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Dorrio - publicado em 03/09/25
Todos os dias usamos o WhatsApp, até mesmo logo ao
acordar. Mas como podemos transmitir caridade também em meios digitais como
esse? Aqui estão algumas dicas.
A maioria de nós chegou ao WhatsApp já na vida adulta, sem
“pais digitais” que nos ensinassem suas regras de etiqueta. Aprendemos na
prática, decifrando códigos não escritos que ajudam na convivência e na
caridade dentro desse aplicativo, por onde administramos cerca de 80% de nossas
relações pessoais.
Na Aleteia, queremos olhar para essas boas maneiras a partir
de uma perspectiva concreta: a caridade cristã, também no digital.
1 - NÃO JULGAR PELA INTERAÇÃO
Não podemos classificar nem julgar as pessoas pelo nível de
resposta no WhatsApp. Há quem não consiga acompanhar o ritmo frenético das
mensagens — pense em pais de família numerosa ou pessoas mais idosas — e isso
não significa desinteresse, mas talvez apenas falta de tempo ou de atenção à
rede social.
2 - EVITAR O “SILÊNCIO FRIO”
Há situações que podem ferir sem que percebamos. Quando
alguém propõe um plano ou faz uma pergunta em um grupo e ninguém responde, o
silêncio pode ser desconfortável. Se a resposta for mais pessoal, envie-a em
privado para não sobrecarregar o chat, mas sem deixar a pessoa no vazio.
3 - INCLUIR A TODOS
Se é um grupo de classe, amigos ou trabalho, asseguremo-nos
de que todos os que deveriam estar incluídos realmente estejam. Se notarmos a
ausência de alguém, avisemos o administrador. A exclusão, ainda que
involuntária, continua sendo exclusão.
4 - SAIR DE UM GRUPO COM ELEGÂNCIA
Se desejamos sair de um grupo, o mais correto é primeiro
mandar uma mensagem privada ao administrador, agradecendo pelo convite e
explicando — sem necessidade de muitos detalhes — que precisamos sair. Uma
mensagem pública do tipo “vou sair porque estou saturado” pode soar mal,
deixando os outros com a impressão de que não valem nosso tempo. O ideal é se
retirar como quem se despede de uma festa: com gratidão, sem incomodar e com
delicadeza.
5 - USAR OS RECURSOS ANTES DE CHEGAR AO BLOQUEIO
Por mais sobrecarregados que estejamos, bloquear
deveria ser o último recurso. Antes, o WhatsApp oferece várias opções:
- Silenciar
notificações
- Restringir
participação em grupo: se for administrador, ajuste “Enviar mensagens”
para “Somente administradores” ou limite as funções de alguns membros.
- Arquivar
conversas: mantenha pressionado o chat e selecione o ícone de
arquivar. O chat some da tela principal, mas não é apagado.
- Ajustar
privacidade do perfil: em “Configurações” > “Privacidade”, é
possível escolher quem vê sua última conexão, foto, informações e status.
O bloqueio significa romper uma ponte de comunicação. Pode
impedir que, em um momento de necessidade, aquela pessoa consiga pedir nossa
ajuda. E isso é algo que, se possível, deveríamos evitar.
A caridade também online
A caridade cristã não se limita ao contato presencial. Ela
também se expressa em uma mensagem, em uma resposta dada a tempo, em uma
inclusão consciente ou em uma saída discreta de um grupo. Cuidar desses
detalhes é, no fundo, cuidar das pessoas. Porque mesmo nas redes
sociais, o mandamento continua o mesmo: “Ama teu próximo como a ti
mesmo.”
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