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domingo, 24 de novembro de 2024

Papa no Angelus: Jesus é o "Rei" do perdão, da paz e da justiça

Angelus 24 de novembro 2024 - Papa Francisco (Vatican News)

Jesus é o meu Rei ou tenho outros "reis"? Foi a pergunta que Francisco fez aos fiéis reunidos na Praça São Pedro para o Angelus na Solenidade de Cristo Rei do Universo.

https://youtu.be/S-vNWx5dEOc

Vatican News

Já com a árvore de Natal na Praça São Pedro, o Papa rezou com os fiéis o Angelus dominical na Solenidade de Cristo Rei, que encerra o ano litúrgico. Em sua alocução, Francisco comentou o trecho do Evangelho narrado em João (18,33-37), que apresenta Jesus diante de Pôncio Pilatos. Entre os dois, tem início um breve diálogo e o Pontífice se deteve em duas palavras que, entre as perguntas e respostas, adquirem um novo significado: “rei” e “mundo”.

Num primeiro momento, Pilatos pergunta a Jesus: “És tu o rei dos judeus?”. Raciocinando como funcionário do império, quer perceber se o homem que tem diante de si constitui uma ameaça, e um rei para ele é a autoridade que governa todos os seus súbditos. Em resposta, Jesus afirma que é rei, sim, mas de uma forma muito diferente! Jesus é rei porque é testemunha: é Aquele que diz a verdade. O poder real de Jesus, Verbo encarnado, reside na sua palavra verdadeira e eficaz, que transforma o mundo.

Mundo: eis o segundo momento. O “mundo” de Pôncio Pilatos é aquele onde o forte triunfa sobre o fraco, o rico sobre o pobre, o violento sobre o manso. "Um mundo que, infelizmente, conhecemos bem", constatou Francisco. Jesus é Rei, mas o seu reino não é deste mundo. De fato, o mundo de Jesus é o mundo novo, o mundo eterno, que Deus prepara para todos, dando a sua vida para a nossa salvação. É o reino dos céus, que Cristo traz à terra, derramando graça e verdade.

“O mundo do qual Jesus é Rei redime a criação arruinada pelo mal com a força do amor divino, que liberta e perdoa, que doa paz e justiça.”

“Mas é verdade isto, padre?”. Sim, como é a sua alma? Há algo de pesado ali dentro? Alguma culpa antiga? Jesus perdoa sempre. Jesus não se cansa de perdoar. Este é o Reino de Jesus. Se há algo ruim dentro de você, peça perdão. E Ele perdoa sempre.

O diálogo entre eles, prosseguiu o Papa, não se transforma em entendimento, Pilatos não se abre à verdade, apesar de estar perante ela. Manda crucificar Jesus e ordena que se escreva na cruz: “O Rei dos Judeus”, mas sem compreender o significado dessas palavras. No entanto, Cristo veio ao mundo, a este nosso mundo: quem é da verdade, ouve a sua voz. É a voz do Rei do universo, que se fez servo de todos. Francisco então se dirigiu aos fiéis com as seguintes perguntas:

"Posso dizer que Jesus é o meu “rei”? Ou dentro do coração tenho outros 'reis'? Em que sentido? A sua Palavra é o meu guia, a minha certeza? Vejo Nele a face misericordiosa de Deus que sempre perdoa, que está nos esperando para nos dar o perdão? Rezemos juntos a Maria, serva do Senhor, enquanto esperamos com esperança o Reino de Deus."

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Como prevenir a depressão em seus filhos adolescentes

phM2019 | Obturador

Guillermo Dellamary – publicado em 22/11/24

A depressão em adolescentes é um fator de risco que preocupa os pais. Aqui estão algumas dicas para ajudar seus filhos a crescerem felizes.

A depressão em crianças adolescentes é uma questão relevante. Segundo a Organização Mundial da Saúde ( OMS ), a depressão é uma das principais causas de incapacidade em adolescentes e jovens.

Fatores de depressão

Obturador

A pressão escolar de esperar boas notas pode ser um estresse avassalador para alguns adolescentes. Além disso, as dificuldades de relacionamento com colegas e amigos ou familiares podem ser uma fonte constante de estresse e depressão.

A pressão para atender aos padrões de beleza e ter o corpo ideal, em constante comparação com os demais, também pode ser um fator negativo para a autoestima e a imagem.

Consideremos também que o bullying e o assédio persistentes podem ser muito prejudiciais à saúde mental e contribuir para a depressão e a ansiedade.

Por outro lado, durante a puberdade podem surgir mudanças significativas no corpo e na mente, o que pode gerar mais estresse em alguns adolescentes.

Experiências traumáticas vivenciadas na infância emergem com mais força e podem contribuir para a depressão; Podem ser abuso sexual, violência física e/ou emocional, histórico de punição ou perda de um ente querido.

Medo do fracasso

Como se não bastasse, a pressão para atender às expectativas dos pais, professores ou da sociedade pode ser desequilibrada para alguns adolescentes.

É muito oportuno ajudá-los a superar o medo do fracasso, pois é um sentimento universal que nos paralisa e nos impede de atingir o nosso potencial máximo. A sociedade, com seus constantes julgamentos e expectativas, intensifica esse medo, fazendo-nos acreditar que errar é sinal de fraqueza. No entanto, a realidade é que o fracasso é uma parte inevitável da vida e uma oportunidade valiosa para aprender e crescer.

Por que temos medo do fracasso?

Obturador

Este é o medo do julgamento. Preocupamo-nos com o que os outros vão pensar de nós se falharmos, o que diminui a nossa autoestima e nos faz pensar que não somos capazes de superar obstáculos.

Eles nos fizeram acreditar que tudo deve ser perfeito na primeira vez, o que nos faz temer as consequências e, principalmente, o castigo.

Em vez de exigi-los, vamos ajudar a transformar os seus medos em oportunidade, mudando a sua visão das coisas. Em vez de ver o fracasso como o fim, considere-o como mais um passo no seu caminho para o sucesso. Erros são sinais de trânsito que indicam onde você deve ajustar seu curso. Portanto, promovamos uma atitude positiva e resiliente diante de falhas e erros.

Comemore com eles os pequenos triunfos e reconheça o esforço, e não o resultado. Isso os ajudará a permanecer motivados e a acreditar em si mesmos.

Soluções concretas

Sejamos mais gentis com eles quando cometem erros. Todos cometemos erros e isso não nos torna menos valiosos. Fazer uma análise dos seus erros para identificar as causas e encontrar soluções ajudará mais do que o sentimento de angústia que pode paralisar. Procure na hora o apoio de um psicólogo para te ajudar nesse processo.

Também é muito importante que você aprenda a cuidar da saúde, dormir o suficiente, alimentar-se bem e praticar exercícios regularmente.

A nossa tarefa como pais é ouvir e compreender, criando um ambiente familiar num lar onde se sintam seguros e cheios de carinho e ajuda; um lar com uma rica vida espiritual e harmonia.

Fonte: https://es.aleteia.org/2024/11/22/como-prevenir-una-depresion-en-tus-hijos-adolescentes

Estudo Completo sobre o Livro de Gênesis

Livro do Gênesis (Costumes Bíblicos)

Estudo Completo sobre o Livro de Gênesis

Por Joao S. Atualizado em: 9 de setembro de 2024

Livro de Gênesis é um dos textos mais fascinantes e impactantes da Bíblia. Além de ser o primeiro livro das Escrituras, ele narra a criação do universo, a origem da humanidade e a jornada de grandes patriarcas como Abraão, Isaque, Jacó e José. Este artigo vai te guiar por um estudo no livro de Gênesis, explorando seus personagens, suas histórias e seu significado bíblico.

Introdução ao Livro de Gênesis

livro de Gênesis é o primeiro livro da Bíblia, e sua importância não pode ser subestimada. Nele, encontramos o relato da criação do universo, a queda do homem, o dilúvio, e o início da história do povo de Israel. Este estudo é fundamental para entender todo o restante da Bíblia e compreender os planos de Deus para a humanidade.

Por que ler este artigo sobre os capítulos de gênesis?

Este artigo é para você que quer ir além de uma simples leitura. Nele, você vai encontrar respostas para questões intrigantes sobre os personagens de Gênesis, como AbraãoIsaqueJacó e José, e também sobre eventos cruciais como o dilúvio e a Torre de Babel. Aqui você encontra uma análise profunda dos acontecimentos e personagens que moldaram a história bíblica, com uma linguagem simples e direta.

Quem é o Autor de Gênesis?

Muitos acreditam que Moisés é o autor do livro de Gênesis, seguindo a tradição judaica que atribui a ele os primeiros cinco livros da Bíblia, conhecidos como o Pentateuco. Embora o nome de Moisés não seja mencionado como o autor direto de Gênesis, o livro de Gênesis faz parte dessa coleção de livros que foram escritos por ele durante o êxodo do povo de Israel.

Atribuir a autoria a Moisés faz sentido, já que Gênesis é uma introdução à história do povo de Israel, preparando o cenário para os acontecimentos que ocorreram no Êxodo. Esse relato sobre o início da humanidade e o plano de Deus oferece as bases espirituais para o restante das Escrituras.

O Relato da Criação em Gênesis

relato da criação é uma das passagens mais conhecidas da Bíblia. Em apenas seis dias, Deus cria toda a existência, desde o universo até o homem, sendo o sétimo dia reservado para o descanso. Gênesis é o primeiro livro a tratar dessa visão grandiosa e poética da criação.

O primeiro capítulo de Gênesis nos fala de como Deus trouxe à existência a luz, os céus, a terra, os mares, as plantas, os animais e, finalmente, o ser humano, feito à Sua imagem. É uma narração que mistura ciência e espiritualidade, oferecendo a base para a fé cristã e judaica sobre a criação do universo.

A Queda de Adão e Eva

Outro ponto chave de Gênesis é o momento em que ocorre a queda do homem, representada por Adão e Eva no Jardim do Éden. Eles são enganados pela serpente e comem o fruto proibido, desobedecendo a Deus e trazendo o pecado ao mundo.

A história de Adão e Eva é uma das narrativas mais interpretadas ao longo da história. Ela fala sobre tentação, desobediência e as consequências dos nossos atos. A partir desse momento, a relação entre Deus e a humanidade muda, e o plano de redenção de Deus começa a se desenrolar.

Noé e o Dilúvio: Um Juízo de Deus

Noé é outro personagem icônico do livro de Gênesis. Deus decide purificar a terra através de um grande dilúvio, poupando apenas Noé e sua família, que seguem Suas instruções e constroem a arca. Após o dilúvio, Deus faz uma aliança com Noé, prometendo nunca mais destruir a terra daquela maneira.

Esse evento mostra tanto o juízo de Deus sobre a corrupção humana quanto a Sua misericórdia em preservar um remanescente fiel. A história de Noé também introduz o conceito de aliança divina, algo que será retomado mais tarde com Abraão e os outros patriarcas.

Abraão: O Pai de uma Grande Nação

Abraão é, sem dúvida, uma das figuras centrais do livro de Gênesis. Originalmente chamado de Abrão, ele foi escolhido por Deus para ser o pai de uma grande nação. Abraão é o exemplo de fé inabalável, ao deixar sua terra e seguir para a terra prometida, confiando no plano de Deus.

Além disso, o relacionamento de Abraão com Deus foi marcado por promessas. Deus prometeu abençoar Abraão, multiplicar sua descendência e dar-lhe a terra de Canaã. Abraão é o patriarca de onde surgem tanto o povo de Israel quanto outras nações, reforçando sua importância na história bíblica.

Isaque: A Promessa Cumprida

Isaque, filho de Abraão e Sara, é a personificação do cumprimento da promessa divina. Ele nasceu quando Abraão já estava avançado em idade, e sua chegada foi um sinal claro de que Deus cumpriria Suas promessas, mesmo que parecessem impossíveis aos olhos humanos.

O teste de fé de Abraão, quando Deus pediu que ele sacrificasse Isaque, é um dos momentos mais dramáticos de Gênesis. Porém, no último momento, Deus providencia um carneiro para o sacrifício, demonstrando Sua provisão e reafirmando a promessa de que, através de Isaque, viria uma descendência numerosa.

Jacó: O Homem que Lutou com Deus

Jacó, filho de Isaque e Rebeca, é um dos personagens mais intrigantes de Gênesis. Desde o ventre de sua mãe, Jacó já se mostrava diferente, nascendo agarrado ao calcanhar de seu irmão gêmeo, Esaú. Ele se tornou conhecido por ter enganado seu pai para receber a primogenitura e a bênção que, por direito, seria de Esaú.

Mais tarde, Jacó tem um encontro transformador com Deus, no qual ele literalmente luta com um anjo e recebe o novo nome de “Israel”. Essa história é central para a identidade do povo de Israel, que descende de Jacó e seus doze filhos.

A História de José no Egito

A última parte do livro de Gênesis se concentra na história de José, um dos filhos de Jacó. Vendido como escravo por seus irmãos, José acabou no Egito, onde passou por muitas provações antes de se tornar o segundo homem mais poderoso do país, após o Faraó.

A trajetória de José é marcada pela perseverança e pela fé em Deus, que sempre o abençoou, mesmo nas situações mais difíceis. No final, José é capaz de salvar sua família da fome, trazendo-os para viver com ele no Egito. Sua história é uma clara demonstração de como Deus pode transformar o mal em bem.

Qual é o Propósito do Livro de Gênesis?

livro de Gênesis é uma introdução a todos os outros livros da Bíblia. Ele estabelece os fundamentos da fé, mostrando a soberania de Deus na criação, o início do pecado e a promessa de redenção. Cada personagem e evento tem um propósito claro no plano de Deus, que culmina na formação do povo de Israel e, mais tarde, na vinda de Jesus no Novo Testamento.

Estudar Gênesis nos ajuda a entender melhor não só o passado, mas também o futuro do povo de Deus, e como Sua graça opera desde o início dos tempos.

A Torre de Babel: O Orgulho que Separou as Nações

A história da Torre de Babel, contada em Gênesis, mostra o poder do orgulho humano e as consequências de desafiar a autoridade de Deus. Após o dilúvio, os descendentes de Noé começaram a se espalhar pela terra, mas em determinado momento decidiram construir uma torre que alcançasse os céus. A intenção deles era concentrar toda a humanidade em um só lugar, contrariando a ordem de Deus para “se multiplicarem e encherem a terra”.

Como juízo pelo orgulho dos homens, Deus confundiu suas línguas, tornando impossível que se entendessem e continuassem a obra. Assim, as nações foram dispersas e a construção da torre foi abandonada. A Torre de Babel marca um momento de divisão, que impacta até hoje a forma como as culturas e línguas se desenvolveram pelo mundo.

Esaú e Jacó: Rivalidade entre Irmãos

A relação entre Esaú e Jacó é uma das mais intensas e dramáticas do livro de Gênesis. Esses dois irmãos gêmeos, filhos de Isaque e Rebeca, passaram a vida competindo pelo afeto e pela bênção do pai. Jacó, com a ajuda de sua mãe, enganou seu pai para obter a bênção que, por direito, era de Esaú. Esse ato de traição gerou uma inimizade profunda entre os irmãos.

Porém, com o passar do tempo e depois de muitas reviravoltas, os dois acabam se reconciliando, mostrando que, mesmo nas situações mais complexas e dolorosas, o perdão é possível. A narrativa de Esaú e Jacó serve de lição sobre a importância de lidar com nossos conflitos familiares e buscar a paz.

Lia e Raquel: As Esposas de Jacó

A história de Lia e Raquel também aparece no contexto da vida de Jacó. Ele se apaixonou por Raquel, mas foi enganado por seu tio Labão e acabou se casando primeiro com Lia, a irmã mais velha de Raquel. Essa situação gerou muitos problemas no casamento de Jacó, que acabou com duas esposas e uma vida familiar marcada por ciúmes e rivalidades.

Apesar dessas dificuldades, Lia e Raquel deram a Jacó doze filhos, que se tornaram os patriarcas das doze tribos de Israel. Esse episódio do livro de Gênesis mostra que, mesmo em meio a erros e confusões humanas, o plano de Deus continua a se desenrolar, guiando a história do Seu povo.

Caim e Abel: O Primeiro Homicídio da História

Logo após a queda de Adão e Eva, Gênesis nos apresenta a trágica história de Caim e Abel. Caim, movido por ciúmes, assassinou seu irmão Abel porque a oferta deste foi aceita por Deus, enquanto a sua não. Esse é o primeiro homicídio registrado na Bíblia, e mostra como o pecado já havia se instalado profundamente no coração humano após a desobediência de Adão e Eva no Éden.

Deus confronta Caim após o crime, mas, em vez de puni-lo com a morte, o Senhor faz de Caim um errante, marcando-o para que ninguém o matasse. Essa história nos ensina sobre as consequências do pecado e a justiça de Deus, que é severa, mas também misericordiosa.

Potifar e José: A Provação no Egito

Outro personagem relevante na vida de José foi Potifar, o oficial do Faraó. Quando José foi vendido como escravo no Egito, acabou na casa de Potifar e rapidamente se destacou pela sua habilidade e integridade. No entanto, foi falsamente acusado pela esposa de Potifar e preso injustamente. Mesmo na prisão, José continuou a confiar em Deus, que o elevou a uma posição de destaque no governo egípcio.

Essa parte do livro de Gênesis demonstra a importância da fé e da resiliência diante das adversidades. José é um exemplo de alguém que, mesmo traído e injustiçado, continuou a confiar nos planos de Deus e, eventualmente, foi recompensado.

Moisés é o Autor de Gênesis na visão Bíblico?

Atribuir a autoria de Gênesis a Moisés é comum dentro da tradição judaico-cristã. Moisés é o autor dos cinco primeiros livros da Bíblia, também conhecidos como o Pentateuco, que inclui Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Embora o nome de Moisés não apareça diretamente em Gênesis, a tradição judaica o reconhece como o autor que transcreveu esses relatos para preservar a história do povo de Deus.

Além de ser o líder que guiou os israelitas para fora do Egito, Moisés desempenha um papel fundamental na formação da identidade israelita, e sua obra escrita continua a impactar tanto judeus quanto cristãos ao redor do mundo.

A Transcrição do Livro de Gênesis mais Completo do Livro

livro de Gênesis é parte de uma longa tradição oral que foi transcrita para garantir que os acontecimentos fossem preservados para as futuras gerações. Essa transcrição ocorreu provavelmente durante a época de Moisés, quando o povo de Israel já estava estabelecido como uma nação. Embora o texto original tenha sido passado de forma oral por muito tempo, a transcrição garante a precisão e continuidade dos relatos.

O processo de transcrição é importante porque permitiu que os textos sagrados se tornassem acessíveis a todas as gerações seguintes, garantindo que o relato da criação, os feitos de Noé, Abraão, Jacó e José fossem compartilhados e estudados até os dias de hoje.

Resumo deste estudo para o próximo destinatário

  • Gênesis é o primeiro livro da Bíblia, que narra desde a criação do universo até a história dos patriarcas de Israel.
  • A história da Torre de Babel mostra as consequências do orgulho humano.
  • Esaú e Jacó viveram uma intensa rivalidade, mas se reconciliaram no final.
  • Lia e Raquel, as esposas de Jacó, deram origem às doze tribos de Israel.
  • Caim e Abel protagonizam o primeiro homicídio da Bíblia, ilustrando o avanço do pecado.
  • A fidelidade de José mesmo diante das adversidades no Egito é um exemplo de confiança em Deus.
  • Moisés é o autor dos primeiros cinco livros da Bíblia, incluindo Gênesis.
  • transcrição dos relatos orais garantiu a preservação dessas histórias para as gerações futuras.
Fonte: https://oremos.com.br/estudo-no-livro-de-genesis/

SS. André Dũng Lạc, presbítero e Companheiros, mártires

Mártires do Vietname  (Missions étrangères de Paris)
24 de novembro
Localização: Vietinã
Santo André Dung Lac e Companheiros

O cristianismo chegou ao Vietnã no início do século XVI por obra do Padre Alexandre Rhodes, jesuíta francês, considerado “apóstolo da jovem Igreja asiática”, ainda dividida em três regiões: Tonkin, Annam e Cochinchina. Em 1645, foi expulso do país. Desde então, ao longo dos séculos, a situação dos cristãos tornou-se cada vez mais difícil, por causa das sucessivas ondas de perseguições, que se alternavam com breves períodos de paz.

Tran batizado com o nome de André

Tran An Dung nasceu em Bac Ninh, em 1795, no seio de uma família tão pobre que, para garantir a sobrevivência do filho, foi obrigada a confiá-lo aos cuidados de um catequista católico. Por isso, foi educado na fé e batizado com o nome de André. Este futuro mártir foi ordenado sacerdote, em 1823: tornou-se vice-pároco, em Dong-Chuoi, onde ficou conhecido por seu estilo de vida simples, assistência assídua aos pobres e sobriedade em tudo. Em 1833, após a celebração da Missa, foi preso, pela primeira vez, pelos guardas imperiais. Ao ser resgatado, mediante o pagamento de uma alta soma de dinheiro, arrecadado pelos fiéis, decidiu mudar seu nome de Dung para Lac, para chamar menos a atenção. Assim, arriscou evangelizar as populações das províncias mais perigosas de Hanói e Nam-Dihn.

Prisão e martírio

No final de 1839, André foi preso, pela terceira vez, junto com seu irmão Pedro. Assim, começou a entender que era chamado para o martírio: o Senhor queria que ele banhasse, com seu próprio sangue, aquela terra atormentada. Por isso, pediu ao Bispo para não pagar por sua libertação. Durante a sua transferência para a prisão de Hanói, muitos fiéis se reuniram e choravam; mas ele encorajava a todos, recomendando que continuassem a viver segundo os ensinamentos da Igreja. Na nova prisão, os dois irmãos sacerdotes foram obrigados a retratar-se e pisar na cruz. Como resposta, se ajoelharam e a beijaram. Logo, para eles, a sentença não podia ser outra que a pena de morte: ambos foram justiçados com a decapitação, em dia 21 de dezembro, na periferia da cidade, no portão de Cau-Giay.

Vietnã banhado com o sangue dos mártires

De 1645 a 1886, os editais contra os cristãos, no Vietnã, foram 53, causando a morte de 113 mil fiéis. Diante da firmeza da sua fé, a monarquia vietnamita determinou a sua dispersão e confisco dos bens. O primeiro grupo de 64 mártires foi beatificado por Leão XIII, em 1900; depois, Pio X beatificou outros três grupos, entre os quais alguns Dominicanos: dois em 1906 e o outro em 1909. Por fim, Pio XII beatificou o quinto grupo, em 1951. Com um Decreto, datado de 1986, a Igreja reuniu todos estes grupos distintos em um único, composto de 117 mártires - entre sacerdotes, religiosos e leigos –que foram canonizados por São João Paulo II, em 1990. O líder deste grande grupo foi Santo André Dung-Lac, que, provavelmente, era o mais conhecido. Entre os 117 mártires, 96 eram de nacionalidade vietnamita, 11 espanhóis da Ordem dos Pregadores e 10 franceses da Sociedade de Missões Estrangeiras de Paris.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

A realeza de Cristo (B)

Cardeal Dom Paulo Cezae Costa (arqbrasilia)

Solenidade de Cristo Rei do Universo

Cardeal Dom Paulo Cezar Costa

Arcebispo Metropolitano de Brasília

  • novembro 23, 2024

Estamos concluindo o ano litúrgico com a celebração da Solenidade de Cristo Rei do Universo. Talvez falar de realeza soe estranho aos nossos ouvidos. Vive-se uma época em que se exalta a liberdade, onde a liberdade se tornou o grande valor da vida humana.

O que mais causa indignação ao ser humano são as formas de autoritarismo que minam de forma sutil a liberdade humana, agridem a dignidade humana e desfiguram o exercício do poder. Não existe sociedade sem o exercício do poder. O poder, quando bem exercido, dignifica a vida das pessoas e torna-se um grande instrumento na edificação do bem comum e na construção da paz social. O verdadeiro sentido do poder é ser serviço.

A realeza de Cristo manifesta o verdadeiro sentido do poder-serviço, pois é diante do poder Romano na Palestina, com Pilatos, e depois na cruz que sua realeza é afirmada. À pergunta de Pilatos: “Então tu és rei?” (Jo 18, 37), Jesus responde: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isso: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz” (Jo 18, 37).  A resposta de Jesus mostra a origem do seu poder, pois o advérbio grego usado, enteuthen, indica a origem e, então, a natureza da sua realeza. Jesus nega ser “aquele determinado rei”, submetido aos jogos do poder humano (M. Grilli, In Ascolto della Voce, 262).

A realeza de Cristo provém do Pai, que, em confronto com o poder dos grandes deste mundo, é morto, tornando-se o Rei crucificado, humilhado, pois a sua realeza é a do amor. Aqui se manifesta a oposição entre o poder do amor e o poder autoritário; entre verdade e poder. A humilhação de Cristo manifesta a força de Deus, a força do amor que se submete, mas a sua própria morte é protesto calado e subversivo, pois é a morte do inocente que não se submete à lógica e às tramas do poder humano. É a morte do Rei livre, que, entre as tramas humanas e a vontade do Pai, vive até o extremo a vontade do Pai.

Ao contrário, o poder do mundo, quando mal exercido, quando perde o seu verdadeiro sentido de serviço à verdade e ao ser humano, mata, humilha, desfigura o humano, a natureza e a sociedade. O poder, quando assim exercido, é deturpação do poder.

Jesus mostra a ligação profunda entre a sua realeza e a verdade. A verdade, para o Evangelho de São João, é o plano de salvação de Deus. Jesus é a Verdade. Quem olha para Jesus, para os seus ensinamentos, procura a verdade, busca a verdade. Mas as palavras de Jesus denunciam, também, a desvinculação entre poder e verdade. O poder, quando desvinculado da verdade, da realidade da vida do povo, torna-se poder autoritário, alienante.

Hoje, na sociedade da narrativa, não se pode perder o sentido da verdade. A verdade nos coloca diante da realidade. “A realidade”, nas palavras de Papa Francisco, “é superior à ideia”. Sem verdade, perde-se a realidade e perde-se a dimensão do sonho de Deus para a humanidade. Que a realeza de Cristo torne-se critério, torne-se, assim, profecia para julgar o exercício do poder seja na Igreja, seja na sociedade.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Jovens coreanos, agora é com vocês!

Passagens dos ícones da JMJ (Vatican Media)

Na missa celebrada por ocasião da JMJ em nível diocesano, se realizou na Basílica de São Pedro a passagem dos ícones da Jornada entre os jovens portugueses e os coreanos, que sediarão o evento em 2027.

Vatican News

A missa celebrada na Solenidade de Cristo Rei, na Basílica Vaticana, se conclui com um momento tocante sob as notas de “Há Pressa no Ar”, hino da Jornada de Lisboa em 2023: os jovens portugueses entregaram aos coreanos os símbolos da Jornada Mundial da Juventude: a Cruz e o Ícone de Maria Salus Popoli Romani. Seul acolherá a próxima edição da JMJ em 2027.

“Também isto é um sinal: um convite, para todos nós, a viver e a levar o Evangelho a todas as partes da terra, sem parar e sem desanimar”, disse o Papa ainda na homilia.

Antes da passagem dos símbolos, Francisco saudou os jovens presentes na Basílica e os jovens do mundo inteiro e afirmou: "Queridos jovens coreanos, agora é com vocês! Levando a Cruz à Ásia vocês anunciarão a todos o amor de Cristo. Tenham coragem! Tenham a coragem de testemunhar a esperança de que precisamos mais do que nunca hoje. Lá onde passarão esses símbolos, possam crescer a certeza do amor invencível de Deus e a fraternidade entre os povos. E para todas os jovens vítimas de conflitos e guerras, a Cruz do Senhor e o ícone de Maria Santíssima sejam amparo e consolação".

Momento de confraternização antes da missa (Vatican Media)

Delegações

Estavam presentes na Basílica cerca de cem jovens de Portugal, acompanhados pelo Patriarca de Lisboa, dom Rui Manuel Sousa Valério, e pelo cardeal Américo Manuel Alves Aguiar, que foi coordenador geral da JMJ de Lisboa, e cem jovens provenientes da Coreia, acompanhados pelo arcebispo de Seul, dom Peter Chung Soon-taek, e pelo bispo coordenador geral da JMJ da edição de 2027, dom Paul Kyung Sang Lee.

Os ícones agora passarão por vários países asiáticos.  “Esta peregrinação é particularmente significativa – explica o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida – porque se realizará em países predominantemente não cristãos. A esperança é que muitos jovens se tornem ‘missionários incansáveis ​​da alegria, para que mesmo aqueles que nunca participaram de uma JMJ, percorram nos próximos três anos um caminho, sobretudo interior, para chegar a dar um testemunho corajoso de Cristo.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sábado, 23 de novembro de 2024

O que é a liberdade? A pessoa é realmente livre?

Foto: Matt Collamer (Unsplash)

O que é a liberdade? A pessoa é realmente livre?

«Deus quis ‘deixar nas mãos do homem as suas próprias decisões’» (Si 15,14.). Que significa que a pessoa é livre? Que é a liberdade?

05/09/2019

1.Diferentes dimensões da liberdade: liberdade de coação e liberdade de escolha

A liberdade humana tem diversas dimensões. A liberdade de coação é aquela que a pessoa pode realizar externamente o que decidiu fazer, sem imposição ou impedimentos de agentes externos; é assim que se fala de liberdade de expressão, de liberdade de reunião, etc. A liberdade de escolha ou liberdade psicológica significa a ausência de necessidade interna para escolher uma coisa ou outra; não se refere já à possibilidade de fazer, mas à de decidir autonomamente, sem se estar sujeito a um determinismo interior. Em sentido moral, a liberdade refere-se, sim, à capacidade de afirmar e amar o bem, que é o objeto da vontade livre, sem se sentir escravizado pelas paixões desordenadas e pelo pecado. Neste texto referir-nos-emos especificamente a esta última dimensão da liberdade.

O Catecismo define a liberdade como «o poder, radicado na razão e na vontade, de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, praticando assim, por si mesmo, ações deliberadas. Pelo livre arbítrio, cada qual dispõe de si. A liberdade é, no homem, uma força de crescimento e de amadurecimento na verdade e na bondade. E atinge a sua perfeição quando está ordenada para Deus, nossa felicidade completa».

Catecismo da Igreja Católica, 1731

Meditar com São Josemaria

«Por que me deixaste, Senhor, este privilégio, que me torna capaz de seguir os teus passos, mas também de te ofender?
Chegamos assim a calibrar o reto uso da liberdade, se a encaminhamos para o bem; e a sua errônea orientação quando, com essa faculdade, o homem se esquece e se afasta do Amor dos amores. A liberdade pessoal - que defendo e defenderei sempre com todas as minhas forças - leva-me a perguntar com convicta segurança e também com a consciência da minha própria fraqueza: Que esperas de mim, Senhor, para que eu voluntariamente o cumpra?
Responde-nos o próprio Cristo: Veritas liberabit vos, a verdade vos fará livres. Que verdade é essa, que inicia e consuma em toda a nossa vida o caminho da liberdade? Eu vo-la resumirei, com a alegria e com a certeza que procedem da relação entre Deus e as suas criaturas: saber que saímos das mãos de Deus, que somos objeto da predileção da Trindade Beatíssima, que somos filhos de tão grande Pai.
Eu peço ao meu Senhor que nos decidamos a tomar consciência disso, a saboreá-lo dia a dia. Assim nos conduziremos como pessoas livres. Não o esqueçamos: aquele que não se sabe filho de Deus desconhece a sua verdade mais íntima e, na sua atuação, não possui o domínio e o senhorio próprios dos que amam o Senhor acima de todas as coisas.» Amigos de Deus, 26

«Temos obrigação de defender a liberdade pessoal de todos, sabendo que foi Jesus Cristo quem nos adquiriu essa liberdade; se não agimos assim, com que direito podemos reclamar a nossa? Devemos difundir também a verdade, porque veritas liberabit vos, a verdade nos liberta, ao passo que a ignorância escraviza.» Amigos de Deus, 171

«Gosto desse lema: “Cada caminhante siga o seu caminho” - aquele que Deus lhe traçou -, com fidelidade, com amor, ainda que custe.» Sulco, 231

2. Liberdade e responsabilidade

A liberdade implica a possibilidade de escolher entre o bem e o mal e, por conseguinte, de crescer na perfeição ou fraquejar e pecar. A liberdade é caraterística dos atos propriamente humanos. Converte-se em fonte de aprovação ou de censura, de mérito ou demérito.

Na medida em que a pessoa pratica mais o bem, vai-se tornando mais livre. Não há verdadeira liberdade se não está ao serviço do bem e da justiça. A escolha da desobediência e do mal é um abuso da liberdade e leva à escravidão do pecado: «Mas graças a Deus, vós, que fostes escravos do pecado, obedecestes de coração ao modelo de doutrina ao qual fostes confiados, e libertados do pecado, vos fizestes escravos da justiça». (Rm 6,17-18)

A liberdade torna o homem responsável pelos seus atos na medida em que estes são voluntários. O progresso na virtude, o conhecimento do bem e a ascese ampliam o domínio da vontade sobre os próprios atos.

A imputabilidade e a responsabilidade de uma ação podem ficar diminuídas e até suprimidas quando há ignorância, inadvertência, violência, temor, hábitos, afetos desordenados e outros fatores psíquicos ou sociais.

Qualquer ato voluntário é atribuível ao seu autor. Uma ação pode ser indiretamente voluntária quando é consequência de uma negligência em relação ao que se devia conhecer ou fazer, por exemplo, um acidente provocado pela ignorância do código da estrada.

Um efeito pode ser tolerado sem ser desejado por aquele que atua, por exemplo, o esgotamento de uma mãe junto à cabeceira do filho doente. O efeito mau não é imputável se não foi voluntário nem como fim nem como meio da ação, assim como a morte que aconteceu ao tentar auxiliar uma pessoa em perigo. Para que o efeito mau seja imputável, é necessário que seja previsível e que aquele que atua tenha possibilidade de o evitar, por exemplo, no caso de um homicídio cometido por um condutor em estado de embriaguez.

A liberdade exercita-se nas relações entre os seres humanos. Toda a pessoa humana, criada à imagem de Deus, tem o direito natural de ser reconhecida como ser livre e responsável. Todos os homens devem prestar a qualquer um o respeito a que tem direito. O direito ao exercício da liberdade é uma exigência inseparável da dignidade da pessoa humana, especialmente em matérias morais e religiosas e concretiza-se em que não se pode obrigar ninguém a atuar contra a sua própria consciência, nem se pode impedir ninguém que atue em privado ou em público, só ou associado com outros, dentro limites devidos. O direito à liberdade religiosa está realmente fundado na própria dignidade da pessoa humana. (Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1732-1738Declaração Dignitatis Humanae, n.2)

Meditar com São Josemaria

«Que coisa triste é ter uma mentalidade cesarista, e não compreender a liberdade dos demais cidadãos, nas coisas que Deus deixou ao juízo dos homens.» Sulco, 313

«Eu defendo com todas as minhas forças a liberdade das consciências, que denota não ser lícito a ninguém impedir que a criatura preste culto a Deus. É preciso respeitar as legítimas ânsias de verdade; o homem tem obrigação grave de procurar o Senhor, de conhecê-lo e adorá-lo, mas ninguém na terra deve permitir-se impor ao próximo a prática de uma fé que este não possui; assim como ninguém pode arrogar-se o direito de maltratar quem a recebeu de Deus.» Amigos de Deus, 32

«Precisas de formação, porque deves ter um profundo senso de responsabilidade, que promova e anime a atuação dos católicos na vida pública, com o respeito devido à liberdade de cada um, e recordando a todos que têm de ser coerentes com a sua fé». Forja, n. 712.

«Deus fez o homem desde o princípio e o deixou nas mãos do seu livre arbítrio (Ecclo XV, 14). Isto não aconteceria se não tivesse o poder de optar livremente. Somos responsáveis perante Deus por todas as ações que praticamos livremente. Não são possíveis aqui os anonimatos; o homem encontra-se diante do seu Senhor, e depende da sua vontade resolver-se a viver como amigo ou como inimigo. Assim começa o caminho da luta interior, que é tarefa para toda a vida, porque, enquanto durar a nossa passagem pela terra, ninguém terá alcançado a plenitude da sua liberdade.
A nossa fé cristã, além disso, leva-nos a assegurar a todos um clima de liberdade, começando por afastar qualquer tipo de enganosas coações na apresentação da fé». Amigos de Deus, 36

3. Liberdade humana e salvação

A Sagrada Escritura considera a liberdade humana segundo a perspectiva da história da salvação. Por causa da primeira queda, a liberdade que o homem tinha recebido de Deus ficou submetida à escravidão do pecado, embora não se tenha corrompido por completo.

Pela sua Cruz gloriosa, Cristo obteve a salvação para todos os homens. Resgatou-os do pecado que os tinha submetidos à escravidão. Por isso, podemos gozar da “liberdade dos filhos de Deus” (Rm 8, 21)

A graça de Cristo, isto é, a sua própria vida em nós, ajuda-nos a viver plenamente livres, segundo o sentido da verdade e do bem que Deus pôs no coração do homem.

«Deus eterno e misericordioso, afastai de nós toda a adversidade, para que, sem obstáculos do corpo ou do espírito, possamos livremente cumprir a vossa vontade» (XXXII do Tempo Comum, Coleta: Missal Romano)

Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1739-1742

Meditar com São Josemaria

«Repito e repetirei sem cessar que o Senhor nos concedeu gratuitamente um grande dom sobrenatural, que é a graça divina; e outra maravilhosa dádiva humana, a liberdade pessoal, que - para não se corromper, convertendo-se em libertinagem - exige de nós integridade, empenho eficaz em desenvolver a conduta dentro da lei divina, pois onde se encontra o Espírito de Deus, lá se encontra a liberdade.
O Reino de Cristo é reino de liberdade: não existem nele outros servos além dos que livremente se deixam aprisionar, por amor a Deus. Bendita escravidão de amor, que nos torna livres! Sem liberdade, não podemos corresponder à graça; sem liberdade, não nos podemos entregar livremente ao Senhor, pelo motivo mais sobrenatural de todos: porque nos apetece». É Cristo que passa, 184

«Ante a pressão e o impacto de um mundo materializado, hedonista, sem fé..., como é possível exigir e justificar a liberdade de não pensar como “eles”, de não agir como “eles?... - Um filho de Deus não tem necessidade de pedir essa liberdade, porque Cristo já no-la ganhou de uma vez para sempre; mas deve defendê-la e demonstrá-la em qualquer ambiente. Só assim é que “eles” entenderão que a nossa liberdade não está aferrolhada pelo ambiente». Sulco, 423

«Ato de identificação com a Vontade de Deus:
- Tu o queres, Senhor?... Eu também o quero!» (Caminho, 762)

«Temos de repelir o equívoco dos que se conformam com uma triste gritaria: Liberdade! liberdade! Muitas vezes, nesse mesmo clamor se esconde uma trágica servidão, porque a opção que prefere o erro não liberta; só Cristo é que liberta, porque só Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida». Amigos de Deus, 26

«Quem não escolhe - com plena liberdade! - uma norma reta de conduta, cedo ou tarde se verá manipulado pelos outros, viverá na indolência - como um parasita -, sujeito ao que os outros determinem. Prestar-se-á a ser agitado por qualquer vento, e outros resolverão sempre por ele. São nuvens sem água, que os ventos levam de uma parte para outraárvores outonais, sem fruto, duas vezes mortas, sem raízes, ainda que se escondam por trás de um contínuo palavrório, de paliativos com que tentam esfumar a ausência de caráter, de valentia e de honradez.
Mas ninguém me coage!, repetem obstinadamente. Ninguém? Todos coagem essa liberdade ilusória que não se arrisca a aceitar responsavelmente as consequências das atuações livres e pessoais. Onde não há amor de Deus, produz-se um vazio de exercício individual e responsável da liberdade: apesar das aparências, tudo aí é coação. O indeciso, o irresoluto, é como uma matéria plástica à mercê das circunstâncias; qualquer um o molda a seu bel-prazer e, antes de mais nada, as paixões e as piores tendências da natureza ferida pelo pecado». Amigos de Deus, 29

«Para perseverar no seguimento dos passos de Jesus, é precisa uma liberdade contínua, um querer contínuo, um exercício contínuo da própria liberdade». Forja, 819

Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/o-que-e-a-liberdade-a-pessoa-e-realmente-livre/

Das Conferências de Santo Tomás de Aquino, presbítero

Como será a glória do Céu? (Arautos do Evangelho)

Das Conferências de Santo Tomás de Aquino, presbítero

(Col. super Credo in Deum: Opuscula theologica 2, Taurini 1954, pp. 216-217)             (Séc. XIII)

Serei saciado quando aparecer a vossa glória

Com muita propriedade se põe a consumação de todos os nossos desejos, a vida eterna, no final do Símbolo dado aos fiéis, dizendo: “Na vida eterna. Amém”. 

Em primeiro lugar, a vida eterna une-nos a Deus. Pois Deus mesmo é o prêmio e a consumação de nossos esforços todos: Eu sou teu protetor e tua imensa recompensa (Gn 15,1). Esta união consiste na visão perfeita: Vemos agora como por espelho, em enigma; depois, face a face (1Cor 13,12).

Comporta ainda o máximo louvor, segundo o Profeta: Gozo e alegria nela haverá, ação de graças e voz de louvor (Is 51,3).

E também a perfeita satisfação do desejo, porque lá cada bem-aventurado terá muito além do desejado e esperado. A razão está em que, nesta vida, ninguém pode contentar perfeitamente seu desejo, e criatura alguma sacia o anseio do homem; só Deus o sacia e o excede infinitamente. Por isto, o ser humano não descansa senão em Deus. Santo Agostinho disse: “Tu, Senhor, nos fizeste para ti e inquieto está nosso coração enquanto não repousa em ti”.

Já que, na pátria, os santos possuirão a Deus perfeitamente, é evidente que seu desejo será saciado e ainda a glória o excederá. Assim diz o Senhor: Entra no gozo de teu Senhor (Mt 25,21). Agostinho diz por sua vez: “O gozo inteiro não entrará nos que se alegram, mas os que se alegram entrarão inteiros nesse gozo. Sereis saciados quando aparecer tua glória”; e outra vez: “Quem cumula de bens teu desejo”.

Quanto há de delicioso, tudo ali está com superabundância. Se procuramos delícias, lá haverá o máximo e perfeitíssimo prazer, porque brotando do sumo bem, de Deus: Delícias a tua destra para sempre (Sl 15,11).

Consiste ainda na suave companhia de todos os santos; sociedade agradável a mais não poder, porque cada um terá, em companhia de todos os bem-aventurados, todos os bens. Um amará o outro como a si mesmo, então se alegrará com o bem do outro como se fosse próprio. O que terá por resultado que crescerá a alegria e o gáudio de um, na medida do gáudio de todos.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Beber durante as refeições faz mal? Depende

Faz mal beber líquido durante a refeição? — Foto: azerbaijan_stockers via Freepik

Faz mal beber líquido durante as refeições? Segredo está na quantidade e no tipo de bebida.

Especialistas explicam que é interessante evitar bebidas açucaradas, refrigerantes e bebidas alcoólicas, já que essas opções podem trazer impactos negativos à saúde.

Por Mariana Garcia, g1

22/11/2024

Você já ouviu que beber algum líquido enquanto come pode atrapalhar a digestão? Essa é uma crença comum, mas não é amparada pela ciência. Aliás, segundo estudos, o consumo durante a refeição pode até ser uma boa ideia, já que o líquido pode auxiliar na deglutição, especialmente de alimentos secos ou mais difíceis de mastigar.

Especialistas explicam que o segredo está na quantidade e no tipo de líquido. Pois é, bebidas açucaradas não são indicadas.

"Consumir água durante as refeições, em quantidades moderadas, não oferece riscos à saúde. Não há evidências científicas sólidas que comprovem que a ingestão de água dilua os sucos gástricos ou comprometa o processo digestivo", diz a nutricionista Maiara Soares, doutora em Ciência da Saúde e pesquisadora do Labcas, da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Ao contrário do que se pensa, o líquido não “dilui” os sucos gástricos a ponto de prejudicar a digestão. Débora Poli, gastroenterologista do Hospital Sírio-Libanês, explica que tudo que cai dentro do estômago gera algum estímulo para produzir as substâncias necessárias para a digestão.

A "dose certa" de água durante a refeição gira em torno de 200 a 300 ml.

"Essa ideia de que a água talvez vá diluir as enzimas não é verdade. Vamos produzir as substâncias necessárias a partir de estímulos. A água e outros líquidos podem participar do estímulo. Se a gente tomar um suco, ele tem nutrientes que também vão precisar ser digeridos e o corpo vai produzir substâncias necessárias", diz a gastroenterologista.

Entendendo a digestão

A digestão começa na boca, com a mastigação e a ação das enzimas salivares. Depois passa pelo esôfago e chega no estômago, onde os sucos gástricos entram em cena para desintegrar os alimentos.

Segue então para o intestino delgado, onde encontra bile e enzimas pancreáticas que quebram os nutrientes ainda mais. É lá que acontece a maior parte da absorção dos nutrientes, com a ajuda de estruturas chamadas vilosidades, que aumentam a área de contato com os alimentos.

Por fim, o intestino grosso reabsorve água e eletrólitos e compacta o que sobra em fezes, enquanto a microbiota intestinal dá aquela força na digestão.

Todo líquido vale?

Não. É interessante evitar bebidas açucaradas, refrigerantes e bebidas alcoólicas, já que essas opções podem trazer impactos negativos à saúde, como o aumento do risco de ganho de peso, problemas metabólicos e desconfortos digestivos.

"A recomendação é optar por água, sucos naturais sem açúcar ou chás não adoçados, sempre em pequenas quantidades", pontua Maiara Soares.

Lara Natacci, nutricionista pós-doutora em nutrição e diretora clínica da Dietnet, ressalta que quando consumimos essas calorias líquidas, o corpo não “compensa” reduzindo a quantidade de comida ingerida. Ou seja, você acaba comendo o mesmo e ainda soma as calorias da bebida, o que pode prejudicar sua saúde a longo prazo.

É fundamental evitar o consumo de líquidos açucarados, como refrigerantes e sucos industrializados, durante as refeições — Foto: stockking via freepik

Se sentiu estufado?

Se você ingerir muito líquido durante a refeição, pode ser que sinta algum desconforto, principalmente se for uma bebida gasosa.

"A maioria das bebidas gaseificadas têm outros produtos, como excesso de açúcar, cafeína, substâncias químicas, corante e conservante. Isso tudo gera sintomas, vai dar mais desconforto, contribuir para maior fermentação", aponta a gastroenterologista.

Quem tem alguma sensibilidade gastrointestinal pode sentir desconfortos ao consumir líquidos em excesso ou certos tipos de bebidas durante as refeições. Mas, para a maioria das pessoas, a água em doses moderadas não deve causar gases nem inchaço.

Dicas para quem adora uma bebida durante a refeição

Para quem gosta de beber algo durante as refeições, Maiara Soares diz que o melhor é optar por água, sucos naturais sem açúcar ou chás não adoçados, sempre em pequenas quantidades.

"Essas escolhas são mais saudáveis e complementam uma alimentação balanceada e equilibrada. É importante evitar bebidas açucaradas, refrigerantes e bebidas alcoólicas, pois podem elevar a ingestão calórica, favorecer o ganho de peso e, a longo prazo, impactar negativamente a saúde metabólica. Além disso, beber lentamente durante as refeições é essencial para evitar desconfortos gástricos e facilitar a digestão, promovendo um maior bem-estar à mesa", recomenda a nutricionista.

Fonte: https://g1.globo.com/saude/noticia/2024/11/22/entenda-se-faz-mal-beber-liquido-durante-as-refeicoes-segredo-esta-na-quantidade-e-no-tipo-de-bebida.ghtml

Esperar, apesar da multicrise

Otimismo e pessimismo (Casule)

ESPERAR, APESAR DA MULTICRISE

Dom Leomar Brustolin
Arcebispo de Santa Maria (RS)

Vivemos tempos apocalípticos, que revelam situações escatológicas: pandemia, guerras e emergência climática, fome, injustiça e violência. O colapso da civilização humana é percebido com maior premência. Pode-se dizer que estamos inseridos numa multicrise que ameaça a esperança de muitos.  

Vivemos entre uma crise e outra, uma catástrofe e outra. Esse clima gera medo e sufoca a esperança. Com o medo cresce uma atmosfera depressiva que atiça o ódio. Os ativistas climáticos receiam do futuro, isso lhes rouba a esperança. Suas preocupações são inegavelmente justificadas. Somente a esperança permitirá superar essa pandemia do medo, pois a esperança é o antônimo do medo. 

Nesse contexto preocupante somente a esperança permite recuperar a vida, pois a esperança nos presenteia com o futuro. Como Abraão que esperou contra toda esperança, pode-se dizer que quanto mais profunda é a desesperança mais densa é a esperança. 

A esperança não é nem otimista e nem pessimista. Ao otimista falta a negatividade, ele não conhece dúvidas e desespero, pois é pura positividade. Assim, o otimista crê que tudo terminará bem e vive num tempo fechado onde nada o surpreende e não é capaz de perceber a indisponibilidade daquilo que virá. Por isso, toda esperança precisa contar com a negatividade, como na cruz já se percebe a ressurreição, e como no Tabor já se anuncia a experiência do calvário. Trata-se de uma relação dialética que acolhe em si a dureza da vida, mas espera dias melhores.  

Entre o otimista e o pessimista está o peregrino da esperança em seu movimento de busca. Quem espera avança para o desconhecido indo além do que já existe. O otimista depende de sua exagerada alegria, o pessimista está preso ao seu desespero, o esperançoso acolhe o sofrimento do tempo e com olhos bem abertos caminha para um futuro vindouro que ele não conhece, mas busca dando crédito ao que virá.  

Em nosso tempo quem tem esperança supera os desejos de consumo. Ele somente tem desejos e necessidades que tendem a ser atendidos pelo consumo. Um sonho consumido é um sonho consumado. Perde-se o horizonte do futuro e por isso a vida se torna apática, pois viver supõe ter esperança. 

No intenso desespero o cristão é chamado a proclamar a esperança. Esta não despreza a negatividade do que estamos vivendo, mas igualmente não aceita o desespero profundo. Ela orienta para um sentido que está além dos dados e estatísticas. A esperança desafia até mesmo o caos absoluto e ela oferece as razões para agir e caminhar rumo ao futuro. 

Quem trilha os caminhos da esperança não se baseia em conceitos, mas se confia ao campo de possibilidades que podem surpreender. Quem espera não fica preso ao passado, mas sonha para frente em direção ao futuro, àquilo que virá. A esperança é diferente do otimismo exagerado, e em meio ao desespero ela reergue quem a ela se confia. Quem tem esperança torna-se receptivo ao novo, as novas possibilidades. Por isso, quem espera não se preocupa em adivinhar o futuro ou a fazer prognósticos de um destino fechado. Quem espera conta com o incalculável, com possibilidades contra toda a probabilidade. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF