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terça-feira, 14 de junho de 2022

Papa: as ameaças recíprocas dos poderosos abafam o grito de paz da humanidade

A dor de uma mãe na pobreza | Vatican News

Em sua Mensagem para o 6° Dia Mundial dos Pobres, Francisco volta a condenar a guerra na Ucrânia: "Uma ‘superpotência’, que pretende impor a sua vontade contra o princípio da autodeterminação dos povos”. O apelo: "Diante dos pobres, não serve retórica, mas arregaçar as mangas". A advertência contra o dinheiro: "Não pode tornar-se um absoluto, tal coisa ofusca o olhar".

Salvatore Cernuzio/Jane Nogara - Vatican News

Pobres e "empobrecidos" pela "tempestade" da pandemia, indigentes, refugiados e deslocados pela guerra na Ucrânia, onde "a intervenção direta de uma ‘superpotência’” pretende "impor sua vontade contra o princípio da autodeterminação dos povos". É a todos eles que o Papa Francisco dedica sua Mensagem para o 6º Dia Mundial do Pobre, a ser celebrado em 13 de novembro. Um longo documento no qual o Papa condena desde as primeiras linhas uma das principais causas da pobreza em nosso tempo: a guerra. Um "desastre", escreve, que apareceu no horizonte pouco depois de "uma nesga de céu sereno" ter se aberto após a pandemia. Uma tragédia "destinada a impor ao mundo um cenário diferente".

A ameaça dos poderosos e a voz da humanidade

O conflito que vem ocorrendo há mais de cem dias, afirma o Pontífice, veio "unir-se às guerras regionais que nestes anos tem produzido morte e destruição", mas "o quadro apresenta-se mais complexo".

Vemos repetir-se cenas de trágica memória e, mais uma vez, as ameaças recíprocas de alguns poderosos abafam a voz da humanidade que implora paz.

Atingidos os fracos e indefesos

"Quantos pobres gera a insensatez da guerra", exclama Francisco. " Para onde quer que voltemos o olhar, constata-se como os mais atingidos pela violência sejam as pessoas indefesas e frágeis. Deportação de milhares de pessoas, sobretudo meninos e meninas, para os desenraizar e impor-lhes outra identidade".

Milhões de mulheres, crianças e idosos veem-se constrangidos a desafiar o perigo das bombas para pôr a vida a salvo, procurando abrigo como refugiados em países vizinhos. Entretanto, aqueles que permanecem nas zonas de conflito têm de conviver diariamente com o medo e a carência de comida, água, cuidados médicos e sobretudo com a falta de afeto familiar.

Dificuldade à ajuda

Nestes momentos, “a razão fica obscurecida e quem sofre as consequências é uma multidão de gente simples, que vem juntar-se ao número já elevado de pobres. Como dar uma resposta adequada que leve alívio e paz a tantas pessoas, deixadas à mercê da incerteza e da precariedade?”. Não apenas isso: "Quanto mais se alonga o conflito, mais se agravam suas consequências", observa o Papa. Portanto, a disponibilidade que, nos últimos anos, moveu “populações inteiras” para abrir as portas a fim de acolher milhões de refugiados das guerras no Oriente Médio, na África Central e, agora, na Ucrânia, assim como o altruísmo de tantas famílias que "abriram suas casas para dar lugar a outras famílias", colide com a dureza de uma realidade fora de controle:

“Os povos que acolhem têm cada vez mais dificuldade em dar continuidade à ajuda; as famílias e as comunidades começam a sentir o peso duma situação que vai além da emergência.”

Todavia agora é “o momento de não ceder, mas de renovar a motivação inicial”, encoraja Francisco, “o que começamos precisa de ser levado a cabo com a mesma responsabilidade”. Com efeito, a solidariedade é precisamente isso: “partilhar o pouco que temos com quantos nada têm, para que ninguém sofra. Quanto mais cresce o sentido de comunidade e comunhão como estilo de vida, tanto mais se desenvolve a solidariedade”.

Não retórica, mas agir

Aliás, escreve o Papa, deve-se considerar que há países onde, nas últimas décadas, se verificou um significativo crescimento do bem-estar de muitas famílias, que alcançaram um estado de vida seguro. “Como membros da sociedade civil, mantenhamos vivo o apelo aos valores da liberdade, responsabilidade, fraternidade e solidariedade; e, como cristãos, encontremos sempre na caridade, na fé e na esperança o fundamento do nosso ser e da nossa atividade”. “Agir”, é de fato, para o Pontífice, a palavra-chave:

“No caso dos pobres, não servem retóricas, mas arregaçar as mangas e pôr em prática a fé através de um envolvimento direto, que não pode ser delegado a ninguém.”

Mau uso do dinheiro

Às vezes, porém, pode sobrevir “uma forma de relaxamento que leva a assumir comportamentos incoerentes, como no caso da indiferença em relação aos pobres”. Acontece “que alguns cristãos, devido a um apego excessivo ao dinheiro, fiquem empantanados num mau uso dos bens e do património. São situações que manifestam uma fé frágil e uma esperança fraca e míope”, anota o Papa.

Sabemos que o problema não está no dinheiro em si, pois faz parte da vida diária das pessoas e das relações sociais, mas sim, sobre o valor que o dinheiro tem para nós:

Um tal apego impede de ver, com realismo, a vida de todos os dias e ofusca o olhar, impedindo de reconhecer as necessidades dos outros. Nada de mais nocivo poderia acontecer a um cristão e a uma comunidade do que ser ofuscados pelo ídolo da riqueza, que acaba por acorrentar a uma visão efémera e falhada da vida.

Não é o ativismo que salva

Portanto, acrescenta Francisco, não se trata de ter "um comportamento assistencialista" em relação aos pobres. 

“Não é o ativismo que salva, mas a atenção sincera e generosa que me permite aproximar de um pobre como de um irmão que me estende a mão para que acorde do torpor em que caí.”

Novas políticas sociais

O Papa renova seu convite "urgente" para encontrar "estradas que possam ir além da configuração daquelas políticas sociais “concebidas como uma política para os pobres, mas nunca com os pobres, nunca dos pobres, e muito menos inserida em um projeto que reúna os povos".

Estamos diante dum paradoxo, que, hoje como no passado, é difícil de aceitar, porque embate na lógica humana: há uma pobreza que nos torna ricos... A experiência de fragilidade e limitação, que vivemos nestes últimos anos e, agora, a tragédia de uma guerra com repercussões globais, devem ensinar-nos decididamente uma coisa: não estamos no mundo para sobreviver, mas para que, a todos, seja consentida uma vida digna e feliz.

A pobreza que mata

Jesus mostra-nos o caminho que há “uma pobreza que humilha e mata, e há outra pobreza – a d’Ele – que liberta e nos dá serenidade”. A pobreza que mata é “a miséria, filha da injustiça, da exploração, da violência e da iníqua distribuição dos recursos. É a pobreza desesperada, sem futuro, porque é imposta pela cultura do descarte que não oferece perspectivas nem vias de saída”.

Quando a única lei passa a ser o cálculo do lucro no fim do dia, então deixa de haver qualquer freio na adoção da lógica da exploração das pessoas: os outros não passam de meios. Deixa de haver salário justo, horário justo de trabalho e criam-se novas formas de escravidão, suportada por pessoas que, sem alternativa, devem aceitar este veneno de injustiça a fim de ganhar o mínimo para comer.

A pobreza que liberta

 Ao contrário, pobreza libertadora é “aquela que se nos apresenta como uma opção responsável para alijar da estiva quanto há de supérfluo e apostar no essencial”. “Encontrar os pobres – afirma o Pontífice - permite acabar com tantas ansiedades e medos inconsistentes, para atracar àquilo que verdadeiramente importa na vida e que ninguém nos pode roubar: o amor verdadeiro e gratuito”. Na realidade, os pobres, “antes de ser objeto da nossa esmola, são sujeitos que ajudam a libertar-nos das armadilhas da inquietação e da superficialidade”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Bem-aventurada Nhá-Chica

Bem-aventurada Nhá-Chica | arquisp
14 de junho

Bem-aventurada Nhá-Chica

Francisca de Paula de Jesus, a Nhá Chica, é a primeira bem-aventurada negra do Brasil. Leiga, ela não pertencia a nenhuma ordem religiosa. Analfabeta, não lia a Bíblia, mas aplicava no dia a dia o amor ao próximo e a caridade, o que a fez ser conhecida como "Mãe dos Pobres".

Nhá Chica nasceu em São João Del Rei (MG) mas viveu a maior parte da sua vida em Baependi (MG), onde morreu no dia 14 de junho de 1895. Desde então, os relatos de cura por intercessão de Nhá Chica são vários.

O milagre
O processo de beatificação começou em 1993, mas foi em 1995 que o processo ganhou um capítulo decisivo. Em julho daquele ano, a professora Ana Lúcia Leite descobriu que tinha um problema congênito no coração. Na véspera de fazer uma cirurgia, ela sentiu uma forte febre e exames posteriores revelaram que o problema havia desaparecido. Ana Lúcia havia rezado a Nhá Chica e considera que foi curada por intermédio dela.

Venerável
Em 1998, o provável milagre foi enviado ao Vaticano. Em janeiro de 2011, o Papa Bento XVI aprovou as virtudes heróicas da religiosa e designou o título de Venerável a Nhá Chica. Em outubro do mesmo ano, a comissão médica da Congregação das Causas dos Santos do Vaticano aprovou o milagre atribuído a Nhá Chica, concordando que a cura não tem explicação científica. A comissão de cardeais do Vaticano atestou o milagre em junho de 2012 e no mesmo mês, o Papa Bento XVI assinou o decreto de beatificação de Nhá Chica.

Beatificação
Em 30 de abril de 2004, os bispos brasileiros reunidos na 42ª Assembleia Geral de Bispos do Brasil (CNBB) assinaram um documento pedindo pela beatificação de Nhá Chica. O documento que reuniu 204 assinaturas de Bispos de 25 estados brasileiros foi encaminhado pela Diocese de Campanha ao então Papa João Paulo II.

No dia 8 de junho de 2010, no Vaticano, deram parecer favorável às Virtudes da Serva de Deus Nhá Chica, e no dia 14 de janeiro de 2011, Papa Bento XVI aprovou as suas Virtudes Heróicas: castidade, obediência, fé, pobreza, esperança, caridade, fortaleza, prudência, temperança, justiça e humildade.

Em 14 de outubro de 2011 o Milagre foi reconhecido. A comissão médica da Congregação das Causas dos Santos analisou o milagre ocorrido por intercessão da Venerável Nhá Chica em favor da senhora Ana Lúcia. Todos os 07 médicos deram voto favorável: a cura não tem explicação científica.

O Estudo do Milagre pela comissão de Cardeais da Santa Sé aconteceu em 05 de junho de 2012. O Papa Bento XVI promulgou o Decreto da Beatificação de Nhá Chica, sendo que a cerimônia oficial aconteceu no dia 04 de maio de 2013, em Baependi.

Na ocasião, disse o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo:

"A celebração dessa festa enriquece e perpetua o tesouro de nossa fé católica, convidando cada um a inspirar-se neste exercício de fé. É o mesmo percurso seguido pelos que ganharam a condição de patriarcas, profetas, mártires, santos, amigos de Deus, cidadãos e cidadãs com as marcas da eternidade, comprometidos com a vida e com a justiça. Esse exercício é o que, pela fé, possibilita uma importante certeza: as coisas visíveis provêm daquilo que não se vê.

Nhá Chica ofereceu seus sacrifícios sem lamúrias e os converteu em oferendas agradáveis que se transformam em frutos de bem. Sua simplicidade é transformada em sabedoria porque, como registra o referido capítulo da Carta aos Hebreus, permite a compreensão de que sem a fé é impossível agradar a Deus. Quem Dele se aproxima deve crer que Ele existe e recompensa os que o procuram.

Na estatura simples de Nhá Chica, sua experiência de fé tracejou como em Noé “o levar a sério” a promessa divina, a obediência amorosa que impulsionou Abraão fazendo-o partir confiante para uma terra que deveria receber como herança. Nela, pobre sem letras e sem poder, como em Sara, a estéril, é manifestada a força do amor de Deus por uma admirável capacidade de fazer o bem em vida e depois da morte.

Pela fé, Jacó se prostrou em adoração e Nhá Chica viveu adorando, especialmente às sextas-feiras, tocada pelos sofrimentos redentores de seu Senhor.
Pela fé, José relembrou, já no fim da vida, do êxodo dos filhos de Israel e Nhá Chica continua lembrando-se de todos nós.
Também pelo caminho da fé, Moisés preferiu ser maltratado com o povo de Deus e Nhá Chica escolheu ser conselheira e protetora daqueles que são desafiados pelos sofrimentos. Sua beatificação ensina a todos nós que a fé é o tesouro maior"

Ó Nhá Chica,
intercede por nós.
Ao teu Senhor fieis queremos ser
para contigo sempre repetir:
"Isto acontece porque rezo com fé"
(Hino a Nhá Chica)

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Julho terá 5 sextas, 5 sábados e 5 domingos: o que significa?

Shutterstock
Por Francisco Vêneto

Textos compartilhados em redes sociais atribuem supostos significados mágicos para o mês que vem.

As 5 sextas, os 5 sábados e os 5 domingos de julho já estão fazendo proliferar pelas redes sociais mensagens apócrifas semelhantes a esta:

“Esse ano, julho terá 5 sextas, 5 sábados e 5 domingos. Isto só acontece a cada 823 anos e significa boas mudanças”.

Repare agora em outra mensagem, também fartamente esparramada pelas redes sociais em janeiro deste ano, mas a propósito de fevereiro:

“Esse ano, fevereiro, o mês exato, terá 4 domingos, 4 segundas, 4 terças, 4 quartas, 4 quintas, 4 sextas e 4 sábados. Os 28 dias do ciclo lunar completo e com igualdade entre os dias da semana. Isso só acontece a cada 823 anos. E significa boas mudanças”.

Coitados dos números…

É frequente que muitas pessoas se impressionem com qualquer afirmação que envolva números, porque os números passam a impressão de que existe algo de “exato” ou “científico” naquilo que se está dizendo. E quando o conceito de “ciência” é tão facilmente jogado para cá ou para lá ao sabor das narrativas ideológicas, conforme se vê em nossos tempos, é ainda mais fácil que mais pessoas suponham acriticamente que estão diante de algo que mereça ser levado a sério porque há números sendo apresentados.

Números, pesquisas e mentiras

Entretanto, vale recordar a máxima: “É possível demonstrar qualquer coisa com números – de vez em quando, até a verdade”.

E, de fato, é muito comum usar números para “enfeitar” afirmações falsas, descontextualizando fatos ou forçando interpretações tendenciosas – como ocorreu inúmeras vezes com alardeadas “pesquisas” e “previsões estatísticas” que se revelaram extraordinariamente distantes da realidade. O caro leitor recorde as de sua preferência.

823 anos?

A respeito do mito da repetição de certas ocorrências a cada 823 anos, é outro boato cansativamente repetido na internet. Ele costuma voltar a circular quando qualquer mês contenha 5 sextas-feiras, 5 sábados e 5 domingos. Esse padrão, porém, acontece em quase todos os anos, como foi o caso de janeiro e outubro em 2021 e será o caso de julho de 2022 ou dezembro de 2023. Evidentemente, não transcorreram 823 anos entre janeiro e outubro do ano passado, nem transcorrerão entre o último outubro e o próximo julho.

4 x 7 = 28

No caso dos dias da semana que se repetiram exatas 4 vezes cada um ao longo do último fevereiro, isto é um fato incontestável – mas não significa nada além de pura matemática. Afinal, fevereiro sempre tem 28 dias em qualquer ano que não seja bissexto, e, dividindo 28 pelos 7 dias da semana, obviamente obteremos 4 ocorrências para cada dia. Qual é a mágica disto? Nenhuma.

Ciclo lunar completo?

Quanto à afirmação de que um “ciclo lunar completo” tenha 28 dias, como se disse nas mensagens sobre a “mágica” de fevereiro, também não há fundamentação nenhuma que a sustente. Em declarações ao portal G1, o professor Roberto Dell’Aglio, do Departamento de Astronomia da Universidade de São Paulo, explica que o ciclo das fases da lua dura 29,53 dias, e não 28 dias. Ele ainda questiona:

“Quando começa um ciclo das fases? A mudança da iluminação da Lua é contínua, não existe uma bandeirinha na órbita da Lua em torno da Terra dizendo: ‘O ciclo começa aqui’”.

Portanto, ainda que o ciclo das fases da lua durasse exatos 28 dias, o que já é falso logo de partida, não haveria relação alguma entre isso e os 28 dias de fevereiro distribuídos em número igual de ocorrências.

“Boas mudanças”

Por fim, na maioria dessas mensagens, tem-se a “previsão” de que esses números todos, sejam de fevereiro, de julho ou de qualquer outro mês aleatório, significam “boas mudanças” ou, pelo contrário, “maus presságios“. Nos casos recentes, as mensagens resolveram ser generosamente otimistas, tanto em fevereiro quanto com as 5 sextas, 5 sábados e 5 domingos de julho…

Pois que venham mesmo as boas mudanças! Mas elas definitivamente não dependem da quantidade de sextas-feiras nem de quaisquer crendices em torno a números cujo suposto “significado mágico” não resiste a uma simples olhada no calendário.

Dito isso, um ótimo julho, ótimo agosto, ótimos todos os meses e ótimo resto de junho para todos nós!

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Oito conselhos dos santos para amar a Eucaristia

Imagem ilustrativa / Flickr - Saint Joseph (CC-BY-NC-ND-2.0)

REDAÇÃO CENTRAL, 14 jun. 22 / 06:00 am (ACI).- A Igreja sempre destacou a presença real do Senhor no Santíssimo Sacramento e por vários séculos incentivou o amor a este grande milagre de Deus.

A seguir, oito conselhos dos santos sobre a Eucaristia:

1. Santo Tomás de Aquino

“A Eucaristia produz uma transformação progressiva no cristão. É o Sol das famílias e das Comunidades”.

2. Santo Agostinho

“Senhor, você alegra minha mente de alegria espiritual. Como é glorioso teu cálice que ultrapassa todos os prazeres provados anteriormente”.

3. São Francisco de Assis

“Quando não posso participar da Santa Missa, adoro o Corpo de Cristo com os olhos do espírito através da oração, o qual adoro quando vejo na Missa”.

4. Santo Afonso Maria de Ligório

“Ficai certos de que todos os instantes da vossa vida, o tempo que passardes diante do divino sacramento será o que vos dará mais força durante a vida, mais consolo na hora da morte e durante a eternidade. E seremos mais recompensados por 15 minutos de adoração na presença de Jesus Sacramentado do que em todos outros exercícios espirituais realizados durante nosso dia”.

5. São Francisco de Sales

“A oração, unida a esse sacrifício divino da Missa, tem uma força inexplicável; de modo que através deste sacrifício a alma fica cheia de favores celestiais como apoiada sobre seu Amado”.

6. Santa Maria Goretti

“A Santa Eucaristia é a perfeita expressão do amor de Jesus Cristo pelo homem, é a essência de todos os mistérios da sua vida”.

7. São Luis Maria Grignion de Montfort

“Antes da Comunhão... suplica a esta bondosa Mãe para que empreste seu coração para receber nele o seu Filho com suas mesmas disposições”.

8. Santa Teresa D’Ávila

“Depois de receberem o Senhor, sua pessoa real está diante de nós, procurem fechar os olhos do corpo e abrir os da alma e olhá-lo com o coração”. 

Fonte: https://www.acidigital.com/

A história da Ir. Alicia Torres num bairro pobre de Chicago

Alicia Torres, Franciscana da Eucaristia | Vatican News

A Irmã Alicia Torres explica a sua vocação como sendo "intimamente ligada ao Batismo e à Eucaristia" para dar apoio às pessoas que encontra e que vivem "nas situações mais adversas". O compromisso da religiosa é na escola para fazer as crianças conhecerem Jesus e também na formação de sacerdotes aptos a pregar a Eucaristia.

Bernadette Reis

Tudo começou quando Alicia Torres se matriculou na Loyola University.  Teologia e Bioética estavam no seu menu académico. Mas durante este período, Alicia também começou a passar uma parte do seu tempo a praticar a adoração eucarística.  Um tempo que se revelou precioso e que a levou a criar «uma verdadeira relação com Ele».   Não só a Eucaristia se tornou «mais verdadeira» aos seus olhos, mas sobretudo a sua fé, que até então tinha sido muito intelectual, transformou-se «numa fé do coração: este é Jesus!». Foi apenas o início: quanto mais a sua vida – e a sua participação na Missa – se tornava «real», tanto mais Alicia sentia aumentar dentro de si um progressivo e irrenunciável «convite a pertencer totalmente ao Senhor, tornando-se religiosa».

Os planos do Senhor são perfeitos

Assim uniu-se a uma nova fundação, as Franciscanas da Eucaristia de Chicago. Até hoje, Alicia ainda se pergunta de que modo o Senhor a quis conduzir a esta forma especial de vida religiosa entre Jesus sacramentado e a realidade ardente da pobreza, porque antes disso ela nunca tinha tido qualquer contacto com a realidade do serviço aos pobres. Pensou que esta nova missão fosse um desenvolvimento do seu compromisso com os movimentos pró-vida, nos quais estava envolvida desde os tempos de liceu.  Contudo, olhando hoje para trás, para os seus 13 anos de compromisso e vida nesta congregação religiosa, não pode deixar de observar com espanto que «os planos do Senhor para a minha vida são perfeitos!».

A forte ligação entre São Francisco e a Eucaristia

 A irmã Alicia, olhando para a sua vocação, explica-nos a ligação entre o carisma de São Francisco de Assis e a Eucaristia: «Muitos não conhecem a profunda graça eucarística que caraterizou a personalidade espiritual de São Francisco. Após o Quarto Concílio de Latrão, escreveu uma carta a todos os sacerdotes do mundo salientando a prática de respeito e reverência pela Eucaristia, que tinha sido recomendada pelos padres Conciliares».    Para a Irmã Alicia e as suas irmãs de hábito, a missão a favor dos pobres através do ensino e da evangelização é sustentada por uma «relação especial com Jesus Cristo na Eucaristia».  «Existe uma relação incrível e poderosa entre o Senhor e a sua presença na Eucaristia, e entre a Eucaristia e o seu povo, especialmente os mais pequeninos, os pobres e quantos sofrem».

A experiência com as crianças

A irmã Alicia vive e trabalha agora como professora de religião num subúrbio pobre de Chicago.  «A Eucaristia está no coração da minha sala de aulas, é o coração da experiência religiosa das minhas crianças». Uma experiência que testemunha como convidar as crianças para um encontro com o Senhor as leva necessariamente a acreditar e a apreciar a presença de Jesus no sacramento.  «Pedi a uma das minhas crianças, que tem alguma dificuldade de expressão, que me fizesse um desenho de Jesus dois meses após a lição sobre a Eucaristia. Ela desenhou um círculo com uma cruz no centro. Perguntei-lhe o que tinha desenhado e ela respondeu-me com naturalidade e satisfação “Deus!”».

O grupo de sacerdotes pregadores da Eucaristia (Foto concedida por USCCB)

Formar os sacerdotes a serem pregadores da Eucaristia

A missão eucarística da irmã Alicia desenvolve-se agora em escala nacional através de uma iniciativa dos Bispos dos EUA concernindo sacerdotes que pregam a Eucaristia, em preparação para o National Eucharistic Revival  que terá início a 19 de junho,  Festa de Corpus Christi, e terminará com o Congresso Eucarístico Nacional no ano seguinte.  A religiosa começou a trabalhar no comité executivo deste projeto desde o verão passado «juntamente com muitos outros maravilhosos líderes leigos católicos», sendo-lhe atribuído o papel específico de formar sacerdotes chamados a tornarem-se “pregadores eucarísticos nacionais”.   «Foi incrível – disse a irmã Alicia – ver como os presbíteros aderiram entusiasticamente a esta nova missão; e como ela contribuiu para renovar a sua vocação sacerdotal, que goza da especificidade de levar o povo à Eucaristia, e a Eucaristia ao povo. Mas também foi muito útil para mim como edificação do meu ser uma religiosa, fazendo-me compreender melhor o meu papel específico na Igreja, através de algo tão essencial como a Eucaristia». 

Junto a quem sofre com a força de Jesus

A irmã Alicia descreve a sua vocação como intimamente ligada ao Batismo e à Eucaristia, e à relação inseparável entre os dois sacramentos.  «Não posso imaginar uma vida que não seja acompanhar homens e mulheres nas circunstâncias mais difíceis da sua existência, suscitando-lhes um suspiro de esperança também nas situações mais adversas. Até neste lugar onde agora vivo, onde os tiroteios estão na ordem do dia. Mas nunca tenho medo, porque sei que fui chamada aqui pelo Senhor e que Jesus está intimamente unido a mim, e é a minha força».

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

segunda-feira, 13 de junho de 2022

Santo Antônio de Pádua

S. Antônio de Pádua | arquisp
13 de junho

Santo Antônio de Pádua

anto Antônio de Pádua é tão conhecido por seu nome de ordenação que chamá-lo pelo nome que recebeu no batismo parece estranho: Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo. Além disso, ele era português: nasceu em 1195, em Lisboa. De família muito rica e da nobreza, ingressou muito jovem na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Fez seus estudos filosóficos e teológicos em Coimbra e foi lá também que se ordenou sacerdote. Nesse tempo, ainda estava vivo Francisco de Assis, e os primeiros frades dirigidos por ele chegavam a Portugal, instalando ali um mosteiro.

Os franciscanos eram conhecidos por percorrer caminhos e estradas, de povoado em povoado, de cidade em cidade, vestidos com seus hábitos simples e vivendo em total pobreza. Esse trabalho já produzia mártires. No Marrocos, por exemplo, vários deles perderam a vida por causa da fé e seus corpos foram levados para Portugal, fato que impressionou muito o jovem Fernando. Empolgado com o estilo de vida e de trabalho dos franciscanos, que, diversamente dos outros frades, não viviam como eremitas, mas saiam pelo mundo pregando e evangelizando, resolveu também ir pregar no Marrocos. Entrou para a Ordem, vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de Antônio.

Entretanto seu destino não parecia ser o Marrocos. Mal chegou ao país, contraiu uma doença que o obrigou a voltar para Portugal. Aconteceu, porém, que o navio em que viajava foi envolvido por um tremendo vendaval, que empurrou a nave em direção à Itália. Antônio desembarcou na ilha da Sicília e de lá rumou para Assis, a fim de encontrar-se com seu inspirador e fundador da Ordem, Francisco. Com pouco tempo de convivência, transmitiu tanta segurança a ele que foi designado para lecionar teologia aos frades de Bolonha.

Com apenas vinte e seis anos de idade, foi eleito provincial dos franciscanos do norte da Itália. Antônio aceitou o cargo, mas não ficou nele por muito tempo. Seu desejo era pregar, e rumou pelos caminhos da Itália setentrional, praticando a caridade, catequizando o povo simples, dando assistência espiritual aos enfermos e excluídos e até mesmo organizando socialmente essas comunidades. Pregava contra as novas formas de corrupção nascidas do luxo e da avareza dos ricos e poderosos das cidades, onde se disseminaram filosofias heréticas. Ele viajou por muitas regiões da Itália e, por três anos, andou pelo Sul da França, principal foco dessas heresias.

Continuou vivendo para a pregação da palavra de Cristo até morrer, em 13 de junho de 1231, nas cercanias de Pádua, na Itália, com apenas trinta e seis anos de idade. Ali, foi sepultado numa magnífica basílica romana. Sua popularidade era tamanha que imediatamente seu sepulcro tornou-se meta de peregrinações que duram até nossos dias. São milhares os relatos de milagres e graças alcançadas rogando seu nome. Ele foi canonizado no ano seguinte ao de sua morte pelo papa Gregório IX.

Na Itália e no Brasil, por exemplo, ele é venerado por ajudar a arranjar casamentos e encontrar coisas perdidas. Há também uma forma de caridade denominada "Pão de Santo Antonio", que copia as atitudes do santo em favor dos pobres e famintos. No Brasil, ele é comemorado numa das festas mais alegres e populares, estando entre as três maiores das chamadas festas juninas. No ano de 1946, foi proclamado doutor da Igreja pelo papa Pio XII.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

O que é o Ofício de Nossa Senhora?

Imaculada Conceição | Cléofas
Por Prof. Felipe Aquino

O Ofício foi escrito na Itália no século XV pelo franciscano Bernardino de Bustis, e aprovado pelo papa Inocêncio XI em 1678. No Brasil foi muito propagado, sobretudo no Nordeste, por Frei Damião. Uma antiga tradição ensina que Nossa Senhora se ajoelha no céu quando alguém na terra reza este Ofício. Muitos santos rezavam este ofício todos os dias.

O Ofício pode ser realizado a cada três horas, ou pode também ser rezado de uma vez só; e pode ser cantado. É fonte de muitas graças, especialmente contra as tentações do demônio. Consta de sete partes: Matinas e Laudes (manhã e madrugada); Prima (6 horas da manhã); Terça (9 horas da manhã); Sexta (meio-dia); Noa (3 horas da tarde); Vésperas (6 horas da tarde); Completas (9 horas da noite).

Muitas pessoas, graças a Deus, também rezam diariamente este sagrado Ofício de Nossa Senhora, mas nem todos sabem o significado de cada inovação bíblica pela qual Nossa Senhora é louvada. Neste pequeno livro queremos explicar o sentido de cada uma dessas inovações. Sem dúvida este conhecimento aumentará ainda mais a devoção à Virgem Imaculada por meio desta oração.

Prof. Felipe Aquino

Fonte: https://cleofas.com.br/

Inácio Maloyan

Inácio de Maloyan | arquisp
13 de junho

Beato Inácio Maloyan

Choukrallah Maloyan nasceu em Mardin, atualmente, Turquia, no dia 19 de abril de 1869, filho de pais cristãos piedosos. Desde criança, dedicava-se a oração, a caridade e a penitência. Recebeu boa formação acadêmica e religiosa, sendo fluente nas línguas árabe e turca. Descobrindo a sua inegável vocação para o sacerdócio, em 1883 o arcebispo da comunidade armênio-católica enviou-o para estudar a religião no Líbano.

Estudos que foram interrompidos por cinco anos, quando voltou para cuidar da saúde na sua cidade natal. No ano de 1901, já curado, retomou os estudos de filosofia e teologia no Líbano. Tornou-se membro do Instituto do Clero Patriarcal de Bzommar e, em 1896, recebeu a ordenação sacerdotal, tomando o nome de Inácio, a exemplo do seu santo de devoção.

Logo foi nomeado pregador dos sacerdotes e seminaristas do Convento de Bzommar e depois enviado para o apostolado no Egito. Em seguida, em Istambul, Turquia, foi eleito secretário-geral do patriarca, e agraciado com o título de arcipreste. Depois de alguns anos no Egito, regressou a Mardin, onde continuou o seu abnegado trabalho e, por isso, foi nomeado administrador dos assuntos temporais e espirituais dessa eparquia, uma vez que o bispo tinha renunciado ao posto.

Em 1911, viajou para Roma como secretário-geral do sínodo dos bispos armênio-católicos. No mesmo ano, foi nomeado bispo de Mardin, uma das eparquias armênio-católicas mais importantes.

Nessa Sede desempenhou um ministério exemplar, melhorando o nível educativo, cultural e religioso das escolas da comunidade armênia, e difundiu um espírito de grande piedade. Propagou em todas as paróquias de sua diocese o amor e a devoção ao Santíssimo Sacramento, ao Sagrado Coração e à Santíssima Virgem Maria.

O seu patriotismo não passou despercebido ao sultão do Império Otomano, que o condecorou com a Legião de Honra. Durante a guerra, os soldados turcos invadiram as igrejas, semearam o terror, aprisionaram e torturam pessoas inocentes, provocando o vigoroso protesto do bispo Maloyan, que exortava os seus sacerdotes a rezar pedindo a proteção de Deus.

Preso de maneira arbitrária quando o governo decidiu acabar com os cristãos na Turquia, foi induzido a professar a fé do islã, mas respondeu energicamente: "Nunca renegarei Cristo, nem os ensinamentos da Igreja Católica, à sombra da qual cresci e da qual, sem ser digno, fui um dos seus ardorosos discípulos", provocando a fúria dos presentes.

Torturado cruelmente na prisão, foi morto no dia 13 de junho de 1915. Porém, antes de partir para a casa do Pai, tomou algumas migalhas de pão, consagrou-as e deu-as aos seus companheiros como corpo de Cristo. O papa João Paulo II beatificou Inácio Maloyan em 2001, e indicou o dia de sua morte para a sua veneração litúrgica.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Fonte: https://arquisp.org.br/

Alguns conselhos para solteiros (que não querem ficar solteiros)

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Por Mathilde de Robien

Muitas vezes, basta uma ideia ou um pequeno truque: aqui estão algumas dicas práticas, psicológicas e espirituais para colocar as suas cartas na mesa e preparar-se para o "grande encontro".

“Sou responsável pelo que não fui”, disse Bernanos no seu leito de morte. Uma frase dura e exigente, que confronta a pessoa com a sua responsabilidade perante sua própria vida.

Uma ideia que pode chocar muitos solteiros e solteiras, que sofrem por não ter encontrado o amor, uma vez que por vezes o desejaram ardentemente. Como se alguém tivesse qualquer poder sobre a vida amorosa!

Se o juízo de Bernanos permanece duro de vários pontos de vista, também abre um caminho: se não se é inteiramente responsável por se ser solteiro, é, no entanto, responsável por abrir-se aos outros, por procurar amizade, partilha, amor. Um grande desafio, para o qual a Aleteia gostaria de oferecer algumas ideias.

1. Estar em paz consigo mesmo

É difícil pensar num “nós” se o “eu” não estiver em paz. Imaginar um caso de amor duradouro pressupõe, a priori, que se esteja em paz e em verdade consigo mesmo. Como diz o Padre Nicolas Rousselot, jesuíta e capelão da École Polytechnique: “não se pode encontrar alguém”, sublinha, “se não se está em paz com a própria pessoa, a própria história, o próprio passado”. Isto pressupõe que se faça ou tenha feito algum trabalho sobre si próprio: que se fale, perdoe e/ou peça perdão.

Estar em paz consigo próprio também significa saber habitar a solidão. A solidão, assumida, permite que um se abra ao verdadeiro amor, aquele em que o outro não é nem um objeto nem uma muleta. Uma relação amorosa é distorcida se for baseada na fuga da solidão. O Padre Denis Sonet advertiu contra a necessidade de estar com alguém por medo de estar sozinho. Um casal adulto, disse ele, reúne dois seres que poderiam muito bem viver sozinhos, mas que estariam pobres por não partilhar a sua riqueza. “Se eu fujo da minha solidão”, resumiu o Padre Nicolas Rousselot, “é porque não posso habitar a minha pessoa, a minha história”. E até o fazer, o encontro não vai acontecer”.

2. Oferecer meios para o encontro

Não se encontra ninguém apenas sentado numa poltrona. Àqueles que afirmam deixá-lo à ‘Providência’ para lhes encontrar um marido ou mulher, o Padre Pascal Die, médico e doutor em filosofia e teologia, responde:

Cuidado com as desculpas espiritualistas, tais como ‘Deus encontrará um marido/mulher para mim’. Se estivesse desempregado, o que faria? Procuraria ativamente por um emprego. O abandono à Providência não é um abandono das responsabilidades de cada um.

E depois cita a Didache, um texto cristão do primeiro século:

O que se pode, faz-se. O que não se pode, confia-se à misericórdia de Deus.

Agora, criar oportunidades de namoro está definitivamente ao alcance de toda pessoa. É preciso aceitar convites, participar de passeios e eventos entre solteiros, estar aberto a amigos de amigos para conhecer novas pessoas.

O mesmo vale para fazer uma visita guiada a grupos da igreja, mesmo que a ideia nunca lhe tivesse passado pela cabeça, ou ir ao casamento daquele amigo, mesmo que não a tenha visto durante anos e anos.

Talvez seja o momento de se inscrever em algum grupo para praticar algum esporte, de se tornar voluntário em alguma associação, ou de ir a reuniões de solteiros. A noção de um grupo é importante.

Para o padre Nicolas Rousselot, não se deve ir diretamente para uma relação exclusiva mas, pelo contrário, conhecer-se dentro de um grupo é uma coisa boa:

No frente a frente modifico a minha forma de ser para me conformar com o que o outro espera de mim. Num grupo controlamo-nos menos, há mais liberdade, tudo é mais natural, e estamos mais próximos da verdade de nós próprios.

Fazer algo em comum é a melhor forma de aumentar a probabilidade de encontrar alguém. Numa caminhada, numa peregrinação, ou durante o trabalho voluntário, faz-se algo juntos, e é “nesses momentos que se vê o rosto mais belo da outra pessoa – a pessoa emerge”, explica o capelão.

3. Correr riscos

Feridos por fracassos amorosos anteriores, alguns têm medo de se comprometer de novo. Medo de voltar a sofrer, de ficar desapontado, de sair da zona de conforto e de ir para o desconhecido. Medos legítimos, mas que minam a liberdade ou, por outro lado, dão uma ideia falsa da mesma.

Uma relação amorosa pressupõe um compromisso, e todo o compromisso é uma assunção de risco. Padre Pierre-Marie Castaignos, da congregação dos Servos de Jesus e Maria na Abadia de Ourscamp, especialista em preparação matrimonial, aponta para a grande tentação da pessoa solteira: manter aberto o leque ‘in(de)finito’ de possibilidades.

Sem compromisso, todas as estradas permanecem abertas. Mas como superar o medo do compromisso? Uma das chaves está na confiança – diz ele: estar convencido de que se está empenhando para alcançar algo importante.

Correr riscos significa também ousar dar o primeiro passo, para revelar os seus sentimentos. O Padre Castaignos convida-nos a deixarmo-nos surpreender pelo desconhecido, pela diferença, para nos libertarmos das expectativas dos pais, que por vezes são tão pesadas que paralisam qualquer impulso. Em todos os campos, a tendência atual é para minimizar os riscos: “Ao minimizar os riscos, porém,” salienta o frade Ourscamp, “também se minimizam as possibilidades de encontro”.

4. Vencer os medos e aprender a comunicar

Uma coisa é assistir a uma reunião de solteiros/solteiras, outra é saber como estabelecer uma relação. Seria uma pena deixar escapar o homem/mulher da sua vida pela simples razão de não se atrever a falar com ele/ela! Saber ouvir é certamente louvável, mas também é desejável – para comunicar com a outra pessoa – que se saiba falar, que se saiba confiar, que se dê um pouco de si mesmo. O Padre Denis Sonet, um grande especialista em aconselhamento de casais, escreveu:

É impossível permanecer à frente de alguém que não oferece nada de si próprio. O seu interlocutor chega a esta observação invariável: “Mas fale de si… Afinal, não te conheço! Eu não sei nada sobre a tua vida”.

Pode ser timidez, mas é frequentemente o medo de decepção ou de revelar os próprios sentimentos pessoais. No entanto, assegura o padre, “a partilha sincera de sentimentos, positivos e negativos, pode fazer vibrar os corações”.

Uma atitude que supõe a superação corajosa dos medos:

Talvez julgado, criticado, mal compreendido”, analisa o escritor e franciscano Michel Hubaut, “apanhado pelo medo de que a outra pessoa perceba uma imagem desagradável de mim, no medo de ser questionado, de ter de mudar, de ser dominado, manipulado, seduzido e abandonado… Aqui, aqueles que não superarem estes medos nunca se comunicarão.

As palavras são extremamente importantes, ainda que no estilo de vida atual se avance rapidamente para relações íntimas, adverte o Padre Rousselot. A relação, na sua necessidade de discurso, de projeto, vem em primeiro lugar. “Se se põe o prazer antes da relação, ela não dura”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Israel: Patriarcado greco-ortodoxo perde recurso sobre imóveis adquiridos por organização judaica

Hotel Petra, proximidade da Porta de Jaffa, na Cidade Velha de
Jerusalém (Photo by Hazem Bader)  (AFP or licensors)

Dois dos três prédios em questão, o Hotel Petra e o Hotel Imperial, localizam-se perto da Porta de Jaffa, considerada a entrada mais direta de acesso ao bairro cristão da Cidade Velha de Jerusalém. A terceira propriedade, também localizada no bairro cristão, é conhecida como "Muzamiya House". O controle das propriedades da Igreja em Jerusalém por colonos judeus é visto pelos cristãos na Terra Santa como uma ameaça ao status quo e uma "tentativa sistemática" de minar a integridade da Cidade Santa.

O Supremo Tribunal de Israel pôs um fim definitivo às longas batalhas judiciais travadas pelo Patriarcado greco-ortodoxo de Jerusalém para anular a aquisição, pela organização judaica radical Ateret Cohanim, de três prestigiados imóveis localizados na Cidade Velha de Jerusalém, outrora pertencentes ao Patriarcado.

O relevante pronunciamento do supremo órgão judiciário israelense, ocorrido na quarta-feira, 8 de junho, confirmou a sentença anteriormente pronunciada por um tribunal de primeira instância, que já havia decidido sobre a inconsistência das provas e argumentos jurídicos baseados na ação judicial movida pelo Patriarcado greco-ortodoxo.

Os juízes Daphne Barak Erez, David Mintz e Shaul Shohat - informa a mídia israelense - afirmaram não ter encontrado "nenhum erro" na sentença anterior proferida pelo Tribunal Distrital de Jerusalém, que em 2020 rejeitou um pedido do Patriarcado greco-ortodoxo para reabrir o caso, com base em novas provas que atestam - na opinião dos delegados do Patriarcado -, o "comportamento criminoso, que inclui extorsão e fraude" praticados pela Ateret Cohanim, com o objetivo de se apossar das propriedades em disputa.

A organização Ateret Cohanim esteve repetidamente envolvida em controversas aquisições de imóveis registradas nas últimas décadas em Jerusalém Oriental, particularmente no bairro cristão da Cidade Velha. "Estamos falando – declarou à agências internacionais Asaad Mazawi, advogado do Patriarcado greco-ortodoxo - de um grupo de extremistas que quer roubar propriedades das Igrejas, quer mudar o caráter da Cidade Velha e querem invadir áreas cristãs".

Em comunicado divulgado após a decisão da Suprema Corte, o Patriarcado greco-ortodoxo de Jerusalém confirmou sua intenção de continuar apoiando os funcionários palestinos que ainda estão dentro dos prédios em disputa, lembrando a urgência de se opor à "política racista" e à agenda de extrema direita em Israel."

De acordo com relatos da mídia israelense, a Ateret Cohanim está se preparando para despejar os inquilinos nas propriedades disputadas.

Dois dos três prédios em questão, o Hotel Petra e o Hotel Imperial, localizam-se perto da Porta de Jaffa, considerada a entrada mais direta de acesso ao bairro cristão da Cidade Velha de Jerusalém. A terceira propriedade, também localizada no bairro cristão, é conhecida como "Muzamiya House".

A venda dos três imóveis ocorreu em 2004, e a notícia da venda provocou protestos e descontentamento na comunidade cristã greco-ortodoxa, culminando com a deposição do Patriarca Irineu I pelo Santo Sínodo, sob a acusação de alienação indevida de bens pertencentes ao Patriarcado.

Em agosto de 2017, o Tribunal Distrital de Jerusalém já havia rejeitado as iniciativas legais com as quais o Patriarcado greco-ortodoxo pretendia que fosse reconhecidas como “ilegais” e “não autorizadas” as aquisições dos três imóveis em litígio pelo Ateret Cohanim.

Depois da sentença, os Patriarcas e os Chefes das Igrejas de Jerusalém haviam assinado um documento conjunto no qual denunciavam a "tentativa sistemática de minar a integridade da Cidade Santa" e "de enfraquecer a presença cristã na Terra Santa". Um projeto que, na opinião dos Chefes das Igrejas de Jerusalém, também se manifestou nas "violações do Status Quo" dos Lugares Santos.

No documento conjunto, também assinado por Teófilo III, Patriarca greco-ortodoxo de Jerusalém, e pelo arcebispo Pierbattista Pizzaballa, então administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, expressava-se a firme oposição a "qualquer ação" implementada por "qualquer autoridade ou grupo” que tenha por objetivo violar e minar “leis, acordos e regulamentos que regem nossa vida há séculos”.

O Patriarcado ortodoxo de Jerusalém recorreu da decisão de 2017 junto ao Supremo Tribunal de Israel, que em 10 de junho de 2019 confirmou a regularidade da transferência de propriedade dos imóveis, legitimamente adquiridos por intermediários estrangeiros agindo em nome da Ateret Cohanim.

Depois, em dezembro de 2019, o litígio foi reaberto depois que um juiz do Tribunal Distrital de Jerusalém questionou a decisão anterior da Suprema Corte, abrindo efetivamente a possibilidade de iniciar um novo julgamento sobre a questão controversa.

Agora, esta nova decisão da Suprema Corte de Israel parece marcar o fim definitivo do cabo de guerra em torno dos prédios disputados na Cidade Velha de Jerusalém.

*Com Agência Fides

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF