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sábado, 5 de fevereiro de 2022

Escolas católicas: onde se ama Jesus acima de tudo

Wirestock Creators | Shutterstock
Por Katie Prejean McGrady

Eu vi o benefício das escolas católicas todos os dias da minha vida e sabia que isso era algo que eu queria para meus próprios filhos.

Ela veio sorrindo, toda arrumada, de uniforme, e me disse: “Mãe! Adivinhe quem eu vi hoje!?” Eu respondi: “Quem, Rose? Quem você viu?”

“Bem… Primeiro eu vi o bispo, e ele disse para te dizer olá. E então eu vi duas freiras! E elas têm o mesmo nome, Irmã Miriam e Irmã Miriam Ruth. E então eu vi um padre, o mesmo que veio jantar em nossa casa. Ele também estava na minha escola!”

Eu ri enquanto ela dizia sua lista de encontros católicos famosos do dia, feliz que em seu mundo uma visita do bispo e das religiosas seja tão legal.

São momentos assim que me deixam tão grata por nossa escolha de enviar nossos filhos para uma escola católica. Que ela veja padres e freiras no campus, que ela possa ir à missa e visitar Jesus eucarístico, que ela seja conhecida pelo nome e receba uma excelente educação – todas as razões pelas quais escolhemos a educação católica.

Escolha

Não foi uma decisão tão fácil, pois pesamos todas as nossas opções educacionais desde o momento em que descobrimos que estávamos esperando nossa primeira filha em dezembro de 2016.

A escola pública do nosso bairro é muito boa e há muitas outras excelentes opções na cidade. Mas à medida que fazíamos nossa lista de prioridades e discerníamos o que estávamos procurando, meu marido e eu continuávamos nos perguntando: como estamos formando nossos filhos para o Céu e quem poderia nos ajudar?

Bem… em uma escola católica.

As escolas católicas devem ser locais de formação integral – mente, corpo e espírito – e devem ser instituições que fazem parceria com os pais para criar filhos chamados a ser sal e luz no mundo.

São lugares guiados pela crença de que, se criarmos um filho no caminho que ele deve seguir, quando ele for adulto, ele permanecerá no bom caminho. E, talvez essa criança continue a viver a Verdade de uma maneira tão dinâmica e atraente que outros venham a vivê-la também.

As escolas católicas existem não apenas para si mesmas, mas literalmente para formar jovens homens e mulheres para viver vidas de serviço e sacrifício, proclamando a fé e dando testemunho de Cristo no mundo.

ALETEIA

Benefícios

Eu mesma sou um produto da educação católica, pois vivi em primeira mão seus benefícios. E enquanto meu marido e eu discerníamos e discutimos como educaríamos nossos filhos, comecei a perceber tudo o que as escolas católicas me deram.

Foi em uma escola católica que aprendi a rezar pela primeira vez. Todas as manhãs, um Pai Nosso, Ave Maria e Glória era recitado em um alto-falante. Simples, rotineiro. Mas é algo que eu ainda faço até hoje.

Foi em uma escola católica que fui encorajada a fazer perguntas, grandes e pequenas. Um diácono, nosso administrador acadêmico, me deu uma cópia de Teologia para Iniciantes de Frank Sheed quando eu estava no Ensino Médio, e semanalmente nos encontrávamos para discutir minhas perguntas. Anos mais tarde, o diácono foi o leitor do Evangelho no meu casamento.

Foi em uma escola católica que formei amizades frutíferas e duradouras, construindo comunidade com pessoas com quem eu poderia rir, confiar, crescer e conhecer até a idade adulta, amigos com cujos filhos meus próprios filhos agora estão convivendo.

Foi em uma escola católica que aprendi a pensar, escrever, debater e raciocinar. Ainda me lembro do meu professor de matemática fazendo rap sobre o teorema de Pitágoras, do meu professor de latim conjugando verbos e do meu professor de história recitando o preâmbulo da Constituição, cada educador mais entusiasmado do que o outro, inspirando-me a me tornar eu mesma uma professora.

Foi em uma escola católica que encontrei e conheci Jesus Cristo pela primeira vez, presente na missa das sextas-feiras, conhecido através das Escrituras que refletíamos todas as segundas-feiras, amado na vida sacramental a que fomos encorajados a abraçar e mostrado a mim no testemunho dos funcionários dedicados.

Eu vi o benefício das escolas católicas todos os dias da minha vida e sabia que isso era algo que eu queria para meus próprios filhos.

Eles certamente não são perfeitos, no entanto, e as escolas católicas (especialmente hoje) não estão imunes às críticas. Muitas se tornaram instituições elitistas com preços absurdamente altos com classes pequenas, políticas uniformes rigorosas, falta de diversidade e práticas inclusivas, com apenas alguns crucifixos nas paredes e sem fé ou identidade católica à vista. Muitas escolas católicas se inclinaram para as pressões de um mundo que exige que escondam sua catolicidade.

ALETEIA

Diferença

Há muitas dessas escolas particulares para satisfazer os pais que simplesmente querem que seus filhos tenham acesso universitário tão exclusivo que você pensaria que eles são da realeza.

O que deve diferenciar a escola católica – e o que torna a educação católica algo pelo qual vale a pena lutar, investir e apoiar – é a identidade católica em seu coração, o que leva a escola católica a prosperar em todas as outras áreas. E, o mais importante de tudo, aqueles de nós que anseiam ver isso devem estar na linha de frente de lutar pela escola católica, insistir nela e ajudar a criá-la.

Ou seja, até que estejamos dispostos a entrar no ringue e lutar pela identidade católica de nossas escolas nós mesmos, os problemas nunca serão corrigidos.

E assim insistimos na oração da manhã, do meio-dia e da tarde, sabendo que esse momento não é simplesmente esperado, mas alegremente desejado e pode ser verdadeiramente transformador.

Pedimos a presença de sacerdotes e religiosos engajados que dão testemunho de uma vida alegre no Senhor que mostre aos nossos filhos que nossas vidas pertencem afinal a Deus.

Lutamos pela construção de um currículo rigoroso, competitivo, enraizado em ótimos livros e totalmente formativo, preparando os alunos para se envolver na força de trabalho, no ensino superior e no serviço aos outros.

Criando oportunidades de conhecer Jesus, amar os outros como Jesus e dar a conhecer Jesus aos outros que promove uma atmosfera de aprendizado centrado em Cristo no campus, onde Jesus não é uma ideia ou figura de conto de fadas, mas o primeiro e mais importante professor do lugar.

É defender e apoiar professores, funcionários e famílias que conhecem todas as crianças pelo nome e estão do lado de cada criança, ajudando de pequenos jardins de infância a pessoas da classe alta a lutar pela santidade dia a dia.

É participar plenamente do serviço à comunidade, criando uma escola que não existe apenas para si mesma, mas para todos os que a cercam, uma escola que é um farol de esperança e alegria para um bairro inteiro.

É isso que torna uma escola católica – o que faz a mensalidade valer a pena: porque a escola católica não existe em si mesma, mas para o bem de todos que a frequentam, e forma crianças para entrar em um mundo que se beneficiará muito de uma criança formada integralmente.

ALETEIA

Nossa escola católica tem Adoração ao Santíssimo Sacramento no início de cada mês, e os alunos de cada série passam um pouco de tempo com Jesus. Uma quarta-feira de manhã, entrei para rezar, e os pequeninos estavam saindo assim que cheguei. Eu disse um rápido olá à Irmã Miriam Ruth, a heroína de todas as crianças no campus, que liderava as crianças em uma dezena do Terço.

“Essas crianças realmente te amam, Irmã”, eu lhe disse.

Ela sorriu como só uma freira é capaz e disse: “Bem, eu também as amo. E espero que todas amem Jesus acima de tudo.”

E esse, ali mesmo, é o objetivo, o propósito, o ponto pelo qual lutamos na educação católica: ajudar nossos filhos a amar Jesus acima de tudo.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

EDUCAÇÃO CATÓLICA: FUNDAMENTO ÉTICO E ANTROPOLÓGICO

Fundação Nazaré de Comunicação

Dom Antonio de Assis
Bispo auxiliar de Belém do Pará (PA)

EDUCAÇÃO CATÓLICA: FUNDAMENTO ÉTICO E ANTROPOLÓGICO (Parte 5)

Para que possamos compreender a sensibilidade da Igreja Católica para com o mundo da educação precisamos mergulhar no universo da identidade do ser humano: quem é o homem, qual é a sua origem, qual é a sua vocação, em que consiste a sua dignidade, qual é a sua constituição, como se estrutura, qual é o seu destino, o que dá sentido para a existência humana? Chamamos isso de fundamentos antropológicos, ou seja, que estão alicerçados na natureza do ser humano.

Sem um profundo conhecimento da natureza humana não há educação; poderá haver domesticação, como acontece na relação dos homens com os animais irracionais. O Reconhecimento da dignidade humana oferece balizas de limites para o processo educativo do ser humano. Ao longo da história, em nome da educação, já se promoveu muita opressão. Em geral, toda forma de educação que inibe e abafa a subjetividade do educando é um exemplo de educação opressora.

O ser humano é o promotor e, ao mesmo tempo, o beneficiário da educação, porque são os próprios seres humanos que se educam entre si. O ser humano não é educado por outra espécie, mas pelos próprios semelhantes e por si mesmo. Isso significa que quando um povo aprofunda a consciência da própria identidade, torna-se virtuoso e progride.

  1. Fundamento antropológico da educação

A sensibilidade da Igreja para com a educação emerge da natureza humana. O Concílio Ecumênico Vaticano II, na Constituição Gaudium Et Spes (ano 1965), afirma que o homem é o centro e o vértice das criaturas terrenas (cf. GS 12). Centro, significa que tudo deve convergir para o bem-estar humano integral; vértice, quer dizer que o ser humano é a máxima expressão das criaturas visíveis, sendo ele o cume da criação.

Somente o ser humano foi “criado à imagem e semelhança de Deus” (Gn 1,27). Dessa realidade de fé deriva sua dignidade, vocação e missão no mundo. A “dignidade humana” se fundamenta na participação na vida divina, no ser de Deus, no dinamismo divino. É a sua condição de nobreza, de senhoria e de grandeza em relação ao resto da criação.

A dignidade humana é um dom divino (natural) que se expressa através das múltiplas potencialidades como a inteligência, vontade, liberdade, afetividade, consciência, sociabilidade, espiritualidade, sexualidade etc. Isso significa que educar é promover a consciência de ser! Cada dimensão tem suas exigências próprias.

O homem é um ser marcado por aspirações profundas e dinâmicas! Mas é um ser inacabado, não está pronto, carente, inquieto, sedento… é chamado a desenvolver suas potencialidades, a crescer… Educar é promover o desenvolvimento do ser!

O ser humano tem uma vocação, uma meta: ser santo, retornar à sua origem, ao seu criador… buscar a sua felicidade absoluta (plena realização), a vida eterna, a paz total… Essa experiência se dá através do Amor… Educar é dar sentido para a Vida!

O ser humano, por ter recebido de Deus tais dons, é chamado à responsabilidade para consigo, para com seus semelhantes e com o resto das criaturas… Educar é estimular a consciência de responsabilidade!

  1. Fundamento ético da educação

Por causa da beleza e profundidade da dignidade humana, a educação tem uma exigência ética. Ou seja, não pode ser promovida de qualquer jeito! A dignidade é a condição regente do dinamismo e da qualidade da educação; a educação Católica deve zelar por isso. Onde não se respeita a dignidade humana, lá temos uma educação reducionista e por isso não favorece o pleno desenvolvimento humano.

Pelo fato de todo ser humano ser portador de carências naturais e de potencialidades a serem desenvolvidas, a educação é uma necessidade e um direito de todos. A educação é um bem universal porque visa o desenvolvimento das potencialidades naturais e aspirações profundas do ser humano.

Falar do fundamento ético da educação, significa que o processo educativo exige honestidade para com a natureza humana, retidão por parte do educador, métodos justos! A educação é um empreendimento que está a serviço da promoção da dignidade humana com seus múltiplos recursos.

Por isso, a Igreja reconhece o que declara a Carta Magna dos Direitos humanos no seu artigo XXVI: “Todo homem tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória…. e orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do homem e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos”.

  1. Educar para a verdade, amor e glória

A presença da Igreja na educação significa um compromisso com a busca, assimilação e vivência da Verdade do ser humano, acolhendo, respeitando e estimulando a sua realização vocacional, enquanto ser racional.

Esses dois aspectos éticos e antropológicos para a Igreja Católica encontram na pessoa de Jesus Cristo a referência insubstituível, pois Jesus Cristo é o modelo de ser humano plenamente realizado.

Em termos éticos o ser humano precisa ser educado para a verdade, a justiça e o amor, pois há uma conexão inseparável entre amor, justiça e verdade: “amor e verdade se encontram, justiça e paz se abraçam” (Sl 85,11). Jesus Cristo é a Verdade personificada e, ao mesmo tempo, aquele que viveu em plenitude o amor, a compaixão, a tolerância, a Justiça, a misericórdia.

A meta da educação não é o acúmulo de informações e nem de conhecimento, mas é motivar o ser humano para ser capaz de dar sentido para a sua vida praticando o amor e a justiça. Sendo assim, a ciência deve estar a serviço da promoção da dignidade humana.

A dimensão ética da educação estimula o ser humano a galgar a sua meta existencial, a dar sentido para a sua vida neste mundo e infundindo-lhe a consciência de que somos chamados à vida terna. Para a Igreja educar é estimular a paixão pela glória eterna que, não significa nenhuma forma de desprezo pelos bens terrenos.

PARA REFLEXÃO PESSOAL:

  1. Em que consiste os fundamentos antropológicos da educação católica?
  2. Em que consiste as exigências éticas da educação católica?
  3. Por que a dimensão ética da educação estimula o ser humano a dar sentido para a sua vida?

Seminaristas anunciam o Evangelho na Segunda Maior Favela da América Latina

Seminaristas anunciam o Evangelho - Brasília | Vatican News

Durante toda a semana, 80 seminaristas anunciaram a Boa Nova entre as casas na missão “porta a porta”, visitaram enfermos e idosos, deram formações para as pastorais, participaram das celebrações litúrgicas com a comunidade.

Gabriel Dias Ferraz, seminarista 

Os seminaristas da Arquidiocese de Brasília na última semana (24/01 a 30/01) viveram intensamente o envio que Cristo faz aos apóstolos de anunciar o Evangelho (cf. Mc 1, 15) e o que o Papa Francisco sempre nos pede: uma Igreja em saída. Dom Paulo Cezar Costa, arcebispo da capital, ouvindo o apelo do Santo Padre, decidiu unir o Seminário Maior Nossa Senhora de Fátima e o Seminário Missionário Redemptoris Mater em uma Missão de Férias com um único propósito: anunciar o Cristo Ressuscitado no Sol Nascente, que é a segunda maior favela da América Latina. O anúncio aconteceu na Paróquia Cristo Rei, no P Sul (Ceilândia) e em suas capelas, que ficam na região. A grande estrutura de missão só foi possível pela frutuosa e eficiente colaboração do Padre Marcos Fernando, Administrador Paroquial, e do Padre Pawel Sobczak, vigário paroquial.

Seminaristas anunciam o Evangelho | Vatican News

Durante toda a semana, 80 seminaristas anunciaram a Boa Nova entre as casas na missão “porta a porta”, visitaram enfermos e idosos, deram formações para as pastorais, participaram das celebrações litúrgicas com a comunidade. De fato, foi um período intenso de contato com a Palavra de Deus para todos os que moram na região. Além disso, em um dos dias, contaram com o auxílio do grupo MedCAL, pertencente ao movimento Regnum Christi, que realiza missões humanitárias com profissionais e estudantes da saúde e do direito para regiões mais necessitadas.

O padre Marcos Fernando, ao falar sobre a região, disse que “a nossa grande dificuldade aqui são as famílias destruídas pela violência, pela pornografia e pela prostituição. Famílias que vem de lares destruídos pelas drogas e pela bebida. Portanto, a dificuldade é chegar até essas pessoas. A importância dessa missão é que o povo vai saber que Brasília tem dois seminários que tem amor por essa Arquidiocese, que vão em suas casas para levar Jesus Cristo”

Na mesma linha, o reitor do Seminário Missionário Redemptoris Mater, o padre Paulo de Matos, afirmou que “é necessário recordar o que diz são Paulo: A fé vem pela pregação (cf. Rm 10, 17). Então é necessário anunciar Cristo. Mas quando? No momento oportuno e no momento que muitas pessoas pensam ser inoportuno.”

Seminaristas anunciam o Evangelho | Vatican News

Quanto ao aspecto vocacional da missão na vida dos futuros padres, o reitor do Seminário Maior Nossa Senhora de Fátima, padre Carlos Costa, destacou que “a missão, na vida de um seminarista, é uma das raízes de sua vocação. O seminarista precisa entender que ele é um enviado do Senhor, que vai participar da missão apostólica, que é missão da Igreja.”

Na conclusão da missão, o Arcebispo celebrou a Santa Missa de encerramento da Missão de Férias dos Seminários. Nesta missa, estiveram presentes os seminaristas, a comunidade do Sol Nascente e autoridades civis, como o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha e a primeira-dama Mayara Noronha, juntamente com administradores da Ceilândia e do Sol Nascente.

Além da temática da missão, Dom Paulo Cezar também ressaltou, a partir da Liturgia do dia, que “a vida humana sem amor vai ficando pesada, sem sentido. O amor dá assas à existência, faz com que a vida seja mais leve, faz com que trabalhemos o dia inteiro e terminemos o dia com o coração leve. O que é feito sem amor, não tem sentido. O amor é central na nossa vida de fé e no nosso dia a dia. Não há vida humana sem amor. O amor não é um conceito simplesmente, mas vai tomando forma concreta, com pequenos atos concretos de amor. Percebe que alguém está necessitado, o que você vai fazer? Ignorar aquela pessoa necessitada que mora ao seu lado? Isso é amor? Não! A gente ajuda e mostra que temos amor no coração.” E concluiu a homília afirmando: “Se falta amor na nossa vida, falta algo fundamental. Que o amor se torne concreto na nossa vida, com gestos de bondade e de ajuda aos irmãos, de olhar para fora e perceber que o outro necessita do meu amor e da minha presença. Que essa palavra nos ajude a sermos um dom de amor."

Seminaristas anunciam o Evangelho | Vatican News

Após a Missa, dom Paulo concedeu entrevista aos seminaristas e afirmou que: “A Igreja de Brasília olha para realidades como Sol Nascente com esperança e com alegria, percebendo que aqui há uma porção do povo de Deus que precisa ser acolhida, encontrada e amada. O papa tem falado muito sobre as periferias humanas e existenciais. A Igreja tem essa missão de ir ao encontro de todos. Ir principalmente ao encontro dos mais pobres e dos mais necessitados. Ser presença para eles do amor de Deus, anunciar para eles o Amor de Deus. É isso que a Igreja de Brasília quer fazer ao enviar nossos queridos seminaristas para passar essa semana aqui anunciando para cada pessoa o amor misericordioso de Deus, que restaura e dá sentido à vida”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Políticas e ativistas defendem aborto em carta a candidatos das eleições 2022

Reunião na casa de Marta Suplicy. Foto: Captura de vídeo

REDAÇÃO CENTRAL, 04 fev. 22 / 04:45 pm (ACI).- Em uma carta dirigida à nação e a candidatos das eleições 2022, um grupo de mulheres líderes políticas, ativistas, personalidades, intelectuais e escritoras defendeu o aborto, chamado de “direitos sexuais e reprodutivos das mulheres”. A ‘Carta Aberta Brasil Mulheres’ foi elaborada após uma reunião na casa da ex-senadora Marta Suplicy, em 28 de janeiro, que contou com a presença, entre outras, da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia.

Na carta, o grupo elenca alguns pontos considerados “primordiais e imprescindíveis” para discussão no Brasil neste ano de eleições para presidente, governadores, senadores e deputados federais e estaduais. Um desses pontos é a “manutenção e expansão dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres”. Em outro trecho sobre “modelo de segurança pública”, defende a “garantia de direitos sexuais, reprodutivos e saúde menstrual”.

A expressão “direitos sexuais e reprodutivos” é um eufemismo para aborto usado por seus defensores.

Integram o grupo de mulheres que assinam a carta a senadora e pré-candidata à presidência Simone Tebet (MDB-MS), a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, a ex-primeira dama de São Paulo Ana Estela Haddad (PT-SP), a diretora do Instituto Marielle Franco, Anielle Franco, a líder do Movimento dos Sem-Teto do Centro, Carmen Silva, a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), Patricia Vanzolini, a socióloga Maria Alice Setubal (Neca Setubal), herdeira do banco Itaú e uma das maiores apoiadoras das candidaturas de Mariana Silva à presidência.

Segundo a coluna de Mônica Bergamo publicada em 28 de janeiro na Folha de S. Paulo, durante a reunião na casa de Marta Suplicy, cada participante apresentou sugestões para serem acrescentadas na carta final. O tema aborto foi debatido abertamente pelas mulheres. “É uma questão que tem que estar na pauta, não pode ser um tabu. Ela não pode ser uma lepra política que nenhum político se atreve a tocar a mão porque imediatamente perderá votos”, disse a presidente da OAB-SP, Patrícia Vanzolini.

As participantes da reunião lembraram a arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) 442, protocolada pelo PSOL em 2017 no STF. Esta ADPF pede a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. Ainda não há previsão de julgamento. A advogada criminalista Cecília Mello defendeu que é preciso “pensar nisso não só em termos da ADPF, mas da implicação que isso tem para as mulheres, para a sociedade”. Para ela, “o aborto necessita urgentemente de um novo olhar do poder público”. “Precisa ser compreendido como um direito, ser aceito como uma decisão de foro íntimo de quem o escolhe e, principalmente, ser tratado como problema de saúde pública, que tem natureza universal e se insere dentro do espectro do dever estatal”.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, a ministra do STF Cármen Lúcia chegou à reunião algumas horas após o começo e discursou durante meia hora sobre combate à violência contra a mulher. Quando o debate foi reiniciado após o almoço, Cármen Lúcia teria ido embora depois que participantes retomaram a discussão sobre o aborto. A ministra teria se oposto ao uso da palavra aborto na carta. Cármen Lúcia teria proposto a criação de uma secretaria de mulheres e que fosse pedido um orçamento para políticas que passassem por “questões da mulher”.

A versão final da carta não mencionou a palavra aborto, mas “direitos sexuais e reprodutivos da mulher”.

A ‘Carta Aberta Brasil Mulheres’ também traz referências à ideologia de gênero, como a proposta de “construção de um programa nacional de incentivo a formação de novas gerações de atletas femininas (cis e trans) em diversas modalidades”.

“Cis” e “trans” são expressões do latim que significam “aquém” e “além”. São usadas no movimento LGBT para indicar as pessoas que se identificam com seu sexo natural, que seriam as “cis”, e as que se consideram do sexo oposto.

Fala ainda na “defesa da vida de meninas e mulheres, cis, trans e travestis”. No “modelo de segurança pública”, propõe a “consulta a pessoas trans, travestis, não-binárias ou intersexo sobre a preferência pela custódia em unidade masculina, feminina ou específica, se houver, com a devida garantia de proteção em qualquer das unidades”.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Querida Amazônia, cardeal Grech: uma carta de amor escrita para e com o Povo de Deus

Vatican News

Dois anos após a publicação da Exortação apostólica Querida Amazônia, de 2 de fevereiro de 2020, o secretário-geral do Sínodo dos Bispos se detém sobre este documento: "O sopro do Espírito de Deus que brota da presença de Cristo na Igreja Amazônica continua inspirando e desafiando, através do “transbordamento” de muitos frutos e dons."

Vatican News

Foi divulgada neste sábado (05/02), a declaração do secretário-geral do Sínodo, cardeal Mario Grech, por ocasião dos dois anos da publicação da Exortação Apostólica Querida Amazônia.

"Dois anos se passaram desde a publicação da Exortação Apostólica do Papa Francisco, Querida Amazônia (QA), em 2 de fevereiro de 2020. Hoje, depois das múltiplas respostas que este documento suscitou tanto na esfera eclesial quanto na civil, pode-se constatar com certeza o seguinte: dois dos elementos mais essenciais dentro desta Exortação são a vida dos povos que nela se plasmam e a promessa feita como Igreja de respeitar e honrar suas vozes na busca de uma autêntica conversão", sublinha o purpurado.

Querida Amazônia permanece sendo relevante

"Dar passos nessa direção leva tempo. Vimos que as sementes plantadas ao longo deste processo sinodal alcançaram um ponto de inflexão com a apresentação da Querida Amazônia", ressalta o cardeal Grech. "Algumas sementes ainda estão em processo de germinação, outras ainda não deram frutos, mas muitas cresceram, estão florescendo e seguirão dando vida por gerações futuras", frisa ele.

“Em tudo isso, Querida Amazônia permanece tão relevante agora quanto foi ao ser publicada. Continua sendo uma carta de amor escrita para e com o Povo de Deus que peregrina neste belo e ameaçado território; continua sendo uma carta que emana da gratidão do Papa Francisco pela força com que o Espírito Santo irrompe deste lugar teológico para iluminar e despertar o coração do mundo e da Igreja.”

"Esta carta", ressalta o cardeal Grech, "contém os quatro sonhos inadiáveis do Papa Francisco e da Igreja. Estes sonhos (sociais, culturais, ecológicos e eclesiais) encarnam um renascimento dos mais profundos convites do Concílio Vaticano II, fazendo da Querida Amazônia um meio adequado para conduzir a Igreja à conversão sinodal integral para a qual nos convida o Sínodo 2021-2023. Desde sua publicação, Deus continua manifestando-se no meio do mistério sagrado deste território na vida de seu povo e no testemunho de uma Igreja encarnada, santa e pecadora ao mesmo tempo. Deus se manifesta aqui apesar do medo de uns para mudar, ou do desejo de outros de impor uma visão ideológica".

A periferia é o centro

"Durante a preparação do Sínodo sobre a Amazônia, o Papa Francisco disse: "a periferia é o centro". Esta afirmação pode ser entendida como um elemento evangélico fundamental que pode lançar luz sobre os dois anos que se passaram desde a apresentação da Querida Amazônia", sublinha o purpurado.

“O que uma vez era descartado ou secundário neste território converteu-se em pedra angular, curando um mundo quebrado e criando novas possibilidades para a Igreja. Este caminho, onde os marginalizados se convertem em fonte de vida, é próprio do caminho de Jesus. As vozes do território amazônico estão mudando o modelo pastoral da Igreja Amazônica, convertendo-se em fonte de vida renovada para a Igreja e para o mundo.”

Segundo o cardal Grech, "o exercício de escutar este território e incorporar efetivamente estas vozes na determinação de projetos eclesiais fortalece a Igreja para que os discípulos de Cristo cresçam cada vez mais até se tornarem verdadeiros sujeitos de sua própria história. Hoje não se pode falar de sinodalidade sem a participação efetiva do santo povo fiel de Deus. Esta consciência é fonte de vida e inspiração para o atual Sínodo 2021-2023, Por uma Igreja Sinodal: comunhão, participação e missão".

Novo caminho para o discipulado peregrino da Igreja amazônica

O purpurado ressalta que "o estabelecimento canônico do Santo Padre (ad experimentum) da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) é um fruto do Sínodo sobre a Amazônia e Querida Amazônia, que abre um novo caminho para o discipulado peregrino e missionário da Igreja amazônica. A CEAMA articula as estruturas regionais da Igreja, incluindo o Conselho Episcopal Latino-americano e do Caribe (CELAM), a Confederação Latino-Americana e Caribenha de Religiosos e Religiosas (CLAR), a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), e CARITAS da América Latina e do Caribe.

Atualmente, as comissões e grupos de trabalho estão assumindo algumas das tarefas mais urgentes que Querida Amazônia propôs para a missão da Igreja. Estas comissões e grupos de trabalho têm a participação direta de diversas vozes dentro da Igreja. Desta forma, estas comissões são um meio pelo qual as propostas sinodais são guiadas e desenvolvidas de maneira orgânica e sinodal".

"O sopro do Espírito de Deus que brota da presença de Cristo na Igreja Amazônica continua inspirando e desafiando através do “transbordamento” de muitos frutos e dons. Neste 2º Aniversário da Querida Amazônia, este sopro do Espírito de Deus continua gerando nova vida para o bem da Igreja", conclui o cardeal Grech.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Águeda

Sta. Águeda | arquisp
05 de fevereiro

Santa Águeda (Ágata)

Pouco se sabe sobre a vida de Santa Águeda ou Ágata como também era chamada. Ela era italiana, nasceu por volta do ano 230 na Catânia, pertencia à uma família nobre e rica.

Muito bela, ainda na infância prometeu se manter casta para servir a Deus, na pobreza e humildade. Não quebrar essa promessa lhe custou a vida, porque o governador da Sicília se interessou pela casta jovem e a pediu em casamento. Águeda, recusou o convite, expondo seus motivos religiosos. Enraivecido, o político a enviou ao tribunal que a entregou a uma mulher de má conduta para desviá-la de Deus. Como isso não aconteceu, ela foi entregue aos carrascos para que fosse morta, por ser cristã.

As torturas narradas pelas quais passou a virgem são de arrepiar e estarrecer. Depois de esbofeteada e chicoteada, Águeda foi colocada sobre chapas de cobre em brasa e posteriormente mandada de volta à prisão.

Neste retorno, ela teve a graça de "ver" o Apóstolo São Pedro, o que a revitalizou na fé. Seus carrascos que esperavam vê-la fraquejar em suas convicções se surpreenderam com sua firmeza na fé, por isso a submeteram a outras cruéis torturas, desta vez com o desconjuntamento dos ossos e o dilaceramento dos seios. Foi arrastada por sobre cacos de vidros e carvões em brasa.

Depois de passar por esses tormentos, foi conduzida ao cárcere e ali morreu, enquanto rezava pedindo a Deus para parar a erupção do vulcão Etna, que iniciara bem na hora do seu martírio. Assim que ela expirou o vulcão se aquietou e as lavas cessaram. Até hoje o povo costuma pedir a sua intercessão para protegê-lo contra a lava do vulcão Etna, sempre que este começa a ameaçá-los. Santa Águeda é invocada contra os perigos do incêndio.

O martírio de Águeda aconteceu durante o império de Décio, no seu terceiro consulado, no ano de 251. Santa Águeda é uma das santas mais populares da Itália, e uma das mais conhecidas mártires do cristianismo dos primeiros séculos. Apenas Roma chegou a ter doze igrejas dedicadas à ela.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Das Homilias, de um autor espiritual do IV século

Evangelho do Reino

Das Homilias, de um autor espiritual do IV século

(Hom. 18,7-11: PG 34,639-642)

Oxalá sejais plenificados com toda a plenitude de Cristo!

Todos os que são considerados dignos de se tornarem filhos de Deus e renascerem do alto no Espírito Santo, trazendo em si a Cristo – que os ilumina e os regenera – são guiados de diversos modos pelo Espírito e conduzidos invisivelmente pela graça, tendo no coração a paz espiritual.

Às vezes, desfazem-se em lágrimas e gemidos pela humanidade, pelo gênero humano elevam preces e choram, ardendo de afeto por todos os homens.

Outras vezes, de tal maneira se inflamam pelo Espírito, com tamanho entusiasmo e amor, que, se possível fosse, acolheriam em seu coração todos os homens, sem distinção entre bons e maus.

Entretanto, outros, pela humildade dos seus espíritos, colocam-se abaixo de todos, julgando-se os mais abjetos e desprezíveis.

Por vezes, são guardados pelo Espírito numa alegria inefável.

Ora, eles são como um valente, que, revestido com toda a armadura do rei, desce para o combate e luta contra os fortes inimigos e os vence. Assim o homem espiritual, munido com as celestes armas do Espírito, ataca os adversários e, no fim da peleja, calca-os aos pés.

Ora, em absoluto silêncio, repousa a alma em paz e sossego, entregue unicamente ao gozo espiritual e a uma paz indizível, no perfeito contentamento.

Por vezes, por certa compreensão e sabedoria inefável e conhecimento secreto do Espírito, é instruído pela graça sobre coisas que a língua não consegue dizer.

De outras vezes, é como qualquer outra pessoa.

E assim a graça habita e age de várias maneiras na alma, renovando-a conforme a vontade divina, provando-a de modos diferentes para torná-la íntegra, irrepreensível e pura diante do Pai do céu.

Oremos, então, também nós a Deus, oremos no amor e imensa esperança de que ele nos concederá a celeste graça do dom do Espírito. A nós também o próprio Espírito nos governe e leve a realizar toda a vontade divina e nos restaure com a riqueza de sua paz a fim de que, conduzindo-nos e fazendo-nos viver sempre mais em sua graça e progresso espiritual, nos tornemos dignos de alcançar a perfeita plenitude de Cristo, segundo disse o Apóstolo: Para que sejais plenificados com toda a plenitude de Cristo.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

3 coisas que comprovam o poder da fé

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Por Luísa Rwstrepo

A fé nos dá a confiança profunda de que o que acontece é pelo poder de Deus, não pelas coisas humanas.

Quando falamos sobre fé, pensamos espontaneamente nas verdades e no poder da fé ou nos conceitos em que devemos acreditar.

Também a mencionamos quando nos referimos a dois grupos sociais definidos: os que creem e os que não creem.

De fato, é muito positivo promover o conhecimento da Palavra e das verdades da fé, mas é ainda melhor conhecer a fé em sua totalidade; tomar consciência de que ela é, antes de tudo, um abandono existencial em Jesus.

Saiba que, ao sermos batizados, não recebemos uma categoria eterna que nos mantém parados e finalizados com relação à nossa fé.

1A GRAÇA

A fé implica conhecer o caminho da graça, o caminho da abertura, da pequenez e da confiança. Um caminho que não é curto, mas é chamado a crescer constantemente.

Não é uma coisa fácil, nem pode se tornar um pretexto para acreditar que tudo está bem em nossas vidas.

Quantas vezes já percebemos que nos faz muito bem repetir:

“Eu creio Senhor, mas aumentai a minha fé.” (Mt 9,23)

2O EVANGELHO

Para aprofundar o que é a fé, é bom recorrer ao Evangelho. Nele vemos como Jesus mostra certa admiração pela fé de personagens que não pertencem ao povo de Israel, como o centurião ou a mulher cananeia.

Tanto o centurião quanto a mulher eram duas pessoas que estavam fora do conhecimento do único Deus ou da fé de Israel.

Mas, ao mesmo tempo, eram duas pessoas quepor não conhecerem Deus racionalmente ou por hábito, tinham uma clara consciência de sua pequenez.

Pode-se dizer que o poder da fé nos dá a confiança profunda de que o que acontece é pelo poder de Deus e não pelas coisas humanas.

É a confiança que nos permite saber que Jesus pode fazer maravilhas em nossas vidas se o permitirmos.

3A SOLIDEZ DE DEUS

Crer é apoiar-se na solidez de Deus. Acreditar não apenas em algumas verdades teóricas, mas naquele que nos ensina e vive essas verdades.

Essa confiança não é apenas um consentimento às verdades que se referem a Jesus, mas a aceitação do próprio Jesus.

Nossa fé é um movimento em direção a Deus, é algo que nos coloca no caminho e nos arrasta. Uma fé que é um êxodo de nós mesmos e uma entrada em Deus.

Todos os dias podemos nos agarrar às palavras de Jesus que nos salva ao dizer: “Basta uma só palavra e serei salvo”.

A fé não é apenas o caminho pelo qual podemos nos apegar a Deus e alcançá-lo. A fé é também o caminho que Deus abre ao seu poder, à sua força, para fazer maravilhas no mundo inteiro.

Ele as realiza através da fé que descobre nas pessoas que se aproximam dele: “Vá, diz ele ao centurião, e faça acontecer como você acreditou”.

Assim como a falta de fé paralisa, a fé libera o poder de Jesus. Este é o diálogo que se realiza entre Deus e o homem: Deus é o primeiro a falar e espera que nos abandonemos à sua palavra logo que tenhamos sido capturados por ela.

Maria foi a primeira a abandonar-se à palavra de Deus que lhe foi dirigida pelo anjo Gabriel: “Faça-se em mim segundo a tua palavra”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Caminho Sinodal Alemão é 'rebelião contra o Evangelho', diz associação

Reunião do Caminho Sinodal Alemão em setembro /
Maximilian von Lachner (Synodalische Weg)

MUNIQUE, 03 fev. 22 / 05:00 pm (ACI).- No dia em que a assembleia geral do Caminho Sinodal Alemão foi aberta, a iniciativa Neuer Anfang (Novo Começo) alertou para o perigo de um novo cisma da Alemanha. Em uma carta aos bispos da Alemanha e de todos os continentes, os organizadores descrevem um "espírito de rebelião e traição ao Evangelho".

De hoje a sábado, o Caminho Sinodal Alemão, que reúne bispos e leigos para discutir reformas na Igreja na Alemanha, deve votar em assembleia geral propostas feitas ao longo de dois anos de debate.

Neuer Anfang se define como uma associação de teólogos, filósofos e antropólogos que defendem reformas radicais na Igreja Católica, mas não veem o Caminho Sinodal Alemão como solução.

Com a campanha "Sete Perguntas à Igreja Católica na Alemanha sobre Autonomia e Liberdade", a associação alerta para uma nova forma de pensar a autodeterminação radical que, na opinião deles, ameaça levar a Igreja alemã a um cisma.

O texto da campanha #SiebenFragen diz: "O foco não está mais no Senhor - sua palavra e vontade - mas no ser humano - sua vontade, seus interesses, sua identidade, seu desejo, sua liberdade devem determinar o que está acontecendo na Igreja, o que ainda parece plausível perante o tribunal da modernidade, o que pode e não pode ser ensinado e vivido”.

A carta apela aos bispos do mundo para que usem sua influência para evitar outra divisão: "O fato de que o Papa Leão X uma vez rejeitou as teses de Martinho Lutero como irrelevantes 'brigas entre monges' foi talvez o erro mais importante da história da Igreja. Exatamente 500 anos depois, a Igreja Católica Romana está novamente a ponto de minimizar um debate teológico em um país não muito distante, ignorando-o e considerando-o como um problema da Alemanha. O próximo cisma no cristianismo está à porta e novamente ele vem da Alemanha."

No início de janeiro, a iniciativa Neuer Anfang apresentou ao papa Francisco seu “Manifesto de Reforma” assinado por 6 mil pessoas. O manifesto acusa os promotores do Caminho Sinodal Alemão de "abuso com o abuso". Os bispos e leigos que debatem moral sexual, estruturas de poder, e o papel da mulher na Igreja no âmbito do Caminho Sinodal Alemão estariam instrumentalizando o urgentemente necessário debate sobre abuso sexual do clero para criar uma igreja diferente.

Segundo a iniciativa, além dos 67 bispos alemães, cerca de 2 mil bispos e 500 comunidades, movimentos e institutos religiosos católicos de todo o mundo também receberam um texto explicativo intitulado “Isto não é o evangelho” e um convite teológico para um debate científico: “Sete perguntas à Igreja Católica na Alemanha sobre liberdade e autonomia"

Neuer Anfang acrescentou a esses dois documentos uma coleção de citações e declarações de teólogos, bispos e dos textos dos fóruns sinodais, com "declarações teológicas típicas do ambiente do Caminho Sinodal, que os autores acreditam não serem mais compatível com a Sagrada Escritura e com o ensinamento permanente da Igreja universal mundial".

Fonte: https://www.acidigital.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF