A Arquidiocese de Brasília viveu, neste domingo (28/12), um momento marcante de fé e comunhão com o Encerramento do Ano Jubilar da Esperança, celebrado com Santa Missa solene na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, ao meio-dia.
28/12/2025
A Celebração Eucarística foi presidida pelo Cardeal Paulo
Cezar Costa, Arcebispo Metropolitano de Brasília, e concelebrada pelos Bispos
auxiliares: Dom Antonio de Marcos e Dom Denilson Geraldo, além de numerosos
sacerdotes do clero arquidiocesano, com a assistência de diáconos.
A Catedral, completamente cheia, tornou-se sinal visível do
que, segundo o Cardeal, foi um verdadeiro ano de graça para o povo de Deus.
Logo no início da homilia, Dom Paulo Cezar agradeceu a presença dos fiéis e
destacou a força espiritual vivida ao longo do Ano Jubilar.
“Essa Catedral cheia manifesta aquilo que nós sentimos: este foi
verdadeiramente um ano de graça. As graças do Ano Jubilar tocaram a vida de
cada um de nós, de nossas famílias, de nossas comunidades e da nossa
sociedade”, disse.
Inspirado pelo tema do Ano Jubilar, o Arcebispo recordou que
os cristãos foram chamados a viver como peregrinos da esperança, especialmente
em um mundo marcado por crises, violência, ameaças à liberdade, descuido com a
vida e com a casa comum. Em sua reflexão, alertou para o risco de uma sociedade
que caminha sem esperança, dominada pela cultura do efêmero e do passageiro.
A imagem do peregrino, segundo Dom Paulo, revela a própria
condição humana de seres em constante busca. O Cardeal recordou as grandes
peregrinações narradas pela Sagrada Escritura, citando Abraão, Moisés, o povo
de Israel, Jesus e os primeiros discípulos , e afirmou que a fé cristã é,
essencialmente, um caminho. “Quem tem fé, caminha. A fé nos coloca na condição
de peregrinos, como Igreja que peregrina rumo ao infinito de Deus”, afirmou o
Arcebispo.
Ao meditar o Evangelho do dia, o Dom Paulo destacou a
proteção de Deus à Sagrada Família, forçada a fugir para o Egito diante da
tirania de Herodes. O Cardeal explicou que a narrativa bíblica revela uma
profunda dimensão profética de que a tirania sempre ameaça a vida, a liberdade
e a dignidade humana, mas não tem a palavra final.
“Os tiranos se acham donos da lei, da vida e da morte, mas a
tirania é sempre ofensa a Deus e ao ser humano. Deus não se vence pela tirania,
Ele vence os tiranos”, afirmou. Dom Paulo ressaltou ainda a figura de São José
como homem justo, sempre disponível à vontade de Deus, por meio de quem o
Senhor conduziu e protegeu o Seu Filho.
“Mesmo em meio às maldades e às vicissitudes da história,
Deus realiza o Seu plano. A história da Sagrada Família revela que Deus age
concretamente na vida do Seu povo e continua caminhando com a humanidade”,
destacou.
Ao longo da homilia, o Cardeal salientou ainda que a
esperança cristã não é vazia, mas nasce da certeza de que Deus caminha com o
Seu povo, recordando testemunhos de cristãos perseguidos, como no Iraque, onde,
mesmo sob ameaças e violência, as igrejas permaneciam cheias, sustentadas pela
fé no Cristo vivo.
“O Senhor está presente na vida das nossas famílias. A
família é igreja doméstica, comunidade de fé, de amor e de vida. Recordando o
ensinamento de São Paulo VI. Segundo ele, é no cotidiano, na Eucaristia, na
Palavra, na oração e no cuidado com os mais pobres que Deus continua fazendo
história com o Seu povo”, frisou.
Ao encerrar o Ano Jubilar da Esperança, Dom Paulo convidou
os fiéis a saírem da Catedral com o coração agradecido e pulsando de esperança.
“Que essa grande esperança da fé sustente a nossa vida no dia a dia, diante dos
problemas e desafios. A nossa esperança está no Senhor, que morreu e
ressuscitou. Ele é a nossa grande esperança”, finalizou o Cardeal.
A Santa Missa de encerramento do Ano Jubilar na Arquidiocese
de Brasília pode ser assistida no vídeo abaixo:

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