.

Aqui está uma oração comum ao santo padroeiro dos cirurgiões, pedindo que os médicos sejam capazes de “curar os males do corpo e do espírito”. Reze por você e por quem estiver precisando!

São Lucas, que foste o mais santo dos médicos,também foste encorajado pelo Espírito celestial do amor.Ao detalhar fielmente a humanidade de Jesus, mostraste Sua divindade e Sua genuína compaixão por todos os seres humanos.Inspira nossos médicos com seu profissionalismo e com a divina compaixão por seus pacientes.Capacita-os a curar os males do corpo e do espírito, que afligem tantos em nossos dias.Amém.

Aleteia

Bispos dos EUA a Biden: Vamos colaborar, mas sem renunciar a defender a vida e a família

Joe Biden. Crédito: European Parliament/
Pietro Naj-Oleari (CC BY-NC-ND 2.0)

WASHINGTON DC, 20 jan. 21 / 12:56 pm (ACI).- Em uma mensagem dirigida a Joe Biden, o segundo presidente “católico” dos Estados Unidos, os bispos afirmaram que estão dispostos a colaborar como fazem com todas as administrações, mas sem renunciar a defender os valores fundamentais como a vida e a família, levando em consideração a posição pró-aborto expressa pelo novo mandatário.

É o que afirma a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), em um comunicado por ocasião da posse de Joseph R. Biden como presidente dos Estados Unidos ao meio-dia (horário local) de hoje, 20 de janeiro.

Biden, que concorreu pelo Partido Democrata, tem como sua vice-presidente a abortista Kamala Harris. Além disso, nomeou Samantha Power, defensora do aborto e ex-embaixadora dos EUA na ONU, como administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

“Para os bispos da nação, a contínua injustiça do aborto continua sendo a 'prioridade preeminente'. Embora preeminente, não significa "única". Temos uma preocupação profunda com as muitas ameaças à vida e à dignidade humanas em nossa sociedade. Mas, como ensina o Papa Francisco, não podemos ficar calados quando quase um milhão de nascituros são aniquilados anualmente em nosso país com o aborto”, assinala o comunicado assinado pelo presidente da USCCB, Dom José Gomez.

Por isso, escreveu, “em vez de impor novas expansões do aborto e da contracepção, como prometeu, tenho esperança de que o novo presidente e sua administração trabalharão com a Igreja e outras pessoas de boa vontade. Minha esperança é que possamos iniciar um diálogo para abordar os complicados fatores culturais e econômicos que motivam o aborto e desanimam as famílias".

Em seu comunicado, o presidente da USCCB disse que os bispos esperam poder "trabalhar com o presidente Biden, sua administração e com o novo Congresso". “Como acontece com todas as administrações, haverá áreas nas quais estaremos de acordo e nas quais trabalharemos juntos, mas também haverá áreas nas quais teremos desacordos de princípios e uma forte oposição”, assinalou.

Dom Gomez recordou que Biden “será nosso primeiro presidente em 60 anos a professar a fé católica. Em uma época de secularismo crescente e agressivo na cultura norte-americana, quando os crentes religiosos enfrentam muitos desafios, será revigorante interagir com um presidente que evidentemente compreende, profunda e pessoalmente, a importância da fé e das instituições religiosas".

"Observo com muita esperança e motivação a experiência pessoal e piedade do Senhor Biden, seu comovente testemunho de como sua fé lhe trouxe consolo em tempos difíceis e trágicos e seu compromisso de muito tempo com a prioridade que o Evangelho estabelece para os pobres", escreveu.

No entanto, recordou que “o nosso novo presidente se comprometeu a seguir certas políticas que promoveriam males morais e ameaçariam a vida e a dignidade humanas, mais seriamente nas áreas de aborto, contracepção, casamento e gênero. A liberdade da Igreja e a liberdade dos fiéis de viverem de acordo com suas consciências é motivo de profunda preocupação”.

Analistas consideram que entre as primeiras decisões de Biden, uma vez assumida a presidência, seriam a revogação da Protect Life Rule (Regra para a Proteção da Vida) e da ampliação da Política da Cidade do México.

A Protect Life Rule impede que organizações que realizam ou recomendam abortos recebam fundos do “Programa de Planejamento Familiar do Title X”. Com efeito, isso fez com que a Planned Parenthood deixasse de receber aproximadamente 60 milhões de dólares anuais em verba federal.

A Política da Cidade do México proíbe o financiamento federal de organizações não governamentais internacionais que promovem o aborto como método de planejamento familiar.

Dom Gomez assinalou que “o aborto é um ataque direto à vida que também fere a mulher e enfraquece a família. Não é apenas um assunto privado, mas gera situações problemáticas em aspectos fundamentais como a fraternidade, a solidariedade e a inclusão na comunidade humana. Também é uma questão de justiça social”.

“Não podemos ignorar a realidade de que as taxas de aborto são muito mais altas entre os pobres e as minorias e que o procedimento é usado regularmente para eliminar crianças que nasceriam com deficiência”, expressou.

“Minha esperança é que igualmente trabalhemos juntos para finalmente colocar em prática uma política familiar coerente neste país que reconheça a importância crucial dos casamentos e da criação sólidos para o bem-estar das crianças e a estabilidade das comunidades. Se o presidente, com pleno respeito pela liberdade religiosa da Igreja, participasse nesta conversa, seria de grande ajuda para restaurar o equilíbrio civil e curar as necessidades do nosso país”, afirmou.

O presidente da USCCB assinalou que os bispos católicos não são atores partidários ativos, mas pastores "responsáveis ​​pelas almas de milhões de norte-americanos e defensores das necessidades de todos os nossos próximos"; e quando falam sobre os problemas da vida pública norte-americana, tentam conscientizar e contribuir com princípios baseados no Evangelho e nos ensinamentos sociais da Igreja.

“Jesus Cristo revelou o plano de amor de Deus pela criação e a verdade sobre a pessoa humana, que foi criada à sua imagem e semelhança, dotada da dignidade, dos direitos e das responsabilidades dados por Deus e chamada a um destino transcendente”, indicou. Essas realidades, acrescentou, "estão refletidas na Declaração da Independência e na Declaração dos Direitos".

“Trabalhamos com todos os presidentes e todos os congressos. Em alguns temas estamos mais do lado dos democratas, enquanto em outros estamos mais do lado dos republicanos. Nossas prioridades nunca são partidárias. Somos católicos em primeiro lugar, e buscamos apenas seguir fielmente a Jesus Cristo e promover sua visão de fraternidade e comunidade humanas”, escreveu o presidente da USCCB.

Dom Gomez, que pediu a Deus que conceda a Biden "sabedoria e coragem" para liderar o país, disse que o chamado do novo presidente "para a reconciliação nacional e a unidade é bem-vindo em todos os níveis. É algo de que precisamos urgentemente diante do trauma em nosso país causado pela pandemia do coronavírus e pelo isolamento social, que só agravaram as longas e intensas divisões entre nossos concidadãos”.

“Como fiéis, entendemos que a cura é um dom que só podemos receber da mão de Deus. Sabemos também que a reconciliação real requer uma escuta paciente daqueles que não estão de acordo conosco e a vontade para perdoar e superar os desejos de represálias. O amor cristão nos chama a amar nossos inimigos e a abençoar aqueles que se opõem a nós e a tratar os outros com a mesma compaixão que desejamos para nós”, escreveu o Arcebispo de Los Angeles.

“Estamos todos sob o olhar atento de Deus, que é o único que pode julgar as intenções dos nossos corações. Rezo para que Deus conceda ao nosso novo presidente, e a todos nós, a graça de buscar o bem comum com toda sinceridade".

“Confio todas as nossas esperanças e ansiedades neste novo momento ao terno coração da Santíssima Virgem Maria, mãe de Cristo e padroeira desta nação excepcional. Que ela nos guie pelos caminhos da paz e nos ofereça a sabedoria e a graça do verdadeiro patriotismo e do amor à pátria”, concluiu o presidente da USCCB.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

O pesar de Francisco pelas vítimas da explosão em Madri

O prédio onde ocorreu a explosão em Madri, nesta quarta-feira 
(AFP or licensors)

Num telegrama ao arcebispo da capital espanhola, cardeal Osoro Sierra, assinado pelo secretário de Estado vaticano, cardeal Pietro Parolin, o Papa reza pelas vítimas e feridos da explosão em Madri e os confia à misericórdia do Senhor. Expressa sua proximidade e afeto “a todos os filhos do amado povo” espanhol.

Alessandro Di Bussolo/Mariangela Jaguraba – Vatican News

Depois de tomar conhecimento, nesta quarta-feira (20/01), “da dolorosa notícia sobre a grave explosão num edifício na Calle Toledo em Madri”, que custou a vida de quatro pessoas, o Papa Francisco enviou um telegrama de pesar, assinado pelo secretário de Estado vaticano, cardeal Pietro Parolin, ao arcebispo da capital espanhola, cardeal Carlos Osoro Sierra.

A explosão aconteceu por volta das 15h desta quarta-feira e destruiu os últimos quatro andares de um prédio na Calle Toledo, no centro de Madri, causando 4 mortos, um deles um sacerdote recentemente ordenado de 36 anos, e 10 feridos. Segundo a Polícia, a explosão foi causada por um vazamento de gás ocorrido durante o controle de alguns trabalhadores, que estão entre as vítimas, na caldeira e no sistema de aquecimento do prédio.

O Pontífice confia as vítimas e os feridos à misericórdia do Senhor

Segundo o telegrama, o Papa “expressa sua proximidade e afeto nestes momentos difíceis” ao cardeal, ao clero e a todos os filhos do amado povo espanhol. Francisco dirige orações ao Senhor e confia de maneira especial “à sua misericórdia o descanso eterno das vítimas, assim como dos feridos e suas famílias”. Por fim, invocando a intercessão materna de Nossa Senhora de Almudena, o Pontífice “concede de coração a bênção apostólica reconfortante, como sinal da esperança cristã no Senhor Ressuscitado”.

No edifício o centro da Caritas e salões paroquiais

O edifício abriga o centro paroquial da igreja da Virgen de la Paloma, que fica atrás. Há escritórios, um centro de acolhimento da Caritas, salas de reunião e três apartamentos para sacerdotes. Nenhum dos sacerdotes em serviço na paróquia foi vítima da explosão. Felizmente, os idosos da casa de repouso Los Nogales e as crianças de uma escola próxima ao prédio, que estavam na aula no momento da explosão, não foram feridos.

Osoro Sierra: estou com os fiéis da Paróquia de La Paloma

O arcebispo de Madri, cardeal Carlos Osoro Sierra, chegou ao local da explosão, e num tuíte escreveu: “Estou com alguns fiéis perto da Paróquia de La Paloma, onde houve uma forte explosão. Rezo pela comunidade cristã neste momento difícil e rezo pelas vítimas.”

Sacerdote morto na explosão

O pe. Rubén Pérez Ayala de 36 anos morreu durante a noite, em Madri, devido aos graves ferimentos causados pela explosão. Internado no hospital logo após a deflagração, o sacerdote faleceu à 1h30 da manhã. Seu irmão Pablo, também sacerdote diocesano, administrou-lhe o Sacramento da Unção dos Enfermos. A morte do pe. Ruben segue-se à de outras três pessoas que morreram ontem à tarde. As condolências foram expressas pelo arcebispo de Madri, cardeal Carlos Osoro Sierra, que num tuíte agradeceu ao pe. Rubén Pérez por “sua vida de dedicação a Cristo e à sua Igreja”.

Ordenado sacerdote apenas sete meses atrás pelo arcebispo de Madri, pe. Rubén Pérez disse numa entrevista, publicada no site diocesano, que “a felicidade não está em viver tudo para si mesmo, mas em doar-se aos outros”. A paróquia da “Virgen de la Paloma” foi sua primeira missão sacerdotal. Em junho, celebrando sua primeira missa, pe. Rubén Pérez convidou os fiéis a “olhar para o Senhor, a confiar Nele”, que é “nossa alegria e nossa paz”.

Vatican News

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF