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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Beato Pio IX

Beato Pio IX | arquisp
07 de fevereiro

Beato Pio IX

O Papa Pio IX nasceu na Itália aos 13 de maio de 1792. Seus pais pertenciam à nobreza local e o batizaram com o nome de Giovanni (João) Maria Mastai Ferretti. Em 1809, transferiu-se para Roma a fim de continuar os estudos, sem ter se definido pelo sacerdócio. Sua saúde era muito débil, tanto que, devido a uma enfermidade, teve de abandonar os estudos em 1812, sendo também dispensado do serviço militar obrigatório.

O jovem Mastai teve um encontro com São Vicente Pallotti em 1815, que lhe profetizou o pontificado. Nessa época, João fazia parte da Guarda nobre pontifícia, mas teve que deixá-la por motivo de saúde. A partir daí, a Virgem de Loreto o curou, gradual e definitivamente, da enfermidade.

Mastai resolveu optar pelo estudo eclesiástico em 1816, sendo ordenado sacerdote em 1819. Celebrou sua primeira Missa na igreja de Santa Ana dos Carpinteiros, do Instituto Tata Giovanni, para o qual fora nomeado reitor, permanecendo na função até 1823. Acompanhou o núncio apostólico ao Chile, onde ficou por dois anos.

Aos trinta e seis anos de idade, o sacerdote Giovanni Maria Mastai foi nomeado Bispo e destinado à arquidiocese da cidade de Espoleto, Itália. Durante os anos 1831 e 1832, ocorreram revoluções nas cidades de Espoleto e Ìmola. O então bispo Mastai não quis derramamento de sangue e reparou os destruidores efeitos da violência, com a paz, concedendo o perdão para todos os envolvidos.

Foi nomeado Cardeal em 1840. Na tarde do dia 16 de junho de 1846, o cardeal Mastai, que fugia de todas as honrarias, foi eleito Papa escolhendo o nome Pio IX. Começou seu governo com um ato de generosidade: concedeu uma anistia para delitos políticos e, já em 1847, promulgou um decreto de ampla e surpreendente liberdade de imprensa.

Entre as realizações do seu pontificado, podemos destacar o restabelecimento da hierarquia católica na Inglaterra, Holanda e Escócia; a condenação das doutrinas galicanas; a definição solene, a 08 de dezembro de 1854, do dogma da Imaculada Conceição; o envio de missionários ao Pólo Norte, Índia, Birmânia, China e Japão; a criação de um Dicastério para as questões relativas aos orientais; a promulgação do "Syllabus errorum", no qual condenou os erros do Modernismo; a celebração, com particular solenidade, do 18º centenário do martírio dos Apóstolos Pedro e Paulo; a celebração do Concílio Ecumênico Vaticano I , ápice do seu pontificado, iniciado em 1869 e concluído em 1870.

Com a queda de Roma, em 20 de setembro de 1870, e o fim do poder temporal, Pio IX encerrou-se no Vaticano, por se considerar prisioneiro. No dia 07 de fevereiro de 1878, com a sua piedosa morte, chegou ao fim o pontificado mais longo, e um dos mais difíceis da História da Igreja. Pio IX foi um grande Papa, certamente um dos maiores, cumpriu sua missão de "Vigário de Cristo", responsável dos direitos de Deus e da Igreja, foi sempre claro e direto: soube unir firmeza e compreensão, fidelidade e abertura. Com a comprovação de inúmeras graças por intercessão do Papa Pio IX, Giovanni Maria Mastai Ferretti, foi beatificado no ano 2000 pelo Papa João Paulo II, em Roma.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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domingo, 6 de fevereiro de 2022

“CREIO, SENHOR!”

Santíssimo Sacramento | ACI Digital

 “CREIO, SENHOR!” 

         Jesus é o primeiro a garantir-me a Sua presença no Sacrário; e as Suas palavras são tão sublimes, singulares, peremptórias, que só podem ter sido pronunciadas por Quem é a Verdade e a Onipotência. Um louco não teria podido exprimir-se como Ele: por mais desequilibrado que fosse, ele só poderia fazer uso dos elementos do seu delírio, apenas daquilo que se costuma pensar e dizer no mundo. Mas no mundo, quem alguma vez teria podido imaginar o oferecer carne e sangue do seu próprio corpo, a fim de conquistar para os outros a vida eterna? E assegurar-lhe a ressurreição?

 

         Em Cafarnaum, alguns ouviram as Suas palavras com horror, e muito dos Seus próprios discípulos chegaram mesmo a abandoná-Lo, absolutamente desiludidos por um Mestre que já não compreendiam.

         Mas Jesus insiste, fala a sério, e as Suas respostas a tantas insistências dos presentes fazem-se ou dão-se de forma a cada vez mais deixarem os Seus ouvintes apavorados: Ele não hesita em apresentar-Se a Si e à Sua missão, como ninguém alguma vez o poderia ter imaginado. As Suas afirmações, de fato, instam ou avançam num crescendo que faz cada vez mais entrever a mais oculta verdade do seu mistério.

 

         De um modo bem diferente de tudo quanto tinha acontecido no deserto por meio de Moisés, o PAI, n’Ele, dá o verdadeiro Pão do Céu. É Pão de Deus, é Aquele que desce do Céu e dá a vida ao mundo: Ele é o Pão da Vida. Quem O acolhe não mais tem fome e quem acredita n’Ele, não mais tem sede. Os pais, que comeram o maná, morreram; mas quem se alimenta d’Ele viverá eternamente.

 

         A partir deste momento, o discurso toma o rumo ou sentido mais surpreendente. Compreende-se que Ele, Verbo de Verdade, alimenta e sacia por Si Mesmo a inteligência humana; como é fácil de compreender que a Verdade é comparada ao pão, como fundamental elemento alimentício do homem.

 

         Mas Jesus, além disso, insinua que n’Ele o Verbo Se fez carne, assumindo a natureza humana...; que a Sua carne é destinada a ser sacrificada pela salvação do mundo...; carne, a Sua, oferecida a todos sob as aparências do pão; pão que o homem deve comer, para ser assimilado a Cristo e , por Seu intermédio, viver da Sua Verdade: aquela que procura e dá a Vida ou Bem-Aventurança Eterna.

         E, então, quem não come a carne do Filho do Homem e não bebe o Seu Sangue, não pode ter a vida em si; quem, pelo contrário, acolhe o Seu convite, tem o privilégio de estar em Cristo e de ter em si Cristo, sim, de viver por toda a eternidade.

 

         Linguagem dura, motivo de escândalo? Apenas o é para quem não tem em si a Luz do Espírito, apavorado como está com a recordação da carne lançada como simples pasto aos animais ou consumida por antropófagos...; enquanto afinal se trata de uma realidade que oferece aos sentidos nada mais que as propriedades do pão, mesmo se apenas pão – quanto ao seu ser em si – se torna o Corpo de Cristo, ou seja, a natureza humana, assumida pelo Verbo, único e divino Caminho para o Pai. Precisamente o Pai que revela o mistério do Filho, feito carne, feito pão, feito vida do mundo.

 

         O discurso que se realizou na sinagoga de Cafrnaum, não podia dizer mais, como solene anúncio do maior e mais supremo dos prodígios, realizado na Última Ceia.

 

         O relato dos Sinópticos, integrado na catequese de São Paulo aos Coríntios, descreve a cena que se realizou naquela noite no Cenáculo com uma sobriedade que leva a supor nos comensais um certo conhecimento do evento: nenhum deles pede ao Mestre que explique esse Seu misterioso modo de Se exprimir. Declarando que o Pão é o Seu Corpo e que o vinho é o Seu Sangue, Jesus não faz senão retomar e concluir o discurso feito em Cafarnaum... Os Apóstolos tinham-Lhe permanecido fiéis e tinham acreditado n’Ele; e, agora, esperavam d’Ele algo de insolitamente grande.

 

         Precisamente isto: a Sua palavra criadora transforma inteiramente o pão no Seu Corpo.  O adjetivo demonstrativo “isto” refere-se a tudo quanto caía ou entrava no domínio dos sentidos dos Apóstolos, ou seja, às qualidades sensíveis que indicam a realidade substancial do pão. Ora, o verbo ser conjugado no presente revela que uma nova substância toma o seu lugar, sem anular essas qualidades, que continuam a ser o “o sinal” natural de um outro Pão: o Corpo de Cristo.

 

         Tudo fez excluir que o verbo ser possa entender-se em sentido metafísico, se atribuído ao Corpo: nessa solene vigília da morte, Jesus não poderia permitir-Se a Si Mesmo linguagem figurada, dirigindo-Se a homens rudes, incultos, a quem noutras circunstancias tinha sentido o dever de explicar o sentido das parábolas... Poderiam eles agradecer, como supremo dom do seu Mestre um vazio símbolo do Seu Corpo?

 

         Serão os seus fiéis, amanhã, a descobrir de que modo o pão pode parecer pão, apenas porque conserva as qualidades naturais que o tornam capaz de se comer...; e o Corpo, embora sendo rivalíssimo quando à sua substância, não apresenta nada daquilo que o tornaria repugnante aos sentidos. Os Apóstolos, entretanto, não teriam posto qualquer problema. Acreditaram na palavra do Mestre, e a Igreja seguiu a esteira da sua tradição, evitando os dois excessos do realismo grosseiro e ingênuo e do simbolismo gnóstico.

         Ele está verdadeiramente presente, mas sob espécies que não são Suas: são precisamente as mais adequadas para fazer-Se comer com toda a avidez do amor.

Fonte: www.obradoespiritosanto.com

O Papa aos prefeitos: os pobres são a riqueza de uma cidade

O Papa com os prefeitos italianos | Vatican News

O precioso trabalho das instituições municipais ao lado do povo neste tempo de pandemia foi o ponto de partida para o Papa Francisco incentivar os prefeitos a ouvirem sempre o povo, a interessarem-se pelas periferias, criar empregos e favorecer o diálogo entre as diferentes realidades sociais e culturais.

Tiziana Campisi/Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco recebeu em audiência neste sábado (05/02), na Sala Clementina, no Vaticano, a Associação Nacional de Municípios Italianos, para um momento de reflexão sobre seu serviço de defesa e promoção do bem comum nas cidades e comunidades que administram. O encontro foi uma ocasião para Francisco agradecer a todos os prefeitos por seu trabalho nestes dois anos de pandemia.

Ao lado dos cidadãos com redes solidárias

O Pontífice reconheceu a complexidade da tarefa para a qual os prefeitos são chamados: estar perto das pessoas a serviço do bem comum, mas ao mesmo tempo sentir "a solidão da responsabilidade". Ele observou que muitas vezes "a democracia se reduz a delegar com voto, esquecendo o princípio da participação, essencial para que uma cidade seja bem administrada". Pretende-se "que os prefeitos tenham a solução para todos os problemas", que "não se resolvem apenas recorrendo aos recursos financeiros". O Papa sublinhou a importância de contar com a presença de redes de solidariedade.

A pandemia fez emergir muitas fragilidades, mas também a generosidade de voluntários, vizinhos, agentes de saúde e administradores que se esforçaram para aliviar o sofrimento e a solidão dos pobres e idosos. Esta rede de relações solidárias é uma riqueza que deve ser preservada e fortalecida.

O olhar diversificado para as necessidades

Francisco citou três palavras de incentivo aos prefeitos: paternidade ou maternidade, periferias e paz. Ele destacou, em primeiro lugar, que "o serviço ao bem comum é uma alta caridade, comparável à dos pais numa família" e disse que "mesmo numa cidade, diferentes situações devem ser respondidas com atenção diversificada", escutando os problemas das pessoas e tentando “entender as prioridades sobre as quais intervir, sem focar na necessidade de financiamentos adequados.

Na realidade, precisamos também de um projeto de convivência civil e de cidadania: precisamos investir na beleza onde há mais degradação, na educação onde reina o mal-estar social, em lugares de agregação social onde se observam reações violentas, na formação para a legalidade onde reina a corrupção. Saber sonhar com uma cidade melhor e compartilhar o sonho com os outros administradores locais, com os membros eleitos do conselho municipal e com todos os cidadãos de boa vontade é um índice de cuidado social.

Atenção para as periferias

A seguir, o olhar do Papa se voltou para as periferias. Francisco destacou sua centralidade evangélica, lembrando que Jesus nasceu num estábulo em Belém e morreu fora dos muros de Jerusalém no Calvário. E se os prefeitos muitas vezes se encontram com "periferias degradadas, onde o descaso social gera violência e formas de exclusão", iniciar das periferias, de onde se vê melhor o todo, e "não significa excluir alguém", mas "iniciar dos pobres para servir o bem de todos".

Não existe cidade sem os pobres. Eu acrescentaria que os pobres são a riqueza de uma cidade. Isto pode parecer cínico para alguns: não, não é assim. Os pobres nos lembram as nossas fragilidades e que precisamos uns dos outros. Eles nos chamam à solidariedade, que é um valor cardinal da doutrina social da Igreja, particularmente desenvolvido por São João Paulo II.

Trabalho "unção de dignidade"

Em seguida, o Papa citou o que emergiu em tempos de pandemia: "solidão e conflitos dentro dos lares", "o drama de quem teve que fechar sua atividade econômica, o isolamento dos idosos, a depressão de adolescentes e jovens, o aumento de suicídios, desigualdades sociais que favoreceram aqueles que já desfrutavam de boas condições econômicas, as fadigas das famílias que não chegam ao final do mês”, o risco de acabar nas mãos de agiotas. O Papa convidou os prefeitos a ajudarem as periferias para que se transformem "em laboratórios de uma economia e uma sociedade diferentes". "Não basta dar um pacote de comida", ressaltou Francisco. A dignidade dos necessitados exige um trabalho, “um projeto em que cada um seja valorizado pelo que pode oferecer aos outros, pois o trabalho” é uma unção de dignidade”.

Política, academia de diálogo entre culturas

"Há uma tarefa histórica que envolve a todos", observou o Pontífice: "Criar um tecido comum de valores que leve a desarmar as tensões entre diferenças culturais e sociais", disse ainda Francisco, indicando aos prefeitos que a política "pode ​​ser uma academia de diálogo entre as culturas", e que "a paz não é a ausência de conflito, mas a capacidade de fazê-lo evoluir para uma nova forma de encontro e convivência com o outro". Para Francisco, é possível enfrentar um conflito antes de tudo aceitando-o, resolvendo-o e transformando-o "no elo de um novo processo".

A paz social é fruto da capacidade de colocar em comum vocações, competências e recursos. É fundamental favorecer a iniciativa e a criatividade das pessoas, para que possam tecer relações significativas dentro dos bairros. Muitas pequenas responsabilidades são a premissa de uma pacificação concreta que se constrói diariamente.

No contexto das relações entre os vários órgãos institucionais, o Papa recordou "o princípio da subsidiariedade, que valoriza os entes intermediários e não mortifica a livre iniciativa pessoal".

O ensinamento de São João Crisóstomo

Ao final de seu discurso, Francisco encorajou os prefeitos a "ficarem perto do povo", vencendo a tentação de fugir das responsabilidades diante das quais São João Crisóstomo "exortou a gastar-se pelos outros, em vez de permanecer nas montanhas a olhá-los com indiferença". “Um ensinamento a ser guardado”, concluiu o Papa, sobretudo quando há desânimo e desilusão.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

O ódio dos adolescentes pelos pais

CarlosDavid | Shutterstock
Por Mar Dorrio

Chega um dia em que aquele menininho ou menininha que você viu crescer e te abraçar se volta contra você. Como agir?

Nas revistas que dizem nos preparar para ter filhos, ninguém fala disso. Trata-se daquele ódio que entra sorrateiramente em sua casa. Um ódio que acampa na sua vida. Ele se instala em sua casa, sem licença, sem permissão, sem que você o tenha procurado.

Isso geralmente acontece quando seus filhos crescem e você tem que protegê-los de si mesmos: de suas más decisões, de suas ações desajeitadas, de seus objetivos inviáveis etc. Quando você tem de protegê-los de erros que os deixariam com grandes cicatrizes. É quando aquele sentimento se instala, quando o ódio chega.

De repente, aquele menino(a) que você viu crescer, que teve tantas noites de um sono tranquilo na casa que você estruturou para ele, começa o confronto. Ao invés de ver a casa da família como um local de proteção, passam a vê-la como uma prisão.

Seus maiores sinais de amor

Você já percebeu que ele(a) não apenas derrama sua raiva nas quatro paredes da sua casa. Mas passa a rejeitar seu abraço, seus conselhos e, acima de tudo, seus maiores sinais de amor: suas proibições. E então você entende o quão ligados estão o ódio e a paternidade/maternidade.

Aleteia

Somente um pai ou mãe pode aceitar o ódio que seu filho(a) professa contra eles como um pequeno preço para mantê-lo(a) seguro(a). Nós os amamos, e é por isso que queremos o bem deles, embora o efeito colateral do tratamento para alcançar esse bem seja receber seu ódio.

Não é fácil

Dói, dói muito. Que ninguém pense que é fácil, que ninguém pense que esse ódio não arrasa um pai e uma mãe por dentro. Mas o amor, quando é Amor com letra maiúscula, dá um passo à frente e diz, do fundo daquele coração partido: pode se revoltar contra mim, mas eu continuarei aqui para orientá-lo(a).

Tudo isso, em algum momento, acontece em muitas famílias, seja qual for o tipo. Mas chega a ocorrer com mais virulência em famílias que sabem que o bem, a melhor versão da vida de seus filhos, anda de mãos dadas com o exemplo de Jesus.

Acima de tudo, estamos em uma sociedade que aperta a mão do próprio diabo, o enganador. Assim, seu filho(a) encontrará amizades que o confortarão com o estilo vivido em casa.

Se a tempestade for grande, pode parecer uma batalha perdida. Mas o mesmo desânimo que leva esta sociedade pela mão na direção oposta dos planos de Deus, é aquele que quer que você afunde no poço do desespero. Então, o que podemos fazer?

Ferramentas infalíveis

Primeiro, quero lembrar que, nesta batalha, temos duas ferramentas infalíveis, que seu filho(a), embora não queira reconhecê-las, sente em seu coração: amor e afeto.

ZŁOTY TRON KAROLA WIELKIEGO
fot. materiały wydawnictwa

– Reze pedindo a Deus que a dor não invada tudo dentro de você. O tempo diário de oração fará com que você possa construir pontes sem ceder ao que é importante. Se você estiver nessa situação de dificuldade grave, terá que rezar mais do que nunca.

– Os exorcistas nos dizem que os demônios são preguiçosos. Dificulte. Reze diariamente o Santo Rosário pelo seu filho(a), ore pelas pessoas que o(a) distanciam de você e de seus conselhos.

– Ofereça seu sofrimento pela sua família. Não se esqueça de meditar sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.

– Espere pacientemente. A graça tem seus tempos. E lembre-se de que, não importa o quão ruim vejamos as coisas, a batalha foi vencida: só temos que perseverar.

Confiando-nos à Virgem Santíssima e a Santa Mônica, trilharemos cada vez mais os caminhos de Deus.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

V Domingo do Tempo Comum - Ano C

Dom Paulo Cezar | arqbrasilia

Palavra do Pastor

Dom Paulo Cezar Costa

Arcebispo de Brasília

Afasta-te de mim, Senhor, porque sou pecador

A Palavra de Deus, neste domingo, coloca diante de nós a vocação de Isaías (Is 6, 1-2. 3-8), a vocação de Pedro (Lc 5, 1-11) e o credo primitivo sobre a ressurreição (1Cor 15, 1-11). Nas duas narrativas de vocação estão a consciência da situação humana diante da grandeza do mistério de Deus. É a experiência que o homem bíblico tem diante do mistério de Deus, mistério transcendente e glorioso, tremendum et fascinans. Tremendo porque é santidade, absoluta superioridade e inacessibilidade.  Fascinante porque o mistério atrai e a criatura humana sente a necessidade de aproximar-se. (M. GRILLI, Sulla via dell`Incontro, 61). Mas o Deus que Se revela no Antigo Testamento e em Jesus de Nazaré vai além, pois é Ele quem desce e vem ao encontro da criatura humana. É Ele mesmo que, em Jesus de Nazaré, torna-Se um de nós, que Se aproxima dos mais perdidos da sociedade para salvar-nos. Deus rompe a oposição entre Sua glória e santidade e o pecado humano, vindo Ele mesmo ao encontro do homem para salvá-lo e o libertar.

Isaías, no templo, faz uma profunda experiência da beleza do mistério de Deus. A beleza de Deus fascina o ser humano. Ela, num primeiro momento causa medo, mas, ao mesmo tempo, fascina o coração, pois o ser humano foi criado para a beleza. E a beleza de Deus não elimina a feiúra da vida humana, mas a salva, pois a acolhe, a encontra lá onde ela está. A beleza de Deus é a beleza do amor, que só pode amar. O amor não pode deixar de amar.

Pedro faz a mesma experiência.  Já tinha trabalhado a noite inteira. Agora há uma Palavra nova: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca”. Tinham trabalhado a noite inteira e não tinham apanhado nada. Mas em atenção à Palavra de Jesus, lançam as redes. Apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam. Somos sempre convidados a pescar com Jesus, obedecendo à Palavra de Jesus. Quando fazemos as coisas humanamente, às vezes nos deparamos com o insucesso. Mas quando escutamos a Palavra de Jesus e fazemos obedecendo à Sua palavra, a pesca será sempre abundante. Assim deve ser na vida da Igreja, na caminhada de nossas comunidades e também na nossa vida pessoal: fazer sempre ouvindo e obedecendo a Palavra de Jesus, fazer com Jesus no nosso barco.

Depois do sucesso da pesca, diante daquilo que o Senhor fizera, Pedro se dá conta da sua realidade de ser um homem pecador: “Senhor afasta-te de mim, porque sou um pecador”. Isaías tem a mesma experiência no templo: “… sou apenas um homem de lábios impuros”. Mas Jesus quer transformar aquele pescador de peixes em pescador de homens: “Não tenhas medo! De agora em diante serás pescador de homens”.  Pedro, entretanto, deve vencer o medo. O medo é aquilo que nos aprisiona e nos impede de perceber que Aquele que nos chama vence a nossa incapacidade, a nossa limitação, o nosso pecado. Quando ficamos olhando demasiadamente para nós mesmos, para a argila da qual somos feitos, deixamos de realizar grandes coisas, pois a confiança é colocada nas nossas pobres forças que são incapazes, não no poder da graça de Deus que, mesmo com instrumentos inadequados, realiza grandes obras.

Que a força da ressurreição, que os discípulos experimentaram (1 Cor 15, 3-8), ajude-nos a perceber que Deus quer vencer também as nossas mortes e os nossos pecados, transformando-os em vida, em ressurreição.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Antonio Cardoso em: a Canção e a Prece – "A Barca”

Barca | Vatican News

Antônio Cardoso em: a Canção e a Prece. O cantor, compositor e catequista está presente no Programa Brasileiro da Rádio Vaticano todos os domingos com o espaço especial intitulado "A Canção e a Prece". No programa de hoje: assumir uma vocação...

Vatican News

Uma vocação é fruto de uma relação de confiança. Em quem depositamos a nossa confiança? “Mestre nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas em atenção à Tua palavra vou lançar as redes... eis a lição para quem quer assumir uma vocação. Entregar-se por inteiro, mergulhar em águas profundas para transformar vidas...

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2022/02/04/13/136418109_F136418109.mp3

São Paulo Miki e companheiros

S. Paulo Miki e companheiros | arquisp
06 de fevereiro

São Paulo Miki e companheiros mártires

Foi através do trabalho evangelizador de São Francisco Xavier que o Japão tomou conhecimento do cristianismo, entre 1549 e 1551. A semente frutificou e, apenas algumas décadas depois, já havia pelo menos trezentos mil cristãos no Império do sol nascente. Mas se a catequese obteve êxito não foi somente pelo árduo, sério e respeitoso trabalho dos jesuítas em solo japonês. Foi também graças à coragem dos catequistas locais, como Paulo Miki e seus jovens companheiros.

Miki nasceu em 1564, era filho de pais ricos e foi educado no colégio jesuíta em Anziquiama, no Japão. A convivência do colégio logo despertou em Paulo o desejo de se juntar à Companhia de Jesus e assim o fez, tornando-se um eloquente pregador. Ele porém, não pôde ser ordenado sacerdote no tempo correto porque não havia um bispo na região de Fusai. Mas isso não impediu que Paulo Miki continuasse sua pregação. Posteriormente tornou-se o primeiro sacerdote jesuíta em sua pátria, conquistando inúmeras conversões com humildade e paciência.

Paciência, essa que não era virtude do imperador Toyotomi Hideyoshi. Ele era simpatizante do catolicismo mas, de uma hora para outra, se tornou seu feroz opositor. Por causa da conquista da Coréia, o Japão rompeu com a Espanha em particular e com o Ocidente em geral, motivando uma perseguição contra todos os cristãos. Inclusive perseguindo alguns missionários franciscanos espanhóis que tinham chegado ao Japão através das Filipinas e sido bem recebidos pelo Imperador.

Os católicos foram expulsos do país, mas muitos resistiram e ficaram. Só que a repressão não demorou. Primeiro foram presos seis franciscanos, logo depois Paulo Miki com outros dois jesuítas e dezessete leigos terciários.

Os vinte e seis cristãos sofreram terríveis humilhações e torturas públicas. Levados em cortejo de Meaco a Nagasaki foram alvo de violência e zombaria pelas ruas e estradas, enquanto seguiam para o local onde seria executada a pena de morte por crucificação. Alguns dos companheiros de Paulo Miki eram muito jovens, adolescentes ainda, mas enfrentaram a pena de morte com a mesma coragem do líder. Tomás Cozaki tinha, por exemplo, catorze anos; Antônio, treze anos e Luis Ibaraki tinha só onze anos de idade.

A elevação sobre a qual os vinte e seis heróis de Jesus Cristo receberam o martírio pela crucificação em fevereiro de 1597 ficou conhecida como Monte dos Mártires. Paulo Miki e seus companheiros foram canonizados pelo Papa Pio IX, em 1862.

Os crentes se dispersaram para escapar dos massacres e um bom número deles se estabeleceu ao longo do rio Urakami, nas proximidades de Nagasaki. Lá eles continuaram a viver sua fé, apesar da ausência de padres. A partir do momento em que o Japão se abriu novamente aos europeus, os missionários voltaram e as igrejas voltaram a ser construídas, inclusive em Nagasaki, a poucos quilômetros da comunidade cristã clandestina. Ela havia perdido todo contato com a Igreja Católica, mas guardava preciosamente três critérios de reconhecimento recebidos dos ancestrais: "Quando a Igreja voltar ao Japão, vocês a reconhecerão por três sinais: os padres não são casados, haverá uma imagem de Maria e esta Igreja obedecerá ao papa-sama, isto é, ao Bispo de Roma". E foi assim que aconteceu dois séculos e meio depois, quando os cristãos do Império do sol nascente puderam se reencontrar com sua Santa Mãe, a Igreja.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Santa Dorotéia

Santa Doroteia | arquisp
06 de fevereiro

Santa Dorotéia

Dorotéia nasceu e viveu no século IV, na Cesaréia da Capadócia. Era uma jovem cheia de virtudes, verdadeira apóstola de Cristo, quando o imperador de Roma expediu o decreto para exterminar de vez a religião cristã. Mesmo sendo muito rica, a jovem virgem vivia em jejum e oração, quase sem aparecer em público. Era muito estimada pelos cristãos por sua piedade, sua educação esmerada e, principalmente, por lhes dar ânimo e forças para combater seus perseguidores. O mais cruel de todos eles, sem dúvida, era o governador Saprício, que tomando conhecimento da sua fama mandou chamá-la para na sua presença renegasse a fé em Cristo e apresentasse oferenda aos deuses. Mas Dorotéia não cedeu.

Assim, ele a entregou para duas sacerdotisas pagãs, chamadas: Cristie e Calista para que elas fizessem Dorotéia abandonar sua fé. Além de não conseguirem o proposto, as duas se converteram e, por isto, foram mortas. Mesmo após este acontecimento, Dorotéia não renegou Cristo. Depois de muito suplício, o governador finalmente sentenciou Dorotéia à morte por decapitação. Ao sair do julgamento, ela encontrou com Teófilo, um advogado, que em tom de deboche lhe disse: "Esposa de Cristo, envia-me do jardim do seu Esposo frutos ou rosas". Dorotéia aceitou o desafio prometendo que sim.

Estava rezando antes da sua execução, quando um menino apareceu com três rosas e três frutos, que ela pediu para serem entregues ao advogado Teófilo. No exato momento de sua decapitação o menino faz a entrega à ele, que fica muito perturbado pois no mês de fevereiro não era época das flores, muito menos de rosas tão belas e frescas como aquelas. Teófilo imediatamente foi tocado pela Graça a Deus e passou a afirmar aos amigos que o Deus dos cristãos era de fato O verdadeiro.

No início todos pensaram que se tratava de mais uma ironia de Teófilo, mas devido à sua insistência, foi denunciado. Saprício então o convocou para julgamento cobrando sua coerência com as convicções antigas, mas Teófilo afirmou que havia se convertido à fé em Cristo e que não a renegaria jamais. Foi torturado e decapitado, também.

O culto de Santa Dorotéia foi muito difundido durante a Idade Média, sendo invocada como um dos "Santos Auxiliadores". Inúmeros artistas inspiraram-se na conversão de Teófilo, retratando em quadros o milagre de Santa Dorotéia, chamada até hoje de a "Santa das flores" e festejada no dia 06 de fevereiro.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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sábado, 5 de fevereiro de 2022

Por falta de vocações, capuchinhos fecham conventos na Irlanda

Rob Hurson | CC BY SA 4.0
Por Francisco Vêneto

"Quando partimos, deixamos para trás um lugar que sempre fará parte da nossa história… um lugar cheio do espírito de São Francisco e Santa Clara."

Por falta de vocações, os frades capuchinhos estão tendo que fechar dois conventos na Irlanda, além de se retirarem de uma paróquia em Dublin devido ao envelhecimento dos frades.

O irmão Seán Kelly, superior provincial, informou que a decisão foi tomada durante a mais recente assembleia dos capuchinhos na Irlanda. Os religiosos avaliaram que, atualmente, a ordem não mantém capacidade suficiente para sustentar a sua presença e apostolado em nove comunidades espalhados pelo país. Em total, há 65 frades capuchinhos na Irlanda, com média de idade em torno dos 78 anos. O irmão Seán comenta que, em 2002, quando ele próprio entrou na ordem, havia 114 frades com média de idade de 70 anos.

Os dois conventos a serem fechados devido à falta de vocações são o de Santo Antônio, em Carlow, e o de São Francisco, em Rochestown.

Este último, fundado na década de 1870, é considerado como um “berço da ordem na Irlanda” por conta da sua importância histórica. Em Rochestown, além do convento, a ordem mantém um colégio, igualmente chamado São Francisco, que não será fechado. O colégio já chegou a encorajar algumas vocações, mas nenhuma desde o final da década de 1980. Segundo o irmão Seán, os frades continuarão como patronos do colégio, fazendo parte do seu conselho de administração e prestando assistência sacramental e pastoral à comunidade escolar.

Quanto ao convento de Carlow, ele foi inaugurado em 1978 como casa de postulantes, mas não voltou a receber nenhum candidato à ordem desde o início da década de 1990.

Já a paróquia da qual os frades irão sair é a de São Francisco em Priorswood, na capital irlandesa. A ordem ainda vai continuar a administrá-la, mas, a partir de agosto, não contará mais com frades residentes: os que hoje moram na residência paroquial serão transferidos para o convento de Raheny. Neste caso, a falta de vocações certamente é um fator que levou à necessidade de saída, mas a causa mais imediata desta decisão é o envelhecimento dos frades.

A saída dos conventos de Rochestown e Carlow está prevista para logo após o próximo Capítulo Provincial, em julho.

Em declarações recolhidas por artigo de Sarah Mac Donald para o portal The Tablet em 27 de janeiro, o frade provincial comentou:

“Quando se trata dos lugares de onde estamos saindo, sabemos que, quando partimos, deixamos para trás um lugar que sempre fará parte da nossa história… um lugar cheio do espírito de São Francisco e Santa Clara”.

Saiba mais sobre os complexos sinais de crise vocacional misturados com sinais de esperança em novas vocações, que se apresentam de modo diferente conforme os diversos lugares do mundo:

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Associação francesa lança campanha para salvar edifícios católicos

Capela São José, do Colégio São Paulo em Lille | Guadium Press
 A campanha “Mil e Uma Capelas” tem por objetivo salvar pequenos edifícios católicos, espalhados por toda a França, que correm o perigo de desaparecer.

França – Paris (04/02/2022 16:55, Gaudium Press) A associação francesa ‘Urgences Patrimoine’, fundada em 2014 com o objetivo de preservar edifícios históricos, lançou a campanha “Mil e Uma Capelas”, dedicada a salvar pequenos edifícios católicos em perigo de desaparecimento em toda a França.

Segundo Alexandra Sobczak, presidente da associação, “há um número inimaginável de capelas que são deixadas para trás ou destruídas na indiferença geral, e que, no entanto, fazem parte da própria essência da nossa herança francesa”.

Campanha ‘mil e uma igrejas’

“Poderíamos ter lançado ‘mil e uma igrejas’, mas começando com pouquíssimos meios queremos permanecer modestos no momento”, ressalta Alexandra. Apesar da associação ainda estar em busca de doadores, ela já possui vários projetos em andamento.

Guadium Press

De acordo com o Observatório do Patrimônio Religioso, no ano de 2017, por volta de cinco mil igrejas católicas precisaram de obras de manutenção, incluindo 500 diretamente ameaçadas de colapso ou destruição.

Patrocínio para financiar o projeto

Alexandra Sobczak não perde a esperança de encontrar patrocinadores para financiar o projeto, artesãos e voluntários para atuar na parte prática das restaurações. Algumas empresas de construção doam materiais ou se oferecem para financiar parte do projeto.

A primeira ação lançada foi para ajudar a igreja de Saint-Léonard em Vrères, em Deux-Sèvres, mas outros lugares também estão recebendo a atenção da associação como por exemplo: a capela Saint-Andéol em Pradel no Gard; a capela funerária da família Bellissen-Bénac em Foix; e a capela Saint-Martin de Maintru em Seine-Maritime. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF