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segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Símbolos do Natal

Símbolos do Natal | Editora Cléofas
Por Prof. Felipe Aquino

Conheça aqui o significado de alguns símbolos do Natal: presépio, vela, presentes, pinheiro de natal, estrela (…).

PRESÉPIO: A palavra vem do hebraico e significa manjedoura, estábulo. Desde o final do século II, já havia representações do presépio. Inicialmente foram pintados nas catacumbas de Roma.

BOI e JUMENTO: Esta representação que nos chega dos escritos apócrifos (obra cuja autenticidade não foi provada), é uma linda lenda dos primeiros tempos do cristianismo. Nenhum dos textos do Evangelho fala da presença destes animais. Seria uma reminiscência do texto do profeta Habacuc, que diz que “o Messias se manifestará entre os animais”. Belo texto do século VI, conhecido como o Evangelho do pseudo-Mateus, faz a descrição da cena com o boi e o jumento. Este Evangelho apócrifo teve grande impacto no imaginário popular. Estes animais representam o calor da criação que quer ver vivo tudo o que nasce e deve viver.

ANJOS CANTORES: Os anjos cantores anunciam uma boa notícia: “Glória no mais alto dos céus e paz na terra aos homens de boa vontade”. Anjos, ou seja, mensageiros, surgem nos céus para confirmar o nascimento do Filho de Deus. Os anjos na tradição cristã natalina são representados com traços infantis, como sinal de inocência e de pureza.

ESTRELA: A estrela tem 4 pontas e 1 cauda luminosa. As 4 pontas representam as 4 direções da terra: Norte, Sul, Leste e Oeste, de onde vêm os homens para adorar a grande luz que é o Filho de Deus, além de lembrar que Ele veio para todos.

OS TRÊS REIS MAGOS: O Evangelho de Mateus é o único a relatar a vinda dos sábios do Oriente. No século V, Orígenes e São Leão Magno propõem chamá-los de reis-magos. No século VII eles ganham nomes populares: Baltazar (deformação de Baal-Shur-Usur-Baal, que protege a vida do rei), Belquior e Gaspar. Eles trazem ouro, incenso e mirra para o menino Rei, Deus e Salvador. No século XV, lhes são atribuídas etnias: Belquior (ou Melchior) passa a ser da raça branca; Gaspar, amarelo e Baltazar, negro, para simbolizar o conjunto da humanidade que vê e conhece o Salvador.

PINHEIRO DE NATAL: Tradição nascida em tempos medievais, de fundo cristão, que reúne dois símbolos religiosos: a luz e a vida. Peças religiosas eram representadas com grande sucesso popular nas igrejas, fazendo sempre alusão ao Paraíso, representado plasticamente por uma árvore carregada de frutos. Esta árvore do Paraíso ficou como um dos sinais das festas de Natal celebradas a partir do século XI. A atual árvore de Natal aparece na Alsácia no século XVI e no século seguinte se espalha o hábito de iluminá-la com velas. Em 1912, Boston, nos Estados Unidos, inaugura uma árvore iluminada numa das praças centrais da cidade, e isto se espalha por todo o planeta, inclusive em países não-cristãos. O pinheiro natalino mostra que mesmo no inverno mais rigoroso, o verde de seus ramos resiste e as maçãs continuam saborosas e comestíveis mesmo depois da chegada da nova e rude estação com a neve e geadas permanentes. As maçãs, hoje bolas vermelhas, presas aos galhos da árvore são sinal de vida diferenciada. Muitos colocam sob a árvore frutas secas e cristalizadas para mostrar o outro lado da vida. Somente nste século XX começamos a usar o pinheiro como árvore-símbolo dos vegetais que jamais perdem as suas folhas diante da dureza do inverno do hemisfério norte.

VELAS: Acender velas nos remete à festa judaica de Chanuká, que celebra a retomada da cidade de Jerusalém pelos irmãos macabeus das mãos dos gregos. Na chama da vela estão presentes todas as forças da natureza. Vela acesa é símbolo de individuação e de nossos anos vividos. Tantas velas, tantos anos. E um sopro pode apagá-las para que de novo possamos reacendê-las no ano vindouro. Para os cristãos, as velas simbolizam a fé e o amor consumido em favor da causa do Reino de Deus. Velas são como vidas entregues para viver.

SINOS NATALINOS: As renas carregam sinos de anúncio e de convocação. Os sinos simbolizam o respeito ao chamado divino e evoca, quando preso em torres, tudo o que está suspenso entre o céu e a terra e, portanto, são o ponto de comunicação entre ambos.

NEVE: O toque mágico do Natal vêm com a brancura e o frio da neve no hemisfério norte que exigem das pessoas que se guardem das ruas e convivam mais dentro das casas.

CARTÕES, PRESENTES e CEIA DE NATAL: A ceia nos lembra o ato de Amor de Jesus. Lembra também nossa origem judaica enquanto religião que celebra a fé em torno de uma mesa de família.

PAPAI NOEL: São Nicolau, chamado Santa Klaus, bispo de Myra, na Lícia antiga, sudoeste da Ásia Menor, da atual Turquia. Durante o século IV, este homem de fé marcante foi transformado legendariamente neste Papai universal e proveniente que oferece às crianças presentes, brinquedos e carinhos da terceira idade. O atual Papai Noel, de roupa vermelha e saco às costas, nasce nos Estados Unidos na metade do século XIX, como um São Nicolau transmudado em gnomo ou duende e, logo em seguida foi transformado em um simpático velhinho. Ele é introduzido na Europa depois da Primeira Guerra Mundial e se impõe pouco a pouco pela pressão comercial e daqueles que querem festejar o Natal sem referências religiosas.

Fonte: https://cleofas.com.br/

A verdadeira razão pela qual “não havia lugar para eles na hospedaria”

Afresco de Sandro Botticelli | PD
Por Philip Kosloski

A "hospedaria", provavelmente, não era o que muitos pensavam.

A história da Natividade de Jesus é muito familiar para a maioria de nós. Porém, algumas imagens podem obscurecer nossa visão do que realmente aconteceu 2.000 anos atrás. Em particular, há uma narrativa comum que descreve José batendo de porta em porta tentando encontrar um lugar onde Maria pudesse dar à luz Jesus.

O dono da hospedaria bate a porta na cara de José, dizendo que tudo estava ocupado. Por fim, José encontra um estábulo onde fica o gado e leva Maria para aquele lugar humilde, a tempo de Jesus nascer.

Embora seja uma história convincente, não corresponde ao relato bíblico ou ao texto grego original.

Lucas descreve o cenário: 

“Então ela deu à luz seu filho primogênito. Envolveu-o em panos e deitou-o na manjedoura, por não haver para eles lugar na hospedaria.” 

(LC 2,7)

A última palavra, “hospedaria”, é o que normalmente encoraja narrativas semelhantes à descrita acima. No entanto, essa não é uma tradução exata do grego.

Quarto de hóspedes

A palavra grega para hospedaria usada no texto original é kataluma  que pode ser traduzida como ‘quarto de hóspedes’, não uma pousada destinada a viajantes. Lucas usa a palavra pandokheion para este segundo tipo de acomodação, ou seja, uma pousada.

Além disso, Belém era a “cidade natal” de José. Então ele provavelmente tinha parentes lá e poderia se hospedar na casa de um deles.

E para ir direto ao ponto: poucos gostariam de dar à luz em algum tipo de motel público. As pousadas daquela época não tinham boa fama e Maria talvez quisesse privacidade para um acontecimento tão íntimo e importante.

Além disso, uma leitura mais cuidadosa do texto revela que José e Maria já haviam estado em Belém alguns dias antes do nascimento de Jesus:

“Também José subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, para se alistar com a sua esposa, Maria, que estava grávida. Estando eles ali, completaram-se os dias dela.”

(Lc 2,4-6)

Segundo Lucas, o santo casal já estava hospedado em Belém quando a bolsa de Maria estourou. Em outras palavras, eles não estavam com pressa para encontrar um lugar para dormir na véspera de Natal, mas sim um local adequado com espaço e privacidade para o parto.

Como o censo romano obrigou todos a voltar para suas casas, a “pousada” ou “quarto de hóspedes” estava lotado. María e José tiveram que encontrar outro lugar.

As casas de camponeses tinham um estábulo

Estudos arqueológicos podem ajudar a ilustrar uma descrição mais precisa da aparência de uma casa em Belém e do lugar onde Maria provavelmente deu à luz.

“Uma típica casa judia daquela época tinha uma área perto da porta, muitas vezes com chão de terra, onde os animais da família eram mantidos durante a noite, para que não fossem roubados e para que o calor do corpo deles ajudasse a manter a casa aquecida durante o frio das noites.

A família morava e dormia em uma parte elevada da casa, atrás da porta. Geralmente havia também um quarto de hóspedes no segundo andar ou ao lado da sala comum da família no térreo. O normal é que na área próxima à porta houvesse uma manjedoura com comida e/ou bebida para os animais.”

Outra descrição explica:

“As casas dentro e ao redor de Belém frequentemente tinham grutas nos fundos da casa onde as famílias guardavam seu precioso boi ou animal de carga, para que não fosse roubado. O quarto de hóspedes ficava na frente da casa, o abrigo de animais na parte de trás.”

Então, Maria teria dado à luz em uma área mais privativa, onde os animais eram mantidos, e colocou Jesus no cocho ali.

Essa interpretação histórica do relato bíblico é bem diferente da narrativa com a qual muitos de nós crescemos, mas não diminui a humildade do nascimento de Cristo.

Jesus nasceu em um lugar onde o gado vivia, em uma simples gruta de camponeses em Belém. Ainda assim é uma cena linda, a mesma que mudou o mundo para sempre.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Acesso de todas as pessoas a vacinas é uma questão de justiça, diz papa Francisco

Papa Francisco recebe credenciais de embaixador do Chade/
Foto: Vatican Media

Vaticano, 17 dez. 21 / 03:57 pm (ACI).- “É importante que a comunidade internacional intensifique seus esforços cooperativos para que todas as pessoas tenham acesso rápido às vacinas. Não é uma questão de conveniência ou de cortesia. É uma questão de justiça”, disse o papa Francisco hoje, 17 de dezembro, no discurso por ocasião da apresentação das credenciais de sete novos embaixadores junto à Santa Sé.

Aos representantes da Moldávia, Quirguistão, Namíbia, Lesoto, Luxemburgo, Chade e Guiné-Bissau o papa disse que há um ano começavam os sinais de esperança com a aplicação das primeiras vacinas, pois "naquele momento, muitos acreditavam que sua chegada era o prenúncio do rápido fim da pandemia".

"A covid-19 continua causando dor e sofrimento, para não mencionar a perda de vidas", disse Francisco. “Espero sinceramente que, por meio dessa experiência, a comunidade internacional alcance uma maior consciência de que somos uma só família humana. Cada um de nós é responsável pelos nossos irmãos e irmãs, não excluindo ninguém”.

“Essa é uma verdade que deveria nos impulsionar a enfrentar não somente a atual crise sanitária, mas todos os problemas que afligem a humanidade e a nossa casa comum – pobreza, migração, terrorismo, mudanças climáticas, para citar alguns – e fazê-lo de maneira solidária e não isolada”, disse o papa.

Francisco destacou que “apesar dos avanços médicos e tecnológicos ao longo dos anos, algo microscópico - um objeto aparentemente insignificante - mudou nosso mundo para sempre, quer percebamos ou não”.

Por isso, o papa destacou que “muito mais deve ser feito a nível institucional e intergovernamental para promover uma 'cultura do encontro' ao serviço do bem comum da nossa família humana”.

“Seu trabalho, queridos embaixadores, muitas vezes é feito em silêncio e sem reconhecimento público. No entanto, vocês já entendem o que o mundo precisa aprender da pandemia: a necessidade de cultivar as relações e facilitar o entendimento mútuo com pessoas de diferentes culturas e origens, com o fim de trabalhar juntos para construir um mundo mais justo”, afirmou o papa.

Desta forma, Francisco destacou aos embaixadores que “a Santa Sé valoriza o importante papel que desempenham, como evidenciado por sua própria presença diplomática e sua participação na comunidade internacional”.

Finalmente, o papa encorajou os diplomatas a estabelecer com os departamentos vaticanos "um diálogo frutífero para abordar questões de interesse comum, especialmente aquelas que afetam a humanidade e nossa casa comum".

Fonte: https://www.acidigital.com/

África: no meio da guerra e pobreza o Natal é luz que ilumina

Menina na diocese de Pemba | Vatican News

Num país marcado pela guerra celebrar o Natal é celebrar a esperança. Nas mãos que se elevam numa prece que busca tocar o céu, as crianças oferecem as mãos como o berço que embala o Menino Deus. No sonho de paz cantam, dançam e elevam as mãos num gesto de esperança. E neste clima de pobreza a confraternização acontece com músicas e o momento mágico de celebrar, afinal Deus ama os pobres e quis nascer no seu meio, sendo pobre.

Ricardo Gomes – jornalista, Diocese de Campos

Mãos que se abrem, mesmo na luta e na dor. Mãos que se elevam para um gesto de amor, retribuir a vida que vem das mãos do Senhor. Mãos sofridas que bem sempre têm o que dar. Mas a certeza de que Deus ama os pobres e se fez pobre também. Mãos construtoras da paz, Mãos solidárias, Mãos em oração, Mãos cuidadosas, Mãos que edificam, Mãos que embalam o menino Jesus. Desde Moçambique, Diocese de Pemba, numa guerra que já dura quatro anos, ousamos dizer: Feliz Natal.” Pe. Edegard Silva Júnior.

Crianças diante do presépio | Vatican News

Numa realidade marcada pela guerra festejar o Natal é encher de luz o sofrimento de um povo diante da guerra e da pobreza. Padre Edegard Silva Júnior acolhe as crianças deslocadas para promover um dia de esperança e celebrar o nascimento do Menino Deus. A Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, em Mieze, na Diocese de Pemba, Moçambique, vem promovendo neste período atividades para dar um pouco de alegria às crianças. Para o sacerdote na confraternização de Natal a palma da mão de cada criança se torna o berço que acolhe o Menino Jesus.

https://youtu.be/ym9NZxnIz4k

“No contexto em que vivemos em Moçambique, África, o símbolo mais expressivo do nosso Natal são as mãos. O canto natalino expressa o que queremos dizer.  Nas mãos das crianças Jesus é embalado com canção de ninar: dorme em paz, essa paz que continua sendo um sonho. E os olhos brilham, o corpo dança e as mãos se elevam querendo tocar o céu. As mãos dos artesãos que confeccionaram o presépio: Maria, José, os pastores, os magos, os animais, todos acolheram Jesus na casinha de bambu. Para isso acontecer, mãos solidárias de outros continentes, contribuíram para que tivéssemos as condições necessárias de realizar nossas atividades.  Portanto, nosso Natal é o Natal das mãos”, revela padre Edegard.

Crianças diante do presépio | Vatican News

É preciso sonhar e esperar que um dia haja a paz

“Na mão das crianças, Jesus é embalado com a canção de ninar: Dorme em paz ó Jesus, dorme em paz ó Jesus. A paz continua sendo nosso sonho…na hora da festa, os olhos brilham, o corpo dança, e as mãos se elevam querendo tocar o céu.” Padre Edegard Silva Júnior.

Padre Edegard Silva Júnior com as crianças

O sonho das crianças é terem a alegria de celebrar o Natal na esperança de um tempo de paz para o país profundamente marcado pela miséria, sofrimento e terrorismo. Padre Edegard recorda outubro de 2017. A missão ficou destruída. Nada foi poupado, nem a igreja, nem as estruturas da paróquia, nem as casas dos cristãos. Durante o ataque ocorreu também o massacre de dezenas de jovens. As execuções, pelos terroristas, ocorreram num campo de futebol, na zona, entre os dias 6 e 8 de novembro.

Crianças | Vatican News

Relatos de sobreviventes falam da “agonia” de mais de 50 pessoas decapitadas. Praticamente todos os que viviam na região tiveram de refazer as suas vidas noutros lugares, ou em campos de reassentamento, ou em aldeias junto de familiares e amigos. Mesmo diante da dura realidade é Natal.

“As mãos dos artesãos que confeccionaram o presépio: Maria, José, os pastores, os magos, os animais, todos acolheram Jesus na casinha de bambu. Para isso acontecer, mãos solidárias de outros continentes, contribuíram para que tivéssemos as condições necessárias de realizar nossas atividades. Portanto, nosso Natal é o Natal das mãos”, conclui o sacerdote.

https://youtu.be/feHkBn-dbzQ

https://youtu.be/9_lRZR3vgt0

Fonte: https://www.vaticannews.va/

São Domingos de Silos

S. Domingos de Silos | Canção Nova
20 de dezembro
SÃO DOMINGOS DE SILOS

Origens

Domingos nasceu na Espanha, mais precisamente no reino Navarra. Nasceu numa família pobre, simples e cristã. Durante a sua infância trabalhou como pastor de ovelhas. Desde essa época conta-se que Domingos era muito caridoso. Muitas vezes ofereceu leite de ovelha para andarilhos pobres que passavam por sua região. Ao mesmo tempo, Domingos amava os estudos. Por esse motivo seus pais o entregaram ao pároco da paróquia à qual pertenciam. Esse padre tinha criado uma escola que ficava ao lado da igreja.

Vida religiosa

Domingos saiu-se muito bem nos estudos. Tanto que o padre propôs a ele a ordenação sacerdotal, vendo que Domingos tinha vocação. Porém, Domingos quis experimentar como era a vida de eremita, praticando a oração, a solidão e os sacrifícios. Depois dessa experiência, decidiu ingressar no Mosteiro Beneditino. Lá, sim, Domingos descobriu sua verdadeira vocação: a vida monástica como beneditino. Assim, rapidamente ele se tornou um exemplo de vida monástica para todos os monges.

Reestruturador

Quando completou trinta anos, Domingos recebeu a incumbência de restaurar e abrir novamente o Mosteiro de Santa Maria. Este tinha sido fechado há vários anos. Para cumprir tal missão, Domingos tornou-se esmoleiro, ou seja, pedia esmolas para conseguir os recursos necessários. Além disso, trabalhou como pedreiro e mestre de obras, fazendo todo o possível para reconstruir o mosteiro, visando receber novos candidatos à vida religiosa beneditina. Depois da obra acabada, sua maior surpresa e alegria foi ver entre os candidatos seu próprio pai e, também, alguns parentes.

Abade

Terminado de cumprir esta missão, Dom Domingos foi enviado para ser o novo abade do Mosteiro de São William de La Cogola. Ao assumir tal missão, passou a ser perseguido pelo príncipe de Navarra. Este, tinha a intenção de apossar-se dos bens do Mosteiro. Por causa dessa perseguição, Dom Domingos foi obrigado a refugiar-se em Castela. Lá, recebeu uma nova missão: reabilitar a antiga abadia do Mosteiro de São Sebastião de Silos, na cidade de Burgos. Esta abadia estava em decadência, quase sem esperança.

Novo fundador

São Domingos de Silos foi abade Mosteiro de São Sebastião de Silos por mais de trinta anos. Por isso, recebeu o apelido de “Domingos de Silos”. Restaurou o reergueu-se de tal forma que passou a ser considerado como seu novo fundador. Ele não só restaurou física e religiosamente a abadia como deu a ela uma intensa e fecunda atividade. Ele fez do local um grande centro de cultura e um novo cenáculo de evangelização. 

Santo e libertador

São Domingos de Silos trabalhou também pela libertação de católicos que tinham sido feitos prisio­neiros de muçulmanos. No final de sua vida, era chamado por todos de o "Apóstolo de Castela". Ele profetizou a data de sua morte. Esta, de fato, aconteceu no dia previsto: 20 de dezembro de 1073. Desde então, passou a ser festejado como São Domingos de Silos nessa data. Tornou-se um santo muito popular e querido na Espanha. Passou a ser invocado como Santo Protetor das Parturientes. Tanto que quando uma rainha espanhola estava prestes a dar à luz, o abade do Mosteiro de Silos levava até seus aposentos o báculo de São Domingos de Silos, que diziam ser milagroso. Este só retornava ao mosteiro depois do parto bem-sucedido.

Oração a São Domingos de Silo

“Escutai, Senhor, as súplicas que vos dirigimos na festa de São Domingos de Silos, para que não tendo confiança na nossa justiça, encontremos apoio nas preces daquele que tanto vos agradou. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho , na unidade do Espírito Santo. Amém.São Domingos de Silos, rogai por nós.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

domingo, 19 de dezembro de 2021

Catedral de Bahrein: projeto de Kiko Argüello

Nossa Senhora da Arábia, Bahrein | Caminho Neocatecumenal
NOSSA SENHORA DA ARÁBIA, UMA CATEDRAL CATÓLICA EM BAHREIN

Era uma vez Francisco de Assis, o pobre. Cheio de zelo pelo Evangelho pregava a pé por toda parte. Foi também à cruzada, como conta Tomás de Celano. Foi a sua maneira. Queria anunciar o amor de Deus ao sultão para ser assassinado. Queria morrer mártir, como aconteceu a muitos dos seus.

Sucedeu que realmente conseguiu falar com o sultão, anunciou-lhe Jesus morto e ressuscitado, mas também aconteceu que não morreu mártir. Ao contrário, foi acolhido com benevolência.

Oitocentos anos depois, desta vez um rei, o rei de Bahrein Hamad bin ʿĪsā Āl Khalīfa, ofereceu ao vigário apostólico da Arábia do Norte, o santo arcebispo Camilo Ballin, que já passou ao Pai, 9 mil metros quadrados de terreno para a construção de uma igreja.

O fato não parece ser habitual.

Catedral Nossa Senhora da Arábia | neocatechumenaleiter.org
Catedral Nossa Senhora da Arábia | neocatechumenaleiter.org

Para o projeto da Catedral de Nossa Senhora da Arábia e do bispado anexo, Ballin lançou um concurso internacional. Em 2014, o grupo de arquitetos dirigidos por Mattia del Prete saiu como ganhador. Del Prete é, há duas décadas, o colaborador mais próximo de Francisco Argüello Wirtz (outro Francisco, casualmente), coiniciador do Caminho Neocatecumenal com Carmen Hernández. Personagem fora do comum, Kiko. Também ele escolheu ser pobre e foi viver entre os últimos nos barracos de Madri. Depois, deu várias voltas ao mundo para anunciar o Evangelho em todos os lugares.

Kiko é um artista. Um artista que, à pintura, à escultura e à arquitetura adicionou nos último anos a música: “O sofrimento dos inocentes”, a sinfonia que compôs e que, inclusive, foi apresentada nas melhores salas de concerto do mundo, também diante da entrada principal do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na presença das mais altas autoridades religiosas judaicas e cristãs.

Catedral Nossa Senhora da Arábia | neocatechumenaleiter.org

Kiko sabe que o culto “é o ápice para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte da qual brota toda sua força” (Sacrosanctum Concilium) e, por isso, sempre prestou tanta atenção na qualidade dos ambientes nos quais se reúnem as comunidades que ele fundou. Ao longo de mais de 50 anos, a “Nova Estética” do Caminho, como a chamou, tem se enriquecido com muitas soluções artísticas que hoje formam um corpo arquitetônico bem reconhecido. Igrejas, seminários, catecumeniums, a Domus Galilaeae no Monte das Bem-aventuranças no lago de Tiberíades, representam um conjunto bem articulado de soluções que permitem aos irmãos nutrir-se, junto com a Palavra de Deus e os sacramentos, da beleza.

Kiko falou da beleza muitas vezes. Cito algumas de suas expressões: “João Paulo II quando falava de artistas, disse uma frase profunda: ‘Este mundo em que vivemos necessita da beleza, para não cair no desespero’. O Papa relacionou a beleza com a esperança, com o amor”; “Na estética há um segredo profundo, que é o amor”; “Deus criou o universo e a terra com um amor imenso e com grande harmonia. Há um equilíbrio sábio e profundo que abarca tudo, começando pelas cores (por exemplo, a cada vermelho lhe corresponde um tipo de verde complementar), porque cada coisa tem relação com outra, em uma policromia e polifonia maravilhosas: o céu azul, o verde das copas das árvores, as montanhas rugosas e íngremes, tudo canta e proclama a beleza da obra de Deus”; “Este amor de Deus ao homem tem um profundo valor estético, porque Deus, que é Amor, também quer dar prazer ao homem”; “Estou convencido de que somente uma nova estética salvará a Igreja”.

Catedral Nossa Senhora da Arábia | neocatechumenaleiter.org
Catedral Nossa Senhora da Arábia | neocatechumenaleiter.org

Quanto às Igrejas, a “Nova Estética” apresenta duas características fundamentais: a construção da planta central, octogonal, que permite a plenitude da vida litúrgica comunitária que se desenvolve em torno do altar, e a recuperação dos ícones da tradição ortodoxa: “Queremos recuperar as figuras, recuperar a unidade entre Oriente e Ocidente”. “No Oriente a iconografia não é um elemento acessório, um adorno em si mesmo, mas é parte integral e essencial da liturgia: é um anúncio, o anúncio de Jesus Cristo. Todas as grandes igrejas orientais são ricas em ícones, e ao começo de cada “divina liturgia”, ou seja, da Eucaristia, se incensam os ícones, que são o anúncio da realidade do céu. O ouro que abunda nos ícones, no fundo, nas decorações, nas imagens, significa o anúncio de uma realidade celestial”.

A partir dos ícones, Kiko idealizou o que chamou de “coroa mistérica”: um espaço circular na base da cúpula, totalmente pintado de afrescos, com pinturas que ilustram os episódios mais destacados da vida de Jesus e anunciam seu regresso triunfante: “As imagens da coroa mistérica querem impressionar o espírito dos fiéis que as contemplam. Têm como finalidade ajudar o homem a elevar seu espírito a Deus”.

Catedral Nossa Senhora da Arábia | neocatechumenaleiter.org

O arquiteto Del Prete e sua equipe se valeram do conselho artístico de Kiko Argüello e realizaram uma valiosa síntese das mais belas inovações desenvolvidas ao longo dos anos pela Nova Estética do Caminho: uma grande cúpula dourada que faz presente o céu, a coroa mistérica cujas lâminas de “folha de ouro puro” envolvem as pinturas e as unem em uma franja ininterrupta de luz, o uso de um novo tipo de vitrais modernos, simbólicos, com traços geométricos, o altar central, os revestimentos de mármore no exterior e no interior, realizados com mármore travertino cor de palha romano, pedra serena, amarelo de Siena, vermelho de Verona e Mármore de Carrara.

Todos os elementos de madeira e de mármore foram realizados por empresas italianas. As obras, que começaram em 2018, foram concluídas agora, e Nossa Senhora da Arábia foi inaugurada em 10 de dezembro de 2021.

amad bin ʿĪsā Āl Khalīfa, que presenteou o Papa com uma maquete de metais preciosos do projeto ganhador, apreciando a beleza desta Igreja, permitiu colocar nela uma cruz.

Uma eleição, também esta, nada usual.

Angela Pellicciari

Catedral Nossa Senhora da Arábia | neocatechumenaleiter.org

Catedral Nossa Senhora da Arábia | neocatechumenaleiter.org

Catedral Nossa Senhora da Arábia | neocatechumenaleiter.org

Catedral Nossa Senhora da Arábia |
neocatechumenaleiter.org

Catedral Nossa Senhora da Arábia | neocatechumenaleiter.org
Fonte: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br

O comercial que está emocionando os brasileiros neste fim de ano

Youtube / Itaú
Por Ricardo Sanches

Estrelado por Fernanda Montenegro e a pequena Alice, filme resgata valores essenciais para a humanidade.

Sempre no fim do ano, os brasileiros ficam na expectativa dos melhores comerciais de Natal e de Ano Novo. Isso porque as marcas aproveitam a oportunidade para transmitir belas e tocantes mensagens de esperança para o ano vindouro, diferentemente do que fazem no decorrer do ano, quando o varejo e o apelo ao consumo falam mais alto.

Neste ano, um filme do banco Itaú veiculado na TV e nas redes sociais tem chamado a atenção dos brasileiros. Estrelado pela atriz Fernanda Montenegro e pela bebê Alice, o comercial resgata valores essenciais para a humanidade.

Na verdade, a pequena Alice ficou famosa no Instagram e no TikTok através dos vídeos em que ela aprende e repete palavras difíceis que a mãe dela lhe ensina. Mas, desta vez, é ela que ensina algumas destas palavras para a experiente Fernanda Montenegro, recentemente eleita para a Academia Brasileira de Letras.

No vídeo, Alice ensina à atriz as expressões “respeito”, “esperança”, “humanidade” e “amor entre as pessoas”. Mais do que palavras, são valores e desejos para 2022.

Os olhos de Fernanda Montenegro chegam a brilhar quando ela pergunta à pequena quem lhe ensinou tudo isso e ela responde: “a vida”. Uma clara mostra de que, mesmo com muita experiência, sempre temos algo a aprender.

A mistura da experiência e da inocência para transmitir valores essenciais ao seres humanos tem emocionado a todos. Na internet, muita gente elogiou a campanha. “No mundo em que estamos, quando ouvimos uma mensagem desse porte num final de ano tão conturbado, só fiz uma coisa: chorar né? Fofura de pessoas! ♥️”, comentou uma internauta no YouTube.

Assista ao comercial:

https://youtu.be/KiNlw55m67A

Fonte: https://pt.aleteia.org/

IV DOM DO ADVENTO - Ano C

Maria visita Isabel | Canção Nova

Dom Paulo Cezar Costa / Arcebispo de Brasília

A fé caminhante de Maria

Neste quarto domingo do advento, encontramo-nos com Maria. Ela é a pessoa central deste tempo de espera, pois ela foi a primeira que viveu a espera do seu filho. Quem primeiro viveu o advento foi ela. O evangelho nos apresenta a visita de Maria a Isabel (Lc 1, 39-45).  Essas duas mulheres são associadas por um mesmo projeto divino. O anjo, que havia anunciado a Maria que ela seria a mãe do Salvador, tinha anunciado a ela que Isabel estava grávida e já era o sexto mês para aquela que era chamada de estéril. Maria já tinha, na anunciação, colocado toda a sua existência como serva, à disposição de Deus. A fé a faz caminhar apressadamente. Caminhar apressadamente representa a mulher que quer, na sua vida, realizar a vontade de Deus. Maria representa os pobres de Iahweh, que não têm nenhuma outra riqueza a não ser Deus e que, por isso, se confiam totalmente ao seu amor misericordioso. Papa Francisco comenta que Maria “é a mulher orante e trabalhadora de Nazaré, mas é também Nossa Senhora da prontidão, a que sai “apressadamente” (Lc 1, 39) da sua povoação para ir ajudar os outros. Esta dinâmica de justiça e ternura, de contemplação e de caminho para os outros faz dela um modelo eclesial para a Evangelização” (EG. 288). A Igreja, mãe da ternura, caminha sempre como Maria, porque a sua dinâmica é caminhar. A intimidade da Igreja com Jesus é itinerante, a comunhão reveste essencialmente a forma de comunhão missionária e, por isso, a Igreja sai para anunciar o evangelho a todos, em todos os lugares e ocasiões. Evangelizar é a missão da Igreja.

A realização da vontade de Deus é o caminho da Igreja. Por isso, no dia da minha posse, um ano atrás, expressei o meu sonho de Igreja: “Sonho que juntos construamos uma Igreja que seja mais Maria, que corra com mais leveza, por que é mais evangelho e menos estruturas, é mais ação e menos palavra, é mais anúncio e menos reuniões. Sonho com uma Igreja mais livre, que dialoga com todos, mas temente somente a Deus e  amiga do mundo”.

Maria entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. O simbolismo da casa de Isabel relembra a vida familiar, relembra a Igreja doméstica. Maria entra na vida, na intimidade de Isabel e Zacarias. No encontro entre Maria e Isabel, está inserido também um encontro simbólico entre Jesus e João Batista. O encontro destas duas grandes mulheres significa o encontro da Antiga Aliança e da Nova Aliança, o encontro entre a promessa e a realização da promessa. Isabel, embora mais idosa, manifesta sua submissão a Maria: “Bendita és tu entre as mulheres…”. A mesma realidade faz também o Batista que “estremeceu no ventre de Isabel”, para realizar, assim, a vocação de orientar as pessoas para Jesus.

Maria contempla, vê com seus olhos a maravilha da obra de Deus em Isabel, pois a estéril conceber só pode ser obra de Deus. E Isabel é impactada pela saudação de Maria: “Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite, pois logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu ventre”. (43-44). Aqui já se expressa toda a fé da Igreja na mãe de Jesus, toda a veneração que a Igreja das origens tem por Maria e, ao mesmo tempo, a fé em Jesus Cristo.

Maria é mãe do Filho de Deus.  Senhor é o título de Cristo. Ele ressuscitado é proclamado Senhor. Proclamar que Jesus é o Senhor significa reconhecer a centralidade Dele na história e na vida humana.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Antonio Cardoso em: a Canção e a Prece – "Um canto a Maria"

Nossa Senhora da Providência | Vatican News

Antonio Cardoso em: a Canção e a Prece. O cantor, compositor e catequista está presente no Programa Brasileiro da Rádio Vaticano todos os domingos com o espaço especial intitulado "A Canção e a Prece". No programa de hoje: Maria, uma amizade que nos transforma.

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Quando Maria visita a nossa casa, todos nós nos enchemos do Espírito Santo. Do mesmo modo que Isabel abriu o seu coração, as portas, as janelas... abriu o seu universo familiar para esta amizade de Maria. Amizade tão sublime, tão singela. Tão carregada com essa imensa luz que transforma, que revoluciona a humanidade....

A canção "UM CANTO A MARIA" é de autoria de Antonio Cardoso

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Fonte: https://www.vaticannews.va/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF