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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Família, nosso segundo útero

Shutterstock
Por Ricardo Sanches

Entenda por que nascemos para viver em família e como preservar este nosso "local" de proteção e refúgio.

Não é de hoje que filósofos, sociólogos, antropólogos e pensadores de diversas áreas concluíram que o homem é um ser social. Ou seja: o ser humano não consegue viver sozinho; precisa se relacionar com indivíduos da mesma espécie. Sendo a família a primeira instituição social com que temos contato, podemos inferir que o homem, portanto, também é um ser familiar. Isto é: nasceu para viver em família.

No livro “Amigos da Família”, Dom Orlando Brandes vai além. Ele explica que “da comunhão conjugal emana a comunhão familiar. Essa comunhão radica-se nos laços naturais da carne. O homem é um ser familiar pela ordenação da lei natural”.

Talvez para muitos seja um desafio entender a família, as mudanças e o conflito que delas têm origem. Mas a cada vicissitude da vida, é possível voltar a esta instituição que não tem nada de falida, apesar do que tentam pregar. Pelo contrário: a família sempre será local de proteção, refúgio, perdão, salvação… Um laboratório de vida e de amor que só poderia ter origem divina.

Família, nosso segundo útero

As palavras acima, usadas para caracterizar a família (proteção, refúgio, perdão, salvação e laboratório de vida e de amor) remetem também a outro substantivo: o útero. Sim, o órgão fundamental para gerar vida e preparar para ela.

Não é à toa que, no já referido livro, Dom Orlando Brandes afirma que a família é um “segundo útero”. Um termo muito apropriado, se levarmos em conta que é na família que nos preparamos para enfrentar a vida social com dignidade. “O parto biológico entrega o ser humano à vida e o ‘parto sociológico’ entrega à sociedade um ser humano maduro”, diz o livro.

A família, portanto, deve ser um “local” de aprendizado, convívio, comunicação, diálogo e compreensão. E precisamos lutar para que esse ambiente seja, de fato, assim. Como? O primeiro passo é deixar de lado aquela concepção de que a família feliz e ideal só existe em comercial de margarina.

Como preservar a família como local de proteção e refúgio

Sim, eu sei: a tarefa de viver em harmonia com a família pode ser um grande desafio. Mas não é algo impossível. O primeiro passo para isso é arregaçar as mangas e colocar em prática virtudes e valores cristãos. Abaixo, algumas conselhos para preservar este ambiente social de proteção e refúgio!

1. Preparar-se bem para o matrimônio. Os casais de namorados devem estar cientes da responsabilidade que terão quando formarem uma família. Por isso, antes do casamento, é necessária uma fase intensa de preparação. A pastoral familiar da Igreja pode ajudar nesta empreitada;

2. Dedicar-se ao berço da vida. A família é o “berço da vida humana”. Por isso, é necessária a preparação para as vidas que serão geradas no seio familiar. É preciso que o casal se torne, de fato, pai e mãe e que estejam preparados para se colocarem “a serviço do Criador”;

3. Investir no diálogo. A comunicação no seio da família é um dos itens que podem levá-la ao sucesso. É na conversa que se resolvem os problemas. É através do diálogo que entendemos o outro, que passamos a respeitá-lo, a compreendê-lo, a perdoá-lo, a pedir ajuda, pois, certamente, também iremos precisar de compreensão, afeto e perdão. A comunicação ajuda os membros da família a enfrentar as mazelas que aprouver a Deus enviar-lhes;

4. Cuidar da espiritualidade familiar. Os pais devem educar os filhos para a religião e a fé em Deus. Rezar juntos, participar da Santa Missa, receber os sacramentos são os primeiros passos para garantir uma boa formação religiosa. Essas atitudes contribuirão para gerar cidadãos nutridos pela fé e pela esperança;

5. Lutar pela paz e pela harmonia na família. Isso só será possível através das demonstrações de amor, afeto, carinho e compreensão. Dom Orlando também apresenta outros caminhos que levam à paz na família. Resumidamente, são eles: manter a união familiar, fazer programas de lazer juntos, educar pela conversa, participar da vida em comunidade, manter a chama da fé acesa, resolver problemas com calma, partilhar pensamentos, respeitar diferenças, dar exemplos inspiradores e pedir desculpas.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

O Papa: transformar este mundo 'selvagem' em um mundo mais humano

Papa Francisco | Vatican News

Mensagem em vídeo do Papa para o “Movimento por um Mundo Melhor” que celebra seu 70º aniversário: "Trabalhando pela paz e justiça para as crianças e os idosos".

Salvatore Cernuzio – Vatican News

O Papa Francisco enviou uma breve mensagem em vídeo aos membros do “Movimento por um Mundo Melhor”, que celebra seu 70º aniversário. A criação do Movimento foi devido à intuição do jesuíta Riccardo Lombardi e à iniciativa do Papa Pio XII, expressa publicamente em 10 de fevereiro de 1952 em sua "Proclamação por um Mundo Melhor". Na mensagem Francisco fala de passar de um mundo "selvagem" a "divino" e sobretudo "mais humano", portanto próximo às dores do povo, especialmente dos idosos e das crianças. O Papa toma emprestadas as palavras de Pio XII para indicar a "transformação" que ele espera para este mundo ferido por guerras e injustiças.

Trabalhando para a transformação do mundo

Francisco se refere a Pio XII quando incentiva os membros do Movimento a continuar a missão realizada durante estas sete décadas, seguindo "uma visão de vida, uma visão de criação". O Papa Pio XII falava de "transformação". Em particular, dizia uma palavra referente ao mundo: "selvagem", que deve tornar-se mais humano, mais "divino", mas acima de tudo mais humano, porque o Senhor está sempre próximo do humano. Avancem, não desanimem, continuem a trabalhar para provocar esta transformação no mundo". Acima de tudo, o Papa Francisco incentiva as pessoas a "trabalhar pela justiça, pelas crianças, pelos idosos e pela paz", para que "o mundo melhor que queremos seja um mundo de paz". 

O Papa: fraternidade, um caminho difícil, mas uma "âncora de salvação”

O Movimento, recordamos, nasceu em 1952 como resultado do contínuo relacionamento e diálogo entre Pio XII e o Padre Riccardo Lombardi, ambos concordavam sobre a necessidade urgente de a Igreja intervir em meio a situações humanas complexas. A época era a de uma Europa em recuperação da devastação da influência fascista, da ocupação nazista e da ameaça da ideologia comunista. Com efeito, na "Proclamação" Pio XII afirmava: "Há um mundo inteiro que deve ser reconstruído a partir de seus fundamentos, que deve ser transformado de selvagem para humano, de humano para divino, de acordo com o coração de Deus". Uma proposta universal que, no entanto, teve a Itália como ponto de partida graças ao Padre Lombardi que, diante do horizonte de destruição do totalitarismo, se opôs com apenas uma forma de resposta: a fraternidade universal. Essa mesma fraternidade, fundada sobre o sentido do humano e sobre a relação dada através da figura de Cristo, à qual hoje o Papa Francisco confia o destino da humanidade como uma "âncora de salvação".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Guilherme de Malavale

S. Guilherme de Malavale | arquisp
10 de fevereiro

São Guilherme de Malavale

Guilherme era de origem nobre, nasceu em 1071, na França. Era um duque da Aquitânia, que se dedicou até o final da juventude às artes militares e mundanas, afastado do cristianismo. A sua conversão foi atribuída a são Bernardo, que o inspirou a desejar viver a experiência do retiro espiritual, num bosque afastado. Quando saiu do isolamento, alguns meses depois, procurou o papa Urbano II para pedir perdão dos pecados. Após receber sua benção, seguiu em peregrinação para Jerusalém.

Guilherme ficou nove anos na Terra Santa, praticando obras de penitência e piedade e, quando voltou, se juntou a uma comunidade de ermitãos, próximo de Pisa, na Itália. Dois anos depois foi para a Toscana, onde, na floresta de Malavale construiu o seu derradeiro retiro. E deste momento em diante começou a fama de sua santidade.

Em Malavale, tinha como única companhia às feras selvagens, dormia no chão duro e se alimentava de plantas e raízes. Os habitantes aprenderam a estima-lo. Não raro, as crianças eram socorridas por ele, quando se perdiam no bosque. A tradição conta que, certa vez, um grande dragão tentou atacar um menino, quando o ermitão apareceu e com o seu bastão ordenou que a fera se afastasse. Porém o animal ficou em pé sobre as patas traseiras e, soltando fumaça pelas ventas, se voltou contra ele. Prodigiosamente, Guilherme foi se elevando, até chegar na altura da cabeça da fera, aí o golpeou com o bastão e o dragão caiu morto. Por isto, passou a ser chamado de Guilherme, "o grande".

Já idoso, acolheu dois discípulos, Alberto e Reinaldo, que o acompanharam até a morte. Nos últimos meses Alberto escreveu sua biografia, onde registrou sua disciplina de vida reclusa e espiritual. Aos 10 de fevereiro de 1157, Guilherme morreu, mas antes, fez algumas profecias e vários prodígios testemunhados que foram registrados.

A sua herança , como ocorreu com outros grandes ermitãos e padres do deserto, foi apenas a modesta cela de Malavale, como exemplo de uma vida espiritual contemplativa, de afastamento e austeridade, e não um compromisso de dar vida a uma nova congregação. Entretanto, ela floreceu ao redor de sua sepultura, só com o legado do seu exemplo de severa renuncia ao mundo, que continuou ainda atraindo ao local jovens desejosos de seguir suas pegadas. Os dois discípulos Alberto e Reinaldo fundaram a Ordem dos Guilhermitas e escreveram as Regras, seguindo a biografia, aprovada pela Santa Sé. Tempos depois, a nova congregação já alcançava a França, Itália, Alemanha e Holanda.

Em 1202, o papa Inocêncio III declarou Guilherme de Malavale, Santo e manteve a festa no dia 10 de fevereiro. Seus restos mortais foram guardados na catedral de Buriano, onde foi colocada a estátua de são Guilherme com dragão a seus pés. Desde 1255, os Guilhermitas fazem parte da Ordem dos agostinianos, que assimilou o pensamento deste santo. O dia de São Guilherme o Grande ou de Malavale, como também é chamado, integra o calendário dos santos agostinianos desde o século XIII, sendo reverenciado como exemplo de vida de santidade a ser seguido.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Santa Escolástica

Santa Escolástica | arquisp
10 de fevereiro

Santa Escolástica

O nome de Santa Escolástica, irmã de São Bento, nos leva para o século V, para o primeiro mosteiro feminino ocidental, fundamentado na vida em comum, conceito introduzido na vida dos monges. São Bento foi o primeiro a orientar para servir a Deus não "fugindo do mundo" através da solidão ou da penitência itinerante, como os monges orientais, mas vivendo em comunidade duradoura e organizada, e dividindo rigorosamente o próprio tempo entre a oração, trabalho ou estudo e repouso.

Escolástica e Bento, irmãos gêmeos, nasceram em Nórcia, região central da Itália, em 480. Eram filhos de nobres, o pai Eupróprio ficou viúvo quando eles nasceram, pois a esposa morreu durante o parto. Ainda jovem Escolástica se consagrou a Deus com o voto de castidade, antes mesmo do irmão, que estudava retórica em Roma. Mais tarde, Bento fundou o mosteiro de Monte Cassino criando a Ordem dos monges beneditinos. Escolástica, inspirada por ele, fundou um mosteiro, de irmãs, com um pequeno grupo de jovens consagradas. Estava criada a Ordem das beneditinas, que recebeu este nome em homenagem ao irmão, seu grande incentivador e que elaborou as Regras da comunidade.

São muito poucos os dados da vida de Escolástica, e foram escritos quarenta anos depois de sua morte, pelo santo papa Gregório Magno, que era um beneditino. Ele recolheu alguns depoimentos de testemunhas vivas para o seu livro "Diálogos" e escreveu sobre ela apenas como uma referência na vida de Bento, pai dos monges ocidentais.

Nesta página expressiva contou que, mesmo vivendo em mosteiros próximos, os dois irmãos só se encontravam uma vez por ano, para manterem o espírito de mortificação e elevação da experiência espiritual. Isto ocorria na Páscoa e numa propriedade do mosteiro do irmão. Certa vez, Escolástica foi ao seu encontro acompanhada por um pequeno grupo de irmãs, quando Bento chegou também acompanhado por alguns discípulos. Passaram todo o dia conversando sobre assuntos espirituais e sobre as atividades da Igreja.

Quando anoiteceu, Bento, muito rigoroso às Regras disse à irmã que era hora de se despedirem. Mas Escolástica pediu que ficasse para passarem a noite, todos juntos, conversando e rezando. Bento se manteve intransigente dizendo que deveria ir para suas obrigações. Neste momento ela se pôs a rezar com tal fervor que uma grande tempestade se formou com raios e uma chuva forte caiu a noite toda, e ele teve de ficar. Os dois irmãos puderam conversar a noite inteira. No dia seguinte o sol apareceu, eles se despediram e cada grupo voltou para o seu mosteiro. Essa seria a última vez que os dois se veriam.

Três dias depois, em seu mosteiro Bento recebeu a notícia da morte de Escolástica, enquanto rezava olhando para o céu, viu a alma de sua irmã, penetrar no paraíso em forma de pomba. Bento mandou buscar o escolseu corpo e o colocou na sepultura que havia preparado para si. Ela morreu em 10 de fevereiro de 547, quarenta dias antes que seu venerado irmão Bento. Escolástica foi considerada a primeira monja beneditina e Santa.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Por que uma cruz grande é levada em procissão no início da Missa?

M.MIGLIORATO/CPP/CIRIC
Servant de messe portant la croix de procession et l'encensoir.
Por Sophie Roubertie

Conheça a origem e o profundo significado da cruz processional.

Levada em procissão antes das cerimônias religiosas, sobretudo no início da Missa, a cruz processional, à frente do sacerdote, indica a todos os presentes que é Cristo quem conduz o caminho.

Cristo também está sempre representado nesta cruz, porque ele está à frente de seu povo. Como o bom pastor, orienta a direção da marcha.

O crucífero é aquele que leva esta famosa cruz, que deve ser alta para que seja visível a todos na igreja.

Quando o número de acólitos o permite, usa-se também o incensário, levado neste caso pelo turífero para purificar a igreja.

Os ceroferários – aqueles que carregam velas acesas – acompanham a cruz para mostrar à assembleia que Cristo é a luz do mundo.

À chegada ao altar, o crucífero coloca a cruz processional em local adequado.

Após a celebração, durante a procissão de saída, a cruz também vai em primeiro lugar.

croix de procession
© Sebastien Desarmaux/ Godong

Da cruz processional à cruz fixa

Esta grande cruz pode servir em outras procissões além da Missa, mas a presença de um padre ou membro do clero é sempre obrigatória.

As primeiras cruzes usadas nas igrejas eram apenas cruzes processionais, também chamadas de cruzes sazonais.

Elas remontam aos primeiros séculos, quando os cristãos reconheceram o sinal de sua salvação na cruz.

Na época, os acólitos destacavam algumas cruzes processionais do mastro para colocá-las no altar. Mais tarde, durante a Idade Média, instalava-se outra cruz, desta vez fixa, para permanecer no altar.

A cruz de Lotário

A riqueza das cruzes processionais varia de acordo com os tempos. Algumas têm decoração com pedras preciosas ou camafeus, enquanto outras apresentam trabalhos de ourivesaria.

A mais conhecida de todas é a Cruz de Lotário, que está conservada na catedral de Aachen, na Alemanha. Esta cruz foi feita por ourives por volta do ano 1000.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Religiões são fator essencial para a sociedade, diz bispo

Imagem ilustrativa / Sophia Sideri (Unsplash)

SANTIAGO, 08 fev. 22 / 03:35 pm (ACI).- “As confissões religiosas são um fator essencial para o país”, afirmou dom Juan Ignacio González, bispo de San Bernardo, Chile. González escreveu ao jornal El Mercurio, por causa do debate sobre a liberdade religiosa na Convenção Constitucional que escrev e a nova constituição do país.

Em seu trabalho, a Comissão de Direitos Fundamentais discute uma das iniciativas populares inscritas para definir se o direito à liberdade de consciência e religião deve ou não ser consagrado na Carta Magna.

A iniciativa nº 3.042 sobre “Liberdade de consciência e religião” foi proposta por diferentes confissões religiosas presentes no Chile e com o apoio de 28.705 assinaturas de cidadãos.

“As confissões religiosas são um fator social essencial em nosso país. Milhares de pessoas agradecem por isso todos os dias. As novas leis devem levar em conta esses dois âmbitos de sua contribuição para o bem comum. O espiritual, que toca o coração de quem sofre, e o material, que alimenta o corpo que sofre”, escreveu dom González em carta ao El Mercurio.

A reflexão surgiu após uma das sessões indagar sobre o papel da Igreja durante a pandemia.

Em sua reflexão, o bispo comentou que “a primeira coisa foi estar com as pessoas que passaram mal. É difícil quantificar isso, mas agora que surge com clareza todo o imenso tema da solidão, da depressão, da angústia do confinamento e tantas outras realidades ainda presentes; milhares de pessoas, sacerdotes, religiosas e leigos, estavam lá: com a família que sofre, com os entubados nos hospitais, com os idosos sozinhos e desesperados.

“Foi um tempo de ação pastoral constante, silenciosa e focada”. “Cada paróquia, cada comunidade cristã conhece seu povo e sabe bem onde está o sofrimento. Uma autêntica mobilização espiritual, sobretudo dos jovens, que iam e vinham. É o mandamento do amor ao próximo, coração da vida da Igreja, feito carne nos mais necessitados”, disse dom González.

Entre os exemplos, o bispo de San Bernardo disse que diversos locais da igreja foram cedidos gratuitamente para atender os infectados, para atender os abandonados e idosos.

A Igreja também organizou um sistema de distribuição de alimentos, agasalhos, vales de gás, cestas de alimentos, roupas de inverno novas, materiais para prevenir o contágio, entre outros, calculados em um valor aproximado de 4,5 bilhões de pesos (cerca de R$ 2,9 mmilhões) em 2020.

Os recursos vieram de 239 fontes diferentes, como fiéis, particulares, organizações da Igreja Católica, entidades públicas e privadas, fundações, municípios e “centenas de milhares de ajudas de pessoas anônimas”, entre outras; mesmos atores que em alguns casos apoiaram a distribuição em conjunto com as respectivas dioceses e Cáritas Chile.

“Como foi possível alcançar centenas de milhares de famílias? Pela organização capilar de uma Igreja que tem milhares de locais de culto, capelas e locais comunitários onde se recebia e distribuía ajuda, para além de qualquer influência ou clientelismo, movida pura e simplesmente pelo amor a Deus e ao próximo”, disse González.

“Em suma, as várias confissões deram uma contribuição social à vida do país que só os beneficiários diretos e Deus conhecem bem”, disse o bispo de San Bernardo.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Descoberto local do martírio de São João Batista na Jordânia

A descoberta arqueológica de Machareus | Vatican News

O palácio-fortaleza de Herodes Antipas foi identificado e reconstruído. O sítio da prisão e da decapitação de São João Batista é o foco de um projeto de estudo de vinte anos liderado pelo arqueólogo Győző Vörös. No dia 1° de fevereiro o acadêmico recebeu a Medalha de Ouro do Pontificado das Pontifícias Academias.

Paolo Ondarza e Christopher Wells – Vatican News

Ressurgiu da terra, inacreditavelmente: é o local da prisão e do martírio de São João Batista, encontra-se no Palácio-fortaleza do rei Herodes Antipas localizada na colina de Macheronte ao leste do Mar Morto na Jordânia atual.

Medalha de Ouro do Pontificado

A reconstrução do antigo sítio bíblico de Machaerus fez com que o Professor Győző Vörös - arqueólogo e arquiteto, membro da Academia Húngara de Artes - recebesse a Medalha de Ouro 2020 do Pontificado da Pontifícia Academia Romana de Arqueologia e da Pontifícia Academia Cultorum Martyrum. O prestigioso reconhecimento foi concedido ao projeto "As escavações arqueológicas de Machaerus", documentado em três volumes publicados pelas Edições Terra Santa.

A entrega da medalha a Győző Vörös | Vatican News

O Palácio perdido

"Incrível, quase milagroso". É assim que o Professor Vörös descreve a descoberta do sítio arqueológico Macheronte, um testemunho encapsulado de uma época histórica da qual nenhum outro vestígio tinha sido encontrado até agora. O local onde se encontrava o palácio, de fato, tinha desaparecido após a destruição pelos romanos no final da Primeira Revolta Judaica em 71/72 d.C. Em 1968, o estudioso alemão August Strobel descobriu os restos de um muro erguido pelas legiões romanas e formulou a hipótese de que a antiga cidade herodiana se encontrava no local.

A reconstrução da fortaleza de Macheronte | Vatican News

Um projeto de 20 anos

Desde então têm sido realizados estudos significativos. Entre eles, os conduzidos pelos arqueólogos franciscanos Virginio Canio Corbo e Michele Piccirillo, que faleceram sem publicar nada. Depois de um desejo expresso durante a viagem apostólica do Papa Bento XVI à Jordânia, em 2009 o Departamento Real de Antiguidades de Amã confiou a Győző Vörös um estudo de 20 anos sobre o sítio arqueológico. O projeto foi realizado em estreita colaboração científica com o Jerusalem Studium Biblicum Franciscanum, a École biblique et archéologique française de Jérusalem e o Cobb Institute of Archaeology da Universidade Estadual do Mississippi.

Os cem mil fragmentos

Mais de cem mil elementos arquitetônicos foram remontados como em um mosaico e permitiram ao arqueólogo devolver à humanidade a reconstrução gráfica de um sítio rico de significado e atração pela história e pela fé.

A reconstrução da fortaleza de Macheronte | Vatican News

Um presente de Deus para o século XXI

“Macheronte", declara, "é um presente que Deus Todo-Poderoso ao século XXI. Somos capazes de reconstruir arquitetonicamente o interior de um lugar, o palácio herodiano, descrito no Evangelho. Hoje podemos dar às novas gerações uma imagem fiel do que os textos sagrados nos dizem: não uma ilustração bíblica, baseada na imaginação ou na fantasia, mas um documento histórico. Este é o coração e o sentido da missão da arqueologia".

Terra Santa, quinto Evangelho

"Como disse o Papa Francisco", continua Győző Vörös, "a Terra Santa é o quinto Evangelho que nos ajuda a entender os quatro primeiros. Em Macheronte, do grego makhaira, que significa espada, estamos diante do Gólgota de João Batista, 'precursor' com seu martírio, do Calvário, do sacrifício de Cristo". O evento é narrado pelos evangelistas Marcos e Mateus: um fato histórico que foi confirmado no século I dentro das narrações de Antiquitates Judaicae do historiador judeu Josephus Flavius e, 250 anos depois, na História Eclesiástica de Eusébio de Cesareia.

Profecia e martírio

Dentro do palácio estava sendo realizado um banquete durante o qual a princesa Salomé dançou para Herodes e lhe pedia, ilegitimamente casado com sua mãe Herodíades, a cabeça de João Batista. Desconfortável por ter falado a verdade sobre o adultério do rei e odiado por Herodíades por isso, João foi preso e depois decapitado na fortaleza de Macheronte.

História e fé

Com a dupla emoção de estudioso e crente, Győző Vörös diz estar particularmente feliz porque, nas vésperas dos dois mil anos do martírio de João Batista, que ocorreu entre 28 e 29 d.C., Macheronte tenha descoberto sua localização geográfica no mapa da Terra Santa.

Macheronte no mapa da Terra Santa | Vatican News

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Nunca vi atrás de um carro fúnebre um caminhão de mudanças, diz o papa

Papa Francisco / Vatican Media

Vaticano, 09 fev. 22 / 09:47 am (ACI).- “Nunca vi atrás de um carro fúnebre um caminhão de mudanças! Não tem sentido acumular se um dia morreremos. O que precisamos acumular é caridade, a capacidade de partilhar, a capacidade de não ficar indiferentes às necessidades dos demais”, disse o papa Francisco na Audiência Geral de hoje, 9 de fevereiro.

“Para que serve discutir com um irmão, uma irmã, um amigo, um membro da família, ou um irmão ou irmã na fé, se um dia morreremos?  Para que serve enraivecer-se, zangar-se com os outros? Perante a morte, tantas questões são redimensionadas. É bom morrer reconciliado, sem deixar ressentimentos e sem arrependimentos!”, disse o papa na catequese.

Francisco falou da carta do papa emérito Bento XVI sobre o relatório sobre os abusos na arquidiocese de Munique e Freising na qual escreveu "ser cristão me dá o conhecimento e, mais ainda, a amizade com o juiz da minha vida e me permite atravessar com confiança a porta escura da morte”. Segundo Francisco, é um “bom conselho” que Bento XVI aos 95 anos deu ao dizer: “Estou diante da obscuridade da morte”.

“Gostaria de dizer uma verdade: todos nós estamos a caminho rumo àquela porta, todos. O Evangelho diz-nos que a morte vem como um ladrão, assim diz Jesus: chega como um ladrão, e por muito que procuremos manter a sua chegada sob controle, talvez mesmo planejando a própria morte, ela continua a ser um acontecimento com o qual temos de nos confrontar e perante o qual também temos de fazer escolhas”, acrescentou o papa Francisco.

Francisco explicou o ensinamento do Catecismo da Igreja Católica que descreve que "não podemos evitar a morte, e é precisamente por esta razão que, depois de ter feito tudo o que era humanamente possível para curar a pessoa doente, é imoral envolver-se numa obstinação terapêutica”.

O papa também se referiu "à qualidade da própria morte, da dor, do sofrimento" e encorajou a "estar gratos por toda a ajuda que a medicina procura dar, para que através das chamadas ‘curas paliativas’, cada pessoa que se está a preparar para viver a última parte da sua vida o possa fazer da forma mais humana possível”.

Em seguida, Francisco disse que “devemos ter o cuidado de não confundir esta ajuda com desvios inaceitáveis que levam a matar” porque “devemos acompanhar as pessoas até à morte, mas não provocar a morte nem ajudar qualquer forma de suicídio”.

“O direito a cuidados e tratamentos para todos deve ser sempre uma prioridade, de modo a que os mais débeis, particularmente os idosos e os doentes, nunca sejam descartados. A vida é um direito, não a morte, que deve ser acolhida, não administrada. E este princípio ético diz respeito a todos, e não apenas aos cristãos ou crentes", disse o papa.

Da mesma forma, Francisco rezou pelas pessoas que "perderam entes queridos sem poderem estar ao lado deles, e isto tornou a morte ainda mais difícil de aceitar e de elaborar".

Em seguida, o papa encorajou a não ter medo da morte e a lembrar que “há uma certeza: Cristo ressuscitou, Cristo ressurgiu, Cristo está vivo no meio de nós. E esta é a luz que nos espera por detrás da porta obscura da morte”.

“Prezados irmãos e irmãs, é apenas através da fé na ressurreição que podemos olhar para o abismo da morte sem nos deixarmos dominar pelo medo. Não só: mas também podemos atribuir à morte um papel positivo. De facto, pensar na morte, iluminada pelo mistério de Cristo, ajuda-nos a olhar para toda a vida com olhos novos”, afirmou o papa.

O papa convidou a rezar a são José para que " ajude a viver o mistério da morte da melhor maneira possível. Para um cristão, a boa morte é uma experiência da misericórdia de Deus, que se aproxima de nós, até naquele último momento da nossa vida”.

O papa concluiu sua catequese recitando a oração da Ave-Maria, para pedir a Nossa Senhora “para estar perto de nós na hora da nossa morte” e pedir em particular “pelos moribundos, por quantos estão a viver este momento de passagem por aquela porta obscura, e pelos familiares que estão a viver o luto".

Nossa Senhora de Lourdes

O papa recordou que no próximo dia 11 de fevereiro a Igreja Católica celebra a memória de Nossa Senhora de Lourdes e encorajou cada um a “imitar a Virgem Santa em sua plena disponibilidade à vontade divina”.

"Que seu exemplo e sua intercessão sejam um incentivo para fortalecer seu testemunho do Evangelho", pediu.

Paz na Ucrânia

Por fim, o papa Francisco agradeceu a "a todas as pessoas e comunidades que a 26 de janeiro se uniram em oração pela paz na Ucrânia".

“Continuemos a implorar o Deus da paz, a fim de que tensões e ameaças de guerra possam ser superadas através de um diálogo sério, e para que a esta finalidade possam contribuir também os colóquios no “Formato Normandia”. Não esqueçamos: a guerra é uma loucura!”, concluiu o papa.

Fonte: https://www.acidigital.com/

São Miguel Febres Cordero Munhoz

S. Miguel Febres Cordero Munhoz | arquisp
09 de fevereiro

São Miguel Febres Cordero Munhoz

Miguel Febres Cordero Munhoz nasceu em Cuenca, Equador, em 7 de novembro de 1854, foi filho de um professor universitário e seu avô foi um general do exército, venerado como herói nacional. Aos cinco anos de idade, Nossa Senhora lhe apareceu durante um sonho e desde então decidiu que seria um sacerdote. Três anos depois, sentiu novamente a presença da Virgem Maria quando foi protegido milagrosamente de ser morto por um touro selvagem.

Aos nove anos ingressou no colégio da congregação dos Irmãos da Escola Cristãs de la Sale, que chegara recentemente ao Equador. Quatro anos mais tarde, se juntou aos irmãos iniciando seu noviciado, com a benção dos seus pais, que de imediato fizeram oposição. Tornou-se um sacerdote educador famoso, dotado de notável inteligência. Aos dezessete anos publicou seu primeiro livro pedagógico, que acabou sendo adotado pelo governo. Esta função considerada a mais nobre e rendosa missão para a Igreja e para a pátria, ele exerceu durante trinta e dois anos, na cidade de Quito.

Padre Miguel se firmou no meio intelectual como filósofo, pedagogo, teólogo e escritor de vários livros de gramática, manuais de geografia, história, religião e literatura. Foi eleito em 1892, membro da Academia Equatoriana da Língua, em seguida foi agraciado também pelas Academias da Espanha, França e Venezuela, chegando a trabalhar em Paris, Bélgica e Espanha.

Entre 1901 e 1904 foi diretor dos noviços de sua congregação, quando foi transferido para a Europa, onde trabalhou como tradutor para os Lassaristas em Paris e Bélgica. A partir de 1908, já com a saúde fragilizada por uma persistente pneumonia, foi enviado para uma escola perto de Barcelona, na Espanha. Continuou trabalhando, mas lentamente e cada vez mais debilitado acabou falecendo no dia 9 de fevereiro de 1910, na cidade Superior Del Estragar onde foi sepultado.

A fama de eminente santidade o acompanhou durante toda a vida e perdurou depois da sua morte. Vinte anos depois, durante a Revolução Espanhola, seus restos mortais foram transladados para o Equador, onde seu corpo incorrupto foi recebido com honras de herói nacional . Amado pelo povo, como tal, mas principalmente como modelo de religioso a ser seguido, foi enterrado em Quito, cidade em que passou maior parte de sua vida.

O seu culto se espalhou rapidamente e seu túmulo se tornou meta de peregrinação. Ele foi beatificado em 1977 e, mais tarde, canonizado pelo papa João Paulo II em 1984. O padre Miguel Febres Cordero Munhoz se tornou o primeiro Santo equatoriano.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Empresa de Elon Musk para chips no cérebro, Neuralink preocupa cientistas

TED Conference-CC
Por Francisco Vêneto

Há questionamentos sobre bioética, segurança, uso de dados e o próprio futuro dos chips implantados depois que os testes terminarem.

Cientistas manifestam preocupação com a Neuralink, empresa de Elon Musk para chips no cérebro. Segundo o megaempresário, que disputa com Jeff Bezos o título de homem mais rico do planeta na atualidade, os implantes cerebrais em voluntários humanos vão começar ainda este ano.

Entre as dúvidas já manifestadas explicitamente por cientistas, há questionamentos sobre bioética, segurança, uso de dados e o próprio futuro dos chips implantados depois que os testes terminarem.

promessa fundamental de Elon Musk para justificar a existência da Neuralink é ajudar no tratamento de pessoas com deficiências, particularmente as vitimadas pela paralisia: graças ao chip implantado no cérebro, elas poderiam, potencialmente, usar sua atividade neural para operar computadores e smartphones “com facilidade”. O bilionário já complementou que os microchips também ajudariam a tratar pessoas com autismo e com esquizofrenia.

Em janeiro de 2022, o jornal britânico The Times noticiou que a companhia criada pelo mesmo fundador da Tesla e da SpaceX está recrutando grandes talentos da medicina e da engenharia. Os testes da Neuralink em voluntários humanos teriam duração aproximada de três anos e consistiriam na implantação de microchips de inteligência artificial no crânio dos participantes. Caso o paciente não deseje mais utilizar o equipamento, que tem o “tamanho de uma moeda grande” e é conectado ao cérebro por fios ultrafinos, poderá “facilmente” removê-lo, segundo afirmações da empresa.

A Neuralink informou ainda que já realizou testes num macaco chamado Pager, que conseguiu mexer um cursor numa tela de computador graças ao uso do chip, e que teria “coletado dados” de uma porca chamada Gertrude, em cuja cabeça também havia sido implantado o chip.

Chips no cérebro: cientistas preocupados

De acordo com matéria do site The Daily Beast, a especialista em neuroética Laura Cabrera, da Universidade Estadual da Pensilvânia, questiona como serão removidos os implantes sem danificar o cérebro. “Se der errado, não temos a tecnologia para ‘explantá-los’”. Ela pergunta ainda qual é a vida útil do chip e se a Neuralink oferecerá atualizações posteriores aos participantes nos testes.

Karola Keritmair, professora de história médica e bioética na Universidade de Wisconsin-Madison, se preocupa com futuros dilemas comerciais dessa tecnologia: se o objetivo do implante é ajudar pessoas com deficiência, então se trata de um universo de usuários relativamente pequeno, em termos de viabilidade comercial. Se houver problemas de lucratividade e a empresa encerrar as atividades, o que acontece com quem implantou o chip?

No caso de se usar o chip para controlar outros dispositivos apenas com o cérebro, como, por exemplo, carros elétricos da própria Tesla, surge então o problema ético de usar pessoas com necessidades reais para o ganho comercial de terceiros, como observa L. Syd Johnson, do Centro de Bioética e Humanidades da Suny Upstate Medical University. Ele também se pergunta se os alegados objetivos terapêuticos da empresa são de fato viáveis ou não passam de “promessas irreais”, já que, a seu ver, a tecnologia está “longe de ter a capacidade” de curar a paralisia, por exemplo.

Outra pergunta recorrente entre os críticos da Neuralink diz respeito ao uso dos dados coletados a partir do cérebro dos usuários e o
que vai acontecer com esses dados em caso de aquisição da Neuralink, falência ou até invasão do dispositivo por hackers.

No geral os cientistas que se manifestaram com esses questionamentos afirmam que não são necessariamente contrários a essa tecnologia, mas sim cautelosos quanto a possíveis abusos e lacunas de segurança. De fato, o potencial desse tipo de implante para melhorar a vida de pessoas paralisadas é relevante – e a Neuralink não é a única empresa que está trabalhando em interfaces neurais. As implicações éticas, no entanto, não podem ser negligenciadas.

Empresas dispostas a reformular a biologia humana?

Dentro do que parece ser uma tendência de investidores bilionários a interferir na genética e nas funcionalidades naturais do corpo humano, o homem mais rico do mundo, Jeff Bezos, também divulgou recentemente um investimento de 3 bilhões de dólares na startup Altos Labs, que anunciou o objetivo de desenvolver tecnologias para retardar drasticamente o envelhecimento e até mesmo “derrotar a morte”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF