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domingo, 21 de fevereiro de 2021

S. PEDRO DAMIÃO, BISPO DE ÓSTIA E CARDEAL, DOUTOR DA IGREJA, CAMALDOLENSE

S. Pedro Damião, século XV  (© Musei Vaticani)

Uma infância difícil

Pedro nasceu em Ravena, em 1007, e era o último de sete filhos. Sua mãe, preocupada em não poder dar de comer a mais um filho, decidiu não amamentá-lo, condenando-o, assim, à morte. Uma amiga de família, ao ver que a criança sofria de cianose, pegou-a nos braços e lhe passou unguento; após ser repreendida, a mãe cruel percebeu a sua aberração momentânea e voltou a nutrir o filho caçula.

Ao ficar órfão, Pedro foi criado, antes, pela irmã Rodelinda e, depois, por um irmão, que o maltratou e o obrigou a fazer os serviços mais humildes. Por fim, o rapaz foi confiado ao irmão primogênito, Damião, que era arcipreste em uma freguesia de Ravena. O irmão preocupou-se, não só da nutrição, mas também da educação do jovem Pedro, que, por reconhecimento, acrescentou o nome de Damião ao seu.

Escola de generosidade

Seu primeiro biógrafo, São João de Lodi, narrou dois episódios significativos da juventude de Pedro Damião. Certo dia, o rapaz ficou feliz por ter encontrado uma moeda, com a qual podia comprar doces ou brinquedos; porém, de repente, deu-se conta de que qualquer coisa que comprasse, podia causar-lhe uma alegria passageira e momentânea. Por isso, decidiu levar a moeda ao sacerdote, para que rezasse uma Missa pelos seus pais falecidos.

Outra vez, ao almoçar com um pobre cego, pegou para si um pedaço de pão branco, de qualidade melhor, e ofereceu ao hóspede um pedaço de pão escuro. Ao improviso, uma casquinha se encravou na garganta. Arrependido pelo seu egoísmo, ele trocou seu pedaço de pão com o do cego e a casquinha se desencravou. Este episódio levou-o a convencê-lo, definitivamente, a consagrar-se a Deus e a abraçar a vida monacal.

No convento de Fonte Avellana

Atraído pela necessidade de solidão, meditação e oração, em 1035, Pedro Damião retirou-se para o convento camáldulo de Fonte Avellana, nos confins das Marcas e da Úmbria. Em breve, tornou-se diretor espiritual daquele grupo de eremitas. Sua fama difundiu-se tão rapidamente a ponto de ser convidado como docente em outros mosteiros, como o de Santa Maria de Pomposa e São Vicente de Petra Pertusa.

Ao voltar para Fonte Avellana, Pedro Damião foi eleito prior do convento, que reorganizou, e inspirou o surgimento de novas casas nas regiões confinantes. Suas fervorosas atividades chamaram a atenção do Bispo de Ravena, que o convocou e o tirou do silêncio e do recolhimento do mosteiro.

Os males da Igreja

Naquele tempo, a Igreja era atormentada por dois males: a simonia, ou seja, a compra de cargos eclesiásticos; e o nicolismo, ou seja, a inobservância do celibato. Em 1057, o Papa Estêvão IX convocou Pedro Damião, em Roma, para empreender, com ele, uma obra reformadora do clero, nomeando-o Bispo e Cardeal de Óstia. Nos seis anos sucessivos, ele foi enviado em missão a Milão, para aplacar o movimento rebelde da Pataria; a seguir, foi a Cluny, para defender os direitos dos monges da abadia Beneditina contra a prepotência do Arcebispo de Macon.

Pedro Damião esteve ao lado do Papa Gregório VII na luta contra as investiduras: o imperador Henrique IV apoderou-se do direito de nomear Bispos e Abades, sendo excomungado pelo Papa; o resultado mais clamoroso desta obra, alguns anos da morte de Pedro Damião, foi o pedido de perdão, por parte do imperador, que, vestido como penitente, ajoelhou-se aos pés do Papa no castelo de Canossa, em 28 de janeiro de 1077.

Santidade imediata

Após uma missão de paz, em Ravena, sua cidade natal, ao regressar para o mosteiro de Fonte Avellana, - ou, mais provavelmente, ao convento de Gamogna, fundado por ele – Pedro Damião faleceu, durante uma etapa em Faenza, no mosteiro beneditino de Santa Maria Fora da Porta.

Desde o seu funeral, a aclamação popular quis sua santificação imediata. Em 1828, o Papa Leão XII o proclamou Doutor da Igreja.

Vatican News

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Papa reconhece virtudes heroicas de 7 Servos de Deus, entre eles, Pe. Albino Alves da Cunha e Silva

O Pontífice autorizou a promulgar os decretos neste
sábado (20)  (Vatican Media)

Francisco autorizou na manhã deste sábado (20) a promulgação de decretos que reconhecem um milagre e as virtudes heroicas de sete Servos de Deus. É o caso do sacerdote diocesano natural de Portugal, Albino Alves da Cunha e Silva, com um percurso pastoral que se estendeu ao Brasil, na cidade de Catanduva, em São Paulo.

Vatican News

O Papa Francisco recebeu em audiência neste sábado (20), o cardeal Marcello Semeraro, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. Durante o encontro, o Pontífice autorizou a mesma congregação a promulgar o decreto que reconhece as virtudes heroicas do Servo de Deus Albino Alves da Cunha e Silva, sacerdote diocesano. Ele nasceu em 22 de setembro de 1882 em Codeçôso, em Portugal, e faleceu em Catanduva, São Paulo, no Brasil, em 19 de setembro de 1973. O corpo de Padre Albino, embalsamado, chegou a ficar exposto em câmara ardente no átrio da capela de um hospital na cidade que leva o seu nome. O sepultamento foi realiza dois dias depois, quando o corpo foi transportado em um carro do Corpo de Bombeiros para o Cemitério Nossa Senhora do Carmo. Segundo a Fundação Padre Albino, cerca de 30 mil pessoas acompanharam o momento.

A autorização do Papa também se refere à promulgação dos seguintes decretos:

- do milagre, atribuído à intercessão da Venerável Serva de Deus Armida Barelli, da Ordem Terceira Secular de São Francisco, cofundadora do Instituto Secular das Missionárias da Realeza de Nosso Senhor Jesus Cristo; nascida em 1º de dezembro de 1882 em Milão (Itália) e falecida em Marzio (Itália) em 15 de agosto de 1952;

- das virtudes heróicas do Servo de Deus Ignazio di San Paolo (Giorgio Spencer), sacerdote da Congregação da Paixão de Jesus Cristo; nascido em 21 de dezembro de 1799 em Londres (Inglaterra) e falecido em Carstairs (Escócia) em 1º de outubro de 1864;

- das virtudes heróicas da Serva de Deus Maria Felicita Fortunata Baseggio (Anna Clara Giovanna), religiosa da Ordem de Santo Agostinho; nascida em 5 de maio de 1752 em Ferrara (Itália) e falecida em Rovigo (Itália) em 11 de fevereiro de 1829;

- das virtudes heróicas da Serva de Deus Floralba Rondi (Luigia Rosina), religiosa da Congregação das Irmãs das Pobrezinhas - Instituto Palazzolo; nascida em 10 de dezembro de 1924 em Pedrengo (Itália) e falecida em Mosango (República Democrática do Congo) em 25 de abril de 1995;

- das virtudes heróicas da Serva de Deus Clarangela Ghilardi (Alessandra), religiosa da Congregação das Irmãs das Pobrezinhas - Instituto Palazzolo; nascida em 21 de abril de 1931 em Trescore Balneario (Itália) e falecida em Kikwit (República Democrática do Congo) em 6 de maio de 1995;

- das virtudes heróicas da Serva de Deus Dinarosa Belleri (Teresa Santa), religiosa da Congregação das Irmãs das Pobrezinhas - Instituto Palazzolo; nascida em 11 de novembro de 1936 em Cailina di Villa Carcina (Itália) e falecida em Kikwit (República Democrática do Congo) em 14 de maio de 1995;

- das virtudes heróicas da Serva de Deus Elisa Giambelluca, fiel leiga, membro da Instituição Teresiana; nascida em 30 de abril de 1941 em Isnello (Itália) e falecida em Roma (Itália) em 5 de julho de 1986.

Vatican News

Como a nossa união com Deus pode nos salvar das tempestades

Johan van der Hagen | Public Domain | Wikipedia Commons
por Philip Kosloski

Não é fácil, mas, para vencermos as dificuldades da vida, temos que confiar na vontade de Deus acima de todas as coisas.

A nossa união com Deus é um dos tesouros que devemos preservar nesta vida.

De fato, em vários momentos da nossa jornada, podemos passar por uma “tempestade” que tem o poder de perturbar completamente todos os nossos planos. Podemos ter uma ideia muito específica de como as coisas deveriam acontecer, mas quando algo chega a perturbar nossa ideia, isso causa estragos em nossa alma.

A chave para resistir a qualquer tempestade não é confiar em nossa própria vontade, mas confiar na vontade de Deus acima de todas as coisas.

Isso pode ser difícil para nós, pois, às vezes, temos medo de seguir a vontade de Deus ou pensar que nossos planos são melhores do que os dele. No entanto, os santos sempre provam que quanto mais confiamos em Deus e em seu plano, mais capazes seremos de enfrentar qualquer tempestade que a vida nos lance. A nossa união com Deus é poderosa!

O poder da união com Deus

São Cláudio La Colombière oferece uma analogia para explicar essa ideia:

“[Um] apego sincero à Vontade de Deus … é uma âncora que nos mantém imóveis, porque tudo o que acontece está sempre em conformidade com essa Vontade Divina. Imagine um homem sentado em uma rocha no meio do oceano; as ondas surgem ao seu redor, mas ele as olha com compostura. Protegido do perigo, ele se diverte contando as ondas que quebram a seus pés. As tempestades surgem, mas enquanto aqueles frágeis que estão a bordo gritam, sacudidos pelo prazer da tempestade, empalidecem e estremecem, ora enterrados nos abismos, ora suspensos no ar na crista de uma onda, ele não tem motivo para temer. Podemos deixar de invejar a sorte desta pessoa afortunada? É possível que, sendo capazes de nos agarrar à rocha, preferíssemos confiar a uma prancha lançada pela tempestade?”

Portanto, se você quer ter força para resistir a qualquer tempestade, fortaleça sua união à vontade de Deus e isso será uma âncora para você em tempos de provação.

Aleteia

Educação católica na Austrália completa 200 anos

Guadium Press
Um a cada cinco estudantes na Austrália frequenta um colégio católico. A tendência é que grande parte deles siga seus estudos em universidades católicas.

Austrália – Canberra (19/02/2021 10:30, Gaudium Press) Por ocasião dos 200 anos da introdução da educação católica nas escolas australianas, a Conferência Episcopal da Austrália publicou uma carta pastoral ressaltando o importante papel desempenhado pelas escolas católicas na educação e formação dos jovens na Fé e no serviço às suas comunidades.

As escolas católicas no país tiveram um início muito modesto, com um centro de ensino que abrigava apenas 31 alunos. Entretanto, elas se propagaram por toda a Austrália. Hoje, um a cada cinco estudantes frequenta um colégio católico. A tendência é que grande parte deles siga seus estudos em universidades católicas.

Guadium Press

As escolas católicas na Austrália

Atualmente, existem 1.751 escolas católicas na Austrália. Estes centros de ensino possuem 768 mil alunos matriculados e empregam 98 mil pessoas. Cerca de 40% dessas escolas católicas estão localizadas fora das grandes cidades do país, em áreas rurais.

“Temos a sorte de ter escolas católicas na maioria das cidades e subúrbios, e campi universitários na maioria das capitais, que acolhem estudantes de diversas origens e crenças”, afirmou o presidente da Comissão Episcopal para a Educação Católica, Dom Anthony Fisher.

Dom Anthony Fisher | Guadium Press

As escolas católicas são o principal ponto de encontro da Igreja com os jovens

O prelado ressaltou ainda que “junto com as famílias e paróquias, as escolas católicas são o principal ponto de encontro da Igreja com os jovens e parte integrante da missão da Igreja de transmitir a Fé à próxima geração e formar os jovens como futuros contribuintes para a sociedade australiana”.

Esta carta pastoral será enviada para todas as comunidades e escolas católicas do país. O documento original também pode ser baixado diretamente no site da Comissão Nacional de Educação Católica. A celebração pelo bicentenário da educação católica na Austrália ocorrerá ao longo de todo o ano de 2021 através de uma série de eventos. (EPC)

https://gaudiumpress.org/

DOM WALMOR SOBRE A CFE 2021: “DEVEM SER BUSCADOS ENTENDIMENTOS À LUZ DA FÉ, MAS SEM PROMOVER ENTRINCHEIRAMENTOS QUE AFRONTAM A UNIDADE”

Dom Walmor | CNBB

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, escreveu um artigo com o título “Diálogo, o compromisso”, no qual aborda a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021 cujo tema é “Fraternidade e diálogo, compromisso de amor”. Para ele, essa Campanha traz desafios e metas exigentes que “estão no horizonte de todos os cristãos, dando oportunidade de interpelação para o percurso do tempo da Quaresma”.

No artigo, dom Walmor explica que a Igreja Católica no Brasil, há quase 60 anos, desde 1964, promove a Campanha da Fraternidade, projetando luzes sobre a vida em sociedade. Diz ainda que a partir dos anos 2000, algumas edições da Campanha da Fraternidade passaram a ser organizadas de modo ecumênico, reunindo as Igrejas Cristãs representadas no Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic).

A realização das Campanhas da Fraternidade Ecumênicas nasceu de uma decisão soberana da instância maior da CNBB, a sua Assembleia Geral dos Bispos. Um gesto evangélico e fraterno, considerando o desejo de Jesus Mestre, que ora ao Pai pedindo que todos sejam um. O Ecumenismo é uma tarefa missionária, exigente e inegociável, que a Igreja Católica recebeu do Concílio Vaticano II. O compromisso é investir na restauração da unidade entre todos os cristãos, pois o Senhor Jesus fundou apenas uma Igreja.

Segundo dom Walmor, não se pode descurar, em nome de uma fidelidade inconsistente, ou por posturas que revelam rigidez, a realidade da fé cristã. “Somos todos discípulos do mesmo Mestre e Senhor, embora, não raramente, os caminhos diferentes que são tomados levem pessoas a agirem como se o próprio Cristo estivesse dividido”, salienta.

Dom Walmor afirma que justamente por existirem diferentes caminhos e perspectivas a respeito da fé, é preciso investir no diálogo e na aproximação fraterna. “Isto não significa negociar a verdade da própria fé, mas, ao contrário, é abrir-se à superação de divisões que contradizem a vontade de Cristo”.

Em seu artigo, dom Walmor salienta que as divisões entre os cristãos representam um escândalo para o mundo, como afirmava o Concílio Vaticano II. “Prejudica o anúncio do Evangelho a toda criatura, comprometendo a conquista da unidade. Consequentemente, as divisões atrapalham o cultivo dos valores do Reino de Deus na sociedade. A realidade brasileira, que reúne tantos cristãos, mas vergonhosamente é ferida pela desigualdade social – contramão dos valores do Evangelho – comprova os males da divisão entre os que professam a fé em Jesus. Evidencia que é preciso percorrer longo caminho de conversão para edificar a justiça, a paz e a solidariedade”.

Para o bispo, a luz forte e interpelante do tempo quaresmal deve ser projetada sobre um mundo fechado e em sombras, para contribuir com a geração de um “mundo aberto”, conforme pede o Papa Francisco na sua Carta Encíclica Fratelli Tutti.

A construção dessa nova realidade aberta inclui o tratamento do contexto sociopolítico e cultural altamente comprometido, mobilizando diferentes leituras e interpretações, a partir de variados lugares, sem jamais negociar os princípios inegociáveis da doutrina da fé. Esses princípios exigem autenticidade do testemunho evangélico, sem subjetivismos narcisistas, ódios, notícias falsas e ataques na contramão da caridade cristã. Assim, a delicadeza de Deus pela oportunidade da Quaresma é mais do que simplesmente ritos celebrados. Trata-se de oportunidade para renovar o coração a partir do amor de Deus. Para isso, é importante buscar adequada compreensão da realidade, sem misturar conceitos, sem se julgar “dono da verdade”.

Para o presidente da CNBB, devem ser buscados entendimentos à luz da fé, mas sem promover entrincheiramentos que afrontam a unidade. “A unidade é o desejo do Mestre dos discípulos. A luz luzente do tempo quaresmal, para quem escancara as portas de sua interioridade, é o caminho para corrigir os descompassos de escritos, pronunciamentos e posturas que rompem com a unidade”.

O bispo reitera que verdadeiramente vive a Quaresma quem aceita o convite para intensa reflexão e revisão da própria vida. Um exercício, que segundo ele, deve ser vivido na presença de Jesus. “Sublinha amorosamente o Papa Francisco que o Senhor Jesus nos convida a caminhar com Ele pelo deserto rumo à vitória pascal sobre o pecado e a morte, fazendo-se peregrino conosco, especialmente nestes tempos difíceis de pandemia. Cristo é a única fonte da paz, e somente Ele pode fazer e refazer a unidade entre os que estão divididos. Outra direção, a que alimenta divisões, com gestos e palavras, escolhas e atitudes, sinaliza ação diabólica”.

Para além das desafiadoras diferenças, dom Walmor argumentou que é preciso investir no diálogo como compromisso de amor, e sonhar com uma sociedade ao sabor do Evangelho de Jesus, fazendo das diferenças uma riqueza.

“Lembra o Papa Francisco, em mensagem aos irmãos e irmãs brasileiros sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021: os fiéis são convidados a escutar o outro e, assim, superar os obstáculos de um mundo que é muitas vezes surdo, com a disposição ao diálogo pelo estabelecimento do paradigma de uma atitude receptiva. Essa atitude, diz o Papa Francisco, é de quem supera o narcisismo e acolhe o outro, sobre os alicerces da cultura do diálogo. Nesta cultura, Jesus se faz presente, conforme ensina o lema da Campanha – “Ele é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade”.

Conforme dom Walmor, eis aí o horizonte da fidelidade, da ortodoxia e da ortopraxia dos cristãos, na promoção do diálogo como compromisso de amor. “Seja aberto o coração ao companheiro de estrada, sem medos e desconfianças, para se encontrar a paz no rosto do único Deus. Todos reconheçam esse motivo de esperança indicado pelo Papa Francisco: a realização, pela quinta vez, da Campanha da Fraternidade pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), contribuição dos cristãos para que todos possam exercitar a fraternidade e o diálogo, compromisso de amor”, finalizou.

CNBB

Maior retábulo gótico do mundo volta a ser exposto após seis anos de restauração

Guadium Press
Com mais de 500 anos de história, o retábulo representa a Dormição e a Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria. Nele estão esculpidas mais de 200 figuras.

Polônia – Varsóvia (17/02/2021 16:30, Gaudium Press) Após um projeto de restauração que durou seis anos, o maior retábulo gótico do mundo está mais uma vez exposto na Basílica de Santa Maria em Cracóvia, na Polônia.

Guadium Press

Representação da Dormição e Assunção de Nossa Senhora

Criado entre os anos de 1477 e 1489 pelo escultor bávaro Veit Stoss, o retábulo de madeira representa a Dormição e a Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria. Nele estão esculpidas mais de 200 figuras.

“Este altar é obviamente um patrimônio cultural, mas para nós, católicos, acima de tudo, apresenta os momentos mais bonitos da vida de Maria, que conhecemos do Evangelho”, afirmou o pároco da Basílica de Santa Maria, Monsenhor Dariusz Raś.

Guadium Press

Estrutura do maior retábulo gótico do mundo

O retábulo é composto por cinco partes: um painel central com esculturas, um par de asas internas que se abrem e outro par de asas externas fixas. Quando totalmente aberto, tem mais de 12 metros de altura e 35 metros de largura.

A cena central mostra a Dormição e a Assunção de Maria na presença dos 12 Apóstolos. Acima do painel central, há uma representação da coroação de Maria, flanqueada por Santo Estanislau e Santo Adalberto de Praga. Quando o retábulo é fechado, painéis com cenas da vida de Jesus e Maria são visíveis.

Guadium Press

Seis anos de restauração

Entre os anos de 2011 e 2012, após uma avaliação pericial, se constatou que o retábulo estava em estado estável, mas com risco de danos. Em 2013, o Instituto Inter-Academy de Conservação e Restauração de Obras de Arte fez uma varredura a laser 3D detalhada na peça.

Somente no ano de 2015 que se iniciou o delicado projeto de restauração. Ao longo dos trabalhos, se encontrou uma inscrição no grupo principal de figuras que comprova que o retábulo foi concluído no ano de 1486.

Guadium Press

500 anos de existência

Durante seus mais de 500 anos de existência, o retábulo sofreu inúmeras restaurações e também se envolveu em polêmicas. Quando os nazistas ocuparam Cracóvia, por exemplo, ele foi desmontado e enviado para a Alemanha, sendo descoberto em 1946 no porão do Castelo de Nuremberg e devolvido à Polônia após uma grande reforma. (EPC)

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Cardeal Gambetti é o novo vigário do Papa para a Cidade do Vaticano

O cardeal Mauro Gambetti

Já custódio do Sagrado Convento de Assis, o purpurado italiano substitui o cardeal Angelo Comastri por causa do limite de idade, inclusive assumindo como arcipreste da Basílica do Vaticano e presidente da Fábrica de São Pedro.

Alessandro De Carolis - Vatican News

O estilo mariano e aquele da "lavagem dos pés". A alternância no Vaticano entre o cardeal Angelo Comastri, de 77 anos, e o cardeal Mauro Gambetti, de 55, é também a sucessão de uma experiência espiritual entre dois homens profundamente marcados por seus respectivos percursos sacerdotais e pastorais. No dia formal de despedida, não se pode deixar de lembrar o cardeal Comastri, entre muitas outras coisas, a recordação de quando rezou o terço na Basílica de São Pedro e era seguido por milhares de fiéis, com uma a percepção quase física de uma devoção que invoca de Nossa Senhora uma esperança mais forte que o "mar tempestuoso da pandemia".

No momento da sua chegada como vigário do Papa para a Cidade do Vaticano, o que precede o cardeal Gambetti é o desejo declarado, no momento do último Consistório, de viver "com espírito de minoria", ou seja, de fraternidade, a serviço de Francisco - o Pontífice que leva o nome do Santo que desde o início inspirou e orientou a vida de "Frei Mauro" a ponto de levá-lo à custódia da Basílica de Assis.

O cardeal que está assumindo, entre outros, o papel de presidente da Fábrica de São Pedro também é formado em Engenharia Mecânica em Bolonha. O caminho para o hábito dos Menores Conventuais começou aos 27 anos, professando em 1998. Em 2000, entrou no sacerdócio, uma década de serviço em vários cargos, até que, em 2009, Frei Mauro foi eleito Ministro Provincial para a área de Emilia Romagna, na Itália, seguido, em fevereiro de 2013, a sua nomeação como custódio geral do Sagrado Convento de Assis. No final do primeiro mandato de quatro anos, em 2017, ele foi confirmado para um segundo mandato, que termina em 31 de outubro de 2020. Seis dias antes, no Angelus de 25 de outubro, Frei Mauro soube da decisão do Papa de criá-lo cardeal, que ocorreu no Consistório de 28 de novembro, evento precedido em 22 de novembro pela consagração episcopal.

A herança que o cardeal Comastri deixa está nos 15 anos de ministério à frente da "paróquia do mundo", a Basílica de São Pedro, para a qual transferiu - chamado como seu vigário no Vaticano por João Paulo II em 2005 - toda a experiência que viveu desde 96 como arcebispo prelado do Santuário de Loreto. Da casa de Nazaré à do Papa, para preparar as multidões de visitantes, como disse em uma antiga entrevista, a se sentir mais pessoas de fé do que simples turistas. Uma tarefa que, com o análogo background adquirido na Basílica de Assis, passa agora para as mãos do cardeal Gambetti.

Vatican News

Santo Francisco e Santa Jacinta

S. Francisco e Sta. Jacinta | Canção Nova
20 de fevereiro

No ano de 1908, nasceu Francisco Marto. Em 1910, Jacinta Marto. Filhos de Olímpia de Jesus e Manuel Marto. Eles pertenciam a uma grande família; e eram os mais novos de nove irmãos. A partir da primavera de 1916, a vida dos jovens santos portugueses sofreria uma grande transformação: as diversas aparições do Anjo de Portugal (o Anjo da Paz) na “Loca do Cabeço” e, depois, na “Cova da Iria”. A partir de 13 de maio de 1917, Nossa Senhora apareceria por 6 vezes a eles.

O mistério da Santíssima Trindade, a Adoração ao Santíssimo Sacramento, a intercessão, o coração de Jesus e de Maria, a conversão, a penitência… Tudo isso e muito mais foi revelado a eles pelo Anjo e também por Nossa Senhora, a Virgem do Rosário. Na segunda aparição, no mês de junho, Lúcia (prima de Jacinta e Francisco) fez um pedido a Virgem do Rosário: que ela levasse os três para o Céu. Nossa Senhora respondeu-lhe: “Sim, mas Jacinta e Francisco levarei em breve”. Os bem-aventurados vivenciaram e comunicaram a mensagem de Fátima. Esse fato não demorou muito. Em 4 de abril de 1919, Francisco, atingido pela grave gripe espanhola, foi uma das primeiras vítimas em Aljustrel. Suas últimas palavras foram: “Sofro para consolar Nosso Senhor. Daqui, vou para o céu”.

Jacinta Marto, modelo de amor que acolhe, acolheu a dor na grave enfermidade, tendo até mesmo que fazer uma cirurgia sem anestesia. Tudo aceitou e ofereceu, como Nossa Senhora havia lhe ensinado, por amor a Jesus, pela conversão dos pecadores e em reparação aos ultrajes cometidos contra o coração imaculado da Virgem Maria. Por conta da mesma enfermidade que atingira Francisco, em 20 de fevereiro de 1920, ela partiu para a Glória. No dia 13 de maio do ano 2000, o Papa João Paulo II esteve em Fátima, e do ‘Altar do Mundo’ beatificou Francisco e Jacinta, os mais jovens beatos cristãos não-mártires.

Papa Francisco canonizou os dois pastorinhos no dia 13 de Maio, durante a sua visita a Portugal por ocasião das comemorações do Jubileu de 100 anos das aparições de Nossa Senhora em Fátima.

Santo Francisco e Santa Jacinta, rogai por nós!

Canção Nova

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Eucaristia deverá ser distribuída em embalagens individuais, decreta governo cearense

Guadium Press

Importante recordar que a Igreja Católica é uma das instituições que mais tem contribuído na prevenção ao Covid-19.

Ceará – Fortaleza (18/02/2021 16:30, Gaudium Press) O Governador do Estado Ceará, Camilo Santana (PT), publicou um decreto com novas orientações para prevenção de contágio ao Coronavírus.

Dentre as diversas determinações listadas no documento, uma atinge diretamente a Igreja Católica: os “alimentos de cunho religioso” deverão “ser fornecidos pré-embalados e em porções individuais”.

Guadium Press

Hóstias pré-embaladas

Isso significa que a partir deste novo decreto, todas as Igrejas do estado cearense deverão distribuir as hóstias consagradas dentro de embalagens individuais! O decreto recorda uma determinação semelhante feita pelo Governo de Santa Catarina em abril de 2020 e que desagradou grande parte dos católicos da Diocese.

Outras 33 orientações relacionadas à esfera religiosa são prescritas no novo decreto, no qual é citado inclusive o número de músicos permitido por celebração e o modo pelo qual as coletas devem ser realizadas.

Guadium Press

A Igreja Católica e a prevenção ao Covid-19

Importante recordar que a Igreja Católica é uma das instituições que mais tem contribuído na prevenção ao Covid-19, orientando os fiéis sobre o distanciamento social, reduzindo o número de fiéis presentes nas celebrações e seguindo as diretrizes dos órgãos de saúde. (EPC)

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Biden não deve dizer-se católico por apoiar aborto, afirma arcebispo

Facebook Arcebispo Dom Joseph F. Naumann
por Francisco Vêneto

"Seria mais honesto dizer que está em desacordo com a Igreja neste tema tão importante", disse dom Joseph Naumann.

Biden não deve dizer-se católico por apoiar aborto, declarou dom Joseph Naumann, arcebispo de Kansas City, nos Estados Unidos, em entrevista ao Catholic World Report:

“O presidente deveria deixar de definir-se como católico devoto e reconhecer que o seu ponto de vista sobre o aborto é contrário aos ensinamentos morais católicos. Seria uma abordagem mais honesta de parte dele dizer que está em desacordo com a Igreja neste tema tão importante e que ele está agindo contra os ensinamentos da Igreja”.

Dom Naumann acrescentou:

“Nós, bispos, temos a responsabilidade de corrigi-lo. Embora o povo tenha dado a ele o poder e a autoridade de presidente, ele não pode definir o que é ser católico e o que é ensinamento moral católico. O que ele está fazendo agora é usurpar o papel dos bispos e confundir o povo. Ele está declarando que é católico e vai forçar as pessoas a apoiarem o aborto com o dinheiro dos seus impostos. Os bispos devem corrigi-lo, já que o presidente está agindo contra a fé católica”.

Presidente da Comissão de Atividades Pró-Vida da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), dom Naumann foi um dos principais promotores do veemente comunicado dos bispos norte-americanos à declaração com que Joe Biden apoiou o aborto legalizado no país, em 22 de janeiro. No comunicado, os bispos foram enfáticos:

“Exortamos firmemente o presidente a rejeitar o aborto e a promover a ajuda às mulheres e às comunidades necessitadas”.

De fato, já no começo do mandato, o presidente democrata revogou a Política da Cidade do México, que veta a destinação de verba federal a ONGs estrangeiras que executam abortos ou os promovem como forma de planejamento familiar.

Biden não deve dizer-se católico por apoiar aborto

Dom Naumann também recordou:

“O presidente tem a responsabilidade de não se apresentar à Sagrada Comunhão. Quando os católicos recebem a Eucaristia, eles estão reconhecendo a Presença Real de Jesus e também os ensinamentos da Igreja. O presidente Biden não acredita nos ensinamentos da Igreja sobre a santidade da vida humana e não deve colocar o sacerdote numa situação em que ele tenha que decidir se lhe permite ou não receber a Eucaristia. Biden deve saber disso depois de 78 anos como católico”.

Com informações da agência CNA

Aleteia

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF