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domingo, 29 de maio de 2022

Secularismo agressivo e polarização da sociedade, desafios da Igreja na América Latina

Na Quarta-feira de Cinzas, fiéis rezam na Catedral de San Salvador

Em 2021, a Fundação de Direito Pontifício Ajuda á Igreja que Sofre aceitou 969 candidaturas em benefício de mais de 800 parceiros de projetos em pelo menos 320 dioceses do continente. Os países onde a ajuda foi maior foram Brasil, Venezuela, Haiti e Cuba.

Este ano comemora-se o 15º aniversário da V Conferência Geral do Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe (CELAM), realizada em Aparecida (Brasil) de 13 a 31 de maio de 2007. A conferência deu origem ao documento de Aparecida, texto que tem sido fundamental para a Igreja na América Latina. O relator geral do documento de Aparecida foi o então arcebispo de Buenos Aires, Jorge Bergoglio. Muitos dos aspectos cruciais de seu atual pontificado, como a conversão pastoral, a Igreja em saída e a missão dos leigos, nascem desse documento.

Rafael D'Aqui, diretor da seção latino-americana da fundação Ajuda à Igreja que Sofre, fala na entrevista à María Lozano sobre alguns dos desafios que, segundo seu trabalho, se apresentam à Igreja no "continente da fé" e o trabalho da Fundação.

O continente americano vive atualmente situações de instabilidade social, em muitos países há divisão e violência nas ruas. Como vocês veem essa realidade?

De fato, em muitos deles está acontecendo uma virada agressiva que busca silenciar a voz da Igreja, especialmente em temas pró-família e vida. Temos ouvido de alguns dos nossos parceiros de projeto que em muitos países há uma polarização da sociedade, há grupos cada vez mais amplos que se definem por posições extremistas e isso vai ser um problema ao nível da sociedade e coesão em muitos países. No entanto, não devemos esquecer que a América Latina continua a ser “o continente da esperança”, como afirmou Paulo VI em 1968 e Bento XVI reafirmou em 2007, porque praticamente metade dos católicos do mundo vive no subcontinente, incluindo muitos jovens.

Olhando para o futuro: um dos grandes desafios da América Latina é o imenso crescimento urbano. Como a Fundação quer enfrentar esse desafio? Vocês têm planos para desenvolver o ministério missionário em contextos urbanos?

A Fundação ACN responde sempre às necessidades que nos são transmitidas pela Igreja local. Por isso, acreditamos ser muito importante que ela identifique esses grandes centros urbanos e suas periferias existenciais. Nos próximos anos, gostaríamos de promover uma pastoral missionária nas periferias destes grandes centros urbanos e assegurar uma presença eclesial, por exemplo, mediante a formação de catequistas e agentes de pastoral, encontros de formação ou através de publicações. O crescimento das cidades está intimamente relacionado com a migração. Acreditamos que é necessário desenvolver um ministério de acolhimento nesses lugares. O grande desafio é ajudar os recém-chegados a se integrarem na cidade sem perder sua identidade católica, que muitas vezes se perde no processo.

A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Um dos desafios da Igreja na América Latina é a falta de vocações ao sacerdócio para servir os fiéis. Qual é o apoio da ACN para apoiar a Igreja diante desta dificuldade?

Vemos que é muito importante desenvolver a pastoral vocacional, especialmente em regiões com grande população católica e poucos sacerdotes. Como Fundação, estamos dispostos a apoiar os programas vocacionais das dioceses mais necessitadas. O sacerdote deveria estar presente nesses encontros, seria bom ter essa proximidade com os jovens, por isso às vezes temos que fornecer veículos para facilitar as visitas às escolas ou paróquias. Além disso, a ACN apoia eventos de discernimento vocacional, acampamentos e conferências. Mas, além do discernimento, há também o cuidado de presbíteros e sacerdotes, pastores que cuidam de seu povo, que muitas vezes vivem em situações muito difíceis, fruto do estilo de vida que levam por amor ao seu povo, sua dedicação ou como consequência das crises econômicas e da pandemia, etc.

Como você mencionou, estamos vendo um avanço agressivo do secularismo em muitos países latino-americanos. De maneira orquestrada, atacam-se o direito à vida do nascituro e da família, por exemplo na Argentina, Chile, Colômbia... O que a Igreja pode fazer neste momento? E como a ACN apoia o seu papel neste campo?

Acreditamos que a Fundação deve fortalecer a fé das famílias e dos jovens. Ambos são calcanhares de Aquiles da sociedade. Precisamos de uma pastoral juvenil que forme líderes com identidade forte, conscientes de sua dignidade, também formados no campo da afetividade e da sexualidade. É importante ter jovens leigos bem formados, porque a laicidade se espalha na sociedade muitas vezes graças à desinformação e distorção da verdade, é preciso educar em bioética e doutrina social. Não só há problemas de secularização agressiva, há também um sério problema de injustiça social e corrupção.

Você também falou da polarização política da sociedade que está causando muita divisão no continente, inclusive na Igreja. Qual seria a resposta da Fundação para ajudar a Igreja em seu papel de mediadora?

A falta de soluções, a insegurança e a vulnerabilidade parecem levar as pessoas a adotarem posições extremas. Para isso, promovemos cada vez mais a formação de uma liderança católica, baseada na Doutrina Social da Igreja. Uma forma é promover o uso do Docat, uma excelente fonte de informação para os jovens sobre justiça social, ajudando-os a praticá-la. Por outro lado, acreditamos que tanto no avanço do laicismo agressivo quanto na questão da polarização, a mídia desempenha um papel fundamental. Por isso, consideramos muito importante promover a digitalização da evangelização e da mídia católica, para que chegue a muitos.

Qual foi a ajuda concreta da Fundação ACN para a América Latina em 2021?

Durante o ano passado, foram aceitas 969 candidaturas em benefício de mais de 800 parceiros de projetos em pelo menos 320 dioceses do continente. Os países onde a ajuda foi maior foram: Brasil, Venezuela, Haiti e Cuba. Não podemos esquecer que a América Latina foi um dos continentes mais afetados pela pandemia em 2021. Muitos fiéis, agentes pastorais, bispos, sacerdotes e religiosos morreram de COVID. Por outro lado, a redução das arrecadações devido ao confinamento desafiou a sustentabilidade das obras de evangelização e promoção humana em muitos países. Em resposta, a ACN teve que ajudar mais generosamente os religiosos e sacerdotes nos locais de missão com a ajuda de ações ou intenções de massa. Em alguns países como Haiti, Cuba, Bolívia e Venezuela, a resposta da ACN se deu com ajuda médica emergencial, para enfrentar a crise sanitária.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

DUAS MISSAS ENCERRAM A SEMANA DA COMUNICAÇÃO E MARCAM A CELEBRAÇÃO DO 56º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

CNBB

Pelo terceiro ano consecutivo, a Pascom Brasil celebra o 56º Dia Mundial das Comunicações Sociais com uma programação ao longo da Semana de Comunicação. A atividade que abriu a semana foi a Leitura Orante da Palavra de Deus no dia 23 de maio, às 19h30.

O roteiro foi preparado pelo Cristonautas Brasil e contou com a meditação da Palavra da religiosa paulina e ex-assessora da Comissão Episcopal Pastoral para Comunicação da CNBB, irmã Elide Fogolari, e pelo secretário do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), por Márcio Oliveira. O texto bíblico que conduziu a reflexão será Marcos 12,28-34.

segunda atividade da Semana da Comunicação aconteceu dia 26 de maio (quinta-feira), com início às 19h30. O aprofundamento da mensagem do Papa Francisco para o 56º Dia Mundial das Comunicações Sociais foi conduzido pelo Grupo de Reflexão sobre Comunicação da CNBB.

Parceiros na realização da Semana

Neste ano, outros setores comunicativos da Igreja no Brasil participam da organização: a Assessoria de Comunicação e a Comissão de Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Signis Brasil, os Jovens Conectados, o Ministério de Comunicação Social da Renovação Carismática Católica (RCC), a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e o Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB). As atividade estão sendo transmitidas pelo pelo canal da CNBB no YouTube, e no dia 29 de maio, duas celebrações eucarísticas com transmissão por TVs de inspiração católica.

Para baixar a identidade visual, cards de divulgação e subsídio de celebração, clique aqui.

Celebrações na intenção dos comunicadores

CNBB

No domingo da Ascensão do Senhor, comunicadores de todo o Brasil poderão celebrar o Dia Mundial das Comunicações por meio da transmissão de duas celebrações eucarísticas, em sua intenção, direto do Santuário Basílica de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG).

A primeira celebração, às 8h, será presidida pelo arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, com transmissão pelas emissoras de inspiração católica TV Horizonte, TV Rede Século 21, TV Rede Vida e TV Canção Nova .

Às 15h, a segunda celebração será presidida pelo bispo auxiliar de Belo Horizonte e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, Dom Joaquim Mol, com transmissão pela TV Horizonte, TV Imaculada, TV Aparecida, TV Pai Eterno, TV Nazaré, TV Evangelizar e Web TV Bom Jesus. Ao final da celebração, será divulgada uma carta dos setores comunicativos que organizam a Semana da Comunicação.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR

CNBB

SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR

Palavra do Pastor

Dom Paulo Cezar Costa

Arcebispo de Brasília

Vós sereis testemunhas de tudo isso

Celebramos hoje a Ascensão do Senhor. A Palavra de Deus que ouvimos, apresenta-nos a Ascensão como caminho de glorificação de Jesus (At 1, 3-11; Lc 24, 46-53). A ascensão é a expressão plena e definitiva da Páscoa. O Senhor Jesus sofreu a morte, ressuscitou e agora está sentado à direita do Pai: “(…) Ele manifestou sua força em Cristo, quando o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua direita nos céus” (Ef 1, 20). A cabeça foi glorificada e também o corpo. Todos aqueles e aquelas que seguem o Senhor Jesus neste mundo, como seus discípulos e discípulas, participarão desta mesma glória do Senhor ressuscitado e exaltado, pois Ele é a cabeça da Igreja, e a Igreja é o seu corpo. A vitória da cabeça é também vitória do corpo. O prefácio da solenidade expressa bem esta realidade: “Ele nossa cabeça e princípio, subiu ao céu, não para afastar-se de nossa humanidade, mas para dar-nos a certeza de que nos conduzirá à gloria da imortalidade” (prefácio da Ascensão do Senhor I).

O Senhor foi ao Pai. O Evangelho descreve a cena com beleza: “Jesus levou-os para fora, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e abençoou-os. Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado para o céu” (Lc 24, 50 – 51). Jesus ressuscitado é o sumo sacerdote que cumpriu o sacrifício definitivo da sua morte e ressurreição. Por isso, Ele, como Senhor, abençoa os seus. O gesto dos discípulos é de adoração: prostram-se diante dEle. A adoração será também a atitude da Igreja, fiel discípula do Senhor, no decorrer da história até o fim dos séculos.

Mas qual é o papel dos discípulos agora? Devem ser testemunhas de Jesus Cristo neste mundo. Devem fazer com que o Evangelho parta de Jerusalém e chegue até os confins da terra: “O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia e, no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sereis testemunhas de tudo isso” (Lc 24, 46-48). Ser testemunha implica testemunhar com a vida, com as palavras tudo aquilo que viveram. Os apóstolos cumpriram a esta missão.

Jesus promete aos discípulos que os há de assistir no cumprimento da missão e vai lhes mandar o Espírito Santo: “Mas recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e na Samaria, e até os confins da terra” (At 1, 8). Os discípulos receberam o Espírito e conduzidos pelo Espírito fizeram com que a obra da evangelização saísse de Jerusalém e chegasse até Roma, centro do mundo de então. O Espírito é aquele que conduz a Igreja a sair de si e a anunciar, a testemunhar Jesus Cristo. O objeto do testemunho é Jesus Cristo morto e ressuscitado. O Espírito coloca a Igreja e cada um de nós na estrada da missão.

Que a celebração da ascensão do Senhor nos ajude a perceber que o Senhor foi ao Pai, mas está, de uma forma nova, no meio de nós, e que Se dá a nós por meio da Palavra, da Eucaristia, do irmão pobre e necessitado.  Coloquemo-nos, então, no caminho da missão, anunciando Jesus Cristo para tantas pessoas que esperam o nosso anúncio, o nosso testemunho.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Papa anuncia Consistório: Dom Steiner e Dom Paulo Cezar Costa serão cardeais

Papa Francisco anuncia novos cardeais | Vatican News

Entre os 21 novos cardeais, também o arcebispo de Dili, Timor Leste, Dom Virgílio Do Carmo Da Silva SDB. Na lista anunciada por Francisco, está incluído o prefeito apostólico de Ulaanbaatar (Mongólia) Dom Giorgio Marengo, I.M.C, de apenas 48 anos, que será o mais jovem do Colégio Cardinalício. O rebanho católico na Mongólia é de apenas 1.500 fiéis.

Vatican News

Na conclusão do Regina Coeli neste domingo em que a Igreja festeja a Ascensão do Senhor, o Santo Padre Francisco fez o anúncio dos novos cardeais que serão criados no Consistório a ter lugar em 27 de agosto próximo. Entre esses os brasileiros Dom Leonardo Steiner e Dom Paulo Cezar Costa; e Dom Virgilio Do Carmo Da Silva de Timor Leste:

1.  Dom Arthur Roche - Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

2.  Dom Lazzaro You Heung sik – Prefeito da Congregação para o Clero.

3.  Dom Fernando Vérgez Alzaga L.C. – Presidente da Pontifícia Commisssão para o Estado da Cidade do Vaticano e Presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano.

4.  Dom Jean-Marc Aveline - Arcebispo Metropolita de Marselha (França).

5.  Dom Peter Okpaleke - Bispo de Ekwulobia (Nigéria).

6.  Dom Leonardo Ulrich Steiner, O.F.M. - Arcebispo Metropolita de Manaus (Brasil).

7.  Dom Filipe Neri António Sebastião de Rosário Ferrão - Arcebispo de Goa e Damão (Índia).

8.  Dom Robert Walter McElroy – Bispo de San Diego (EUA)

9.  Dom Virgilio Do Carmo Da Silva, S.D.B. – Arcebispo de Dili (Timor Leste).

10. Dom Oscar Cantoni - Bispo de Como (Itália).

11.  Dom Anthony Poola - Arcebispo de Hyderabad (Índia).

12. Dom Paulo Cezar Costa - Arcebispo Metropolita da Arquidiocese de Brasília (Brasil).

13.  Dom Richard Kuuia Baawobr M. Afr - Bispo de Wa (Gana).

14.  Dom William Goh Seng Chye - Arcebispo de Singapura (Singapura).

15.  Dom Adalberto Martínez Flores - Arcebispo Metropolita de Asunción (Paraguai).

16.  Dom Giorgio Marengo, I.M.C. – Prefeito Apostólico de Ulaanbaatar (Mongólia).

A estes nomes, o Santo Padre uniu aos membros do Colégio de Cardeais:

1.  Dom Jorge Enrique Jiménez Carvajal - Arcebispo Emérito de Cartagena (Colômbia).

2.  Dom Lucas Van Looy sdb - Arcebispo Emérito de Gent (Bélgica).

3.  Dom Arrigo Miglio - Arcebispo Emerito de Cagliari (Itália).

4.  R.P. Gianfranco Ghirlanda sj. – Professor de Teologia.

5.  Mons. Fortunato Frezza – Cônego da Basílica de São Pedro

"Rezemos pelos novos cardeais - pediu o Santo Padre após o anúncio - para que, confirmando a sua adesão a Cristo, me ajudem no meu ministério de Bispo de Roma para o bem de todo o fiel Povo Santo de Deus".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Paulo VI

S. Paulo VI | arquisp
29 de maio

São Paulo VI

Paulo VI foi o papa de número 262 da história da Igreja, entre 1963 e 1978.

Nascido no dia 26 de setembro de 1897, Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini era proveniente da cidade italiana de Concesio. Desde cedo, sua vida foi muito envolvida com religião. Entrou para o seminário com o objetivo de se tornar um sacerdote no ano de 1916. Depois de ser ordenado em 1920, estudou ainda na Universidade Gregoriana, na Universidade de Roma e na Pontifícia Academia Eclesiástica. Giovanni Montini tinha um talento notável para a vida religiosa, foi o que o levou rapidamente a desenvolver uma carreira na Cúria Romana. Na administração do Vaticano, ocupou cargos importantes dentro da Igreja Católica, desenvolvendo funções muito próximas e de confiança dos papas Pio XI e Pio XII. Já em 1944, Giovanni Montini trabalhava diretamente com o papa Pio XII.

A nomeação de Giovanni Montini para o cargo de Arcebispo de Milão parecia ser um método para afastá-lo do papado. Porém acredita-se mais que tal medida foi tomada por Pio XII para permitir que Giovanni tivesse mais experiência pastoral. De qualquer forma, mesmo sem ser cardeal da Igreja, durante o conclave de 1958 que elegeria o novo papa, Giovanni Montini recebeu vários votos. O sucessor de Pio XII acabou sendo João XXIII, que, no mesmo ano, elevou Giovanni à condição de cardeal.

João XXIII exerceu pouco tempo o cargo de Supremo Pontífice. Já em 1963 foi realizado um novo conclave para eleger seu sucessor. Desta vez, Giovanni Montini foi eleito papa, no dia 21 de junho. Para exercer o cargo máximo da Igreja Católica, escolheu o nome de Paulo VI, indicando que tinha uma missão mundial de propagar a mensagem de Cristo. Inicialmente, determinou a reabertura do Concílio Vaticano e lhe atribui prioridade e direção. Promoveu grandes reformas no cristianismo que foram significativas para afetar toda a Igreja.

Paulo VI era devoto de Maria, publicou três encíclicas marianas, discursou várias vezes para congressistas marianos e participou de várias reuniões. Mas também promoveu importantes diálogos com o mundo, sem distinções de religiosidade. Ao mesmo tempo, seguia a linha tradicional da Igreja Católica e era contrário à regulação da natalidade.

Paulo VI foi o primeiro papa a viajar de avião e o primeiro a visitar os cinco continentes. Chegou até a sofrer uma tentativa de assassinato nas Filipinas. Sua postura aberta ao diálogo foi fundamental durante seu papado, pois viveu uma fase de grandes acontecimentos na história da segunda metade do século XX. Aberto ao diálogo, foi o primeiro papa a conversar com o líder da Igreja Anglicana e o primeiro, depois de muitos séculos, a conversar com dirigentes das diversas Igrejas Ortodoxas do Oriente.

Paulo VI publicou a encíclica Humanae Vitae versando sobre o controle da natalidade, documento que se tornou de referência para a Igreja Católica nas questões sobre aborto, esterilização e métodos contraceptivos.

Paulo VI ocupou o posto de Sumo Pontífice por 15 anos. Faleceu no dia seis de agosto de 1978 e foi sucedido por João Paulo I. O processo de beatificação de Paulo VI começou em 1993 e se concretizou em 2014. Foi beatificado em 19 de outubro de 2014 e canonizado em 14 de outubro de 2018 pelo Papa Francisco.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Santa Úrsula Ledochowska

Sta. Úrsula Ledochowska | arquisp
29 de maio

Santa Úrsula Ledochowska

Júlia Ledochowska pertencia a uma família especialmente abençoada. A sua irmã mais velha, Maria Teresa, era religiosa, fundou uma congregação e foi inscrita no livro dos santos. O irmão, o padre Vladimiro foi o vigésimo sexto preposto-geral dos jesuítas . Ela nasceu em 17 de abril de 1865 e os pais eram nobres poloneses que residiam na Áustria.

Até o final da adolescência viveu nesse país, onde completou os estudos, depois voltou com a família para o solo polonês, estabelecendo-se na Croácia. Aos vinte e um anos, ingressou no Convento das Irmãs Ursulinas de Cracóvia, pronunciando os votos definitivos e tomando o nome de Úrsula em 1899.

Ativa educadora, fundou um pensionato feminino para jovens, promovendo entre os estudantes a Associação das Filhas de Maria e foi, também, superiora do seu convento por quatro anos. Foi chamada pelo pároco da igreja de Santa Catarina em Petersburgo, na Rússia, que na época reprimia toda atividade religiosa, inclusive as de cunho assistencial, para dirigir um internato de estudantes polonesas exiladas; nessa função teve de usar roupas civis para sua segurança. Em 1909, fundou, também, uma casa das ursulinas na Finlândia onde inovou com um pensionato e uma escola ao ar livre, para moças doentes, seguindo o estilo inglês, ao mesmo tempo fundando, na mesma Petersburgo, uma casa das Ursulinas.

A sua cidadania e origem austríaca a fizeram objeto de perseguição por parte da polícia russa durante a Primeira Guerra Mundial , tanto que em 1914 se refugiou na Suécia, onde fundou, também ali, um pensionato e uma escola. O seu grande senso de apostolado a fez fundar para os católicos suecos o jornal "Solglimstar", editado ainda hoje sob outra direção. Em 1917, foi para a Dinamarca dar assistência aos poloneses perseguidos, onde permaneceu por dois anos, quando, então, regressou para o seu convento na Polônia.

Atendendo um antigo anseio interior, em 1920 separou-se da sua congregação para fundar uma nova ordem: as Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração Agonizante, com a função de dar assistência aos jovens abandonados e para cuidar dos pobres, velhos e crianças.

Na Polônia, devido à cor do hábito, se popularizaram como as "ursulinas cinzas" e na Itália, como as "irmãs polonesas". A ordem foi aprovada em 1930 e se desenvolveu com rapidez. Quando sua fundadora, madre Úrsula, morreu, já existiam trinta e cinco casas e mais de mil irmãs. Ela deixou vários livros, todos escritos em polonês, que foram traduzidos para o italiano e francês.

Madre Úrsula Ledochowska faleceu em Roma no dia 29 de maio de 1939, na Casa mãe da Ordem, que conserva as suas relíquias. O papa João Paulo II, em 1983, a beatificou, numa comovente cerimônia em Poznan, quando visitava a Polônia. Vinte anos depois ele mesmo a canonizou, declarando ser seu devoto. O culto em sua homenagem foi designado para o dia de sua morte.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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sábado, 28 de maio de 2022

O professor que salvou a vida de muitas crianças no massacre no Texas

Facebook Arnulfo Reyes
Por Jaime Septién

"Ele fez tudo o que pode para salvar aquelas crianças", compartilhou um primo do professor que se colocou como escudo para proteger os estudantes, mas acabou ferido.

Com o passar das horas, são descobertos novos detalhes do massacre perpetrado por Salvador Ramos na Escola Primária Robb, em Uvalde, sul do Texas.

Além das cenas de horror e tristeza pela morte de 20 crianças e dois professores, surgiram heróis que impediram que o assassino continuasse a atirar em crianças indefesas.

O nome de um professor mexicano que lecionava na escola primária chegou às manchetes. Arnulfo Reyes, originário do estado mexicano de Coahuila, foi baleado várias vezes ao se colocar como escudo para proteger seus alunos.

Com ferimentos no braço e no pulmão esquerdo, Reyes foi levado para a cidade de San Antonio para ser operado. Um parente de Reyes postou que o professor se recupera da cirurgia e está fora de perigo:

“Meu primo Arnulfo Reyes tem um longo caminho de recuperação física e mental à sua frente. Ele ainda está no Centro Médico de San Antonio e permanecerá por algum tempo. Ele tem múltiplas cirurgias programadas ao longo de vários dias – ele fez tudo que pode para salvar aquelas crianças”.

Reyes é professor há 15 anos e há sete trabalhava na Robb Elementary. Antes do massacre no Texas, ele compartilhou fotos e falou sobre a alegria de lecionar na escola de Uvalde. Às 11h45 do dia 24 de maio, tudo mudou para a pequena cidade. Mas o município – e o professor – certamente irão superar a tragédia.

Facebook Arnulfo Reyes
Fonte: https://pt.aleteia.org/

"Inclinar o ouvido do coração"

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz | Vatican News

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz 
Bispo de Campos (RJ)

Neste domingo da Ascensão do Senhor celebra-se, no contexto do mandato missionário dado aos Apóstolos, de ir e ensinar, o Dia Mundial das Comunicações Sociais que tem, como padroeiros, os Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael. Desta feita, na 56º reedição do evento comunicacional, o Papa Francisco divulgou a sua mensagem centrada no tema de “Escutar com o ouvido do coração”.  

Inicia, situando a premente necessidade de sermos ouvidos como uma das demandas de humanidade e proximidade que mais sentimos e vivenciamos nos dias de hoje. O Papa considera esta mensagem como uma continuidade que vai do ir e ver, do ano passado, ao escutar, como fala Santo Agostinho, com o coração. Considera, a seguir, a escuta como condição da boa comunicação e da possibilidade de pontes e canais de verdadeira partilha e comunhão nas falas e escutas.  

Da importância de superar, como afirma o filósofo Abraham Kaplan, o duólogo, que é a conversa de duas pessoas que falam para si mesmas e não se escutam para o diálogo, no qual as pessoas procuram o encontro de duas alteridades em processo de saída e busca recíproca. É, de veras, muito desoladora a experiência das redes sociais onde, muitas vezes, se quer impor e manipular opiniões, obrigando aos outros a aceitá-las de forma acrítica, em vez de empreender o caminho contrário de escutar com atenção profunda o que os nossos irmãos têm a nos dizer, exercitando, como o Cardeal Agostinho Cassaroli, o martírio da paciência e da cordialidade na oitiva respeitosa e confiante. Na terceira parte, o Santo Padre reflete a crucial tarefa e desafio de escutar-se na Igreja, de desenvolver um autêntico apostolado do ouvido.  

Fica claro, que mais importante de ter planos, estratégias, e programas, a escuta recíproca abrangente, como procedimento, processo e atitude e estilo de vida é o que garante a vivência de uma real comunhão e participação na Igreja. Finalmente, nos convida a sair da monotonia das rotinas e das falas, muitas vezes previsíveis e convencionais, a polifonia da escuta das vozes de todos/as animados e dirigidos pelo Espírito Santo. Deus seja louvado! 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Angola - Dia da África foi marcado por reflexões

Mapa de África, Bandeiras | Vatican News

Em Angola, o dia de África (25/05) foi assinalado com reflexões em torno dos desafios e oportunidades dum continente descrito como “lar de esperança”.

Anastácio Sasembele - Luanda

O 25 de Maio é o dia de África, o Continente berço da humanidade, foi neste dia, em 1963, que se criou a Organização de Unidade Africana  (OUA), na Etiópia, com o objetivo de defender e emancipar o continente africano.

Em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o dia 25 de maio como o Dia da África ou o Dia da Libertação da África. Em 2002, a OUA foi substituída pela União Africana, mas a celebração da data manteve-se.

Este dia recorda a luta pela independência do continente africano, contra a colonização europeia e contra o regime do Apartheid, assim como simboliza o desejo de um continente mais unido, organizado, desenvolvido e livre.

Para assinalar a data várias reflexões foram feitas em Luanda/Angola. Temáticas como que desafios para África perante a globalização e a preservação das culturas locais, bem como, os desafios e oportunidades dum continente descrito como “lar de esperança” foram devidamente aflorados.

Guerras, terrorismo, golpes de estado, fome e questões ambientais são alguns dos problemas que o continente enfrenta. O especialista em Relações Internacionais Osvaldo Mboco diz que é necessário que as lideranças do continente abracem estes desafios com o comprometimento de ir eliminando progressivamente.

“A União Africana designou 2022 como o Ano da Nutrição. No Dia de África deste ano, o mundo deve unir-se em solidariedade com todos os africanos para fortalecer a segurança alimentar e colocar a nutrição ao alcance de todas as pessoas”.

Para a Madre Emiliana Bundo a ganância e a falta de solidariedade que reina em alguns países de África não caracteriza os africanos.

Quanto aos valores tradicionais da cultura africana, a nossa reportagem ouviu a opinião de alguns cidadãos, segundo os mesmos, a abordagem segundo a qual o continente africano é um retalho de culturas, dispersas, sem qualquer conexão, tem que ser banida, porque os factos o comprovam, pois os povos sempre estiveram disponíveis para dialogar, ou seja recebendo e reelaborando.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Germano de Paris

S. Germano de Paris | vaticannews
28 de maio
São Germano de Paris

Germano nasceu em 496. Diz a tradição que sua mãe tentou abortá-lo e que na infância ele teria sido envenenado, mas o menino sobreviveu para tornar-se um grande santo. Foi criado por um primo bem mais velho, um ermitão chamado Escapilão, que o fez prosseguir os estudos em Avalon. Germano viveu como ermitão durante quinze anos, aprendendo a doutrina de Cristo.

Em 531, ele foi ordenado diácono e três anos depois, sacerdote. Foi então para Paris, e pelos seus dons, principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei, que apreciava a sua sensatez. Tornou-se bispo de Paris.

Germano era pródigo em caridade e esmolas, dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Frequentemente, era visto apenas com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre, feliz por sentir frio, mas tendo a certeza que o pobre estava aquecido.

Assim viveu o bispo Germano de Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576. Suas relíquias se encontram na majestosa igreja de São Germano de Paris, uma das mais belas construções da cidade.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Reflexão
A história de São Germano nos mostra que Deus realmente tem caminhos misteriosos aos olhos humanos. Salvo da morte na infância, nosso santo soube aproveitar seus dias para o serviço dos mais pobres e abandonados, impulsionado pelo amor ao evangelho de Cristo. Na nossa vida, somos acometidos por muitas adversidades, mas confiar plenamente em Jesus Cristo nos dá forças para avançar mesmo em tempos de penúria.
Oração
Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Germano de Paris, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF